Equipe do prefeito eleito elaborou um relatório destrinchando o contrato de coleta de lixo no Recife, tema que rendeu muita polêmica durante a gestão de João da Costa
Foto: Priscila Buhr/JC Imagem |
Tão logo retorne ao Recife, o prefeito
eleito Geraldo Julio (PSB) se debruçará em um relatório elaborado por
sua equipe de transição que trata de um dos maiores pepinos da gestão
de João da Costa (PT). Técnicos especializados destrincharam nos
últimos dias o contrato da coleta do lixo, realizado logo no primeiro
ano do atual governo petista e que rendeu muita polêmica, inclusive
sendo questionado em auditoria especial no Tribunal de Contas do Estado
(TCE). O assunto gerou uma série de matérias no JC, intitulada
Bastidores de uma Guerra: dossiê do lixo, em agosto de 2009. Apesar de
não ter assumido posição durante a campanha, Geraldo decidirá nos
próximos dias se irá rever o contrato.
O contrato de recolhimento de lixo é um
dos mais complexos das administrações públicas municipais. O do Recife
não é diferente. Entre o segundo semestre de 2008, já no final do
governo João Paulo (PT), e o segundo semestre de 2009, quatro editais
de licitação foram lançados, sendo que três deles foram suspensos pelo
TCE. O contrato seguia o modelo de licitações anteriores, feitas em
1995 (gestão Jarbas Vasconcelos/PMDB) e 2002 (João Paulo), com a coleta
do lixo dividida em dois lotes: o primeiro para 20% da área do Recife e
o segundo para 80%, com quatro empresas concorrendo para cada lote.
João da Costa iniciou a gestão
bombardeado pela irregularidade no serviço prestado pela Qualix,
empresa que por 20 anos atuou na coleta do lixo no Recife. Vários
bairros foram afetados, com lixo espalhado nas ruas. O contrato com a
Qualix chegou ao fim em julho de 2009 e a prefeitura optou pela
contratação da Vital Engenharia Ambiental, do Grupo Queiroz Galvão,
para o lote de 80%, em caráter emergencial, sem licitação. O segundo
lote ficou com a Coelho de Andrade Engenharia Ltda. (Cael).
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