Partido Comunista aprova reformas econômicas em Cuba

O Partido Comunista Cubano aprovou na segunda-feira reformas econômicas importantes e seus membros votaram para escolher novos líderes partidários durante um congresso para traçar o futuro de Cuba, informou a mídia estatal.

O mais alto corpo político da ilha caribenha deverá eleger novos secretários, seu Comitê Central e o Escritório Político, mas os resultados ainda não estavam disponíveis.

As reformas representam as maiores mudanças para a economia cubana em décadas e são destinadas a garantir o futuro do socialismo em um dos últimos Estados comunistas.

A aprovação pelo congresso comunista já era amplamente esperada, uma vez que algumas das reformas já estão em andamento.

As principais mudanças incluem enxugar o funcionalismo público, cortar a porção mensal de alimentos distribuída à população, estimular a iniciativa privada e implementar outras medidas destinadas a melhorar a produtividade, mas sem abrir mão do planejamento central.

Enquanto o presidente Raúl Castro quer diminuir o peso do Estado na economia, os delegados do partido deixaram claro que ele não irá desaparecer. Eles apoiaram uma economia planificada, com os principais meios de produção permanecendo nas mãos do governo.

Na votação para a liderança do partido, o presidente Raúl deverá substituir o irmão mais velho, o ex-presidente Fidel Castro, como primeiro-secretário, mas os outros cargos serão observados de perto por dar pistas sobre novos nomes que eventualmente poderão substituir a velha guarda revolucionária.

A questão da liderança tem ofuscado as reformas, desde que Raúl disse em discurso no sábado que o governo estava considerando limitar os futuros líderes, incluindo ele próprio, a dois mandatos de cinco anos.

Em artigo publicado na capa do jornal Granma, Fidel disse que 'a nova geração está sendo chamada a retificar e alterar sem hesitação tudo que deve ser retificado e alterado, e a continuar demonstrando que o socialismo é também a arte de fazer o impossível acontecer'.

O 'impossível', segundo ele, é 'construir e provocar a revolução dos pobres, pelos pobres e para os pobres, e defendê-la por meio século da mais poderosa potência militar que já existiu' uma referência aos Estados Unidos, que mantêm um embargo comercial contra a ilha.

Fidel, que raramente aparece em público nos últimos anos, não participou da abertura do congresso. A mídia estrangeira não foi autorizada a acompanhar as sessões.

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