LAGOA GRANDE: Presidentes dos partidos no município, emite nota conjunta sobre comentário do ex-presidente do PPS

É interessante que a matéria intitulada “Os pré-candidatos meninões” dos bastidores da notícia que tem como colunista Fábio Cardoso o qual é ex-presidente do PPS, aonde mantém-se filiado até hoje. Um fato que chama atenção é que o grupo que coordenou a campanha do pré-candidato a Dep. Estadual do PPS, cogita no município a possibilidade do mesmo disputar o executivo municipal.

O estanho é que o Fábio classifica de besta a intenção de qualquer um outro grupo pleitear o cargo executivo em Lagoa Grande. Será que ele realmente pensa isso de Vilmar (PPS) e Fernando Angelim (PPS)? Que ambos são meninões e besta por querem disputar o cargo de prefeito? Como perguntar não ofende quanto estaria ganhando Fábio para estar estilando essas aberrações na cidade?

Logico que ele usa uma termologia que não tem nenhuma definição ainda na língua portuguesa “MENINÕES”, na verdade ele é um colunista frustrado politicamente, diante da falta de expressão política, Fábio Cardoso que atual , que mantém um diálogo a bastante tempo com o ex-coordenador do núcleo de na gestão da ex-prefeita na área de comunicação da prefeitura, hoje, mantém uma pauta de discussão com o ex-coordenador do Núcleo de Comunicação de uma possível composição do PPS e PSB em Lagoa Grande, fato esse que remeteria ele a pleitear um cargo no Núcleo de Comunicação já que também tem conversando muito com o atual gestor da pasta.

Vamos aguardar os desenrolar desta negociação para que possamos anunciar em definitivo a composição.


Matéria publicada, 28 de novembro de 2014


Direitos Humanos debate 20 anos do Fórum de Erradicação do Trabalho Infantil

A deputada Luciana Santos participou na manhã desta quinta-feira (27/11) da audiência pública para debater os 20 anos do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) e os desafios na prevenção e erradicação do trabalho infantil, promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Participam do FNPETI 26 Fóruns Estaduais de Erradicação do Trabalho Infantil e do Distrito Federal, governo federal, organizações da sociedade civil, dos empregadores, dos trabalhadores, do sistema de Justiça e de agências internacionais (Organização Internacional do Trabalho – OIT e Fundo das Nações Unidas para a Infância - Unicef) que integram a Rede Nacional de Combate ao Trabalho Infantil.

Luciana explicou que o trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito do Trabalho Infantil, da qual é relatora, está chegando ao fim. Ela afirmou que foram realizadas audiências públicas de qualidade que permitiu um olhar sobre o panorama do trabalho infantil no país e citou a realização de uma diligência para coibir o trabalho de crianças em Pernambuco, realizada em parceria com a Polícia Rodoviária Federal.

A parlamentar exaltou o papel do Fórum no combate ao trabalho infantil e destacou a importância da atuação dos fóruns estaduais, citando como exemplo as campanhas e atividades desenvolvidas pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil em Pernambuco (FEPETIPE). “Nós precisamos fazer o debate de convencimento, porque a incidência daquele trabalho como agricultura familiar, trabalho doméstico entre outros que aparentemente não prejudicam a criança precisam ser combatidos com uma mudança de cultura dentro da sociedade”, comentou.

Foram convidados para a audiência a diretora do escritório da OIT no Brasil, Lais Abramo; a vice-procuradora geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), Eliane Araque dos Santos; o secretário de inspeção do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Paulo Sérgio Almeida; o vice-presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Lourenço Ferreira do Prado; a representante da Fundação Telefônica, Patrícia Mara Santin; e a secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), Isa Maria de Oliveira.

Ana Cristina Santos (Foto: Richard Silva/PCdoB Câmara)

Dilma conquista a quarta vitória do povo. A prioridade, agora, são as reformas

Em duro e acirrado embate, de intensa polarização, numa trajetória político-eleitoral marcada por reviravoltas e surpresas, a presidenta Dilma Rousseff alcançou em 26 de outubro último a quarta vitória consecutiva do povo, com a maioria de votos da nação. Vitória histórica, inédita, dado que é o terceiro mais longo período de governo desde o segundo Reinado de Pedro II. Quando Lula assumiu a presidência em 2003 não tínhamos no horizonte a certeza de que as forças democráticas, progressistas e de esquerda pudessem galgar umbral como esse.

A presidenta liderou a campanha do início ao final. E soube conduzir a Campanha com firmeza e sem recuos, mesmo nos momentos mais difíceis.

Na verdade, ela teve de enfrentar praticamente duas eleições no pleito presidencial de 2014, contra os dois candidatos das forças conservadoras: primeiro, enfrentar e derrotar Marina Silva e, em seguida, enfrentar e derrotar Aécio Neves, já no segundo turno.

Nesses dois grandes embates procurou sempre demarcar o seu compromisso com a amplíssima maioria da nação: os trabalhadores e as camadas pobres da população. E o resultado da eleição presidencial manifesta, de fato, que a maioria do povo respondeu e depositou sua confiança nesse compromisso assumido pelo governo da presidenta e reiterado por ela durante todo o processo eleitoral.

Somente assim foi possível vencer a cruzada antidemocrática, antipopular e obscurantista contra o Brasil, que já vinha desde a guerra suja que tudo fez para boicotar a realização da Copa do Mundo no Brasil com o intuito de desacreditar Dilma; as manobras especulativas da Bolsa de Valores se sucediam numa campanha aberta contra ela; a presidenta teve de confrontar uma delação premiada, medida realizada para criar um ambiente de escândalo e desgaste contra ela nos momentos mais sensíveis da campanha eleitoral; chegou-se ao cúmulo de perpetrar um golpe midiático-eleitoral-político, iniciado 48 horas antes da votação (reportagem, de capa forjada, sem provas, da revista Veja), para atingir frontalmente Dilma e Lula – as duas maiores lideranças do nosso campo –, quando vigorava a Lei do Silêncio que antecedeu uma votação.

Pelo nível dessa aguda polarização, demarcando de forma classista mais nitidamente dois campos políticos, a vitória tem uma dimensão de grande evento histórico, abrindo caminho para um “novo ciclo de transformações” no Brasil. Foi barrada a cruzada conservadora e antidemocrática que atingiu também seu auge, reagrupando todas as forças de direita. Triunfou o campo democrático, progressista, popular e patriótico, conseguiu no segundo turno reunir mais amplamente a esquerda. Vitória também dessas mesmas forças políticas e classistas do mundo, mais especificamente da América Latina, demonstrando sua dimensão internacional em reforço à luta da integração latino-americana e caribenha, à luta por uma nova ordem mundial de paz, cooperação entre as Nações, direito à soberania e ao desenvolvimento.

O ex-presidente Lula, pela elevada expressão de sua liderança política e popular, exerceu papel importante para a construção da vitória alcançada. Mas é muito importante salientar que o movimento social organizado foi decisivo nas muitas batalhas da campanha. A atuação do movimento social em geral e das organizações nas quais o PCdoB tem influência teve papel saliente, destacando-se a ação da juventude. O Partido deu também valiosa contribuição na comunicação e na luta de ideias por meio de seu coletivo dos movimentos sociais e da cobertura ampla realizada pelo portal Vermelho. E apoiou as iniciativas do Centro de Mídia Alternativa Barão de Itararé, e através da sua Fundação Maurício Grabois. A posição da presidenta, que demarcou à esquerda temas de fronteira ao movimento, entusiasmou a militância e a levou a uma crescente mobilização. Essa resultante é uma conquista política significativa, sobretudo depois da vitória, que vai exigir uma ação comum, sustentando e impulsionando o governo no sentido das mudanças.

Podemos afirmar que o PCdoB tem sido uma das forças construtoras dessa quarta vitória de grande dimensão para as forças avançadas.

Desde as indicações lançadas no seu 13º Congresso, de novembro de 2013, e as Resoluções decorrentes, o PCdoB empenhou-se e se inseriu na campanha presidencial em todo o país e teve papel destacado na reeleição de Dilma Rousseff – fato reconhecido pela própria presidenta.

A intensidade da ação política e maior embate dos interesses de classe na eleição presidencial de 2014 é uma manifestação resultante de efetiva mudança democrática e progressista desses quase 12 anos.

Dilma vem se empenhando em prosseguir o projeto político iniciado por Lula em 2003, apesar dos limites e grandes obstáculos, numa marcha para frente, visto que a presidenta é a que mais quem mais avançou no sentido democrático-popular (“esticou mais a corda”). O resultado disso, inevitavelmente, é um embate mais agudo e mais acirrado com as forças conservadoras, a direita e seus apêndices extremistas que saem da penumbra, a oligarquia financeira, que é o estrato dominante do sistema capitalista contemporâneo.

Dilma deu curso à democratização da sociedade brasileira iniciada por Lula, quando cumulativamente propiciou o surgimento de significativa mobilidade social, reduzindo a desigualdade, diminuindo e modificando os muitos espaços de privilégios das camadas médias altas da sociedade brasileira: maior acesso às melhores universidades, ampliação de oportunidades, aumento real sucessivo do salário mínimo, direitos dos trabalhadores domésticos, transporte aéreo massivo, alcance amplo aos centros de consumo etc.

Em resposta a tais mudanças essas camadas médias privilegiadas e endinheiradas cresceram sua oposição e até mesmo o seu ódio contra a presidenta. E no estrato dos círculos financeiros dominantes e globalizados, que apoiaram ostensivamente Aécio Neves, o que transpareceu? Seus articulistas e porta-vozes de confiança, tanto no plano interno como no internacional, afirmam sinteticamente o seguinte: “o que está em questão é o consenso formado há quase três décadas, sobre como a economia deve ser gerida”. FHC consolidou esse consenso, Lula ainda seguiu (de certo modo) o consenso. “Dilma o rompeu e é disso que se trata a eleição de domingo” (Artigo de Cristiano Romero, no jornal Valor Econômico, em 26-10-2014). Portanto, não é circunstancial ou conjuntural que esses estratos sociais dominantes e intermediários – que se voltam contra a presidenta, que detêm grande poder na mídia, na justiça, nos órgãos de controle e policial, nas forças armadas – atuassem e aceitassem democraticamente a perda de poder, status e privilégios.

Assim, é insofismável a lei objetiva do avanço civilizacional: quem inviabiliza a saída de diálogo, com tolerância e pacífica para as mudanças mais profundas na sociedade são os setores dominantes dessa sociedade, na contemporaneidade – a sociedade capitalista. Não são as correntes mudancistas, os trabalhadores e os contingentes populares que inviabilizam o caminho do diálogo e da ação pacífica.

Desse modo, na nova situação se acentua uma conduta agressiva, antidemocrática e golpista da oposição, estimulada pela votação obtida e pela reaglutinação de suas fileiras. O PSDB apela desaforadamente ao Tribunal Superior Eleitoral pedindo auditagem, sem nenhuma base, na apuração da eleição presidencial. Não aceita a derrota. A minoria batida nas urnas, conduzida pela direita, é que quer impor seu governo ao país. Impelir o seu programa por todos os meios – dando cobertura até aos intentos extremados da reação, que clama por uma intervenção militar através de mobilizações de rua nos grandes centros. Tudo fazem para desacreditar a presidenta já antes de sua posse.

Apesar das contradições e divisões entre eles, procuram sustentar a liderança da vez, Aécio Neves, respaldado pela grande mídia, para encabeçar um pretenso terceiro turno.

Esta é uma demonstração açodada de que eles não aceitam o resultado das urnas. E desde já estão a fim de truncar ao máximo que a presidenta eleita governe o país, levando o governo a um impasse econômico e político, pretendendo provocar uma crise institucional de governo. Na operação Lava Jato eles tramam uma tempestade contra o governo Dilma, em um vetor para a operação de impeachment.

No curso atual, a presidenta Dilma Rousseff, com a reeleição, reforçou sua autoridade e liderança. Mas continua a intensa luta para barrar o seu governo ou levá-la a condescender os seus compromissos perante o povo na campanha. Dificultá-la na composição da maioria de sua base e na formação do seu governo. Paralisar a economia nacional num período de convalescência de uma crise geral sistêmica. Isolá-la no cumprimento do programa a fim de seguir a mudança e realizar as reformas, como ela renovou no discurso da vitória na noite do dia 26. A presidenta vem contrariando fortes pressões da mídia e do mercado.
E vem reafirmando que não realizará nenhum tarifaço, choque de gestão, ou ajuste fiscal duro, mantendo a premissa de garantir emprego e renda para o trabalhador, reduzindo progressivamente a inflação.

Diante disso, torna-se premente, numa ação comum, o apoio e sustentação à presidenta Dilma de todas as forças que a elegeram para garantir-lhe o cumprimento do programa de mudança e reforma, impedindo as investidas para o retrocesso. Crescem de importância as mobilizações de rua das forças democráticas e populares.

Em suma, emerge uma nova situação, com outros componentes resultantes do grande embate pós-eleições de 2014. É mais renhida e demarcada a luta entre o avanço das mudanças e reformas na atual etapa e o retrocesso aos paradigmas e pactos neoliberalizantes da década de 1990.

Vai sendo formada uma convergência no campo da esquerda e progressista de que o Brasil começa a viver um “novo ciclo histórico de transformação” (presidenta Dilma Rousseff), de “abertura de um novo ciclo de mudanças” (PT), de “um novo momento de transição” (Tarso Genro). E se generalizam os anseios e propostas de fortalecer e ampliar a esquerda: formação de ampla frente de esquerda, “onde movimentos sociais, partidos, setores de partido, intelectuais, juventudes, sindicalistas possam numa ação comum (…) lutar por reformas democrático-populares”. E para “transformar o Brasil é preciso combinar ação institucional, ação social e revolução cultural” (PT) – qualquer semelhança conosco é mera coincidência. O PT é levado a uma posição mais à esquerda. (Última Resolução: “Giro Histórico?”. Breno Altman)

Vejam, torna-se mais atual o que o PCdoB indicava em seu 13º Congresso, de agregar e pôr em ação todos os que tenham afinidade e compromisso com as bandeiras da esquerda – partidos ou setores deles, os diversos movimentos sociais, as centrais sindicais dos trabalhadores, personalidades, intelectuais e artistas progressistas – para respaldar e impulsionar o governo Dilma Rousseff a realizar as reformas e cumprir seus objetivos. Ao encontro dessas ideias e propostas já tivemos uma experiência concreta no segundo turno da eleição presidencial, quando essa unidade da esquerda foi determinante para impedir o retrocesso e alcançar a vitória. E, agora, pode prosseguir de modo ainda mais organizado e ativo na busca dessa unidade.

Portanto, o PCdoB se empenhará nesse sentido de fortalecer e ampliar a esquerda, prestando seu apoio e sustentação à presidenta Dilma.

Ademais, consideramos que neste momento estão diante da presidenta Dilma dois desafios que demandam solução imediata e exigem dela própria a condução direta, apoiada em lideranças à altura dessas tarefas: 1) constituir a efetiva maioria nas duas Casas do Congresso Nacional e pactuar acordo que assegure à base aliada a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado Federal; e 2) retomar o crescimento econômico, com o aumento significativo do investimento público e privado, restabelecendo a confiança com o setor produtivo, empresários, investidores e empreendedores interessados no amplo desenvolvimento nacional.

Com diálogo, persistência e apoio das forças que a elegeram a presidenta terá os meios necessários para, de forma autônoma, escolher o novo ministro da Fazenda, que seja independente do pensamento único imposto pela mídia monopolista e o mercado – o mantra da austeridade fiscal e monetária, verdadeiro terror econômico –, mas comprometido, sim, com desenvolvimento e inclusão social.
Consideramos que, na nova situação, a construção da maioria política para sustentação do novo governo teria que contar com a participação de um amplo Bloco de esquerda, conformação e estabilização do bloco de centro, com base num plano político que dê conta dos objetivos programáticos assumidos pela presidenta Dilma Rousseff.

Reformas – prioridade de governo


A presidenta tem acentuado a realização das reformas como prioridade de seu segundo governo. O PCdoB, desde 2009, no seu Programa Socialista, defende as reformas democráticas estruturais da maneira que se possam superar os grandes obstáculos que entravam a abertura de nova etapa do desenvolvimento nacional.

Na proposta de Resolução — encaminhada para discussão nesta reunião — reafirmamos o elenco de reformas que avaliamos ser imprescindíveis. Quero me reportar a duas delas, consideradas prioritárias: a reforma política e a Lei da Mídia democrática.

Essas duas reformas sem dúvida são imprescindíveis para o avanço democrático do país. Para o seu êxito se requer, segundo nosso ponto de vista, a aglutinação do campo democrático e popular, em especial uma convergência da esquerda a respeito da plataforma das reformas, buscar respaldo na mobilização social, condição decisiva, e construir apoios no âmbito do Congresso Nacional. Qualquer proposta passa por ele, outra condição decisiva. Em resumo: mobilização popular ampla e vencer no Congresso Nacional.

No caso da reforma política existem duas plataformas no campo progressista – plebiscito em defesa de uma Constituinte exclusiva para deliberar e promulgar a reforma política; e a chamada Coalizão, que reúne mais de uma centena de entidades da sociedade, encabeçada pela OAB e CNBB, que através da iniciativa popular defende um Projeto de Lei ao Congresso Nacional, com um conteúdo definido, que ressalta a forma de investimento somente da pessoa física, com base em um teto, nas campanhas eleitorais, excluindo a forma de financiamento da pessoa jurídica. De nossa parte temos procurado até agora construir uma convergência entre as duas propostas.

Ainda considerando que a indicação de uma Constituinte exclusiva agora não encontraria respaldo amplo na sociedade e no Congresso Nacional, e se tornaria uma proposta que se situa apenas no círculo da propaganda da esquerda, sem consequência de ação ampla e sem resultado prático viável etc. A referência para o Partido na busca de uma convergência no campo democrático, popular e progressista é a proposta da Coalizão.

No caso da reforma democrática da mídia existe uma unidade maior das forças democráticas e de esquerda. A luta passa por uma nova fase em função das posições assumidas pela presidenta Dilma acerca da essencialidade e premência da regulação econômica da mídia do país, constituída de monopólios e oligopólios. Como todas as reformas dependem do Congresso Nacional, para o êxito de tal reforma democrática, somente é viável por meio de ampla mobilização social, que congregue maiores parcelas do povo. Mas, existem também iniciativas em curso que já podem se tornar em ganhos iniciais e preparação para uma democratização mais profunda dos meios de comunicação.

O resultado político do PCdoB nas eleições de 2014

Já discorremos sobre o papel protagonista e destacado do PCdoB na vitória da reeleição da presidenta Dilma Rousseff. A proposta de Resolução encaminhada a vocês apresenta elementos básicos sobre o resultado político-eleitoral do Partido – primeiro passo que deverá ser aprofundado e desenvolvido. Quero agora me ater a alguns aspectos que merecem nossa reflexão.

Do resultado eleitoral, o ponto mais alto de nossa conquista é o destacado êxito da eleição de Flávio Dino, governador do Maranhão, feito alcançado pela primeira vez na história do nosso Partido, numa campanha de grande significado para esse estado e no âmbito nacional. Saúdo toda a militância, bem como das forças progressistas e de esquerda daquele estado, dos movimentos sociais e da militância nas redes sociais, que se somaram à vitória alcançada nas eleições de outubro.

A eleição de Flávio Dino governador coroou o anseio do PCdoB de todo o país, vencendo a disputa com sua própria legenda, à frente de ampla aliança política, já no primeiro turno, obtendo a segunda marca mais elevada do país, com 63,62% dos votos válidos. A vitória era um dos objetivos mais expressivos alcançados pelo PCdoB de todo o país nestas eleições, agregado às eleições proporcionais, onde também o Maranhão se destacou com a destacada vitória da eleição de um deputado federal e 3 deputados estaduais, e mais um suplente que assume logo no início de 2015.

O êxito tem importante caráter nacional. Ele se integra à grande batalha pela reeleição de Dilma Rousseff à presidência da República. No Maranhão, Dilma alcançou no segundo turno praticamente 70% dos votos, a segunda maior do país. A inédita experiência do PCdoB em encabeçar um governo de Estado representa um desafio duro perante a realidade social que se herdará, mas abrem uma agenda política renovada e promissora para o Maranhão, a partir da nova correlação de forças políticas e sociais que se estabeleceu com o resultado das urnas.

O essencial será fortalecer a elevada relação de parceria entre os novos governos federal e estadual, no plano político e administrativo, aprofundando os vínculos políticos de aliados históricos que são o PCdoB e o PT, Dilma Rousseff e Flávio Dino. O Brasil e o Maranhão só têm a ganhar com isso. Essa voz mais forte do povo maranhense nas urnas.

Também registro importante é o Partido ter alcançado a vitória para vice-governador no Rio Grande do Norte, com Fábio Dantas. E ainda é significativo o resultado alcançado nas eleições estaduais, com a eleição de 25 deputados estaduais em 16 estados, 40% maior do que na de 2010 – com 13 deles eleitos em chapas próprias.

No Congresso Nacional residiu nosso maior entrave. Na eleição para o Senado não conseguimos eleger nossa candidatura mais viável, a de Perpétua Almeida, no Acre, perdendo uma cadeira no Senado. Foi bom o desempenho de Ricardo Gomyde no Paraná. Entretanto, o que merece nossa atenção maior é o refluxo acentuado de quase 1/3 na votação do Partido para a Câmara dos Deputados. E se reduziu o número de eleitos de 15 para 10.

Voltamos a um patamar menor que 2002 interrompendo um crescimento eleitoral gradativo e contínuo, que vinha se realizando, nas ultimas 4 eleições.

Era nossa prioridade a eleição para a Câmara dos Deputados, definida num plano que perseguia ultrapassar os 15 eleitos em 2010, tendo como referência alcançar o patamar de 20 deputados. No decorrer da própria campanha já vínhamos constatando a inviabilidade desse plano. E no mês final da campanha já percebíamos a dificuldade de manter até mesmo o número de 15 eleitos. Portanto, é um resultado que expressa um revés considerável, que exige de nós a retirada de ensinamentos.

A Resolução já constata alguns elementos no conjunto das eleições como a situação na qual todas as legendas da coligação nacional com Dilma Rousseff, com exceção do PRB, reduziram sua votação e bancada federal, diminuindo em conjunto 61 cadeiras. Ainda se deve levar em conta a fragmentação de legendas com assento na Câmara Federal (seis a mais em relação a 2010), que levou os demais partidos, com poucas exceções, a reduzirem também as suas bancadas.

No caso do PCdoB, um dado considerável foi a ausência de quatro candidatos com condições plenas de se elegerem que, por motivos variados, ficaram de fora do pleito para a Câmara dos Deputados: Aldo Rebelo, Manuela D’Ávila, João Ananias, Perpétua Almeida. No entanto, assumiram mais quatro parlamentares estreantes: Orlando Silva, Aliel Machado, Rubens Pereira, e João Derly.

No resultado eleitoral do PCdoB, se destaca que, num quadro estratificado de forças partidárias, a eleição para governador no Maranhão pelo Partido demonstra o deslocamento de partido grande, para dar protagonismo eleitoral nas eleições majoritárias à legenda 65, do PCdoB – objetivo que temos perseguido. Neste caso cumpre maior êxito.

Entretanto, o que merece a nossa mais viva atenção é o contexto político-social e da construção partidária com o qual chegamos a esse resultado.

Plano político-social

Pela evolução da polarização, desde o novo ciclo político aberto em 2003, entre as forças democráticas e progressistas – no governo – e as forças conservadoras e neoliberais – na oposição –, radicalizou-se a investida desta no embate antipetista, antiesquerda (contra o” bolivarianismo”, no contexto latino-americano), atingindo também o PCdoB, que sempre teve rumo e lado definidos, e tem sido alvo de ataques diretos, por parte da mídia monopolista hegemônica, que atinge milhões permanentemente. A nossa mídia, o nosso coletivo nas redes sociais, atinge milhares. Compõe esse quadro a evolução da recente mobilidade social, especificamente de novos estratos de trabalhadores nos grandes centros urbanos, disputados pela hegemonia dos meios de comunicação da classe dominante capitalista – estratos nos quais o Partido ainda não encontrou as formas viáveis de liame político e cultural. Essas são questões que merecem resposta do Partido, indo além do que temos formulado.

Plano da construção do Partido

Em decorrência das transformações sociais no Brasil e da nova situação após 12 anos do ciclo político aberto pelo ex-presidente Lula, a questão determinada se relaciona com a identidade político-ideológica e eleitoral do PCdoB. A questão primeira é o Partido reforçar a sua identidade de partido revolucionário de esquerda, como integrante do governo que tem a hegemonia do PT. Em última instância, se trata de como usar meios e formas modernas para disputar política e ideologicamente, não só pequenos círculos, mas amplas camadas dos trabalhadores e setores populares.

Começa sempre pelo fortalecimento da propaganda e comunicação militante das idéias e do programa do Partido, e pela atuação constante no debate de ideias candentes que está em curso no país. É preciso atualizar a vida partidária e da organização do Partido, desde a base à consolidação dos comitês dirigentes.

No plano eleitoral consideramos justo e atual manter a orientação de afirmar a legenda do Partido, com disputas majoritárias; abrir-se para novas lideranças públicas que se identifiquem com o Programa do Partido e constituindo chapas próprias; construir redutos partidários e eleitorais mais permanentes, mediante ação política, luta social e de ideias fora dos períodos eleitorais; aproveitar as participações governamentais no reforço dessa linha geral; e fortalecer-se nos grandes centros urbanos, em especial nas capitais.

Acerca dos resultados eleitorais atuais alcançados — partindo de uma avaliação crítica e autocrítica — avaliamos que a tática geral do Partido tem se revelado justa, pelo exame do curso da luta política em nosso país, mas pode ter havido antes e no curso dessas eleições erros tanto de aplicação quanto de condução da nossa orientação política. Por isto, é preciso confrontar os resultados com a tática eleitoral definida em cada unidade da Federação, considerando-se as alianças políticas realizadas, os acordos estabelecidos, a real mobilização partidária efetuada com base na orientação do Partido e retirar lições das experiências exitosas e dos revezes.

O PCdoB se encontra diante de novos e maiores desafios. A condição de tornar realidade a missão e o grande ideal comunista passam necessariamente por grandes, variados e crescentes embates. Temos a convicção de que nas condições contemporâneas – aos 92 anos de sua história — o PCdoB está mais forjado para ser protagonista e condutor da luta pelo avanço civilizacional, pela vitória da nova sociedade – o Socialismo.

RENATO RABELO
Presidente do Partido Comunista do Brasil

Luciana defende regras para publicidade de órgãos públicos

Autora de projeto de lei que cria um fundo de desenvolvimento para mídia alternativa, a deputada federal Luciana Santos (PCdoB-PE) propõe rediscutir como o Governo Federal aplica suas verbas de publicidade. Ela trata também da decisão da presidenta Dilma de não enviar um projeto de lei ao Congresso, mas rediscutir a questão da Ley de Medios. Sexta-feira (7), Luciana Santos conversou com Paulo Henrique Amorim, do site Conversa Afiada.
 
Luciana Santos - Nós temos a pretensão de criar um fundo com várias fontes (de recursos). Precisamos antes definir o que é mídia alternativa. A gente priorizou o conceito de rádio difusão comunitária, canais de programação educativa, produtoras brasileiras regionais independentes e veículo de comunicação de pequeno porte.

A receita (virá) desde a destinação na lei orçamentária, com o Orçamento Geral da União. Teremos também um percentual dos 50% dos recursos auferidos da outorga onerosa da concessão, contribuição de 1% sobre a receita operacional bruta (das emissoras de tevê), excluídos os impostos, e do acesso condicionado que são os canais a cabo. Queremos uma espécie de Lei Rouanet para a mídia alternativa. Temos o caminho para que o BNDES também abra uma frente para a mídia alternativa. Esse é o conteúdo principal do projeto de lei.

PHA - Já existe uma avaliação de quanto isso pode gerar por ano?

Luciana - Não temos, mas só de a gente destinar o 1% sobre a receita operacional bruta já seria algo muito relevante. Só a família Marinho tem (segundo a revista Forbes) uma receita operacional bruta maior do que o Orçamento de um Estado como Pernambuco.

PHA - Deputada, quem aplicaria esses recursos? Eu imagino que os blogs seriam contemplados.

Luciana - Sem dúvida, os blogs estão no conceito de mídia alternativa de pequeno porte. Nós temos a necessidade de criar o Conselho Nacional da Comunicação, que teria a participação do Governo e da sociedade civil organizada para poder arbitrar a destinação dos recursos do fundo, como tem na Cultura, por exemplo.

PHA - Em que pé está o projeto, no Congresso?

Luciana - Ele está na Comissão de Cultura, com um parecer favorável da deputada Alice Portugal (PCdoB-Bahia), presidente da Comissão e relatora. Nós sabemos que só de mexer no recurso da outorga onerosa já é uma coisa relevante. Agora, há um clamor grande de que se democratize mais esse financiamento. O que mais provoca reação é tudo aquilo que mexe com monopólio. Como mexemos na destinação dos recursos, é possível que consigamos navegar como aconteceu com os recursos da Ancine (Agência Nacional de Cinema).

PHA - A senhora deve ter lido entrevista da presidenta Dilma Rousseff ao PiG em que ela disse que não existe esse monopólio, que essa é uma visão dos anos 1970, que ela não pretende enviar um projeto de lei ao Congresso para tratar da regulação econômica da mídia, mas sim abrir um amplo espaço para a discussão. A senhora concorda com essa estratégia?

Luciana - Nesse segundo turno aconteceu a demonstração cabal (da necessidade) de se discutir o monopólio econômico. A própria presidenta reagiu com força à tentativa golpista da Veja, a ponto de buscar direito de resposta e dizer explicitamente que era golpe, que era tentativa de influenciar de maneira sorrateira a vontade popular. Então, não tenho dúvida de que isso faz parte da necessidade de remodelar o Estado Democrático de Direito. Não pode haver isso. Em nenhum lugar do mundo tem isso. É a única atividade econômica que não tem regulação. Você tem a ANP (Agência Nacional de Petróleo), a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

PHA - A senhora acha correto não enviar o projeto de lei ao Congresso?

Luciana - Eu acho que o projeto de lei de iniciativa popular que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) , a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), a UNE (União dos Estudantes), as centrais sindicais estão na rua propondo é um bom caminho porque é um movimento que vem de fora para dentro (do Congresso) e ele está em curso. Eu acho que deve haver uma iniciativa do governo de fazer uma segunda Conferência de Comunicação, que culminasse com a proposta da iniciativa popular, pois as principais vítimas desse processo são o governo e a presidenta Dilma, que é bombardeada por posições conservadoras, por manipulação das informações.

PHA - A senhora acha correto a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, a Petrobras, os Correios e outras empresas estatais anunciarem na Globo?

Luciana - Eu acho desproporcional. Nós temos uma outra iniciativa, dessa mesma subcomissão, que estabelece regras para a publicidade dos órgãos públicos. É um outro PL, que foi resultado da subcomissão, e trata exclusivamente da verba publicitária. A gente aí define que os órgãos, sejam eles dos Poderes Legislativo e Executivo, estaduais e municipais destinem, da sua verba de publicidade, um percentual de 30% para a chamada mídia alternativa.

PHA - Em que pé está a iniciativa de processar o Diogo Mainardi, do Manhattan Connection?

Luciana - Nós entramos com uma representação junto à Procuradoria Geral da República em função das declarações dele no dia da eleição. Sob o manto da liberdade de expressão, ele cometeu um crime. Se a Constituição Brasileira protege a liberdade de expressão, por outro lado ela criminaliza a prática de racismo, de preconceito, de qualquer coisa que ofenda a dignidade humana.

PHA - A senhora se refere à frase dele de que nordestino é bovino?

Luciana - Exatamente, não só ser bovino, mas despreparado, subalterno, atrasado, pouco educado… Ele usa muitos adjetivos. Ele dissemina esse tipo de conceito na sociedade. E não é a primeira vez. Nós queremos evidenciar que ele cometeu um crime. Isso foi subscrito por mim e pelos deputados federais Pedro Eugênio (PT); Erika Kokay (PT); Jandira Feghali (PCdoB); Alice Portugal (PCdoB) Henrique Fontana, líder do PT.

Sem resposta, esse é o resultado das investigações da morte do blogueiro Nilberto José

Aos 120 dias de sua execução do blogueiro Nilberto José (PCdoB) o que já foi apurado? Ou seja esse ainda é um caso a ser solucionado; nenhum culpado, nenhuma causa foram apontadas como fator motivador daquele assassinato brutal.

Para que não transforme em apenas estatística algumas perguntas são necessárias fazer o que já foi apurado? Quem já foi ouvido? A quem interessava a morte do blogueiro? Um cidadão preocupado com o bem-estar dos seus conterrâneos. Quais as denúncias existente no município de Lagoa Grande que pesava contra ele? E de onde foram? Qual o último trabalho que ele fez no município?

Nilberto além de manter o seu blog, também era parceiro em outro blog, denúncias do município relacionadas a outros descasos eram registrada por ele e compartilhada com os outros blogs a exemplo do Lagoa Grande Noticia e Diário Popular.

O fato é que no dia 11 de julho de 2014 o blogueiro Nilberto José, autor das fotos e de várias investigações dobre o descaso e abandono do município principalmente aqueles que afetavam diretamente a saúde e o bem estar das pessoas, mais na tarde de sexta-feira ele foi brutalmente executado quando retornava do seu trabalho na cidade vizinha de Petrolina para Lagoa Grande. O que se segue depois um silencio total.

Os blogues não pode silenciar porque “A injustiça que faz a um, é um ameaça que se faz a todos”. Está sendo organizado uma manifestação pública com a presença de vários blogs.

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