Estudo sugere nova
configuração para movimento dos continentes em milhões de anos
Ilustração do
movimento dos continentes para o surgimento da “Amásia” previsto
pela aproximação das áreas de subdução das placas tectônicas
Divulgação/Nature
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Daqui a entre 50 milhões e 200 milhões de anos, a superfície da Terra
será dominada por um novo supercontinente, a exemplo do que ocorreu no
passado com os antigos Nuna, Rodinia e Pangeia. Desta vez, no entanto, o
movimento das placas tectônicas deverá unir as Américas com a Ásia,
fazendo surgir a “Amásia”, sugere estudo publicado na edição desta
semana da revista “Nature”.
Segundo os pesquisadores, ao contrário
das teorias tradicionais, que preveem que o novo supercontinente se
formará ou próximo de onde Pangeia estava (introversão), fechando o
Atlântico como num movimento de sanfona; ou do lado oposto do globo em
que o supercontinente de 300 milhões de anos atrás se localizava
(extroversão), no meio de onde hoje é o Oceano Pacífico, dados
paleomagnéticos apontam que na verdade os novos supercontinentes se
formam em ângulos de 90 graus com relação ao anterior (ortoversão).
Assim, a Amásia se uniria em torno do anel de subdução deixado pelo seu
predecessor - hoje conhecido como Anel de Fogo do Pacífico pela
concentração de vulcões nas áreas de encontro das placas tectônicas nas
bordas do oceano.
De acordo com o modelo calculado por Ross
Mitchell e sua equipe da Universidade de Yale, nos EUA, a América do
Norte gradualmente se fundirá com a do Sul, fechando o Mar do Caribe.
Depois, o conjunto flutuará em direção ao Norte da Ásia, acabando com o
Oceano Ártico e dando origem à Amásia.
- Primeiro teríamos a fusão
das Américas, que depois migrariam em direção ao NOrte para se
colidirem com a Europa e a Ásia maio ou menos onde hoje está o Polo
Norte - diz Mitchell. - A Asutrália também continuaria seu movimento
para o Norte, encaixando-se ao lado da Índia.
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