Começou por volta das 10h20 o ato das centrais sindicais em frente à
sede do Banco Central (BC) em São Paulo para pressionar pela redução da
taxa básica de juros (Selic) na reunião do Comitê de Política Monetária
(Copom) que terminará amanhã (30), em Brasília. A manifestação foi
convocada por Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras
do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Nova
Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e União Geral dos
Trabalhadores (UGT). As entidades esperam cerca de 500 pessoas no ato.
André Lessa/AE
Manifestantes se reuniram em frente à sede do Banco Central em SP
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Desde agosto, quando promoveu o primeiro de dois cortes de 0,5 ponto
porcentual, o Banco Central vem reduzindo a taxa de juros, atualmente
em 11,5% ao ano. A redução apresentada até agora pelo Copom é
considerada, no entanto, "tímida" pelas centrais sindicais. "O Brasil
ainda tem uma das maiores taxas de juros do mundo", disse o presidente
da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o
Paulinho, que está presente no ato realizado na Avenida Paulista.
"Apesar do ciclo de redução visto nas últimas reuniões, temos de
continuar dizendo ao governo que é preciso reduzir juros para gerar
empregos e estimular a produção, e não dar força à especulação."
Paulinho disse que um possível corte de 0,5 ponto porcentual,
porcentual esperado pela maioria dos analistas de mercado, é "muito
pouco". "Para mostrar que o governo está comprometido para valer com a
produção nacional, o corte tem de ser de pelo menos 1 ponto
porcentual", afirmou o dirigente sindical. De acordo com ele, esse
movimento de queda mais agressivo não teria reflexo na inflação, pois a
alta de preços estaria "controlada" e aceleraria a queda para um
patamar razoável. "O objetivo é que a Selic fique abaixo dos dois
dígitos, em torno de 9% ao ano", disse.
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