Governadores aderem a movimento por mais investimentos na saúde

Mais da metade dos governadores brasileiros considera que os estados não têm dinheiro suficiente para cobrir as despesas mínimas com saúde estabelecidas pela Emenda 29. A emenda regulamenta os gastos com saúde da União, de estados e de municípios. A lei está em análise no Congresso e deve ser votada ainda neste mês.

Quinze governadores aderiram a uma campanha por uma nova fonte de financiamento para a saúde pública. Em nota, eles afirmam que é preciso aumentar os investimentos no setor. Os governadores se juntaram à presidente Dilma Rousseff na defesa da criação de novas fontes de financiamento para a saúde pública.

"É fundamental esse financiamento da saúde. O Brasil assumiu um modelo de atendimento à população, ao meu ver, correto, universalizado, em que a população tem direito a um serviço de saúde pública amplo e irrestrito", afirmou o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB).

Mas os governadores não assumem abertamente a defesa de um novo imposto para a saúde. Eles esperam que a solução surja de um acordo com Dilma. Ela voltou a dizer a ministros e líderes governistas que o problema deve ser resolvido pelo Congresso. Ninguém quer assumir o desgaste político da proposta.

"Agora, é importante os governadores entrarem em cena, a sociedade entrar em cena, os deputados e senadores encontrarem uma alternativa", afirmou o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).

Para a oposição o governo ja tem dinheiro suficiente e precisa gastar melhor. "A sociedade não aguenta pagar mais carga tributaria, mais impostos, principalmente as pessoas que menos podem", disse Duarte Nogueira (SP), líder do PSDB na Câmara.

A Emenda 29 já prevê a criação da Contribuição Social para a Saúde (CCS), com alíquota de 0,10% sobre as movimentações financeiras. Poderia gerar receita de R$ 10 bilhões, o que nao é suficiente para cobrir os novos investimentos. A votação esta marcada para o próximo dia 28 na Câmara.

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