Operação tenta desbaratar quadrilha que fraudava a Previdência em Pernambuco

Polícia Federal, Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal deflagraram hoje uma operação conjunta denominada Operação Padrasto. O objetivo é combater e desestruturar uma organização criminosa com atuação nos municípios de Pesqueira, Caruaru, Altinho e principalmente Ibirajuba, todas em Pernambuco, especialista em fraudar a concessão do auxílio reclusão, que é um benefício pago aos dependentes do segurado de baixa renda que for preso e não receber remuneração nem auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço.

Um balanço da operação será divulgado hoje pela Polícia Federal de Caruaru. De acordo com as investigações, que tiveram início em dezembro de 2010, a fraude consistia em aliciar mães de crianças, cujos pais não constam da certidão de nascimento, para que presidiários, que possuam condições de serem instituidores do auxílio-reclusão, assumissem a paternidade, procedimento realizado por meio de requerimento ao cartório para que seja feita averbação junto ao registro de nascimento da criança. A partir de então, era dada entrada no requerimento junto à Previdência Social com toda a documentação exigida pela legislação.

Ao todo, 64 policiais federais e três servidores da previdência social trabalham para tentar cumprir um mandado de prisão preventiva, um de prisão temporária, 27 de condução coercitiva, dois de busca e apreensão, além de duas quebras de sigilo bancário.

A quadrilha é acusada de estelionato contra a Previdência Social mediante fraude na obtenção do auxílio-reclusão. Caso os presos sejam condenados, poderão cumprir penas que variam de um a 5 anos de reclusão podendo ser aumentada devido o crime ter sido praticado contra a Previdência Social. Estima-se que a atuação do grupo tenha causado um prejuízo de mais de R$ 500 mil aos cofres públicos, conforme relatório da Assessoria de Pesquisa Estratégica e Gerenciamento de Riscos da Previdência Social (APEGR).

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