Entre a secretaria e o ministério

O secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Fernando Bezerra Coelho (PSB), dividiu o dia de ontem entre as atribuições do governo, programando o evento da Fiat na próxima semana, e as articulações para o Ministério da Integração, cargo que ocupará a partir do próximo 1º de janeiro. Ele passou a manhã com empresários, na secretaria, mas conversou por telefone com o governador eleito do Piauí, Wilson Martins (PSB), e agendou um encontro para a próxima quarta-feira. Bezerra Coelho disse que, após receber o presidente Lula (PT) com o governador Eduardo Campos (PT) e participar do lançamento da pedra fundamental da montadora, na terça-feira, parte no dia seguinte para Teresina.
O Piauí é o segundo estado do Nordeste a ser visitado pelo futuro ministro da Integração. Ele já esteve na Bahia, com o governador Jaques Wagner (PT), para conversar sobre as demandas do estado baiano e apagar qualquer aresta que tenha restado após a sua indicação para o ministério. Nos bastidores, ventilava-se que Wagner queria emplacar um petista baiano para projetá-lo como sucessor, mas perdeu a queda de braço para Eduardo Campos. ‘Vou conversar com Wilson porque ele foi um dos governadores que mais ajudou na escolha do meu nome’, observou o secretário, um dia após afirmar que a presidência da CODEVASF será indicada pelo piauiense.
Bezerra Coelho ainda não anunciou a equipe de transição. Ele frisou ter conversado, no entanto, com a economista Tânia Bacelar e o ex-secretário de Planejamento do estado João Recena para colher sugestões de como pode reposicionar o ministério. A intenção de Bezerra é nacionalizar as ações da pasta. Ele considera que a Integração Nacional é muito voltada para o Nordeste e quer ampliar suas atribuições. Tânia ficou de mandar um material para que eu possa dar uma olhada, declarou, evitando antecipar as novidades.
Escolhido para o primeiro escalão de Dilma Rousseff, Bezerra Coelho agarrou a oportunidade com unhas e dentes. Conhecido por ser temperamental e falar o que pensa, o futuro ministro se mostra bastante comedido nos últimos dias. Ele sabe que o novo cargo lhe dará uma projeção nacional e um empurrão importante para 2014.

Dilma diz ter compromisso com meta de erradicar a miséria do Brasil

No primeiro discurso após eleita, ela disse que quer 'honrar as mulheres'.
Também afirmou que preservará liberdade de imprensa e de religião.

No primeiro pronunciamento após o anúncio do resultado do segundo turno, a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) afirmou na noite deste domingo (31), em Brasília, que, em seu governo, terá como compromisso a meta de erradicar a miséria do Brasil.

Ela fez um apelo para que todos os setores da sociedade a auxiliem na tarefa. "Vou fazer um governo comprometido com a erradicação da miséria e a criação de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras. Mas, humildemente, faço um chamado à nação, aos empresários, trabalhadores, imprensa, pessoas de bem do país para que me ajudem”, disse, em um hotel preparado pelo PT para o discurso da presidente eleita.

Ela afirmou que pretende recorrer sempre que necessário ao atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. “Baterei muito em sua porta, e tenho certeza de que a encontrarei sempre aberta”. Dilma classificou como um “privilégio” a convivência com Lula e destacou a “inteligência" do presidente.

"Agradeço muito especialmente e com emoção ao presidente Lula, ter a honra do seu apoio, o privilégio da sua convivência. Conviver diariamente com ele me deu a exata dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu país e sua gente. A alegria que eu sinto hoje pela minha vitória se mistura com a emoção da sua despedida. Sei que um líder como o Lula nunca estará distante de seu povo", afirmou.

Dilma foi eleita presidente neste domingo (31) superando José Serra (PSDB) no segundo turno. O resultado foi anunciado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 20h13, quando ela já não podia mais ser alcançada pelo adversário.

O vice-presidente eleito, deputado federal e presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), acompanhou o pronunciamento, assim como dezenas de políticos aliados entre governadores, ministros, senadores e deputados, entre os quais o ex-ministro Antonio Palocci (PT-SP) e José Eduardo Dutra, presidente do PT, ambos da coordenação da campanha da petista. Ao chegar, ela foi recebida ao coro de “olê, olê, olê, olá, Dilma, Dilma” e depois os aliados cantaram o Hino Nacional.

Liberdades de imprensa e religião
 
No pronunciamento, além da erradicação da miséria, Dilma  também destacou como compromissos a liberdade de imprensa e a liberdade de religião. Mas ressalvou que o "primeiro compromisso" no cargo é "honrar as mulheres".

“Esse fato é um avanço democrático do Brasil. Pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil. Meu primeiro compromisso é honrar as mulheres brasileiras para que este fato, até hoje inédito, se torne natural”, disse.

Ela prometeu valorizar a democracia “em toda a sua dimensão” e fez questão de destacar que o seu governo será pautado pelo respeito à “ampla liberdade de imprensa e religiosa”.

“Farei um governo com ampla de liberdade de imprensa, religiosa e de culto. Vou zelar pela observação criteriosa dos direitos humanos e zelarei pela nossa Constituição”, disse Dilma no início do discurso.

Noutro momento de sua fala, voltou a falar da imprensa. "Prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras", declarou a presidente eleita, para quem as críticas do jornalismo "ajudam o país".

"Não nego que, por vezes, algumas das coisas difundidas me deixaram tristes, mas quem, como eu, lutei pelo direito de opinião, dedicamos toda a nossa juventude ao direito de expressão somos amantes da liberdade."

Economia
 
Na parte econômica do discurso, Dilma destacou que, no curto prazo, não será possível contar com ajuda das economias mais desenvolvidas e que o Brasil precisará apostar em seu mercado interno.

“No curto prazo, nós não contaremos com força das economias desenvolvidas para puxar nosso desenvolvimento. Por isso, se torna importante nossa política, nosso mercado e nossas decisões econômicas”. A petista afirmou que não há intenção de “fechar o país ao mundo” e que vai trabalhar para abrir mercados e defender a regulação nos mercados internacionais.

A presidente eleita afirmou que seu governo vai manter a inflação sob controle, melhorar os gastos públicos, simplificar a tributação e melhorar os serviços para a população.

Ela disse que não fará “ajuste” que comprometa esses serviços e que tem como meta um crescimento "sustentável" de longo prazo a taxas elevadas. “Acima de tudo, quero afirmar compromissos com metas econômicas, contratos firmados e conquistas estabelecidas”.

Ela afirmou que vai criar mecanismos para beneficiar pequenos empresários. “Ampliarei o Supersimples [regime de tributação diferenciado para pequenas empresas] e construirei modernos mecanismos de aperfeiçoamento econômico, como fez o nosso governo.”

Segundo a presidente eleita, em seu governo “as agências reguladoras terão todo o respaldo para atuar com autonomia e determinação”. “Apresentaremos sempre com clareza nossos planos de atuação governamental e trataremos com transparência nossas metas e resultados.”

Oposição
 
Dilma afirmou que não discriminará governantes de oposição. "Aos partidos de oposição e aos setores da sociedade que não estiveram conosco nesta caminhada estendo minha mão a eles. De minha parte não haverá discriminação", declarou.


Marina divulga 42 condições para apoio no 2º turno

A candidata derrotada do PV à Presidência, Marina Silva, apresentou ontem dez tópicos - subdivididos em 42 propostas ou exigências - do PV para negociar o apoio a Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB) no segundo turno. O texto começa com uma exigência: não adotar nenhum mecanismo de cerceamento à mídia.

A adesão ao documento por Dilma e Serra será um dos elementos do processo decisório, mas não o único. A sigla pretende ouvir o Movimento Marina Silva e setores da sociedade civil. A direção nacional voltará a se reunir de novo na quarta-feira e no dia 17 fará uma convenção, quando será tomada decisão a favor de um candidato ou pela neutralidade.

Marina explicou que o documento, denominado Agenda por um Brasil Justo e Sustentável, sintetiza os itens que a coordenação da campanha considerou mais importantes em sua plataforma de governo. “Espero que seja uma contribuição generosa para este segundo turno.”

Os dez itens são: transparência e ética; reforma eleitoral; educação para a sociedade do conhecimento; segurança pública; mudanças climáticas, energia e infraestrutura; seguridade social: saúde, assistência social e previdência; proteção dos biomas brasileiros; gasto público de custeio e reforma tributária; política externa, e, por fim, fortalecimento da diversidade socioambiental e cultural.

Marina voltou a admitir que pode eventualmente ter posição divergente do partido sobre o rumo a ser tomado no segundo turno. “O que está previsto é que todos têm o direito de manifestar sua opinião”, afirmou ela, durante coletiva, em São Paulo. Os dirigentes reconheceram que a unanimidade será difícil. “Seria um milagre se fosse por unanimidade”, disse o vice-presidente do PV, Alfredo Sirkis. Indagada se há militantes no PV ainda movidos por cargos, Marina foi enfática. “Você acha que existem lugares que são perfeitos?” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Debate na TV Globo reúne quatro candidatos à Presidência

Programa nesta quinta-feira (30) teve cerca de duas horas de duração. 
Último debate do primeiro turno, encontro foi estruturado em quatro blocos.

Quatro candidatos à Presidência da República participaram na noite desta quinta-feira (30) de debate promovido pela TV Globo nos estúdios da emissora no Rio de Janeiro.

Participaram do debate os candidatos Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV), Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), convidados por integrarem partidos com representação na Câmara dos Deputados.

Segundo a legislação eleitoral, dia 30 de setembro foi o último dia para realização de debates, bem como para a divulgação da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV, realização de comícios e uso de aparelhagem de som fixa entre 8h e 24h para promoção de candidatos.

O encontro durou cerca de duas horas e teve mediação do jornalista William Bonner. O posicionamento dos candidatos no estúdio foi definido por sorteio. Da esquerda para a direita, posicionaram-se José Serra, Marina Silva, Dilma Rousseff e Plínio de Arruda Sampaio. Foi o último debate antes da eleição do próximo domingo (3).

O debate foi dividido em quatro blocos. No primeiro e no terceiro blocos, os temas foram definidos por sorteio. No segundo e no quarto blocos, os temas foram livres. Cada candidato teve 30 segundos para perguntas, dois minutos para respostas, um minuto para réplica e um minuto para tréplica. Os candidatos ainda tiveram dois minutos cada um para considerações finais no último bloco.

As questões foram feitas de candidato para candidato. Para que todos os candidatos perguntassem e respondessem ao menos uma vez por bloco, houve um rodízio entre os candidatos para que o primeiro a perguntar fosse o último a responder.

Primeiro bloco
 
O primeiro tema sorteado foi legislação trabalhista. Marina Silva questionou Dilma Rousseff sobre como resolver a informalidade no mercado de trabalho. Em seguida, a candidata do PT perguntou a Plínio de Arruda Sampaio sobre sua política para o funcionalismo público. Após a resposta, foi a vez de o candidato do PSOL questionar José Serra sobre impostos, o terceiro tema sorteado. Previdência foi o assunto seguinte. José Serra questionou Marina Silva sobre suas propostas para o setor.

Segundo bloco
 
No segundo bloco, os candidatos puderam fazer perguntas com tema livre. A primeira a perguntar foi Dilma, que escolheu Marina para responder sobre ferrovias e hidrovias. Em seguida, Marina questionou Serra sobre propostas de ações em desastres naturais. Na sequência, Serra perguntou a Plínio sobre a importância e propostas para metrô. Em sua vez de perguntar, Plínio questionou Dilma, afirmando que a pergunta se estendia aos outros candidatos, se ela tem vergonha de seu partido.

Terceiro bloco

No terceiro bloco, os temas voltaram a ser sorteados. O primeiro foi habitação. Serra escolheu Marina e perguntou sobre o déficit habitacional no país. O segundo assunto sorteado foi segurança, e Marina questionou Dilma sobre como resolver o problema do setor no país. O tema seguinte foi saneamento e Dilma perguntou a Plínio sobre suas propostas na área. Para finalizar  o bloco, Plínio elaborou questão a Serra sobre saúde. Questionou o candidato sobre sua suposta recusa em se comprometer a elevar os gastos em saúde a 10% do Produto Interno Bruto.

Quarto bloco

Plínio de Arruda Sampaio abriu o quarto bloco, que teve tema livre, e questionou Dilma Rousseff sobre redução de jornada de trabalho sem redução de salário, limite à propriedade de terras e cobrança de aluguel compulsório em imóveis vazios. Após réplica e tréplica, Dilma questionou Marina Silva sobre sua avaliação a respeito de ações do governo federal diante de crises externas. Em seguida, Marina escolheu os programas sociais como tema para questionar José Serra. Com direito a uma pergunta na sequência, Serra perguntou a Plínio sobre reajustes acima da inflação.

Os candidatos tiveram ainda dois minutos cada um para as considerações finais.

Diferença entre Dilma e Serra cai em São Paulo

Em São Paulo, Estado com o maior número de eleitores no País, a petista Dilma Rousseff está na frente na corrida presidencial, mas sua vantagem em relação a José Serra apresenta tendência de queda.

Segundo a última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, feita entre os dias 21 e 23 de setembro, Dilma tem 41% das intenções de voto entre os paulistas, enquanto Serra tem 36%. Em terceiro lugar está Marina Silva (PV), com 13%.

A vantagem da candidata do PT, que hoje está em cinco pontos porcentuais, já foi de oito pontos do início de setembro até o dia 10. Uma semana depois, baixou para sete pontos.

Essa mudança se deu mais por mudanças do tucano, que cresceu quatro pontos em duas semanas, de 32% para 36%. Dilma, no mesmo período, oscilou um ponto para cima, de 40% para 41%.

São Paulo tem cerca de 30 milhões de eleitores, o equivalente a 22% do total do Brasil. O Estado é o berço político de Serra - os paulistas já o elegeram deputado, senador, prefeito da capital e governador. Há apenas alguns meses, líderes tucanos nem sequer cogitavam uma possível derrota “em casa” para Dilma.

Atualmente, o tucano teria 39% dos votos válidos entre os paulistas - é como se ele tivesse perdido um terço de seus eleitores desde 2006.

Sem uma recuperação expressiva em São Paulo e nos outros dois grandes colégios eleitorais da Região Sudeste - Rio de Janeiro e Minas Gerais -, dificilmente o tucano conseguirá levar a eleição para um segundo turno.

Em Minas, a última pesquisa Ibope mostra Serra com menos da metade das intenções de voto de Dilma - 25% contra 51%. O índice do tucano é o mesmo que ele já ostentava no final de agosto - no dia 13 de setembro, ele oscilou para 23% e depois se recuperou. A petista se mantém entre 51% e 52% nas últimas quatro pesquisas.

No Rio, Serra perde por 50% a 19%, e corre o risco de ser ultrapassado por Marina. A candidata do PV cresceu seis pontos em uma semana e empatou tecnicamente com o tucano.

No Distrito Federal, a ultrapassagem já ocorreu: Marina passou de 20 para 27% e Serra, de 20% para 19%. Dilma, que caiu cinco pontos, lidera com 40%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fidel acusa EUA de impedir que Chávez tivesse maioria absoluta

O líder cubano Fidel Castro acusou nesta segunda-feira (27) os Estados Unidos de impedirem que o presidente venezuelano Hugo Chávez conseguisse os dois terços de cadeiras nas eleições parlamentares, apesar de seu aliado ter obtido uma GRANDE VITÓRIA.

"O inimigo conseguiu uma parte de seus propósitos: impedir que o Governo Bolivariano contasse com o apoio dos dois terços do Parlamento. O império talvez acredite que obteve uma grande vitória", afirmou Fidel em mais um artigo divulgado no site oficial Cubadebate.cu.

No entanto, acrescentou, a participação dos eleitores na votação de domingo "subiu para o recorde de 66,45% e o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, no poder) obteve 94 deputados de um total de 165, apesar de ter de compartilhar o poder com a oposição".

"A Revolução Bolivariana tem hoje o Poder Executivo, ampla maioria no Parlamento e um partido capaz de mobilizar milhões de lutadores pelo socialismo", escreveu o líder comunista em seu texto intitulado "O que eles querem é o petróleo da Venezuela".

"Os Estados Unidos contam na Venezuela com fragmentos de Partidos, com medo da Revolução e grosseiras ambições materiais. Não poderão recorrer ao golpe de Estado, como fizeram no Chile em 1973 e em outros países da América", acrescentou.

O ex-presidente cubano ressaltou ainda que o partido de Chávez venceu as eleições, "apesar de um grupo de bastardos personagens que, na companhia de mercenários da imprensa local escrita e falada, chegaram a negar, inclusive a liberdade de imprensa na Venezuela durante a campanha eleitoral".

Serra foi 'suave' demais e pode ser 'humilhado' nas urnas, diz jornal espanhol

Uma reportagem na edição desta segunda-feira do jornal espanhol El País afirma que o candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, conduziu uma campanha eleitoral "suave" e "totalmente errada" e que o político corre o risco de sofrer uma "derrota humilhante" nas urnas.

No texto intitulado "A surpreendente queda de José Serra", a enviada especial do El País a São Paulo, Soledad Gallego-Díaz, escreve que competir com a herdeira política do presidente Lula, Dilma Rousseff, sempre foi uma "tarefa difícil", mas que Serra complicou sua situação por cometer muitos erros e passou de "grande favorito a futuro grande perdedor". 

"Serra, de 68 anos, o bem-sucedido governador de São Paulo que passou toda sua vida se preparando para este dia e este cargo, pode enfrentar agora não só um fracasso eleitoral, como o fim de toda a sua carreira política", escreve a correspondente. 

A reportagem do El País lista algumas das críticas à campanha de Serra que partiram de dentro do próprio PSDB. Segundo o jornal, o governador teria adotado uma campanha "suave" e "totalmente errada", evitando fazer oposição direta e críticas mais duras ao "presidente mais popular da história". 

Serra inclusive chegou a usar a imagem de Lula em seus programas eleitorais. O jornal afirma que Serra é criticado por tentar se mostrar como "o verdadeiro herdeiro político de Lula", em vez de utilizar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na sua campanha. 

O jornal também critica o primeiro slogan da campanha de Serra - "O Brasil pode mais" - considerado neutro demais. 

O El País afirma que alguns dirigentes do PSDB estão mais preocupados com o resultado da campanha eleitoral para os governos de Minas Gerais e São Paulo, com as candidaturas de Aécio Neves e Geraldo Alckmin. 

Já a campanha de Serra concentra seus esforços nos últimos dias de campanha para tentar ganhar fôlego com os escândalos que levaram à demissão da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, auxiliar próxima de Dilma Rousseff na época em que a petista era ministra. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Governo deve fechar primeira parceria público-privada nesta semana

Na próxima quinta-feira (23), o governo realizará a abertura dos envelopes com as propostas econômicas e técnicas para a primeira parceria público-privada (PPP) a ser firmada no Brasil. A PPP tem como destino obras de irrigação em Petrolina, em Pernambuco. A abertura dos envelopes será feita durante sessão pública na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O vencedor poderá ser escolhido tanto pelas propostas dos envelopes ou ainda por leilão ao vivo.

A PPP é um contrato de prestação de serviços de médio e longo prazo (de cinco a 35 anos) firmado pela administração pública, com valor não inferior a R$ 20 milhões. É vedada a celebração de contratos que tenham por objeto único o fornecimento de mão de obra, equipamentos ou execução de obra pública.

As obras a serem realizadas fazem parte do projeto de Pontal de Irrigação, que já foi iniciado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O projeto envolve uma área de mais de 33 mil hectares, dos quais 7,8 mil são irrigáveis.

De acordo com as regras dessa PPP, caberá ao parceiro privado que ganhar o processo de licitação concluir as obras do canal de irrigação, fazer a manutenção da área e gerenciar o projeto agrícola. A estimativa do governo é que o projeto gere 20 mil empregos entre diretos e indiretos. Quem ganhar a licitação vai poder fazer a ocupação em até seis anos.

De acordo com o Ministério do Planejamento, as receitas com o pagamento da contraprestação associadas às receitas com a tarifa d’água a ser cobrada dos agricultores deverão ser suficientes para completar os investimentos e fazer a operação e manutenção dessas obras durante os 25 anos do contrato e remunerar o investidor. O concessionário, de acordo com o governo, será responsável pela administração das terras e da irrigação e pode escolher o que vai plantar.

O projeto Pontal de Irrigação é dividido em duas partes. Na parte sul, as obras de irrigação estão praticamente concluídas e a previsão é que a ocupação das terras possa ser feita a partir de seis meses após a assinatura do contrato. Já a parte norte, na avaliação do próprio governo, está menos avançada e a ocupação não deve se iniciar em menos de dois anos.

Irmão e filho de Erenice são demitidos de estatais do DF

José Euricélio Alves de Carvalho, irmão da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, foi exonerado nesta quinta-feira (16) da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) a pedido do governo do Distrito Federal. O governador Rogério Rosso (PMDB) também determinou nesta quinta à Companhia Imobiliária do Distrito Federal (Terracap) a demissão de Israel Dourado Guerra, filho de Erenice.

Em nota, o governo do Distrito Federal informou que ambos eram comissionados, isto é, com empregos públicos ganhos por indicação política. No caso de Israel, foi solicitada a suspensão de "quaisquer pagamentos que o ex-servidor tenha a receber naquela Companhia". Os dois, apesar de terem esses empregos públicos, são personagens de denúncias envolvendo lobby desvio de dinheiro público e cobrança de propinas dentro do ministério.

Segundo o governo, também foi solicitada à Corregedoria do DF abertura de procedimento administrativo "para apurar eventuais irregularidades cometidas pelo ex-empregado no exercício de suas função, que pode resultar, como penalidade, em ressarcimento ao erário dos valores recebidos como salário".

Aneel proíbe corte de energia por conta atrasada há mais de 90 dias

A partir de 1º de dezembro, as concessionárias de energia elétrica não poderão mais cortar o fornecimento do consumidor que tiver uma conta atrasada por mais de 90 dias, caso não efetuem o corte antes desse prazo. É o que determina a Resolução 414, que acaba de ser aprovada pela diretoria da Agência Nacional de Energias Elétrica (Aneel).

Até então, as concessionárias poderiam cortar a energia a qualquer tempo, caso o consumidor tivesse uma conta vencida, mesmo que as posteriores estivessem sendo pagas.
Ao anunciar a medida, juntamente com outras decisões sobre as relações entre concessionárias e consumidores, o diretor-geral da Aneel, Nelson Hübner, afirmou que ela foi tomada com base em pareceres de órgãos de defesa do consumidor, do Ministério Público e outra instituições que têm relação com o tema.



Projeto de Lei incorpora Agravo aos próprios autos

A tramitação dos Agravos de Instrumentos está menos burocrática e mais ágil. Nesta quinta-feira (9/9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou um projeto de lei que põe fim à dupla tramitação. Com as novas regras, quando uma pessoa contestar uma decisão em tribunal superior, tanto o agravo quanto o processo original serão enviados de uma só vez. A mudança contempla também o nome do recurso, que passa a se chamar apenas Agravo. A informação é da Agência Brasil.

Até então, quem recorria aos tribunais superiores para modificar uma decisão de instância inferior deveria enviar tanto o Agravo instrumentalizado quanto a cópia dos autos. A mesma ação acabava por tramitar duas vezes na mesma corte. Com a aprovação do projeto de lei, a necessidade deste envio está extinta. Se o tribunal aceitar recurso, o processo tramita diretamente, sem ter que esperar pela chegada dos originais.

O ministro da Justiça Luiz Paulo Barreto acredita que a mudança acarretará em rapidez no andamento do processo. “Isso significa celeridade processual, economia que pode passar de mais de seis meses a um ano de abreviação no trâmite do processo judicial como um todo”, disse após a sanção da lei.

A mesma vantagem foi apontada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso. “No Supremo, representa a economia de alguns milhares de reais que seriam destinados à confecção de um software para administrar um velho recurso. E significa economia de recursos humanos porque não precisa mais de servidor para controlar as peças que deveriam compor o antigo instrumento do agravo”, explicou.

Também está de acordo com secretário de Reforma do Judiciário, Marivaldo Pereira. “A medida confere maior agilidade ao julgamento de recursos, ao mesmo tempo permitirá a redução de custos e o melhor aproveitamento da estrutura de apoio dos tribunais, já que reduzirá significativamente o volume de processos em tramitação nessas cortes”, afirmou.

A aprovação da lei é um dos pontos abordados pelo 2º Pacto de Reforma do Judiciário, assinado pelos chefes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário com o objetivo de combater a morosidade judicial.


STF rejeita candidatura de Roriz ao governo do DF

É improcedente a Reclamação proposta por Joaquim Roriz, ex-governador do Distrito Federal, contra decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Ele foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa e, por isso, foi impedido de concorrer na disputa eleitoral deste ano. Na noite de quarta-feira (8/9), o ministro Ayres Brito, do Supremo Tribunal Federal, não acolheu o argumento de que o indeferimento da candidatura ao governo do Distrito Federal violou outras decisões do STF relacionadas à aplicação do artigo 16 da Constituição Federal.

Segundo Ayres Brito, os precedentes citados na Reclamação não se aplicam ao caso. Isso porque não dizem respeito, especificamente, às hipóteses de criação legal de condições de elegibilidade de candidatos a cargos públicos. Tal aspecto é abrangido pela Lei da Ficha Limpa. “O reclamante, ao transcrever trechos isolados de determinados votos plenários, alguns deles vencidos, não conseguiu demonstrar, minimamente que fosse, as supostas violações às nossas decisões plenárias”, observou o ministro em sua decisão.

Ele concluiu que “por todo o exposto, resulta patentemente indemonstrada a usurpação de competência deste STF ou de afronta à autoridade de suas decisões. O que me leva a conhecer da presente reclamação, mas para julgá-la improcedente”. Com informações da Assessoria de Comunicação do STF.

RCL 10.604
Leia a íntegra da decisão:
RECLAMAÇÃO 10.604 DISTRITO FEDERAL
RELATOR: MIN. AYRES BRITTO
RECLTE.(S): JOAQUIM DOMINGOS RORIZ
ADV.(A/S): EMILIANO ALVES AGUIAR E OUTRO(A/S)
RECLDO.(A/S): TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
ADV.(A/S): ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S): MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES): PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S): ANTÔNIO CARLOS DE ANDRADE
INTDO.(A/S): PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - PSOL
ADV.(A/S): ANDRE BRANDÃO HENRIQUES MAIMONI E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S): JÚLIO PINHEIRO CARDIA
ADV.(A/S): NUARA CHUEIRI
INTDO.(A/S): COLIGAÇÃO ESPERANÇA RENOVADA
ADV.(A/S): VERA ELIZA MULLER E OUTRO(A/S)
DECISÃO: vistos, etc.

Trata-se de reclamação constitucional, proposta por Joaquim Domingos Roriz, contra acórdão proferido pelo Tribunal Superior Eleitoral, nos autos do RO 16660-DF. Acórdão que manteve o indeferimento do registro de candidatura do reclamante.

2. Argui o autor, inicialmente, que “constitui entendimento já pacificado nesse eg. STF que as decisões proferidas em sede de controle concentrado de constitucionalidade possuem eficácia erga omnes e efeito vinculante transcendente inclusive quanto aos fundamentos e aos motivos determinantes, por força do art. 102, § 2º, da CF, bem ainda do § único do art. 28, da Lei n. 9.868/99”. Sustenta ainda: a) a ocorrência de violação às decisões deste Supremo Tribunal Federal nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade nºs 354, 3345, 3685, 3741 e 4307; b) “similitude” da matéria do acórdão impugnado com os temas versados nas referidas decisões, pois, nestas, ao aplicar a regra da anualidade eleitoral, prevista no art. 16 da Carta Magna, não teria este Supremo Tribunal Federal distinguido entre a lei “de direito material” e a de “direito processual”, como, equivocadamente, fez o Tribunal reclamado (é o que se alega). Para tanto, cita precedentes em que Ministros desta Casa teriam admitido o cabimento da reclamação para afastar a aplicação da LC 135/2010 a casos concretos. Daí requerer a procedência da sua petição para cassar a “parte exorbitante do acórdão do TSE, no ponto em que admitiu a aplicação imediata da LC 135, e, ainda, 'como medida adequada à observância de sua jurisdição' (RISTJ, art. 161, III) deferir o registro de candidatura do reclamante” (sic).

3. Feito este relato da causa, passo à decisão. Fazendo-o, lembro que a reclamação constitucional de que trata a alínea “l” do inciso I do art. 102 da Constituição de 1988 é ferramenta processual de preservação da competência desta colenda Corte e de garantia da autoridade das suas decisões. Nesta última hipótese, contudo, sabe-se que as reclamatórias somente podem ser manejadas ante o descumprimento de decisórios proferidos, com efeito vinculante, nas ações destinadas ao controle abstrato de constitucionalidade, ou, então, nos processos de índole subjetiva, desde que, neste último caso, o eventual reclamante deles haja participado. Já a hipótese de cabimento de reclamação a que alude o §3º do art. 103-A da Constituição Federal, essa pressupõe a existência de súmula vinculante, que não é o caso dos autos.

4. Lembro mais: se a ação direta de inconstitucionalidade visa à integridade normativa da Constituição, a reclamação sai em defesa, não imediatamente da Constituição, mas do próprio guardião da Magna Carta. É um processo subjetivo, e não objetivo, na medida em que, concretamente, guarda o guardião, nos dois referidos pressupostos: para impedir a usurpação de competência do Supremo Tribunal Federal e para garantir a autoridade das respectivas decisões.

5. Ora, no âmbito dos presentes autos, o que pretende o reclamante? Exigir integral respeito aos motivos determinantes dos julgados proferidos nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade 354, 3345, 3685, 3741 e 4307. Motivos que, segundo ele, reclamante, não foram observados pela decisão reclamada. Deslembrado de que, nas decisões alegadamente violadas, não estava em causa a Lei Complementar 135/2010, que sequer existia, à época. Lei cuja tese da sua aplicação imediata fundamentou o acórdão impugnado. Sendo assim, avulta a impertinência da alegação de desrespeito às decisões tidas por paradigmáticas. A menos que se pudesse atribuir efeitos irradiantes ou transcendentes aos motivos determinantes dos julgados plenários tomados naquelas ações abstratas. Mas o fato é que, no julgamento da Rcl 4.219, esta nossa Corte retomou a discussão quanto à aplicabilidade dessa mesma teoria da “transcendência dos motivos determinantes”, oportunidade em que deixei registrado que tal aplicabilidade implica prestígio máximo ao órgão de cúpula do Poder Judiciário e desprestígio igualmente superlativo aos órgãos da judicatura de base, o que se contrapõe à essência mesma do regime democrático, que segue lógica inversa: a lógica da desconcentração do poder decisório. Sabido que democracia é movimento ascendente do poder estatal, na medida em que opera de baixo para cima, e nunca de cima para baixo. No mesmo sentido, cinco ministros da Casa esposaram entendimento rechaçante da adoção do transbordamento operacional da reclamação, ora pretendido. Sem falar que o Plenário deste Supremo Tribunal Federal já rejeitou, em diversas oportunidades, a tese da eficácia vinculante dos motivos determinantes das suas decisões (cf. Rcl 2.475-AgR, da relatoria do ministro Carlos Velloso; Rcl 2.990-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence; Rcl 4.448-AgR, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; Rcl 3.014, de minha própria relatoria).

6. Em palavras diferentes, a alegada identidade entre o objeto da decisão reclamada e o conteúdo das citadas ADIs simplesmente não existe, pois, à falta da Lei Complementar 135/2010, como poderia o Supremo Tribunal Federal examinar a  constitucionalidade da sua aplicação imediata? Como poderia qualificá-la como lei material, ou, então, lei de natureza processual, para o efeito da incidência do art. 16 da Constituição? Certamente por isso é que o reclamante, ao transcrever trechos isolados de determinados votos plenários (alguns deles vencidos), não conseguiu demonstrar, minimamente que fosse, as supostas violações às nossas decisões plenárias.

7. Acresce que, em nenhuma das decisões aventadas, concluiu o Plenário deste Tribunal pela aplicação do princípio da anualidade eleitoral quanto às hipóteses de criação legal de novas condições de elegibilidade de candidatos a cargos públicos. Ao contrário, no RE 129.392, o que ficou assentado? Ficou assentado o seguinte: “cuidando-se de diploma exigido pelo art. 14, §9º, da Carta Magna, para complementar o regime constitucional de inelegibilidades, à sua vigência imediata não se pode opor o art. 16 da mesma Constituição”.

8. Por todo o exposto, resulta patentemente indemonstrada (é com todo o respeito que o digo) a usurpação de competência deste STF ou de afronta à autoridade de suas decisões. O que me leva a conhecer da presente reclamação, mas para julgá-la improcedente. O que faço com fundamento no §1º do art. 21 e no parágrafo único do art. 161, ambos do RI/STF.
Publique-se.

Brasília, 08 de setembro de 2010.
Ministro AYRES BRITTO
Relator

Ibope mostra intenções de voto de Dilma, Serra e Marina por região

O Ibope divulgou nesta sexta-feira (3) uma nova pesquisa de intenção de voto para a Presidência da República. Os principais resultados foram publicados no mesmo dia pelo G1. Além dos números gerais, o instituto calculou as taxas dos candidatos por segmentos do eleitorado como sexo e regiões do país.

O quadro ao lado mostra as taxas de intenção de voto dos três principais candidatos, Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV), nas cinco últimas pesquisas nacionais do Ibope: uma realizada entre 27 e 29 de junho, outra, entre 2 e 5 de agosto, outra, entre 12 a 15 de agosto, outra, entre 24 e 26 de agosto, e a última, de 31 de agosto a 2 de setembro.

Na última pesquisa, divulgada nesta sexta, Dilma obteve 51% das intenções de voto, Serra, 27%, e Marina, 8%, na média nacional.

Intenções de voto por sexo
 
Entre os homens, a petista aparece com 54%, o tucano, com 27%, e a candidata do PV, com 7%. Em relação à pesquisa anterior, os percentuais verificados para Dilma e Serra são os mesmos. A exceção foi Marina Silva, que tinha 6% e agora tem 7%.
Entre as mulheres, Dilma obteve 49%, Serra, 28%, e Marina, 8%. No levantamento anterior, a petista tinha 48%. Serra e Marina se mantiveram com os mesmos percentuais.

Intenções de voto por região
 
Dentre as regiões, a maior mudança em relação à pesquisa anterior ocorreu no Sul. A candidata do PT passou de 40%, no levantamento anterior, para 44% na pesquisa divulgada nesta sexta. Serra se manteve com 35% na região. Marina permaneceu com 5%.

Sobre a pesquisa 
O levantamento foi encomendado pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 27597/2010. Foram realizadas 3.010 entrevistas, em 204 municípios, de 31 de agosto a 2 de setembro.

Na média nacional, o Ibope registrou que Dilma teve 51% das intenções de voto, Serra, 27%, e Marina, 8%. Os outros candidatos não alcançaram 1% das intenções de voto. Os brancos e nulos somaram 6% e, os indecisos, 7%.

Considerando a margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos, Dilma pode ter 49% ou 53%, e Serra, 25% ou 29%. Marina Silva poderia ter 6% ou 10%.

Dilma pode vencer com vantagem maior que a de Lula

Mantido o cenário atual da sucessão presidencial, Dilma Rousseff (PT) teria uma vitória mais ampla que a de seu padrinho há quatro anos. Não apenas em quantidade e proporção de votos, mas também geograficamente. De acordo com o Ibope, ela lidera sozinha em 21 unidades da Federação, e está tecnicamente empatada com José Serra (PSDB) nas outras seis.

No primeiro turno de 2006, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o mais votado em 16 Estados, enquanto Geraldo Alckmin (PSDB) venceu em 10 e no Distrito Federal. Lula obteve 48,6% dos votos válidos e precisou disputar o segundo turno. Dilma aparece, no fim de agosto, com 59% dos votos válidos, segundo o Ibope.

Os dados dos candidatos a presidente nas unidades da Federação são apresentados a partir da consolidação das mais recentes pesquisas estaduais do Ibope que foram divulgadas. Todas foram realizadas em agosto, mas em datas diferentes. A maior parte, depois do dia 20 de agosto.

Dilma supera Serra em quatro Estados onde Alckmin bateu Lula em 2006: Rondônia, Roraima, Goiás e São Paulo. Além disso, também ganha do tucano no Distrito Federal. Os seis lugares onde a petista e o tucano estão tecnicamente empatados são todos Estados onde Lula teve menos votos que o adversário no primeiro turno de quatro anos atrás: Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Palácio vê crime eleitoral em manifestação de jarbistas e aciona o Ministério Público

O procurador Geral do Estado Tadeu Alencar entregou ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e ao Ministério Público Eleitoral (MPE) uma representação em que solicita a apuração de crime eleitoral contra o governador Eduardo Campos durante a manifestação de jarbistas. O documento também pede investigação pelo crime de calúnia e/ou desacato.

Na última quarta-feira (1°), a militância jovem da coligação Pernambuco Pode Mais, do senador e candidato a governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), protestou, em frente ao Palácio do Campo das Princesas, contra o episódio do caminhão. Na manifestação, os jovens distribuíram panfletos com a acusação “Eduardo faz campanha com dinheiro público. Justiça nele!”.

Segundo Tadeu Alencar, atos públicos em que se desrespeita a honra do governador do Estado não se pode admitir. Ele ainda informou que as acusações eram sem fundamento e atacou a ordem democrática e institucional.

A representação foi entregue ao procurador geral de Justiça em exercício, Itabira de Brito, e ao procurador Regional Eleitoral, Sady Torres, na noite dessa quinta (2).

Dilma amplia vantagem e tem 24 pontos sobre Serra

Pesquisa Ibope, encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo, divulgada neste sábado (28), mostra vitória da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, em primeiro turno, com 51% dos votos válidos. O dado confirma pesquisas anteriores também divulgadas esta semana, que projetam a vitória da petista no pleito do dia 3 de outubro.

A petista refgistrou um crescimento de oito pontos porcentuais em relação ao levantamento anterior do mesmo instituto, feito às vésperas do início da propaganda eleitoral, no dia 16 deste mês.

Desde então, Serra caiu de 32% para 27%. Marina Silva, do PV, registava 8% e agora tem 7%. Somados, os adversários da petista têm 35 pontos, 16 a menos do que ela.

O levantamento confirma ainda constatações das pesquisas de outros institutos ao verificar a preferência por Dilma em redutos de Serra. Em São Paulo, por exemplo, ela tem sete pontos à frente do tucano (42% a 35%) e, em Minas Gerais, registra o dobro de votos do adversário (51% a 25%) - respectivamente primeiro e segundo maiores colégios eleitorais do País.

Além disso, de acordo com a pesquisa Ibope, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é considerado ótimo ou bom por 78% dos brasileiros e ruim ou péssimo por 4%.

Datafolha: Dilma abre 20 pontos e já vence Serra em SP

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, segue ganhando espaço e aparece com 49% das intenções de voto, 20 pontos porcentuais a mais que seu principal adversário, o candidato tucano ao Palácio do Planalto, José Serra, que está com 29%. Os dados são da nova pesquisa Datafolha, realizada nos dias 23 e 24 e publicada na edição de hoje do jornal Folha de S.Paulo. No levantamento anterior, do dia 20, Dilma tinha 47% e Serra 30%. A candidata do PV, Marina Silva, manteve-se com 9% das intenções de voto.

A novidade da pesquisa é que a petista agora bate Serra em São Paulo, no Rio Grande do Sul e no Paraná - Estados que, até o momento, eram redutos do tucano. Em São Paulo, Dilma registra 41% das intenções de voto, ante 34% na pesquisa realizada pelo Datafolha nos dias 9 a 12 de agosto. Já Serra, que aparecia com 41%, agora registra 36%. No Rio Grande do Sul, a petista saiu 35% para 43%, enquanto Serra foi de 43% para 39%. No Paraná, Dilma tinha 34% e agora registra 43%, ao passo que o tucano caiu de 41% para 34%.

Em eventual segundo turno, a petista também ampliou sua vantagem em relação a Serra. Dilma passou de 53% na semana passada para 55%. O tucano, por outro lado, caiu de 39% para 36%. Na pesquisa espontânea - em que os eleitores não têm acesso prévio ao nome dos candidatos - Dilma passou de 31% no dia 20 para 35% agora, enquanto Serra foi de 17% para 18%.

A mais recente pesquisa Datafolha, contratada pelo jornal Folha de S.Paulo e pela Rede Globo, foi realizada com 10.948 eleitores em 385 municípios. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 25.473/2010.

TSE cassa mandato de deputado federal por infidelidade partidária


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou nesta quarta-feira (25), por unanimidade, o mandato do deputado federal Robson Rodovalho (PP-DF). Ele foi eleito pelo DEM, em 2006, mas saiu da legenda em 2009, segundo o processo, sem justificar o desligamento. Nestas eleições, o parlamentar é candidato à reeleição usando o nome de Bispo Rodovalho.

O deputado ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). O G1 entrou em contato com o gabinete de Rodovalho e aguarda resposta. O pedido de cassação foi apresentado pelos suplentes do parlamentar, Izalci Lucas (PR) e Osório Adriano (DEM).

Rodovalho justificou a mudança de sigla, afirmando que participava da criação de um novo partido, o PSR. Os suplentes alegaram que a suposta legenda não foi criada e Rodovalho se filiou ao PP sem nenhuma justificativa.

Segundo a decisão do TSE, o primeiro-suplente, Izalci Lucas (PR) não poderá assumir a vaga, porque também teria incorrido em infidelidade partidária ao deixar o DEM para ingressar no PR. O mandato - que termina em dezembro deste ano - iria para o segundo suplente, Osório Adriano (DEM).

TSE barra primeira candidatura de político 'ficha suja'


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrou nesta quarta-feira (25), por 5 votos a 2, o registro de candidatura a deputado estadual pelo Ceará Francisco das Chagas Rodrigues Alves (PSB) com base na Lei da Ficha Limpa. Esse é o primeiro caso de candidatura negada pelo TSE usando a lei como referência.

Ministros durante sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira (25) (Foto: Nelson Jr./TSE)

O candidato pode recorrer ainda ao Supremo Tribunal Federal (STF). Alves foi condenado por compra de votos nas eleições de 2004, quando concorreu a vereador pelo município de Itapipoca (CE).

A decisão do TSE mantém o entendimento de que a Lei da Ficha Limpa vale para decisões tomadas antes da lei entrar em vigor, no dia 7 de junho. A norma, que vale para as eleições deste ano, proíbe a candidatura de políticos condenados por colegiados.

Julgamento

O julgamento do primeiro recurso envolvendo candidato barrado pela ficha limpa foi adiado duas vezes. O primeiro pedido de vistas foi feito pelo presidente do tribunal, ministro Ricardo Lewandowski, no dia 13 de agosto. Na semana passada, um novo pedido de vistas da ministra Carmém Lúcia adiou pela segunda vez a análise do caso.

Segundo a ministra, a aplicação da lei a condenações anteriores à norma é possível porque a inelegibilidade não é uma punição. "A inelegibilidade decorre de ilícito eleitoral. A meu ver não se está diante de uma punição. Não caracteriza pena, mas mera consequência de ato ilícito. Não sendo pena, não há qualquer vedação constitucional à aplicação da nova norma a decisões antes de sua vigência", afirmou a ministra.

Erasmo Fárias é o novo Presidente da Câmara de vereadores de Lagoa Grande

Erasmos Fárias (Foto: Carlos Britto)
A Câmara de Vereadores de Lagoa Grande (PE), no sertão do São Francisco, tem novo presidente. O vereador Erasmo Farias (PSB) assumirá a Casa para o biênio 2011/2013, sucedendo Doutor de Iolanda (PSB). A votação ocorreu na sessão ordinária desta quarta-feira (25), que foi inclusive muito contestada pelos governistas por ter sido antecipada.
De pouco adiantou a tentativa da prefeita de Lagoa Grande (PE), Rose Garziera (PMDB), em exonerar o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Josildo Souza, para torná-lo o novo presidente da Câmara Municipal de Vereadores. Apesar da maioria na Casa (cinco vereadores contra quatro da oposição), Roque Cagliari, aliado da prefeita, decidiu abster-se de votar.
Roque Cagliari (Foto: Carlos Britto)
Segundo informações de bastidores, Cagliari não queria que o candidato fosse Josildo, e sim a vereadora Vilma. Ele, no entanto, preferiu não comentar sobre sua decisão. Garantindo manter “uma relação de respeito com a prefeita”, Cagliari disse não temer represálias. “Não tenho rabo preso com ninguém. Fui eleito pelo voto popular e são a essas pessoas, e à prefeita Rose Garziera, que devo satisfações”, ressaltou.
O mal estar entre a situação parece ter ficado claro após uma manobra desesperada de Rose para garantir a eleição de Josildo.

Sem o voto de Roque e com a situação rachada, a eleição entre Josildo e Erasmo acabou empatada em quatro votos. Por ser mais velho, como determina o Regimento, Erasmo levou a melhor. Além dele foram confirmados os vereadores Joaquim da Rocinha (PT) como 1º secretário, e Carlinhos Ramos (PSB) o 2º secretário.
Esta é a segunda vez que Erasmo é eleito presidente dessa maneira. Ao ser perguntado sobre a decisão de Cagliari, o vereador evitou polemizar. “Acho que foi um desabafo dele”, sem esconder sua surpresa.

Resgate encontra caixa-preta do avião da Embraer que caiu na China

Imagem mostra avião da Embraer, modelo E-190, como o que caiu na China em voo da Henan (Foto: Xinhua/AP)

Os serviços de resgate encontraram a caixa-preta do avião da Embraer modelo E-190 da companhia Henan Airlines que caiu nesta terça-feira (24) no nordeste da China com 96 pessoas a bordo, informou a imprensa local.

Em um primeiro momento, o número de mortos, segundo informações oficiais, era de 43, mas o governo de Yichun corrigiu a cifra para 42 nesta quarta-feira (25) porque um dos corpos havia sido contado duas vezes. Os familiares e conhecidos começaram a identificar as vítimas.

A administração chinesa de aviação civil informou que, das 96 pessoas que viajavam no avião, cinco eram crianças e outras cinco eram membros da tripulação. Fontes oficiais confirmaram também que um grupo de funcionários do Ministério de Recursos Humanos e Seguridade Social estava entre os passageiros.
A imprensa local divulgou a informação de que o capitão também sobreviveu à queda e está no hospital, mas não tem condições de dizer o que aconteceu. O avião da Henan Airlines decolou de Harbin, capital da Província de Heilongjiang, em um voo curto para Yichun, cidade a 360 km dali, perto da fronteira russa.
As causas do acidente ainda são desconhecidas. O denso nevoeiro, no entanto, está sendo apontado como uma das possíveis causas, devido à pouca visibilidade para a aterrissagem. A revista chinesa de economia Caijing chegou a publicar em seu site que o aeroporto de Yichun não está preparado para operar à noite.

Embraer envia técnicos

A fabricante brasileira de aviões Embraer enviou uma equipe de técnicos para investigar o acidente. A queda ocorreu no mesmo dia em que dois outros acidentes aéreos viraram notícia. O primeiro, no Nepal, não deixou sobreviventes. O segundo ocorreu nas Bahamas, onde que seis pessoas se salvaram.

O último grande acidente aéreo da aviação comercial chinesa aconteceu em novembro de 2004, quando um Bombardier CRJ-200LR se acidentou perto de Baotou, no norte do país, causando a morte de 53 pessoas a bordo e outras duas em terra.


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