Ex-prefeito avalia que
as chances de racha entre as duas siglas crescem com a hipótese da
candidatura de João da Costa
O ex-prefeito e deputado federal João Paulo (PT) admitiu, ontem, que
os dois maiores partidos da Frente Popular - o PT e o PSB - podem vir a
disputar as prefeituras do Recife e de Petrolina, e que na Capital
essa possibilidade cresce se o prefeito (João da Costa, PT) for
candidato à reeleição. Ex-padrinho político do prefeito, hoje desafetos
pessoais, João Paulo afirmou não saber até quando vai se prolongar a
quebra de braço com o ex-aliado dentro do PT e o impasse na Frente. Nos
dois casos, a indefinição pode durar até às convenções de 2012, isso
porque não há outro caminho menos traumático. "Não tenho a mínima
ideia. Enquanto não se encontrar um caminho, vamos ficar buscando um
menos traumático. Hoje, está difícil encontrar um que unifique o
conjunto de forças (da Frente)", avaliou. João da Costa foi procurado,
mas não retornou as ligações.
João Paulo destacou que a relação com o PSB está dentro do projeto
nacional de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014 e em um
contexto de discussão sobre o Estado, uma vez que há outras cidades
onde há interesses mútuos do PT e do PSB. "Em algumas pode haver
candidato único, em outras pode haver disputa. Um exemplo é Petrolina,
outro é o Recife", ponderou.
O ex-prefeito disse que não conversou com o senador Humberto Costa
(PT) sobre a visita que ele (o senador) fez a Lula, na qual o
ex-presidente colocou-se à disposição para encontrar uma saída para o
impasse no Recife. "Na última conversa que tive com Lula (há três
meses), ele revelou que quer participar do processo eleitoral de 2012,
levando em consideração o mais essencial para o PT, que é a reeleição
de Dilma (2014). Lula tem uma relação muito boa com o governador
Eduardo Campos (PSB). O Recife é uma capital que teve gestões
vitoriosas, por oito anos, e o PT deu uma contribuição importante à
reeleição de Eduardo".
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