O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, rebateu ontem a crítica do
secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, de que o país "pede mais" do
que as sedes anteriores e disse que a Lei Geral da Copa estará aprovada
em março.
Aldo Rebelo (à dir.) durante a visita à Fonte Nova |
Valcke, Rebelo e Ronaldo visitaram ontem obras em Fortaleza e Salvador.
Ao defender que indígenas e a população pobre possam assistir às
partidas do Mundial, Rebelo vocalizou o mal-estar do governo com as
declarações do cartola da Fifa de que o Brasil acha que pode "pedir,
pedir e pedir".
"Nós pedimos não para o governo, mas para a população brasileira. E o
Brasil também já ofereceu muito à Copa do Mundo e à Fifa", disse Rebelo,
após vistoria na obra do estádio da Fonte Nova, em Salvador, ontem à
tarde.
Valcke participava da entrevista coletiva ao lado do ministro e adotou
um tom mais conciliatório ao falar da Lei Geral da Copa. Pontos como a
gratuidade e a responsabilização por desastres opõem governo e entidade.
"Estamos próximos à finalização de um acordo entre a Fifa e o governo, e
isso será feito. O início de 2012 é o momento para avançar e termos a
certeza de que as 12 cidades-sedes estejam prontas [para a Copa]", disse
Valcke.
O cartola afirmou que espera que o acordo avance amanhã, quando governo e Fifa voltarão a se reunir.
Valcke disse ainda que deve ser encontrado um modo para que os operários
que trabalharam nos estádios possam assistir a pelo menos uma partida
do Mundial.
Houve uma confusão na Fonte Nova por causa da declaração de Valcke. Um
manifestante foi retirado do auditório por portar uma faixa em que
exigia "respeito" do secretário da Fifa.
"O Brasil não é pedinte", disse Edson Alves, ao ser levado por seguranças.
Segundo Odebrecht e OAS, que tocam a reforma da arena de Salvador, 45% da obra já está pronta.
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