Uma tribo guarani da cidade de Caarapó, no Estado do Mato Grosso do
Sul, exigiu que a companhia petrolífera Shell deixe de explorar suas
terras para a produção de etanol, informou nesta terça-feira, 6, em
comunicado da organização defensora das comunidades indígenas Survival
International.
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Relatório da ONU sobre a situação dos índios da região
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"A Shell deve deixar nossa terra. A companhia não pode usar a terra
indígena. Queremos justiça, queremos que nossa terra seja demarcada e
protegida para nós", disse Ambrosio Vihalva, um guarani dessa
comunidade.
Segundo nota da organização, a Shell se uniu à companhia brasileira
de etanol Cosan em um negócio conjunto denominado Raizen. Parte do
etanol produzido pela Raizen, vendido como biocombustível, é produzido
com cana-de-açúcar de terras dos guaranis.
Em carta enviada, a tribo adverte que "desde que a fábrica começou a
operar, a saúde dos índios da comunidade acabou piorando, incluindo
crianças, adultos e animais".
Aparentemente, os produtos químicos utilizados nas plantações de
cana-de-açúcar parecem causar diarreia nas crianças guaranis.
"Já não podemos encontrar os remédios que costumavam crescer na
floresta, pois as plantas morreram pelo veneno", acrescentam os
guaranis, afirmando que nunca deram nenhuma permissão à Shell para a
utilização da terra.
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