Acampados em barracas de camping,
no gramado em frente ao Congresso Nacional, pouco mais de 150
estudantes prometem fazer um dia de manifestações na Esplanada dos
Ministérios. Eles vão se unir a representantes de todo o Brasil para
defender que, no mínimo, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) sejam
investidos em educação. A meta deve ser incluída no Plano Nacional de
Educação (PNE).
A presidente da União Brasileira dos
Estudantes Secundaristas (Ubes), Manuela Braga, disse que o protesto de
hoje quer promover uma discussão sobre a necessidade de melhorar a
educação no país. Segundo ela, o caminho é incentivar o ensino técnico
e ampliar as vagas nas universidades públicas.
“Nossas principais bandeiras são a
ampliação da escola técnica e de universidades, a melhoria na forma de
acesso no vestibular e a concessão do passe livre e da meia-entrada em
eventos para os estudantes. A gente não consegue realizar nossas metas
com menos de 10% do PIB na educação. Não vamos abrir mão desses
direitos”, disse Manuela Braga.
O movimento, chamado Ocupe Brasília, é
organizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e inspirado ações
internacionais como o Ocupe Wall Street, em que a popualção protesta
contra os impactos da crise financeira. Para o presidente da entidade,
Daniel Iliescu, a manifestação quer o apoio da sociedade para garantir
mais recursos para a educação no país.
“Queremos chamar a atenção da sociedade
brasileira, pressionar os parlamentares e o governo federal em relação
a alguns temas que esta semana terão seu destino decidido e que
influenciam diretamente a vida dos estudantes e da juventude do país.
Precisamos ficar atentos e exigir nossos direitos”, disse Iliescu.
O projeto de lei que cria o Plano
Nacional de Educação (PNE), no período de 2011 a 2020, foi enviado pelo
governo federal ao Congresso em 15 de dezembro de 2010. O novo PNE
apresenta dez diretrizes objetivas e 20 metas, além de estratégias
específicas de concretização para o setor.
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