Entre a secretaria e o ministério

O secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Fernando Bezerra Coelho (PSB), dividiu o dia de ontem entre as atribuições do governo, programando o evento da Fiat na próxima semana, e as articulações para o Ministério da Integração, cargo que ocupará a partir do próximo 1º de janeiro. Ele passou a manhã com empresários, na secretaria, mas conversou por telefone com o governador eleito do Piauí, Wilson Martins (PSB), e agendou um encontro para a próxima quarta-feira. Bezerra Coelho disse que, após receber o presidente Lula (PT) com o governador Eduardo Campos (PT) e participar do lançamento da pedra fundamental da montadora, na terça-feira, parte no dia seguinte para Teresina.
O Piauí é o segundo estado do Nordeste a ser visitado pelo futuro ministro da Integração. Ele já esteve na Bahia, com o governador Jaques Wagner (PT), para conversar sobre as demandas do estado baiano e apagar qualquer aresta que tenha restado após a sua indicação para o ministério. Nos bastidores, ventilava-se que Wagner queria emplacar um petista baiano para projetá-lo como sucessor, mas perdeu a queda de braço para Eduardo Campos. ‘Vou conversar com Wilson porque ele foi um dos governadores que mais ajudou na escolha do meu nome’, observou o secretário, um dia após afirmar que a presidência da CODEVASF será indicada pelo piauiense.
Bezerra Coelho ainda não anunciou a equipe de transição. Ele frisou ter conversado, no entanto, com a economista Tânia Bacelar e o ex-secretário de Planejamento do estado João Recena para colher sugestões de como pode reposicionar o ministério. A intenção de Bezerra é nacionalizar as ações da pasta. Ele considera que a Integração Nacional é muito voltada para o Nordeste e quer ampliar suas atribuições. Tânia ficou de mandar um material para que eu possa dar uma olhada, declarou, evitando antecipar as novidades.
Escolhido para o primeiro escalão de Dilma Rousseff, Bezerra Coelho agarrou a oportunidade com unhas e dentes. Conhecido por ser temperamental e falar o que pensa, o futuro ministro se mostra bastante comedido nos últimos dias. Ele sabe que o novo cargo lhe dará uma projeção nacional e um empurrão importante para 2014.

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