Em porta de fábrica de SP, Dilma promete 'crescimento com emprego'

Em comício na madrugada desta segunda-feira (23), ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na porta da fábrica da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo (SP), um dos principais berços políticos do PT, a candidata do PT Presidência da República, Dilma Rousseff, prometeu "crescimento econômico com emprego" e "continuar a valorização do salário mínimo". "Governos têm que ter lado, e o nosso lado é um só. O lado do crescimento econômico com emprego", disse Dilma.

Na frente das pesquisas de intenção de voto, a petista foi chamada de “nossa presidenta” por Lula. “Se Deus está conosco, quem está contra a gente?”, questionou o presidente ao microfone, diante do público de funcionários da montadora. Mais uma vez, ele adotou o discurso da cautela. Afirmou que "ficar achando que vai ganhar só com as pesquisas não é "uma boa política" e justificou a importância do evento para a petista "pegar um pouco de energia na porta de uma fábrica onde tudo começou".

Lula já fez outros sete comícios na campanha de Dilma, sendo este o primeiro na porta de uma fábrica. Ele já esteve ao lado dela no Rio de Janeiro (RJ), Garanhuns (PE), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Osasco (SP) e Mauá (SP). Os dois últimos foram realizados na sexta (20) e no sábado (21), respectivamente. O deputado Antonio Palocci (SP), um dos coordenadores da campanha petista, disse que a intenção é fazer mais eventos como esse, na porta de uma fábrica.

Além de Lula, Dilma estava acompanhada do candidato ao governo do PT de São Paulo, Aloizio Mercadante, da ex-prefeita Marta Suplicy, candidata do PT ao Senado em São Paulo, da primeira-dama, Marisa Letícia, dos ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Franklin Martins (Comunicação Social) e do prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT).

Após os discursos, Lula e Dilma desceram do palco para cumprimentar os trabalhadores pessoalmente. "Já faz muito tempo que não entrego panfleto, nem sei se vou saber entregar mais. De qualquer forma, como vou perder o emprego no dia 1º de janeiro, tenho que começar a praticar alguma coisa e nada como aprender a entregar panfleto outra vez", brincou.

'A presidenta de vocês'

Num discurso rápido, de pouco mais de cinco minutos, Dilma falou diretamente aos trabalhadores. Ela evocou o início do movimento sindical e da luta que levou a que o Brasil tivesse o primeiro presidente metalúrgico. "O governo do presidente Lula teve em vocês seu foco principal", disse.

Destacou que os filhos e filhas dos trabalhadores precisam ter acesso educação de qualidade e que seu governo, caso eleita, vai avançar mais no que foi feito pela atual gestão. "Vou ser a primeira presidenta desse país, a presidenta de vocês", encerrou.

'Ajudante'

Lula falou após Dilma. Destacou a confiança que tem em sua ex-ministra e a "lealdade" dos sindicalistas. Ele falou rapidamente, também por cerca de cinco minutos, argumentando que o foco principal do evento era o contato direto com os funcionários da fábrica, e não os discursos em cima do palco.

"Ela [Dilma] veio aqui fazer um compromisso com vocês. Como antes de ser presidente, eu fui metalúrgico, não serei apenas seu o ajudante para você [Dilma] fazer as coisas melhores para esse pessoal. Mas vou ajudar o pessoal a telefonar [para cobrar]: 'Presidenta, sabe aquilo que você falou na porta da fábrica naquele dia?'."

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