Prefeitos de 14 municípios do Brasil manifestam apoio a Dilma contra impeachment

A presidente Dilma Rousseff recebeu no Palácio da Alvorada, em Brasília, seis prefeitos de capitais estaduais que são contra o processo de impeachment. Os subscritores criticam o que consideram ser a "banalização do uso do dispositivo legal do impeachment"


A presidente Dilma Rousseff recebeu na tarde desta segunda-feira (14), no Palácio da Alvorada, em Brasília, seis prefeitos de capitais estaduais que são contra o processo de impeachment.

Participaram no encontro, na residência oficial de Dilma Rousseff, durante o qual foi entregue manifesto de apoio, os prefeitos do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), de Palmas, Carlos Enrique Franco Amastha (PSB), de Macapá, Clécio Luís Vilhena Vieira (sem partido), de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), de Goiânia, Paulo Garcia (PT), e de Fortaleza, Roberto Cláudio Bezerra (PDT).

Além dos seis que participaram do encontro com a presidente, também assinaram o documento os seguintes prefeitos: Carlos Eduardo Alves (PDT), Natal; Edivaldo Holanda Junior (PTC), São Luís; Fernando Haddad (PT), São Paulo; José Fortunati (PT), Porto Alegre; Marcus Alexandre (PT), Rio Branco; Gustavo Fruet (PDT), Curitiba; Luciano Cartaxo (PSD), João Pessoa; Teresa Surita (PMDB), Boa Vista.

O Brasil tem 5.565 prefeitos que estão à frente de igual número de municípios. As prefeituras das capitais estaduais são 27.

No documento entregue a Dilma, os oito subscritores criticam o que consideram ser a "banalização do uso do dispositivo legal do impeachment". Os prefeitos dizem que o processo de impeachmente "fragiliza as instituições e atenta contra a democracia".

"No pedido acolhido pela Presidência da Câmara dos Deputados não há atos ou fatos que respaldem o início de um processo dessa natureza. A peça se apoia em ilações e suposições que tentam, sem consistência jurídica, imputar responsabilidade à presidenta da República, como em pedidos rejeitados anteriormente", segundo afirmam.

Provocado por PCdoB, STF suspende comissão do impeachment

Provocado pelo PCdoB, o ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na noite desta terça (8) suspender a instalação da comissão especial que irá analisar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O ministro concedeu liminar a um pedido impetrado pelo PCdoB, questionando as manobras utilizadas na eleição da comissão, que foi realizada com voto secreto e permitindo a apresentação de uma chapa avulsa, com membros não indicados pelos líderes dos partidos.
 
Fachin determinou que os trabalhos relacionados ao impeachment sejam interrompidos até que o plenário do tribunal analise o caso, o que deve acontecer na próxima quarta (16). O objetivo, segundo o magistrado, é evitar a realização de atos que, posteriormente, possam ser invalidados pela Suprema Corte.
Com o objetivo de evitar a prática de atos que eventualmente poderão ser invalidados pelo Supremo Tribunal Federal, obstar aumento de instabilidade jurídica com profusão de medidas judiciais posteriores e pontuais, e apresentar respostas céleres aos questionamentos suscitados, impede promover, de imediato, debate e deliberação pelo Tribunal Pleno, determinando, nesse curto interregno, a suspensão da formação e a não instalação da Comissão Especial, bem como dos eventuais prazos, inclusive aqueles, em tese, em curso, preservando-se, ao menos até a decisão do Supremo Tribunal Federal prevista para 16/12/2015, todos os atos até este momento praticados”, decidiu o ministro.
Na ação judicial, o PCdoB questionou não apenas a possibilidade de deputados concorrerem às vagas sem indicação pelos líderes de seus partidos, mas também a votação secreta para escolha da chapa e a divisão da comissão por blocos, e não partidos. O ministro antecipou que não vê previsão legal para a votação secreta.

“Em relação ao pedido cautelar incidental que requereu a suspensão da formação da comissão especial em decorrência da decisão da Presidência da Câmara dos Deputados de constituí-la por meio de votação secreta, verifica-se, na ausência de previsão constitucional ou legal (...), a plausibilidade jurídica do pedido, bem como ante a iminência da instauração da comissão especial, o perigo de dano pela demora da concessão da liminar requerida”, escreveu Fachin na decisão.

De acordo com o PCdoB, a escolha de um deputado para a comissão por votação em plenário, sem indicação do líder, fere a autonomia partidária. “As candidaturas avulsas consistiriam em arranjo sem previsão normativa em que deputados se candidatam a membros da comissão especial contrariando as indicações de seus partidos, feitas pelos respectivos líderes partidários”, afirma o texto.

Fachin solicitou ainda que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, preste informações no prazo de 24 horas sobre a eleição da comissão especial.

Em sua página no Facebook, a líder do PCdoB na Câmara, Jandira Feghali, comemorou a decisão do ministro. “Vamos comemorar essa decisão primeira e vamos aguardar a decisão final do Supremo para que a gente tenha legalidade e democracia. Esperamos que o Supremo assim decida, para que esse processo possa ser acompanhado dentro da Constituição e da legalidade e que nós provemos que não há crime e que há um golpe em curso, mas que será barrado por todos nós”, disse a deputada, ressaltando o protagonismo do partido, que entrou com a ação no STF. 

Fonte: Vermelho

TRE-SP cassa mandato de Netinho de Paula por infidelidade partidária

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE) decretou nesta terça-feira (17) a perda do mandato do vereador Netinho de Paula (PDT), por infidelidade partidária. A corte entendeu que o político não sofreu grave discriminação pessoal ou política ao deixar o PCdoB, partido pelo qual foi eleito em 2012. Da decisão, que deve ser publicada em cerca de 10 dias, cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
 
 Os juízes determinaram expedição de ofício à Câmara Municipal para empossar o suplente no prazo de 10 dias da publicação no Diário da Justiça. A votação foi unânime.

Por meio de sua assessoria, o vereador Netinho de Paula (PDT) informou que mantém suas atividades parlamentares normais na Câmara Municipal de São Paulo e "aguardará a publicação da decisão do TRE de São Paulo para interposição dos recursos cabíveis, uma vez que sua saída do PCdoB se deu de forma absolutamente justificada". Ele também declarou que reitera sua confiança da Justiça Eleitoral.

Segundo o TRE, a tese do advogado de Netinho, de que o vereador sofreu discriminação política e foi boicotado pelo PCdoB não convenceu a os magistrados.

O relator do processo, juiz André Lemos Jorge, destacou em seu voto que não houve ato concreto realizado pelo PCdoB para que Netinho de Paula deixasse o partido. Ele se desfiliou em 9 de abril de 2015 e assumiu, logo depois, a presidência municipal do PDT. “Restou comprovada a posição de destaque de Netinho na agremiação, com participação em todas as propagandas partidárias (...). O PCdoB arcou, inclusive, com mais de 50% das suas despesas de campanha”, afirmou.

De acordo com a legislação eleitoral, perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito.

São consideradas justa causa apenas as hipóteses de mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; grave discriminação política pessoal; e mudança de partido efetuada durante o período de 30 dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente.

NOTA DE PESAR

A esquerda Fabriciano e a direita seu filho o Blogueiro Fábio Cardoso
O PCdoB de Lagoa Grande, lamenta a morte de Fabriciano Cardoso, ocorrido na madrugada desta segunda-feira (09), Fabriciano que era uma das grandes lideranças política no município em particular na Fazenda Tanque onde residia.

Neste momento de profunda dor uno-me em sentimentos à família de Fabriciano Cardoso, estendendo minhas condolências e homenagens à toda família pela perda que é de todo cidadão deste município. Fabriciano foi um homem que honrou a todos, sendo um brilhante cidadão e professor na arte de servir a sua comunidade.

Rogo a Deus que lhe dê o descanso eterno e que conforte toda sua família.

Carlos Antonio da Silva 
Presidente do PCdoB

Como pode um neto do Tancredo Neves escalar o golpe?, indagou Ciro

O ex-ministro Ciro Gomes defendeu nesta terça-feira (3) no programa Espaço Público, da TV Brasil, que a presidenta Dilma Rousseff deve alterar os rumos da política econômica para recuperar o apoio popular.

Ciro condenou as manobras golpistas da oposição, liderada pelo PSDB, de abrir um processo de impeachment contra Dilma. Para ele, a oposição não aceitou o resultado das eleições e quer “pegar um atalho” para chegar ao poder. “Boa parte do calor dessa crise deve-se a uma geração inteira de tucanos, para quem se a Dilma ficar no governo significa Lula mais oito anos a partir de 2018”.

Ele se disse decepcionado com o presidente da legenda, senador Aécio Neves (MG), a quem acusou de ter “desapreço às regras e ao calendário [eleitoral]”. Como pode um neto do Tancredo Neves escalar o golpe?”, indagou.

Filiado ao PDT desde setembro, o ex-ministro lembrou episódios da história recente do país e que Tancredo acompanhou, como o suicídio do ex-presidente Getúlio Vargas, em 1954, e o golpe contra o então presidente João Goulart, em 1964, “O Tancredo estava na reunião que antecedeu o suicídio de Getúlio e foi contra o golpe militar, ele foi primeiro-ministro de Goulart, e o Aécio joga isso tudo na lata do lixo. Está ressentido porque o [Geraldo] Alckmin vem aí para tomar o lugar dele [na disputa presidencial]”.

Ciro creditou boa parte da baixa popularidade do governo à atual política econômica e disse que isso não pode ser usado como argumento para pedir a saída de Dilma. “Baixa popularidade não é razão para impeachment”, afirmou o político.

Ele defendeu a redução na taxa Selic e afirmou que os juros altos só beneficiam os bancos. “O Brasil inteiro se ferrando, o povo indo pro brejo e os bancos ganhando 40% a mais do que ganharam no ano passado”, enfatizou.

Ciro aconselhou Dilma a demonstrar com gestos práticos à população que ela não foi enganada”, entre eles a mudança na política econômica. “Ela [Dilma] é séria, não cometeu nenhum crime e tem o direito de mudar [a política econômica], pois está administrando mal a economia

Do Portal Vermelho, com informações da Agência Brasil

Movimento em defesa da democracia e da presidente Dilma Rousseff reúne mais de 500 pessoas no centro da cidade de Petrolina

Na manhã desta quinta (20), os movimentos sociais, PT Partidos dos Trabalhadores, estudantes e formadores de opinião saíram as ruas para defender a democracia e o mandato da presidente Dilma. O movimento teve sua concentração da tenda do Bambuzinho e depois circulou pelas ruas do centro de Petrolina.

Para a vereadora Cristina Costa e presidente do PT em Petrolina, o evento foi satisfatório, mesmo enfrentando o horário de pico comercial e das repartições públicas. “Precisamos se mobilizar e garantir as conquistas e os avanços dos governos Lula e Dilma. A direita golpista e o ex-presidente FHC estão querendo se parecer diante da crise econômica que estamos vivenciando. Na época dos governos tucanos, o povo não tinha direito a casas populares e pobreza desse país não tinha o que comer. E naquela época ninguém se investigava tanto como nos tempos atuais” comentou Cristina.
 
Blog do Banana

CONVITE



Governo Flávio Dino é aprovado por 74,4% dos maranhenses

De acordo com levantamento divulgado neste fim de semana, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), aumentou o nível de confiança do eleitorado. Ele foi aprovado por 74,4% da população maranhense na primeira pesquisa do Instituto Data M, após cinco meses de administração do Estado.

Flávio Dino foi o primeiro governador comunista eleito no Brasil. Ele obteve, em 5 de outubro de 2014, mais de um milhão e oitocentos mil votos, e foi eleito com 63,52% dos votos válidos dos maranhenses. Comparando com a pesquisa, uma boa fatia dos que não votaram no Dino, agora aprovam o seu governo.

Comparações

O levantamento confirmou a pesquisa realizada pelo Instituto Exato, em abril deste ano, que apontava a aprovação do governo Flávio Dino havia aumentado de 72% para 74%. Os índices de não aprovação praticamente se mantiveram nos mesmos patamares de 23%. O saldo da diferença entre os que acham ótimo/bom e ruim/péssimo manteve-se praticamente inalterado, variando de 27 para 26 pontos.
Considerando que o governo ainda não realizou nenhuma campanha publicitária e sofre forte oposição de um aparato midiático poderoso, o índice de aprovação, passados cinco meses, mostra que a população tem muita confiança na figura do governador Flávio Dino”, salienta o relatório.
O relatório da pesquisa destaca que a aprovação se dá em todas as regiões pesquisadas, sendo mais elevada no sul do estado, em que chega a 82%. Os patamares de aprovação do governo Flávio Dino são em média 10% superiores aos votos obtidos em outubro do ano passado e os índices de reprovação bem inferiores ao somatório do que foi alcançado pelos demais candidatos.

A pesquisa DataM ouviu 3 mil pessoas em 33 municípios de todas as regiões do Estado, entre os dias 8 e 15 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Do Portal Vermelho, com informações Jornal Pequeno

Ato com Luciana Santos reúne 500 militantes em defesa do país

Um grande ato com cerca de 500 pessoas de todo o estado marcou nesta sexta-feira (22) o encerramento do processo de debates do PCdoB do Rio Grande do Sul em torno das teses da 10ª Conferência Nacional do Partido. O ponto alto do evento, realizado num hotel no centro de Porto Alegre, foi a participação da próxima presidenta nacional do PCdoB, a deputada federal Luciana Santos (PE).

Luciana deverá assumir o comando do partido após ser referendada na etapa final da conferência nos dias 29, 30 e 31, em São Paulo. O ato contou ainda com a abertura do duo Batuque de Cordas.

A deputada iniciou sua intervenção abordando o sangue guerreiro do povo do Rio Grande. Em seguida, tratou dos principais pontos do documento-base da conferência, que propõe a formação de uma frente ampla de partidos e forças sociais comprometidas com a defesa do Brasil, do desenvolvimento e da democracia.

“O Brasil conseguiu, nos últimos anos, fazer frente à crise mundial porque tinha um colchão sólido de apoio advindo das medidas anti-crise, do estímulo à economia interna e dos grandes investimentos feitos em nível federal”, ressaltou Luciana. Hoje, não apenas o Brasil mas outros países em desenvolvimento, tais como os gigantes China e Rússia, também sentem os reflexos da crise e reduziram seu ritmo de crescimento. “O Brasil é duramente atingido pela redução drástica do preço das commodities que exporta, tais como minério de ferro e soja”, aponta a tese do PCdoB, afirmou Luciana.

No campo da política internacional, Luciana lembrou que o imperialismo segue sua política de contenção e agressão a qualquer país que contrarie seus interesses, o que está diretamente ligado ao cenário vivido no âmbito nacional, marcado por forte ofensiva de setores conservadores e ligados ao rentismo.

Política nacional

Ao analisar o quadro político interno, Luciana Santos recordou as eleições de 2014, quando emergiu uma polarização ainda mais forte e explícita do que a que já vinha ocorrendo desde 2003, quando Lula assumiu a Presidência da República. “Tivemos de enfrentar todo tipo de preconceito, especialmente o de classe, e o discurso do ódio e da intolerância contra setores de esquerda e populares, vindo de uma gente que sequer sabe o que é passar fome. Ganhamos as eleições, mas estamos num momento de defensiva política, enquanto esses setores atrasados estão em forte ofensiva”, destacou. “Vivemos um momento de demonização da política”, lamentou.

Neste sentido, colocou, o objetivo central destes setores é desgastar o governo Dilma Rousseff ao ponto de barrar a continuidade do ciclo em curso desde 2003 e inviabilizar qualquer projeto de governo à esquerda. “A ação da mídia monopolizada tem sido fundamental neste processo”, disse. A Operação Lava Jato, por exemplo, tem sido usada para desgastar o governo federal fazendo parecer que os problemas de corrupção na Petrobras teriam começado a partir do governo Lula. “Mesmo neste ambiente, essas mesmas forças conservadoras trabalham pela continuidade do financiamento empresarial de campanha. Nós, comunistas, somos terminantemente contra a corrupção e temos defendido uma reforma política que faça frente à crise institucional e enfrente o problema. Por isso, temos defendido o fim deste tipo de financiamento”, explicou Luciana.

Além disso, Luciana também abordou a necessidade de o governo fazer ajustes para enfrentar seus problemas financeiros. “Defendemos que isso não pode ser feito em prejuízo aos trabalhadores. É preciso taxar as grandes fortunas, preservando aqueles que menos têm. Esta medida, por si só, já suplantaria a MP 665, rendendo cerca de 14 bilhões ao país”. Luciana destacou como positiva a Medida Provisória 675, publicada no Diário Oficial desta sexta, 22, estabelecendo a elevação da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras de 15% para 20%.

Contra-ofensiva

Para responder ao atual cenário de forte ofensiva no campo político e de retração na esfera econômica, Luciana enfatizou alguns dos pontos defendidos pelo PCdoB em seu documento-base. “A defesa da democracia e, neste sentido, do mandato legitimamente conquistado pela presidenta Dilma, é um dos pilares da nossa contra-ofensiva. Nós, comunistas, sabemos bem o que significa viver num país sem democracia porque enfrentamos isso na ditadura militar e muitos de nós perderam suas vidas”.

Outro ponto é a defesa da Petrobras. “Esses setores conservadores que atacam a empresa nutrem desejos inconfessos de privatiza-la”. Luciana elogiou a postura da presidenta Dilma Rousseff que tem defendido o modelo de partilha e a garantia do conteúdo nacional na área petrolífera. “E devemos aqui recordar o papel fundamental que teve o nosso companheiro Haroldo Lima, ex-presidente da ANP, na defesa de um modelo que beneficia o nosso país”, ressaltou.

Por fim, Luciana destacou o papel do atual presidente do PCdoB, Renato Rabelo, que sucedeu João Amazonas. “Renato é, para nós, como o Lula é para o Brasil”, brincou. “Renato tem conduzido o partido com muita firmeza e será sempre nosso esteio. Ele deu uma inestimável contribuição para que nosso partido cumpra seu papel histórico que é superar o capitalismo”.

Lideranças gaúchas

Ao longo do ato, Luciana foi saudada por lideranças políticas e sociais do Rio Grande do Sul. Guiomar Vidor, presidente da CTB-RS, e Assis Melo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul, destacaram a luta dos trabalhadores neste processo, especialmente na luta contra medidas como o projeto das terceirizações, que retiram direitos e prejudicam os trabalhadores, e conclamaram a participação de todos na paralisação do dia 29.

Representando o PT, o deputado estadual Adão Villaverde disse que “o PCdoB, ao longo de sua história e hoje, sempre se posicionou ao lado de quem mais precisa”. O deputado estadual Juliano Roso, do PCdoB, enfatizou: “estão querendo fazer uma reforma política que prejudica partidos como o PCdoB. Precisamos nos fortalecer cada vez mais para enfrentar esta questão e, ao mesmo tempo, enfrentar a atual ofensiva conservadora”. O deputado federal João Derly completou: “há 93 anos, nosso partido, nossa militância, lutam por nosso país e a proposta de uma reforma política conservadora vai contra nosso partido e contra a democracia”.

A deputada estadual Manuela d’Ávila lembrou que Luciana, uma mulher jovem, nordestina, “tem a cara de nosso povo” e representa muito do que foram esses últimos 12 anos de políticas públicas inclusivas, de combate à desigualdade e de desenvolvimento, especialmente de regiões mais carentes, como o Nordeste. Manuela também enfatizou a importância de a militância se envolver com a atual luta contra a ofensiva da direita. “De nada adianta termos um documento justo, acertado como este da 10ª Conferência se não tivermos a militância lutando cotidianamente”. Manuela também anunciou que está se licenciando da presidência estadual do partido, em função da sua gravidez. O cargo volta a ser assumido por Adalberto Frasson.

A mesa do ato foi composta por representantes do partido e dos movimentos sociais: Tiago Morbach, da UJS; Cris Correa, da UBM; Silvana Conti, diretora-geral do Sindicado dos Municipários de Porto Alegre; Abigail Pereira, da direção estadual do PCdoB; Assis Melo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul; Adão Villaverde, deputado estadual do PT; João Derly, deputado federal; os deputados estaduais do PCdoB, Manuela D’Àvila e Juliano Roso; o presidente municipal do PCdoB, Adalberto Frasson; o presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor; a vereadora Jussara Cony; o presidente da FMG-RS, Raul Carrion; a presidente da Codene (Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra), Elis Regina e Bruna Rodrigues, da Uampa (União das Associações de Moradia de Porto Alegre).

Homenagens

Luciana foi homenageada no ato pela vereadora Jussara Cony, que declamou o poema Índia Missioneira, dedicado, conforme explicou a vereadora, “às mulheres de todas as tribos que, lado a lado com os seus homens, tecem uma nova sociedade de iguais, solidária, socialista, honrando a história de nossos ancestrais”. O poema, de sua autoria, foi premiado no projeto Sete Povos das Missões em 2006, quando foram lembrados os 250 anos do massacre dos povos missioneiros. Raul Carrion, presidente da seção gaúcha da Fundação Maurício Grabois, presenteou Luciana, em nome do PCdoB, com brincos e colar de ametista, pedra símbolo do Rio Grande. A UJS Feminista também homenageou Luciana e resgatou o papel das mulheres comunistas ao longo da história.

De Porto Alegre,
Priscila Lobregatte

Será uma grande honra liderar o PCdoB, afirma Luciana Santos

“Sinto-me muito honrada em assumir a liderança do nosso Partido. E ao mesmo tempo com um grande senso de responsabilidade dos desafios que teremos pela frente”, declarou a vice-presidenta do PCdoB, Luciana Santos, em entrevista ao Portal Vermelho, ao falar sobre sua indicação à Presidência do Partido e sobre os desafios do PCdoB na luta política em curso.

Por Joanne Mota

Luciana Santos durante atividade do PCdoB São Paulo, neste sábado (23) que encerrou o processo de debates do Partido em torno do projeto de resolução da 10ª Conferência Nacional. Foto: Joanne Mota
Durante conversa nesta tarde de sábado (23), Luciana Santos, que também é deputada federal pelo PCdoB de Pernambuco, falou sobre a conjuntura política, a onda conservadora e golpista e sobre o posicionamento do Partido na defesa das reformas e da democracia.

“Estamos diante de desafios gigantescos, exatamente, por conta da adversidade do momento. Saímos de uma eleição muito polarizada, na qual estava em disputa dois projetos antagônicos. Penso que já ali, no processo eleitoral, já se revelou o que nós iríamos enfrentar, de lá para cá ficou claro que a esquerda consequente, e as demais forças populares e progressistas do país, precisavam tomar as rédeas de uma ofensiva política”, destacou Luciana.

A líder comunista também falou sobre o ciclo de mudanças, mas alertou que sem as reformas não alcançaremos os avanços tão necessários. “Um conjunto de fatores subjetivos mostra que, mesmo com os avanços citados, não conseguimos elevar a consciência social e política do nosso povo. Daí a urgência e necessidade das reformas democráticas e estruturantes. Ou seja, nossa proposta é fazer valer uma agenda nessa direção, que remodele as estruturas e fortaleça o aspecto democrático do Estado brasileiro”.

Acompanhe a entrevista:

Portal Vermelho - O Partido organizou uma série de atividades em razão da Conferência Nacional pelo país que, mais uma vez, revolveu a inteligência coletiva e convocou os comunistas a refletirem com mais afinco a atual conjuntura. Como avalia esse processo em meio a um ambiente de disputa tão complexo?

Luciana Santos - Estamos diante de desafios gigantescos, exatamente, por conta da adversidade do momento. Saímos de uma eleição muito polarizada, na qual estava em disputa dois projetos antagônicos, um contra o Brasil e outro que já buscava analisar a conjuntura para dar conta dos desafios que se avizinhavam. Penso que já ali, no processo eleitoral, já se revelou o que nós iríamos enfrentar, ganhamos um pleito na defensiva política, de lá para cá ficou claro que a esquerda consequente, e as demais forças populares e progressistas do país, precisava tomar as rédeas de uma ofensiva política.

É bom lembrar que vivemos, desde o final de 2014, um terceiro turno, o qual o Partido citou bem, como instável, perigoso e indefinido, exatamente, porque a correlação de forças pende para o lado daqueles que não querem ver esse Brasil de hoje avançar. O PCdoB soube bem analisar essa realidade e se movimentar, desde o primeiro de janeiro de 2015, em direção a uma ofensiva, a qual não tem outro foco, senão, o do avanço das mudanças.
 
Foto: Eliz Brandão
Nossa história é reveladora e comprova que os comunistas, como sempre, não se abatem, pelo contrário, reagem firmes com respostas concretas e balizadas por ideias de avanço e construção de um ambiente sempre mais avançado e de fortalecimento de direitos.
Diante dessa realidade e a partir de um ciclo de debates travados nas trincheiras do Partido, com a realização de uma série de conferências que convoca os comunistas a incidir cada vez mais na luta política em curso, o PCdoB aponta para a necessidade de se construir um frente ampla para reagir a esse momento, uma frente ampla que possui como lastro um projeto de Brasil cada vez mais pujante, que associa entre muitas bandeiras a defesa da democracia e ao mandato da presidenta Dilma; o combate à corrupção; a defesa da Petrobras, pela sua importância estratégica para o nosso desenvolvimento; e, por fim, as reformas democráticas e estruturantes, bandeira antiga do PCdoB e sem as quais não conseguiremos avançar nos ganhos até aqui alcançados; e mais, nossa luta é por uma frente que seja capaz de aglutinar as forças necessárias para barrar a onda impulsionada pelo que chamamos de consórcio golpista que tem como projeto primeiro desmantelar o Estado e retirar direitos. De modo que nossa luta é contra o retrocesso e na defesa de cada conquista até aqui alcançada.

PV - A Senhora falou sobre as reformas democráticas e estruturais. Entendemos que todas possuem importância fundamental, mas, duas, que hoje são consideradas "irmãs siamesas", ganham cada vez mais destaque, a reforma política e a da comunicação. O que elas significam para o enfrentamento dos desafios postos?

LS – O ciclo político iniciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e continuado pela presidenta Dilma Rousseff computaram avanços importantes, que podem ser visto no grande processo de inclusão social, com distribuição de renda; a valorização do salario mínimo; o acesso ao ensino superior agora com universidades mais fortes e estruturadas, seja através do Enem, seja via programas como o ProUni; os projetos de fomento ao trabalhadores e trabalhadoras rurais, que colocaram a agricultura familiar em outro patamar; o aumento importante dos investimentos na Saúde e Educação; um conjunto de ações que incluíram mais de 40 milhões de brasileiros. Além disso, é preciso lembrar que, nestes 13 anos, passos importantes para enfrentar nós no setor produtivo, também foram fundamentais. Porque, em que pese ter mantido uma política macroeconômica de cunho neoliberal, foram realizadas flexões nesse setor que induziram um desenvolvimento com valorização do trabalho e inclusão social, nas a Petrobras e o BNDES tiveram papel fundamental.

No entanto, no que diz respeito às reformas, sobretudo, ao Estado democrático, aí, avançamos quase nada. Nós não mexemos um milímetro o marco legal das comunicações, embora na nossa Constituição exista pontos muito avançados sobre essa agenda; estamos em luta por uma reforma política que tenha por centro o fim do financiamento empresarial de campanha, que fortaleça os Partidos e a presença da mulher; também não avançamos em uma reforma tributária mais justa; bem como as demais reformas que defende o PCdoB.

Ou seja, um conjunto de fatores subjetivos mostra que, mesmo com os avanços citados, não conseguimos elevar a consciência social e política do nosso povo. Daí a urgência e necessidade das reformas. Fica claro que o governo tem perdido o debate da comunicação o que torna ainda mais complexa a conjuntura de luta, ou seja, nossa proposta é fazer valer uma agenda nessa direção, que remodele as estruturas e fortaleça o aspecto democrático do Estado brasileiro. Não há mais como sustentar no Brasil a vanguarda do atraso no que se refere a democratização da comunicação, esse vetor é fundamental para avanço e empoderamento social.

PV – O PCdoB tem como referencial para sua estruturação ideológica e orgânica a atuação um tripé base (a frente de ideias, a frente de massa e a frente institucional) importante para a luta encapada pelo comunista. Isso é um diferencial do PCdoB, especialmente, quando se enfrenta um conjuntura complexa como a de agora?

LS – Podemos posicionar o PCdoB como um vetor fundamental para a superação do capitalismo em nosso país, seja por sua história de luta, que se confunde a história política do país, seja pelo seu empenho em entender a realidade concreta, pensar sobre ela e propor caminhos para que nossa nação siga um rumo mais avançado. Entendemos a dimensão da responsabilidade para enfrentar os desafios e alcançar esse objetivo estratégico.

A construção do Partido é diretamente proporcional ao movimento de aumento da nossa influência nos diferentes espaços da sociedade e esse movimento se dá de forma a pensar como incidir de forma concreta e impulsionar a transformação da nossa realidade. Daí a importância dessas três frentes para a luta política do PCdoB.

Sem perder de vista nosso Programa Socialista, em nossas trincheiras sempre refletirmos sobre o nosso objetivo estratégico, que não é outro senão a construção do socialismo no Brasil. E entendemos que o caminho é a acumulação de forças para que alcancemos tal objetivo. Para tanto, nossa luta diária é fazer do PCdoB um partido forte e influente. E como realizar tal feito?

Nosso Partido tem como estratégia a construção de uma linha partidária que atue nessas três frentes: de massa, de ideias e institucional. Em um movimento complementar e sustentado, que ao passo que transforme, através de políticas, a realidade, imprima, também, um modo de visão que seja mais crítico, mais humano e que eleve a consciência subjetiva do nosso povo.

Nesse sentido, compreendemos que a 10o Conferência vai no sentido de fortalecer e persistir nessa linha.


PV – Com a sua indicação para a presidência, o Partido já possui um nome para a vice-presidência?

LC – Nessa Conferência iremos apresentar a indicação do camarada Walter Sorrentino para assumir a vice-presidência do nosso Partido. Essa indicação foi discutida na Comissão Política do nome a ser apresentado ao Comitê Central.

Nesses últimos 13 anos, ao lado do nosso presidente Renato Rabelo, Sorrentino teve um papel estratégico na Secretaria de Organização do PCdoB ajudando de forma fundamental na formulação a política de construção partidária. Além disso, forjou-se como uma figura de importante participação nas fileiras do Partido durante sua vida política, ou seja, uma figura que além dos compromissos com a causa revolucionária, formula teoricamente e conhece muito bem o Partido. De modo que estará ao meu lado numa linha de complementariedade nos rumos e lutas do PCdoB.

PV - O Brasil assiste um movimento singular em sua história, o qual computa ganhos e mudanças fundamentais, entre essas mudanças está o papel da mulher na luta na sociedade, que hoje se posiciona em novo patamar. A senhora é nordestina, mãe, parlamentar, é considerada a melhores prefeitas desse país e é indicada para assumir um Partido, cuja a história de luta se confunde com a história política do país. Isso é uma boa resposta ao machismo e a onda conservadora que toma conta do país nesse momento?

LC – Não tenho dúvida disso. Uma das formas de enfrentamento da cultura machista são os símbolos e o PCdoB dá mais uma vez uma comprova seu papel na luta social e política ao reafirmar sua luta contra o que há de mais conservador e retrógrado. Mesmo tendo sido criado em 1922, o nosso Partido conforma seu caráter de renovação e entendimento do processo histórico, um Partido aberto e sempre pronto para a luta.

Sinto-me muito honrada em assumir a liderança do nosso Partido. E ao mesmo tempo com um grande senso de responsabilidade dos desafios que teremos pela frente.

PV – Qual mensagem a senhora envia aos comunistas de todo o Brasil, que nesse momento tão complexo sinalizam estar prontos para a luta e não saírem das ruas.

LS – Os comunistas são assim, quando instados a cumprir seu papel de guerreiros da nação de guardiões das conquistas eles estão firmes e em luta. É na adversidade que nossa energia coletiva cresce e mostra sua força. Então, a mensagem que deixo é que sigamos em luta, em unidade e em defesa do Brasil.

Do Portal Vermelho

Nova presidente do PCdoB será a primeira mulher a presidir nacionalmente o partido

Em Manaus, a deputada federal pernambucana Luciana Santos dá o tom de como será a presidência dela à frente de uma tradicional sigla política
 
Às vésperas de assumir a presidência nacional do PCdoB, a deputada federal Luciana Santos classificou de “golpismo” a articulação de partidos de oposição para desencadear um processo de impeachment da presidente Dilmar Rousseff (PT). “Não podemos brincar de democracia. O PCdoB defende o mandato da presidente Dilma porque foi um mandato que o povo elegeu e não será golpismo ou tentativa de manipulação de recursos ilegais que vai derrotar a vontade política do povo brasileiro”, disse a parlamentar após encontro estadual do PCdoB, em Manaus, sábado, na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM).

Na quinta-feira, o presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves, afirmou que a legenda apoiará a apresentação do pedido de afastamento da presidente caso seja confirmada a responsabilidade dela nas “pedaladas fiscais” apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A corte aprovou relatório, na quarta-feira, que considera crime de responsabilidade as manobras fiscais feitas pelo Tesouro com dinheiro de bancos públicos para reduzir artificialmente o déficit do governo em 2013 e 2014. “Vamos ter a responsabilidade e a prudência para tomar qualquer decisão, mas vamos ter a coragem. Se considerarmos que houve cometimento de crime de responsabilidade, nós vamos agir como determina a Constituição”, disse o tucano em entrevista à Folha.

Para a futura presidente do PCdoB, que hoje ocupa o posto de vice-presidente da legenda, Luciana Santos, o que de fato está ocorrendo no Congresso é uma disputa política oriunda da acirrada campanha eleitoral presidencial. “Se usa um argumento frágil para poder tentar reverter o resultado das eleições dando continuidade ao terceiro turno da campanha eleitoral no Brasil. Nós refutamos qualquer tipo de caminho que represente rasgar ou destruir um processo legitimo que lutamos tanto para garantir, que foram as eleições diretas, na qual o povo fez sua opção”, afirmou a comunista.

Para ela, a situação apontada pelo TCU não dá base jurídica para pedido de impeachment, pois a prática é recorrente em gestões anteriores, inclusive na dos tucanos. “Se fosse por ‘pedalada fiscal’, o Fernando Henrique não tinha passado um ano de governo porque essa questão contábil de mexer nas contas dos bancos públicos e vice-versa, do Tesouro para os bancos que impulsionam o desenvolvimento regional ou de estatais, eram práticas seculares no Brasil e no governo Fernando Henrique eram mais acentuadas do que hoje essas manobras contábeis. Esse é um assunto superado. O senado aprovou as contas da presidenta Dilma. E estamos vendo o assunto ser requentado com o único objetivo de golpear a democracia”, disse.

CPI do BNDES também é refutada

A deputada federal Luciana Santos também se posicionou contra a apresentação do pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades no Banco Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) afirmando que é mais uma manobra da bancada oposicionista para enfraquecer o Governo.

Eles não se conformam é com a quantidade de avanços que o Brasil teve nesses anos, como tirar 40 milhões de brasileiros da linha da pobreza, enfrentar as desigualdades regional, colocar 5,5 milhões de jovens nas universidades através do Prouni e Fies. Eles não suportam isso, e vão usar de toda uma estratégia orquestrada para interromper esse processo de conquistas para o povo brasileiro. A CPI vai ao encontro dessa estratégia porque o BNDES é o segundo banco de fomento do mundo e é ele que está alavancando a economia nacional, que financia desde uma padaria até uma refinaria e agora eles querem eleger mais um alvo para destruir as ferramentas que impulsionam o desenvolvimento nacional”, disse a comunista.

Na quinta-feira, a oposição (PSDB, PSB, DEM e PPS) na Câmara de Deputados deu entrada a um pedido de instalação de uma CPI para investigar supostas irregularidades em empréstimos concedidos pelo BNDES, ocorridas entre 2003 e 2015. Com 199 assinaturas e apoio de todos os partidos, com exceção do PT e do PCdoB, os deputados citam os empréstimos secretos à Cuba e Angola, às empresas investigadas na operação Lava-Jato e às empresas de Eike Batista e do setor frigorífico.

Análise de Vanessa Grazziotin - Senadora pelo PCdoB

Setores mais consequentes da própria oposição já analisam melhor a possibilidade do pedido de impeachment. Eles sabem que isso não é uma brincadeira. Não se pode apresentar pedido de impedimento para alguém que acabou de ser eleita pela população brasileira sem que tenha uma base concreta. A cada notícia que é lançada eles ensaiam o pedido. Depois estudam melhor o assunto e vêem que não é assim. Agora a nova notícia é a do TCU. Mas desde a entrada em vigor da Lei de Responsabilidade Fiscal as coisas são feitas assim. Foram com Fernando Henrique, com Lula e agora com a Dilma. O fato é que tem em curso uma luta política no Brasil e eles pretendem dar roupagem jurídica para essa luta porque o que querem é manter o segundo turno vivo e apear a presidenta do poder e isso é antidemocrático”.

Vereador do PCdoB, Vavá da Faísa é morto a tiros no Maranhão

O vereador do PCdoB, Cícero Ferreira da Silva, Vavá da Faísa, como era conhecido, foi brutalmente assassinado a tiros na porta da sua residência no fim da tarde deste domingo (3). O assassinato aconteceu no Povoado Faísa. Vavá, que era presidente da Câmara Municipal de Santa Luzia, foi atingido com cinco tiros disparados por dois suspeitos que fugiram em uma motocicleta vermelha. O PCdoB-MA emite nota de pesar pela morte do camarada e garante apoio dos Estado nas investigações do assassinato.
 
O vereador do PCdoB, Cícero Ferreira da Silva, Vavá da Faísafoi brutalmente assassinado a tiros na porta da sua residência no fim da tarde deste domingo (3).

O comunista ainda foi levado para Buruticupu – município mais próximo do povoado, que fica a 120km do povoado -, mas Vavá já chegou sem vida ao local.

Já no domingo (3), a Secretaria Estadual de Segurança Pública iniciou a investigação para apurar o assassinato do vereador. As investigações estão sendo realizadas ainda pela Delegacia de Homicídios e pela Superintendência de Interior que consideram todas as linhas de investigação.

O vereador Vavá da Faísa estava em seu segundo mandato de vereador. Foi eleito no início do ano presidente da Câmara Municipal de Santa Luzia.

Em nota, o Partido Comunista do Brasil – Maranhão manifestou profundo pesar pela morte do camarada e garantiu todo o apoio do governado do Estado, administrado pelo companheiro de Partido, Flávio Dino, para o esclarecimento e punição dos assassinos. Segue abaixo a íntegra:

Nota de pesar do PCdoB

O Partido Comunista do Brasil – Maranhão manifesta profundo pesar pela morte do companheiro Vavá, vereador e Presidente da Câmara Municipal de Santa Luzia, assassinado por pistoleiros na tarde deste domingo, 03/05/15.

O partido recebeu do governo do Estado a garantia de que todas as providências estão sendo adotadas para esclarecimento do crime e punição dos autores, o que aguardamos com a prioridade que o caso requer.

Abraçamos os companheiros do PCdoB em Santa Luzia e muito especialmente os familiares e amigos nesta hora de dor profunda pela perda do companheiro Vavá.

Egberto Magno
Vice-presidente do PCdoB/MA

Morre vítima de infarto Marco Albertim, colunista do Vermelho

Morreu, neste sábado (11), vítima de infarto fulminante, escritor pernambucano, comunista e o colunista do Portal do Portal Vermelho. At;e a redação destes texto, nossa equipe não recebeu mais informações sobre local e hora do sepultamento.

Ao comentar a perda do amigo e camarada de luta, o editor do Vermelho, José Reinaldo Carvalho, que recebeu a notícia em na cidade de Natal, durante Conferência do PCdoB, afirmou estar "chocado e profundamente consternado com a notícia do falecimento do amigo de longa data, e camarada. Perdermos um dos nosso melhores colaboradores, uma perda para a equipe do Vermelho e para os leitores do nosso Portal".

Gênio nordestino

O pernambucano Marco Albertim nasceu e cresceu em Goiana, entre o Convento do Carmo que abrigara frei Caneca perseguido, e o canavial de usineiros. O contato com a literatura deu-se com sua primeira ocupação: leitor de Jorge Caú, professor do Colégio Pedro II. Em seguida foi repórter-noticiarista do Rádio Clube.

Quatro anos depois, de volta a Recife, torna-se correspondente do jornal Movimento, de oposição aos militares ainda no poder. O jornal não sobrevive. Albertim passa a editar programas radiofônicos de defesa dos direitos humanos - Violência Zero e Acorda Camponês. Trabalha como copidesque no Diario de Pernambuco, e depois repórter. No Jornal do Commercio, exerce as mesmas funções. Escreveu contos para o sítio espanhol La Insignia. Em 2006, foi ganhador do concurso nacional de contos “Osman Lins”.

A convite, integra as coletâneas “Panorâmica do Conto em Pernambuco” e “Contos de Natal”. E, no entanto, não tem livro publicado. Por que? Para conhecer um pouco mais da sua criatividade e competência narrativa, recomendamos ao leitor que acesse o site “Garganta da Serpente” (www.gargantadaserpente.com) e comprove que não há nenhum exagero na nossa avaliação deste excelente ficcionista. Se exageramos, foi para menos e não para mais Conheçam-no, pois, um pouco mais.

Excepcionalmente, antecipamos a coluna deste gênio nordestino, a qual, pode ler a seguir:

Os operários de Ingrid
Por Marco Albertim

A nudez de Ingrid fora imaginada por todos nós. Nunca o dissemos. Tínhamos medo de infringir a disciplina; e, mais ainda, não queríamos nos expor a censuras com base nos cânones da luta de classes. Nesse caso, ora... ora, seríamos exprobrados como refugos da peleja; inda que carregássemos a peleja íntima de absorver o vernáculo sem lesões de Ingrid, sem reparar na robustez de suas coxas.Ingrid era plena de cabelos, de corpo, de idioma; as pernas, dos joelhos para baixo, tinham cicatrizes de queimaduras de ácido sulfúrico. As feridas tinham sido cicatrizadas, mas a superfície era porosa, suarenta. O ácido fora jogado por estudantes de direita, numa das janelas do Mackenzie. Em que pese o ódio ao CCC, quando entrevíamos as cicatrizes de Ingrid, urdíamos em suas fissuras o corolário da luta de classes. Assim, nutríamos mais ainda o desejo de descobrir os segredos de seu corpo.

Durante uma semana nos reunimos num sítio afastado do Recife. Fomos levados para lá de carro. Quando estávamos na rodovia federal, pediram que fechássemos os olhos. Por segurança não devíamos identificar o local, o local e a proprietária que nos acolheu. Raquel nos acolheu sem os rapapés da pequena-burguesia, e sem receios de pôr cobro na reduzida criação de galinhas, nos fundos da casa. Por trás do galinheiro, corria um riacho estreito, de águas limpas e assobiantes. Em volta da casa, os muitos pés de cajá disputavam o cheiro do fruto com o aroma pluvial vindo do riacho. Sabiás, bem-te-vis, galos de campina; uma pausa na luta de classes.

Chegamos ao fim da manhã, e já uma panela de barro com galinha na cabidela nos foi servida. Raquel, morando sozinha, recebeu-nos como se tivéssemos vindo para compartilhar sua solidão; no fundo, queríamos isso. À tarde, relaxamos, aproveitamos para enxergar vias de fuga, caso a polícia invadisse de surpresa. Raquel não disse onde estávamos, disse que os sítios vizinhos distavam um do outro, dois, três quilômetros. À noite nos juntamos em cadeiras sob um dos pés de cajá. Não havia luz elétrica, nem levamos o candeeiro cedido por Raquel. A luz da lua entre os galhos da árvore, permitiu que distinguíssemos o rosto de cada um.

Ingrid, com a pouca luz e o lume de seus olhos atentos, mais parecia ter descido de Sierra Maestra para dar conta de seu estro guerrilheiro.

- Não vamos ainda discutir as questões. Vamos estabelecer o temário da semana de reuniões que teremos.

Não havia divergências de opiniões. Éramos cinco. Além de Ingrid, Rita era a outra mulher. Baixinha, voz de veludo, lentidão no andar; gestos, olhos e voz, um concerto de carinho. Por isso mesmo, cegos nas observações, fixávamos os sentidos no pragmatismo veloz de Ingrid. Ela tirava proveito para fazer seu discurso de guerrilheira.

- Somos uma entidade de massas e ao mesmo tempo paramilitar.

- Mas não temos sequer um estilingue!?

- Com a ajuda do povo, tomaremos as armas do inimigo.

- Do povo?

- Sim. Nós estamos na casa de Raquel. Ela sabe quem somos e está nos ajudando.

Na manhã seguinte, voltamos para o mesmo lugar. Debatemos o começo do temário proposto por Ingrid. Falamos pouco, porque ela, tão somente ela, tinha o receituário para a derrubada da ditadura.

À noite, depois que nos deitamos para dormir, ouvimos Ingrid falando. Ela se alojara no quarto de Raquel, ela e Rita. Ingrid urdira-se numa assembleia de operários; como nós, todos calados e ouvindo sua peroração revolucionária. Deitados no quarto vizinho, acordamos, levantamo-nos e fomos para o quintal dos fundos. Súbido, a porta se reabriu. Ingrid apareceu envolta no lençol branco. A luz do lado de fora, na cumeeira da casa, alumiou a nudez de seu corpo na transparência do morim.

Chamou-nos de liberais por estarmos do lado de fora, àquela hora da noite. Entramos sem nada dizer. Duas horas depois, só se ouvia o sono silencioso de cada um de nós. Jorge, sentindo a bexiga doer, levantou-se para ir ao sanitário. A porta dos fundos estava aberta. No quintal, deparou-se com Ingrid vindo da casinha do sanitário; nua, murmurando um discurso aos operários atentos ao que ela dizia. Ela passou por Jorge e não o notou.

TERCEIRIZAÇÃO: o desastre que a mídia esconde

A esmagadora maioria da população brasileira é composta por proletários. Esta maioria está para sofrer uma derrota dramática, que afetará para pior sua qualidade de vida: a provável aprovação do projeto de lei 4330, que permite que todo trabalhador possa ser terceirizado. Este é o nosso tema principal nesta quarta-feira (8). Mas a coluna também traz uma contribuição exclusiva da socióloga Ana Prestes, comentando um artigo sobre a Rússia publicado no jornal Folha de S. Paulo.

Como nossa mídia hegemônica tem lado, o lado dos poderosos, a população é mantida completamente alienada sobre o impacto desastroso deste criminoso projeto que libera a terceirização e que só busca um objetivo: fazer o grande capital aumentar seus lucros com uma exploração ainda mais cruel e intensa dos trabalhadores.

Terceirização: o preço do mamão-papaia

Se você comprar um mamão-papaia das mãos do agricultor que plantou o mamão-papaia, ele custará, digamos, R$ 1,00. Se você comprar o mesmo mamão-papaia em uma banca de frutas ele custará R$ 1,00 e mais o que o intermediário vai ganhar, tornando o mamão-papaia mais caro. Esta lógica funciona para qualquer mercadoria que use um intermediário para chegar ao consumidor final. O proletário - seja ele mecânico, bancário ou professor – só tem uma “mercadoria” para negociar: sua força de trabalho. Esta mercadoria tem o seu preço (expresso no salário) negociado, sempre em condições desfavoráveis para o trabalhador, com o patrão, que neste caso é o consumidor final. No entanto, quando o intermediário entra em cena (empresa de terceirização) o preço de mercado da “força de trabalho”, ao invés de aumentar, diminui para o consumidor final (o patrão)! E por que a “força de trabalho” é a única mercadoria cujo preço de mercado diminuí com a entrada de um intermediário? É simples: a terceirização (o intermediário entre o trabalhador e o patrão) não passa de um estratagema usado para driblar os direitos trabalhistas e assim aviltar o preço da própria mercadoria. O trabalhador perde duas vezes: ao ver sua “mercadoria” (força de trabalho) diminuída para o consumidor final (o patrão) e ainda ao arcar com o pagamento do intermediário (empresa de terceirização). Ou seja, o salário é menor e uma parte ainda é consumida, de forma disfarçada, pelo proprietário da empresa de terceirização.

Terceirização: baixos salários, rotatividade e trabalho precário

O criminoso projeto, não por acaso apoiado por notórios bandoleiros, criará em médio prazo um cenário tenebroso: escolas com todos os professores terceirizados, hospitais com todos os médicos e enfermeiros terceirizados, lojas com todos os vendedores e funcionários terceirizados, enfim, empresas sem empregados. Exagero? Mesmo com as restrições atuais – que proíbe a terceirização para atividades fins - em 2010, segundo pesquisa do economista Marcio Pochmann, para cada grupo de seis empresas já havia um estabelecimento sem empregado formal. Além de ganhar menos, o funcionário terceirizado é facilmente descartável. Destacava Pochmann, na pesquisa já citada, “que a taxa de rotatividade da mão de obra terceirizada no estado de São Paulo foi (em 2010) de 63,6%”. Segundo este estudo quase 100% do corpo funcional de uma empresa terceirizada é trocado no prazo de apenas dois anos. Além disso, pesquisa feita pelo Dieese mostra que oito em cada dez acidentes de trabalho ocorrem em empresas utilizadoras de mão de obra terceirizada que também são responsáveis por quatro em cada cinco mortes por acidente de trabalho.

Terceirização: o fim da CLT e a fragilização dos sindicatos

A tendência será o fim da CLT e a precarização dos direitos trabalhistas. Qual o empresário que contratará funcionários com carteira assinada se pode terceirizar e pagar menos? Haverá também um nítido esvaziamento das entidades sindicais, pois pelo nefando projeto de lei, os funcionários não serão filiados necessariamente aos sindicatos de suas categorias profissionais. Assim, se uma montadora de automóvel contratar todo um setor de montagem terceirizado, estes trabalhadores podem não ser filiados ao Sindicato dos Metalúrgicos, mas sim ao Sindicato que representa os funcionários da empresa de terceirização. De qualquer maneira a fábrica (ou o banco, ou a escola) que contratar funcionários terceirizados não terá de lidar com trabalhadores sindicalizados, já que eles serão sindicalizados pela empresa de terceirização. Isso é o sonho de todo patrão e uma porta aberta para que ocorram abusos na relação trabalhista sem reação organizada e luta por direitos.

Terceirização: fim dos concursos públicos e a falsa vantagem


Como o poder público também poderá contratar funcionários terceirizados o democrático meio de acesso por concurso público estará perto do fim. Qual a contrapartida para tantos prejuízos aos trabalhadores? Nenhum. Pois é uma falácia argumentar que a terceirização vai gerar mais empregos. Na verdade o que acontecerá vai ser a demissão em massa de empregados com carteira assinada para a contratação de terceirizados. O pior dos mundos para os trabalhadores e o melhor dos mundos para os bancos e grandes empresários. Acaso a Câmara de Deputados aprove este absurdo na noite desta quarta-feira (8) a batalha nem por isso estará perdida. Ainda teremos a discussão no senado e a possibilidade do próprio veto da presidenta Dilma. Para reverter uma possível decisão da Câmara favorável ao projeto, é necessário despertar o povo para a cruel realidade que ele acarretará, o que será também uma oportunidade de deixar claro de que lado está e que interesses defendem Eduardo Cunha, mídia hegemônica (Globo à frente), PSDB, DEM e outros arautos da moralidade que não fazem outra coisa que não seja noite e dia pensar em como extorquir o povo.

Vivien Lando: "Quando estreitos argumentos não definem largas culturas"

No dia 19 de março, o jornal Folha de S. Paulo publicou um artigo especial de Vivien Lando, onde a articulista joga água no moinho da campanha contra a Rússia promovida pela mídia hegemônica em sua tradicional subserviência aos ditames de Washington. Mas convenhamos que a moça exagerou. Talvez nem os editores pró Otan da Folha esperassem tal grau de adjetivação rasteira e generalização superficial. A socióloga Ana Prestes fez, a pedido do Notas Vermelhas, um texto onde comenta, com lucidez e argúcia, o artigo publicado pela Folha.

Desafortunada insensatez. Quando estreitos argumentos não definem largas culturas

Por Ana Prestes
Segundo um dos maiores escritores russos, Fiodor Dostoievski, “não há ideia nem fato que não possam ser vulgarizados e apresentados a uma luz ridícula”. A reflexão se encaixa perfeitamente ao pequeno artigo de opinião da escritora Vivien Lando, “Dos czares a Stalin e Putin, o poder ditatorial é hereditário”, publicado na Folha de São Paulo no último dia 19 de março, em que a interpretação sobre o recente assassinato de um dos opositores de Putin é utilizada para atribuir ao povo russo uma aquiescência com a suposta crueldade e a impunidade de seus líderes.

Incrível como tão poucas linhas abarcam tantos insultos. Recorrendo a associações comportamentais questionáveis entre o Czar Ivan “O Terrível”, Stalin e Putin, a autora logo se apressa em julgar os russos como detentores de uma “hereditariedade ditatorial”, desprovidos de “razão” e “sensatez”, além de serem “infantis” e “permissivos”. A autora chega a dizer que a busca da razoabilidade não caberia para interpretar os russos, pois “a razão, a sensatez, o comum pouco valem no complexo magma da alma russa”. E aqui, ao reconhecer o “complexo magma da alma russa”, ela se contradiz no próprio argumento.

Se nem mesmo as mais de mil páginas de um dos mais notáveis romances já escritos na história da humanidade, Guerra e Paz, pelo escritor russo Leon Tolstoi, foram capazes de dar conta de todas as complexas características do povo russo, o que dizer de um pequeno punhado de linhas tão vorazes em sacar rápidas conclusões sobre a alma e os caminhos de um povo alheio? O povo russo é tão rico em características e feições quanto é profusa sua cultura. Sua coragem, resiliência e determinação ao longo de sua história, produziram uma das mais ricas e cultas sociedades humanas na face da terra. Tudo parece ser grandioso na grande Rússia e é fácil exagerar as interpretações neste cenário.

Nos incomensuráveis feitos de Catarina "a Grande", no épico incêndio de Moscou, como inacreditável antessala da vitória sobre Napoleão, ou na vitória das tropas soviéticas sobre o Nazismo, a força moral, a resolutividade e a unidade patriótica se destacam no tecido social deste povo único. Aqueles que pretendiam, ou ainda pretendem, desqualificar seus feitos, buscam caricaturar seus líderes como cruéis e sanguinolentos e seu povo como passivo e leniente. Mas como profecia o ditado russo "Bol´shomu korablyu - bol´shoye plavaniye" - "grandes viagens para grandes navios", para navegar águas profundas é preciso navios de grande porte.
Diário do Povo: Expectativa de vida em Pequim chega a 81,81 anos

O jornal Diário do Povo, versão online em português, noticia nesta quarta-feira (8) que a expectativa de vida dos habitantes de Pequim chegou a 81,81 anos em 2014, realizando com um ano de antecedência a meta do 12º Plano Quinquenal. No Brasil a expectativa de vida é de 74,9 anos. Nos EUA, 78,74 anos. Na própria China como um todo é de 75,20 anos. Em Cuba a expectativa de vida atinge 79,03 anos.

Audiência discute perenização de água no Projeto Pontal em Petrolina

Autoridades políticas, associações, agricultores e representantes sindicais participaram na manhã desta segunda-feira (30) de uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Petrolina, no Sertão pernambucano. Na pauta, a avaliação de implementação da Parceria Público Privado (PPP) no Projeto Pontal, na Zona Rural da cidade.
A audiência foi presidida pelo vereador Geraldo da Acerola (PT). “Eles têm o sonho de ter a sua terra e plantar. E com a chegada da irrigação alimentou isto neste povo. Com o surgimento da PPP, eles foram obrigados a vender suas terras à CODEVASF - Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba que foram destinadas a um só empresário”, explicou o legislador. Uma mobilização dos trabalhadores sem-terra e de agricultores de diversas áreas reivindicavam a perenização do riacho em 3 mil hectares do Pontal e que 70% da área seja dada ao pequeno produtor e 30% para os grandes empresários.

Segundo o presidente do STR - Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Francisco Pascoal, a principal luta é pelas famílias que estão em área de sequeiro, ou seja, onde não há irrigação. “Nós queremos que a CODEVASF irrigue cerca de 3 mil hectares aptos a fazer um projeto de irrigação, além da perenização do riacho”, disse.

Projeto Pontal é composto por cerca de 12 mil hectares, mas 8 mil já estão irrigadas, segundo o sindicato. Francisco Pascoal ressaltou ainda que a água precisa atingir em média 500 famílias. “Nós queremos que o Governo Federal irrigue a área do canal morto e sejam feitos lotes para as famílias, principalmente nos assentamentos. Nestes locais passa água, mas que não está disponível para que os agricultores trabalhem”, disse. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, o Projeto Pontal está pronto desde 2008.

Algumas representações das comunidades rurais do entorno do Pontal foram convocadas para participar da audiência, entre elas, Cleidmar de Souza, presidente da Associação dos Moradores de Uruás. “Há mais de 12 anos a gente vem lutando contra este modelo de política que exclui o pequeno. Estamos aqui para ver se algo pode ser feito no sentido do Pontal ser entregue 70% ao pequeno produtor e apenas 30% ao empresário”, explicou.

O ex-deputado Osvaldo Coelho, também foi convidado. Para o político, a Parceria Público Privado no Projeto Pontal deve ser repensada. “Esta audiência é uma luta contra a injustiça que é esta PPP. Mas a perenização é um sonho antigo”, enfatizou.

O superintendente da CODEVASF, João Bosco Lacerda, explicou e não descartou a possibilidade de criação de novos projetos para contemplar as famílias na área de sequeiro. “Precisamos complementar o projeto. A capacidade que temos não dá para fazermos a irrigação de todo o Projeto Pontal. Atualmente irrigamos para mais de 800 famílias. E se este projeto não atender a demanda teremos que criar outra solução de outro canal”, disse.

Segundo João Bosco, o projeto já existe há mais de 18 anos e tem progressão lenta. “O pontal tem mais de 18 anos que foi dado inicio, é um projeto que vem se arrastando. Desde o ano passado que a população convoca. E entendemos que o governo precisa dar uma resposta”, disse.

Fotos: Programa Nossa Vos e Texto do G1 Petrolina e Região

Flávio Dino: Deixar a estrada da exclusão social

A fome é a negação mais cruel dos direitos fundamentais de qualquer ser humano. É a negação da condição básica para o desenvolvimento do homem que, sem ter o que comer, não consegue trilhar os caminhos que pedem os sonhos que tem para si e para a sua família. É a negação primeira do que a filósofa Hannah Arendt chamou do “direito a ter direitos”.

Por Flávio Dino*

Sem nada para comer, como ter acesso à educação, à cultura, ao trabalho ou à sua autodeterminação? Infelizmente, a negação do "direito a ter direitos" ainda é muito viva em nossa realidade. Lembro que cerca de 25% dos maranhenses ainda vivem na extrema pobreza, o que corresponde a cerca de 1,5 milhão de pessoas. Mas esses não são dados frios, e a reportagem “Estrada da Fome”, exibida na última segunda-feira (23) pela TV Record para todo o Brasil, mostrou que esse retrato cruel é verdadeiro, tem nome e sobrenome, tem rosto e lágrimas. 

Esse legado de desumanidade e descaso foi herdado por nós, maranhenses, em decorrência de décadas de governos que deram as costas aos mais necessitados. Como explicar, por exemplo, que o Maranhão seja a 16ª economia do país, estado que possui água em abundância, terras boas e um povo com muita vontade de vencer, mas com as piores condições de vida do país? A explicação somente pode residir na histórica combinação entre utilização pessoal do patrimônio público, corrupção e injustiça social, caminhos pelos quais poucos se apropriaram dos bens de milhões de pessoas. As vozes do coronelismo maranhense, que hoje vivem enorme crise de abstinência com a perda de antigos privilégios e de ganhos ilícitos, calam-se diante da calamidade retratada por 1 hora na última segunda-feira em rede nacional.

Contudo, ao contrário do que eles sempre fizeram, estamos lutando para transformar esse inaceitável retrato. Creio que nenhuma pessoa deve ficar insensível diante desse quadro. Especialmente no que se refere ao papel do governante, deve ser o de buscar soluções urgentes, duradouras e eficazes para dar a essas pessoas o direito de voltar a sonhar.

Foi por este motivo que, logo no primeiro dia de governo, minutos após a nossa posse, instituímos o Plano de Ações Mais IDH. Ele começa pelas 30 cidades com menor Índice de Desenvolvimento Humano em nosso Estado e vai mostrar progressivamente que, sim, nós podemos mudar o cenário imposto por décadas de desmandos políticos e desrespeito com a população. Por intermédio do Plano Mais IDH, o governo do estado começou a levar mais direitos e mais dignidade a esses milhões de maranhenses outrora invisíveis, cujos futuros foram criminosamente roubados em tenebrosas transações. Agora, o orçamento público é aplicado com o único objetivo de servir a população, com enfoque especial àqueles que mais precisam da ação direta do estado.

Para que se tenha a dimensão deste programa, somente na primeira semana do Mutirão Mais IDH, foram realizados 18 mil atendimentos em 9 municípios. Nesse mutirão, encontramos milhares de pessoas que jamais tiveram acesso a qualquer serviço público, que jamais foram lembrados pelos governantes, a não ser em tempo de eleição. Até o fim do nosso governo, vamos levar a todas as regiões maranhenses provas concretas de que vale a pena lutar e ter esperança em dias melhores.

Apoio à produção, políticas sociais, ampliação de infraestrutura e combate à corrupção são os pilares que sustentam esse novo projeto de desenvolvimento no Maranhão. O destino dos milhões de maranhenses não é estar irrevogavelmente à margem do mundo dos direitos. É para colocá-los na rota do crescimento e dar-lhes condições de se fortalecer, educar e prosperar que conduzimos as ações governamentais, em que hoje há o DNA da indignação transformadora.

*Flávio Dino, governador do Maranhão

PCdoB propõe frente pelo Brasil, a democracia e o governo Dilma

Neste fim de semana (28,29), a direção plena do Comitê Central reuniu-se em São Paulo, para debater a conjuntura e chamar a 10º Conferencia Nacional do PCdoB, que irá tratar de questões organizacionais e das próximas perspectivas do Partido. Entre as resoluções, o fórum encaminhou a defesa do mandato da presidenta Dilma Rousseff e a construção de uma frente democrática e patriótica para unir o povo brasileiro. Leia abaixo a integra da resolução:

Frente ampla em defesa do Brasil, da democracia e do governo Dilma

Ao comemorar 93 anos de fundação, o Partido Comunista do Brasil convoca sua 10ª Conferência Nacional para examinar a grave crise política nacional em andamento; o lugar e o papel do PCdoB na nova realidade que emerge dessa luta; e a sucessão que acontecerá na presidência nacional do Partido. A Conferência se realizará no final do mês de maio, na cidade de São Paulo.

A trajetória longa, de heroicas lutas e importantes realizações da legenda comunista, revela que sua existência é uma exigência histórica, deriva de aspirações profundas do nosso povo de construir uma Nação próspera, democrática, soberana e de pujante progresso social. Projeto que pela convicção do PCdoB só triunfará se tivermos como rumo e horizonte a transição ao socialismo. 

Mais de nove décadas de lutas do PCdoB resultaram num rico legado à Nação e aos trabalhadores, no qual se destacam jornadas, empreendidas com o conjunto das forças progressistas, como as que foram travadas contra o Estado Novo (1937-1945) e c ontra a ditadura militar (1964-1985). Essas e outras jornadas, que custaram, inclusive, a prisão e a própria vida de centenas de militantes comunistas e de outros patriotas, proporcionaram a conquista da democracia na qual a Nação, hoje, se apoia para edificar seu presente e seu futuro.

Defender a democracia, impulsionar a contraofensiva e constituir a frente ampla

Com esse compromisso histórico com a causa democrática, o PCdoB alerta o povo para o fato de que a democracia brasileira está atualmente sob ameaça, uma vez que a oposição neoliberal, aferrada em não aceitar a quarta derrotada consecutiva nas urnas, empreende uma escalada reacionária contra o governo da presidenta Dilma Rousseff, pregando, inclusive, um impeachment fraudulento e golpista.

O objetivo dessa intentona da direita, que ocorre num contexto de forte impacto da crise capitalista mundial sobre os países em desenvolvimento e de uma ofensiva do imperialismo na América Latina, visa a ceifar o ciclo democrático e progressista iniciado em 2003, com a eleição de Lula para a presidência da República. 

Uma crise política desenrola-se sem desfecho à vista e com uma correlação de forças favorável ao campo político conservador. Sua dinâmica é “alimentada” pela Operação Lava Jato que desbaratou um antigo esquema criminoso de pagamento de propinas na Petrobras, mas desvirtuou-se ao passo que se vinculou à oposição e foi direcionada para atingir seletivamente a base do governo, especialmente o PT e com indisfarçável esforço de comprometer a própria presidência da República. A crise estende-se também ao Poder Legislativo, uma vez que os presidentes das duas Casas do Congresso e dezenas de outros parlamentares foram afetados pela referida Operação. A estagnação da economia é fator estrutural da crise que, instrumentalizada, agrava a instabilidade.

Desde meados do mês de março de 2015, a crise desembocou nas ruas com manifestações antagônicas que representam os dois polos do atual confronto: atos de rua em defesa da democracia, contra o golpe, por mais direitos versus atos centrados na pregação reacionária contra o mandato da presidenta. Novos capítulos dessa batalha das ruas já estão anunciados, o que irá exigir do campo popular e democrático empenho para realizar manifestações mais amplas e vigorosas.

Partindo dessa realidade instável e perigosa, o PCdoB ressalta que a questão-chave do momento é rechaçar o golpismo, defendendo de modo resoluto a democracia e o mandato constitucional da presidenta Dilma Rousseff. Avalia que se impõe como tarefa maior constituir desde já uma frente ampla com todas as forças possíveis do campo democrático e patriótico. Somente uma frente que una as forças patrióticas, progressistas e democráticas da Nação será capaz de enfrentar, isolar e derrotar a ofensiva retrógrada do consórcio oposicionista. 

Essa frente ampla irá se constituir em torno de bandeiras aglutinadoras como a defesa da democracia, da legalidade, do mandato legítimo e constitucional da presidenta Dilma; defesa da Petrobras, da economia e da engenharia nacional; combate à corrupção, com o fim do financiamento empresarial das campanhas; e pela retomada do crescimento econômico do país e garantia dos direitos sociais e trabalhistas.

A formação da frente ampla, a necessária retomada da iniciativa política das forças democráticas e progressistas, exige o protagonismo da presidenta Dilma e a participação destacada do ex-presidente Lula. A esquerda partidária e os movimentos sociais, sem abdicar de sua pauta específica, devem se empenhar por essa tarefa candente.

Cabe, em especial à presidenta Dilma – apoiada num núcleo de articulação política plural condizente com uma coalizão ampla e heterogênea –, pactuar uma recomposição que assegure ao governo maioria no Congresso Nacional. Demanda que implica esforços para agregar os partidos de centro como parte importante da base aliada. 

Sobre o tema da corrupção, a posição do PCdoB sempre foi e é clara: o combate à corrupção deve prosseguir e os corruptos e corruptores devem ser julgados e punidos. Contudo, o PCdoB alerta que há no âmbito da reforma política já em votação no Congresso Nacional um movimento do campo político conservador e de outros setores para manter o financiamento empresarial das campanhas – raiz de grande parte dos escândalos e crimes de corrupção que afetam o Estado, suas empresas e os partidos políticos.

Além disso, o PCdoB denuncia que há o sério risco de que, na contramão das aspirações do povo, se efetive uma antirreforma política que resulte na exclusão ou redução drástica das minorias nas Casas Legislativas, caso sejam aprovadas a proibição de coligação partidária e a cláusula de barreira. Cláusula que o próprio Supremo Tribunal Federal já julgou inconstitucional por ferir princípios da Constituição Federal como o do pluralismo político e partidário.

Finalmente, face ao grande desafio de o país retomar o crescimento econômico, objetivo que ficou ofuscado pelo dissenso provocado pelo ajuste fiscal, o Partido respalda os esforços do governo para que a economia do país volte a crescer. Mesmo crítico ao conteúdo do dito ajuste, o PCdoB atende positivamente ao voto de confiança que a presidenta solicitou do povo e das forças que o apoiam. Todavia, cabe à presidenta liderar uma repactuação com a base social que apoiou sua reeleição, destacadamente os trabalhadores e, também, os empresários do setor produtivo, buscando uma solução negociada em torno do ajuste. Em relação aos direitos trabalhistas, nomeadamente ao seguro desemprego, o PCdoB atua para manter as regras atuais. Simultaneamente, no projeto de resolução da sua 10ª Conferência, o Partido apresenta propostas à retomada do crescimento e sugere e cobra medidas para que sejam tributadas as grandes fortunas, grandes heranças e o rentismo.

Sucessão na presidência do PCdoB e fortalecimento das linhas de sua edificação

A 10ª Conferência Nacional é chamada a debater e deliberar sobre um tema de magna importância para o PCdoB: concluir a sucessão na presidência do Partido. Ela foi pautada por iniciativa do presidente Renato Rabelo e desencadeada, em 2013, pelo atual Comitê Central do Partido, eleito no 13º Congresso. Conforme o teor daquela decisão, foi indicada para suceder Renato Rabelo a atual vice-presidente, deputada federal Luciana Santos.

Depois de um processo rico de múltiplas consultas, de aprendizado político, ideológico e organizativo, a direção nacional do PCdoB dá sequência a esse processo democrático de renovação da direção – desta feita, convocando o conjunto do Partido para dele participar e, assim, enriquecê-lo e fortalecê-lo. A direção do Partido tem confiança no descortino das novas gerações de comunistas e está convicta de que Luciana Santos preenche os critérios para o exercício do mais alto posto de direção do Partido e que ela – apoiada na valiosa experiência dos quadros veteranos e no coletivo militante do Partido – tem efetivas condições de conduzir vitoriosamente o PCdoB nas lutas que se avizinham e nos novos estágios de sua edificação.

Finalmente, a 10ª Conferência é chamada, também, a fortalecer o PCdoB e sua identidade própria, debater o lugar político do Partido face às mudanças na conjuntura política, econômica e social do país. Aos desafios táticos de 2015 se somam as lições críticas do revés eleitoral de 2014 do Partido relativo à redução da sua bancada federal e novos esforços por efetivar linhas justas de ação e construção partidária, principalmente nos grandes centros urbanos. O debate torna-se ainda mais necessário diante do clima de intenso ataque à esquerda, mas também no contexto de uma esquerda que luta, resiste e se movimenta para impulsionar a contraofensiva.

Em síntese, espera-se da inteligência do coletivo militante a contribuição crítica, construtiva e criativa para se atualizar e se efetivar as linhas de construção do Partido, visando a colocá-lo à altura dos desafios do novo cenário que se descortina.

São Paulo, 29 de março de 2015

O Comitê Central do Partido Comunista do Brasil – PCdoB

Sinais de degradação do Rio São Francisco preocupam especialistas

Neste domingo (22) é comemorado o Dia Mundial da Água. A data traz também um alerta para a situação do Rio São Francisco. Entre os principais problemas encontrados estão a derrubada da mata ciliar, o assoreamento e os esgotos que deságuam todos os dias no rio.
O Rio São Francisco é um dos mais importantes cursos d'água do Brasil. São 2.800 quilômetros de extensão que cortam seis estados brasileiros e o Distrito Federal. A quantidade de água é de impressionar, mas o rio tem apresentado uma baixa do nível e, em alguns trechos, acontece a formação de bancos de areia.

A situação se agravou mais nos últimos cinco anos por causa da estiagem. De acordo com o sargento do Corpo de Bombeiros, Edian Rodrigues, quem navega há muito tempo no rio percebe os sinais da degradação. “O banco de areia é muito grande e ele começa na Ilha do Massangano e vem descendo a cada dia. Há cinco anos ele está mais perceptível e a gente que já navega há algum tempo percebe que foi aos poucos e hoje ele está bem aparente. Até nos mapas dá para ver esse banco de areia”, explica.
A baixa do Rio São Francisco não é a única preocupação dos ribeirinhos e especialistas. Todos os dias, milhares de litros de esgoto são despejados no Velho Chico. E um dos sinais dessa poluição é a presença de plantas aquáticas como as baronesas. “As pessoas ficam achando que as baronesas são maléficas para o rio, mas elas não são, elas ajudam na purificação da água. Só que é um tipo de planta que só se alimenta de água poluída”, explica o ambientalista, Vitório Rodrigues.
O lixo jogado às margens do rio e o desmatamento da mata ciliar gera outro grande problema, o assoreamento. “A perda da vegetação da mata ciliar principalmente na parte de Juazeiro-Bahia e Petrolina, em Pernambuco, é por causa de vários fatores como a exploração de minério e agricultura irrigada. Então houve uma perda muito grande da vegetação e, por conta disso, nós temos vários outros problemas consequentes como o caso da erosão e desmoronamento de barreiras”, argumenta Rodrigues.

O Representante do Comitê da Bacia Hidrográfica, Aluízio Gomes, afirma que o alerta em relação à situação do rio está sendo feito há muito tempo. “O Comitê da Bacia Hidrográfica foi criado em 2001 e em 2002 ele começou a sua efetiva ação. É o único organismo do país que especificamente defende o Rio São Francisco porque tem representações diversas.O problema é gravíssimo e estamos atentos”, destaca Gomes.
O Comitê também planeja ações para conter a degradação do Rio São Francisco. “O Comitê está fazendo um estudo de todo plano de ações que devem ser efetivadas no Rio São Francisco. São mais de 500 anos de degradação e este é um projeto de longo prazo com educação ambiental de todos os níveis de educação. O setor elétrico é o grande culpado pela questão da vazão e que precisa gerar energia. Represa as águas e prejudica populações”, garante.

No dia 20 de maio será realizada uma plenária em Petrolina. A cidade, que é uma das mais importantes da calha do rio, vai receber representações e discutirá com a população o estado do Rio São Francisco.

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