Em visita à capital
argentina, ex-presidente destacou a importância das prévias que o
partido fará para definir qual será o candidato à prefeitura de
São Paulo
Clayton de Souza/AE - 21/11/2011 |
"É mais fácil falar o futuro do euro do que o do
PSDB!". Com estas palavras, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
referiu-se - durante uma breve visita à capital argentina nesta
terça-feira, 29 - ao cenário que desponta sobre o partido dos tucanos.
"A política é imprevisível", frisou o ex-presidente, levantando
ironicamente a sobrancelha direita. No entanto, destacou a importância
das prévias que o partido - que em 2013 completará um quarto de século
de existência - fará para definir qual será o candidato à prefeitura de
São Paulo.
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"Começa a existir um interesse em função da prévia. Isso é
importante", sustentou. Mas, depois ressaltou que "é muito cedo, ainda
falta muito tempo para as eleições".
Cardoso preferiu não emitir preferências sobre os atuais
pré-candidatos do PSDB: "se eu tivesse um preferido, não poderia
dizê-lo". O ex-presidente afirmou que "quem deve definir isso são os
delegados (do partido). E eu não sou delegado...".
Cardoso indicou que as acusações existentes sobre irregularidades na
gestão do prefeito Gilberto Kassab devem ser analisadas pela Justiça:
"ora, como disse o presidente Lula e a presidente Dilma, temos que ver.
Deixa a Justiça julgar".
Sobre a "faxina" exigida por setores da população à presidente
Dilma, Cardoso afirmou que será "inevitável": "a pressão da opinião
pública é tão grande que ela terá que tomar medidas, porque não há
alternativas".
O ex-presidente afirmou que a Comissão da Verdade "é importante":
"temos que virar essa página. Eu fui o primeiro a criar uma comissão
para reconhecer o que havia sido feito. E pedi desculpas pelos excessos
do Estado brasileiro". No entanto, Cardoso considera que a comissão não
deve ter "espírito de revanchismo". Mas, ressaltou que "as pessoas tem o
direito de saber o que aconteceu".
Palestra. Cardoso realizou a palestra sobre conjunta
latino-americana no contexto da crise internacional no elegante Palácio
Errázuriz, sede do Museu de Arte Decorativo.
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