Na noite desta terça-feira (28), o PCdoB, PT, PSD, PDT, PP, PR, PRB, PSL, PTB e Solidariedade se reuniram no Fiesta Convention Center, em Salvador, para o lançamento do Programa de Governo Participativo. O ato foi o pontapé inicial da formulação dos temas que serão abordados na campanha de Rui Costa (governador) e Otto Alencar (senador). O cargo de vice, em aberto, é pleiteado pelo PCdoB na figura da deputada Alice Portugal, que simboliza a representação de diversos segmentos da sociedade.
 
 
Presente no ato, o presidente do Comitê Estadual do PCdoB na Bahia, deputado federal Daniel Almeida, declarou que o encontro é uma demonstração de cuidado especial com a participação popular, pois foi lançado um calendário de debates em torno de temas que serão definidos coletivamente, demonstrando que o projeto caminhará para aprofundar a democratização da ação política no estado.
 
 
"Ouvir a população dos mais diversos segmentos e acolher sugestões para o programa de governo, além de ter a presença da chapa em toda a Bahia, é a demonstração de que o próximo governo será um passo adiante em relação às vitórias já alcançadas pelo governo Wagner”, disse Daniel Almeida.

De acordo com o Programa de Governo Participativo (PGP), a campanha buscará proposições da sociedade a partir de grupos setoriais temáticos, plenárias territoriais e através das redes sociais. Tudo isso para conhecer quais as reais demandas da população baiana e de que forma essas necessidades poderão ser trabalhadas na construção do PGP.
 
Rui Costa afirmou que a chapa precisa do apoio de todos para construir o programa de governo, que deverá ser finalizado até o mês de maio. Ele disse ainda que estão acontecendo conversas com todos os partidos no intuito de alinhar o discurso e fortalecer a participação dos envolvidos. “Nossa caravana tem o objetivo de dar uma sacudida na Bahia. Vamos ouvir a opinião dos partidos aliados e da população”, declarou.

Mulher na chapa

Sobre a sugestão do nome de Alice Portugal como candidata a vice-governadora, Daniel Almeida informou que o PCdoB está discutindo critérios em relação à composição da chapa que busquem mais identidade com os eleitores dos diversos segmentos, especialmente a presença da mulher.

“Esse é um direito que deve ser buscado por nós. As mulheres precisam se sentir representadas. Nós buscamos a compreensão dos demais partidos sobre a necessidade de ter esse critério na formação da chapa. Essa questão sendo vitoriosa, nós temos alternativa a oferecer, que é o nome da deputada Alice Portugal”, afirmou Daniel.

Presente no ato, a presidenta do Comitê Municipal do PCdoB em Salvador, Olívia Santana, declarou que Alice é o tempero que falta na chapa. “Não podemos apresentar uma chapa dura com a presença apenas de homens, pois será o palanque da presidenta Dilma, que foi algo inovador no Brasil, a primeira vez que elegemos uma mulher e vamos reelegê-la. Ela abriu espaço para que mais mulheres pudessem se estabelecer”, declarou.

 
“O nome de Alice não é apenas um critério de gênero. É a questão de gênero com qualidade política. Alice é uma mulher de luta, vitoriosa, única deputada federal da Bahia, que tem projeção no estado e que tem capacidade de participar e vencer qualquer debate. Portanto, acredito que o nome de Alice não deve ser encarado como um pleito do PCdoB e sim uma necessidade da chapa”, afirma Olívia.

Participação do PCdoB

De acordo Daniel Almeida, o partido ainda está na fase de definição do apoio a Rui Costa e a Otto Alencar, que será formalizado no próximo dia 6 de fevereiro, em um ato político na União dos Municípios da Bahia (UPB), no Centro Administrativo, em Salvador.

“Sabemos que os espaços para a participação do partido nesse projeto são amplos. Já fomos convidados para participar do conselho político da campanha, do núcleo de organização do Programa de Governo e dos debates temáticos que serão realizados. O PCdoB está absolutamente integrado a esse projeto, com a participação dos seus quadros, sua militância e dirigentes”, expõe Daniel.

Para Olívia Santana, o PCdoB é o diferencial da chapa, pois é um partido de luta, história e de esquerda. “Nós somos a marca da esquerda nesta composição ao lado do Partido dos Trabalhadores. Portanto, tenho o entendimento de que é muito importante estarmos nesse lançamento do Programa de Governo.”

Ana Emília Ribeiro

A herança de Chico Mendes

CHICO MENDES

O homem que defendia a floresta e contrariava os interesses de autoridades, madeireiros e fazendeiros. A pessoa que, com um grupo de seringueiros, organizou sindicatos no Acre, difundiu a proposta das reservas extrativistas e utilizou a estratégia do embate – reação pacifica à derrubada das arvores. Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como Chico Mendes, foi o personagem de uma série de matérias produzidas pela Agência Brasil, em 2003.

Passados 25 anos de sua morte, a Agência Brasil retornou ao Acre para saber o que sobrou do movimento dos seringueiros e a herança deixada por Chico Mendes.

A LINHA DA VIDA DE CHICO MENDES
 

O empate foi o método de luta criado pelos seringueiros para impedir o desmatamento. A estratégia era baseada em formas pacíficas de resistências. A comunidade se organizava, sob a liderança do sindicato e seguia para a área que seria desmatada pelos pecuaristas. Os extrativistas colocavam à frente dos peões e jagunços, com suas famílias, mulheres, crianças e velhos. Em um segundo momento, as lideranças do movimento explicavam a eles que, desmatando a floresta, também estariam ameaçados. Chico Mendes acreditava que a emoção do discurso acarretaria em resultados uma vez que os peões também eram pessoas simples, que cumpriam ordens dos patrões.

Em 1980, o movimento dos seringueiros espalhou-se por toda a região. Até aquele momento, a luta era liderada por Wilson Pinheiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasileia. No mesmo ano, Pinheiro foi assassinado dentro do sindicato a mando dos fazendeiros locais, quando assistia a um programa de televisão

De março de 1976 até 1988, ano da morte de Chico Mendes, os seringueiros promoveram 45 empates. Relato do próprio Chico Mendes conta 30 derrotas e 15 vitórias dos extrativistas nos processos de tentativa de convencimento dos peões a baixarem suas motosserras.

O empate mais tenso da história do Acre ocorreu em 14 de maio de 1988, quando policiais e jagunços preparavam-se para entrar nas comunidades de Xapuri. Chico Mendes e outros seringueiros já haviam esgotado todos os argumentos para tentar evitar um conflito. Partiu de Marlene Mendes, prima de Chico, uma proposta inusitada: colocar as crianças e as mulheres à frente dos homens para defender a floresta da qual tiravam o sustento e partir ao encontro da polícia e dos jagunços. Assim que os encontraram, os moradores cantaram o Hino Nacional.
 Fonte: Agência Brasil

PCB lança Miguel Anacleto para a disputa estadual

Miguel Anacleto entra na briga da sucessão estadual

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) lançou uma pré-candidatura de oposição para disputar o governo de Pernambuco em outubro. O bancário Miguel Anacleto Vasconcelos foi o nome escolhido pelos delegados de base do partido durante congresso realizado no domingo (26). O PCB iniciará o debate de alianças ainda este mês, com as lideranças do PSOL e PSTU.

De acordo com o secretário político do partido, Roberto Arraes, a candidatura está posta devido à necessidade de "ter um discurso pela luta socialista e de combate ao capitalismo" no Estado. O PCB pretende formar uma frente de esquerda que dialogue com a classe trabalhadora e faça oposição às candidaturas do senador Armando Monteiro Neto (PTB) e da Frente Popular, ainda não definida pelo governador Eduardo Campos (PSB).

"A candidatura terá como objetivo expor as ideias do partido e denunciar os desmandos do governo do Estado, sendo alguns dos pontos do programa a questão da Educação e da Saúde em Pernambuco”, explicou Anacleto.

O pré-candidato é militante do partido há mais de 30 anos e preside o Instituto Brasileiro de Amizade e Solidariedade aos Povos. Coordenou o movimento Ação da Cidadania Contra a Fome, organizado por Herbert de Souza nos anos noventa, e é ex-diretor do Sindicato dos Bancários. Anacleto é formado em Engenharia de Pesca pela Universidade Rural de Pernambuco (UFRPE).

Além da formação de uma chapa majoritária no Estado, que poderá ser preenchida por candidatos de partidos de esquerda, o PCB apresentará pelo menos cinco candidaturas para deputado federal. Há cerca de um mês, o diretório nacional do partido anunciou que o professor Mauro Iasi será o candidato do partido à Presidência da República.

TSE atua para coibir uso de mulheres como 'laranjas'

Mesmo com o aumento de filiações de quadros femininos nos partidos entre 2012 e 2013, especialistas temem uso de candidatas apenas para preencher a cota legal. TSE lança campanha para incentivar maior participação política, mas a ação é vista com ceticismo.
 
A quantidade de mulheres filiadas a partidos políticos cresceu de forma significativa desde as últimas eleições municipais, embora elas continuem sendo a minoria na política brasileira. Entre as 136 mil pessoas que ingressaram em alguma das mais de 30 legendas, no período de outubro de 2012 ao mesmo mês de 2013, 64% são mulheres. Os números, no entanto, estão longe de significar que o público feminino esteja disposto a se candidatar neste ano e que os partidos lançarão para valer o mínimo de 30% de mulheres no rol de seus candidatos. É comum as siglas recorrerem a manobras, como a cooptação de laranjas, para cumprir a cota.

Em fevereiro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai divulgar uma campanha institucional para incentivar as mulheres a se lançarem candidatas nas eleições de 2014. A ação, entretanto, é vista com ceticismo por especialistas. A ideia da Corte, que exibirá as peças publicitárias, é ampliar a atuação feminina nas disputas por cargos proporcionais e majoritários e tentar afastar a figura de candidatas fantasmas.

O presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, alerta para a necessidade de um equilíbrio entre os gêneros na política brasileira. O estímulo para que a campanha seja realizada e veiculada em rede nacional no rádio e na tevê foi dado pela minirreforma eleitoral, aprovada no Congresso e sancionada em dezembro pela presidente Dilma Rousseff.

Para o cientista político João Paulo Peixoto, da Universidade de Brasília (UnB), a propaganda institucional está longe de ser a solução para atrair um maior número de mulheres interessadas de fato em ingressar na vida política. "Isso não se dá somente com cota ou propaganda institucional, é preciso que haja uma mudança da cultura política e do pensamento da sociedade", opinou. "A propaganda do TSE é um passo, ajuda, mas isoladamente não será suficiente para mobilizar uma maior quantidade de mulheres a se candidatarem", acrescentou.

Presidente da Procuradoria Especial da Mulher do Senado, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) foi a autora da emenda ao texto da minirreforma que estabeleceu a realização de propagandas voltadas ao incentivo da participação de mulheres na política. No mês passado, representantes da bancada feminina do Congresso Nacional se reuniram com o presidente do TSE para cobrar uma campanha do tribunal. Depois do encontro, Marco Aurélio definiu que a Justiça Eleitoral, já nestas eleições, exibirá as propagandas voltadas à conscientização das mulheres quanto à importância de participarem da vida política.

Legislação

Apesar de a Lei Eleitoral estabelecer que os partidos ou coligações lancem um mínimo de 30% de mulheres no rol de seus candidatos, a realidade é bem diferente. A maior parte das legendas inscreve pessoas do sexo feminino que não têm pretensões políticas nem sequer fazem campanhas, mas saem candidatas apenas para que a sigla cumpra essa regra.

Os números mais recentes da Justiça Eleitoral, que mostram as mulheres como a maioria entre os recém-filiados a partidos, revelam uma situação inédita: esta é a primeira vez em que elas superaram os homens em relação à adesão a agremiações políticas. Nos últimos quatro anos, por exemplo, o percentual de filiações às siglas foi muito maior entre o público masculino (56% a 44%).

No geral, entretanto, os homens continuam a dominar as legendas - são 8,4 milhões filiados a partidos no Brasil, o que corresponde a 55% dos 15,2 milhões de pessoas que fazem parte de alguma sigla. Tal número é desproporcional à quantidade de eleitoras brasileiras, uma vez que as mulheres representam, atualmente, 51,7% do eleitorado no país.

"O gênero feminino hoje suplanta em número o gênero masculino, mas ainda há no Brasil o machismo. É hora de evoluirmos, de termos uma política mais equilibrada. Faremos uma campanha voltada à mulher para incentivar não só elas, como também para sensibilizar os caciques políticos que dominam os partidos, objetivando que observem a importância de uma maior participação feminina nas eleições", disse ao Correio o ministro Marco Aurélio.

Atualmente, segundo dados da União Interparlamentar (IPU), o Brasil ocupa o 156º lugar em um ranking de 188 países pesquisados no quesito proporção de mulheres no Poder Legislativo. Nas eleições de 2010, entre os 513 deputados federais eleitos, apenas 44 eram mulheres. Já no Senado, que renovou 54 vagas, foram eleitas oito senadoras.

A bancada feminina do Congresso avalia que a campanha com o lema "Mulher, tome partido!", veiculada em meios de comunicação oficiais do governo, colaboraram para que houvesse aumento no percentual de mulheres filiadas a partidos até 5 de outubro do ano passado. "A mulher não está presente (nas eleições) não porque não quer, mas porque não tem espaço. Além da discriminação que ela sofre nessa sociedade que ainda é machista, o direito dela não acompanhou o protagonismo que ela hoje exerce na sociedade", destacou a senadora Vanessa Grazziotin.

No Rio de Janeiro, conforme reportagem do jornal O Globo, o Ministério Público concluiu que 1.429 candidatas nas eleições municipais de 2012 praticamente não tiveram voto nem gastaram durante a campanha.

Memória: Lei é desrespeitada

Em vigor desde 2009, a regra que estabelece uma cota mínima por partido de 30% de mulheres como candidatas vem sendo descumprida a cada eleição. O Correio mostrou, em reportagem publicada em 25 de julho de 2010, que as legendas fazem um jogo intenso de cooptação de nomes para atingirem a cota. mulheres ouvidas pelo jornal à época confessaram ter sido convencidas pelas agremiações a se filiarem e lançarem candidatura, mesmo sendo pessoas que passaram toda a vida distantes da política.

A consequência da candidatura feminina apenas para "cumprir tabela" é o resultado nas urnas, que sempre mostram uma minoria de mulheres eleitas para os cargos proporcionais. Uma das candidatas ouvidas na reportagem confessou ter sido convencida por amigos do PSL a concorrer a uma vaga na Câmara Legislativa.

Mesmo recorrendo a manobras, a maior parte dos partidos não cumpriu a cota nas últimas eleições gerais, em 2010. No Distrito Federal, por exemplo, das 11 coligações ou partidos que disputaram o cargo de deputado federal, só três obedeceram a lei: PV, PCO e PSTU. Já na disputa para a Câmara Legislativa, a média de cumprimento da regra também foi baixa. Apenas seis dos 19 partidos alcançaram 30% de mulheres entre os candidatos. A realidade verificada na capital brasileira foi um retrato do resto do país. Nos três maiores colégios eleitorais, os partidos ficaram longe da meta. Em São Paulo, somente seis das 17 chapas que concorreram à Câmara dos Deputados cumpriram a norma.

Fonte: Correio Braziliense
 

Tabira realiza primeiro encontro de formação após 13° Congresso

O primeiro encontro de Formação Política do PCdoB de Tabira foi sobre as teses do 13º Congresso e reuniu diversos militantes do Partido e alguns simpatizantes da nossa legenda na Câmara de Vereadores.


A formação do partido em 2014 está sob a responsabilidade de Dedé Rodrigues, professor de história e de sociologia e membro do quadro de formadores do Partido formado pela Escola Nacional. "O encontro correspondeu às expectativas pelo nível dos debates e das positivas produções individuais e em grupos", comentou.

A formação em Tabira para o ano de 2014 foi dividida em cinco encontros com base nas teses do 13º Congresso do PCdoB que ocorreu em 2013. Neste primeiro foi abordado o tema “Balanço do Decênio: Governos Lula e Dilma”. Para aprofundar o estudo, o temário foi dividido em cinco grupos de participantes para responderem aos diversos questionamentos e apresentarem um resumo das conclusões aos demais.

O próximo encontro está marcado para o 4º domingo de março de 2014 com a segunda parte do primeiro tema da formação sobre a “Intervenção e Construção do Partido como Protagonista de um ciclo Político Progressista".

Fonte: Dedé Rodrigues.

PCdoB oficializa apoio ao PT e quer a vaga de vice

Mais um partido da base vai promover evento para anunciar formalmente apoio às candidaturas de Rui Costa (PT) para o Governo do Estado e Otto Alencar (PSD) para o Senado. O PCdoB, dos deputados federais Daniel Almeida e Alice Portugal, agendou para o dia 6 de fevereiro. Na oportunidade, o presidente da sigla na Bahia, Daniel Almeida, reafirmará a opinião dos comunistas de que “considera fundamental a participação de mulheres na política e sugere o nome da deputada federal Alice Portugal para compor a chapa majoritária como vice-governadora”.

Comunistas dão palpite e provam que PCdoB é pura democracia

Foi-se o tempo em que a linha do PCdoB era traçada nos encontros internacionais. A atual pluralidade de ideias, foros de debate e visões de mundo dentro da legenda mostra que se trata de um partido que pode se considerar dos mais democráticos e heterogêneos da contemporaneidade.

A prova cabal disso se viu nas últimas manifestações dos comunistas da Assembleia Legislativa. Entrevistados pelo Bocão News e outros veículos de imprensa, cada representante vermelho no Legislativo estadual cravou com certeza seu nome para ocupar a vaga de vice-governador na chapa petista. Faltou, porém, unanimidade: três palpites, três nomes.

O deputado estadual Fabrício Falcão declarou em entrevista ao Blog do Anderson que o candidato a vice seria Mário Negromonte (PP). Álvaro Gomes, alinhado com Daniel Almeida (presidente estadual da sigla), defendeu o nome de Alice Portugal. Enquanto argumentava levantando o nome da deputada federal, a deputada estadual Kelly Magalhães passava no plenário e, interpelada por jornalistas na tribuna de imprensa, não titubeou: o vice será Marcelo Nilo.

O partido, oficialmente, mantém o nome de Alice. Entusiastas de Nilo e Negromonte não estão escassos, mas a única certeza mesmo é que o PCdoB é realmente um lugar onde a pluralidade de ideias não tem fim.

Nota originalmente postada às 17h do dia 28

Morre Ulises Estrada, amigo de Che Guevara

O cubano Ulises Estrada, intimamente ligado ao revolucionário argentino-cubano Ernesto Che Guevara e à guerrilheira alemã Tania, morreu no domingo em Havana aos 79 anos, informou nesta terça-feira o jornal oficial Granma. "No último domingo, morreu nesta capital o combatente Ulises Estrada", indicou o jornal, acrescentando que o funeral "foi realizado ontem (segunda-feira) no panteão do Ministério do Interior, no Cemitério Colón, onde recebeu uma homenagem póstuma".

O jornal não menciona a causa da morte.

Estrada ocupou vários cargos no Ministério do Interior cubano, no qual cumpriu "tarefas sensíveis" relacionadas com os movimentos de guerrilha na América Latina na década de 1960, de acordo com sua biografia oficial.

"Colaborou com o comandante Ernesto Che Guevara em sua façanha internacionalista no Congo, e na luta de libertação nacional na Guiné-Bissau, juntamente com Amílcar Cabral", lembrou Granma.

Ele também foi o preparador da Tamara Bunke (1937-1967), a lendária "Tania" única mulher na guerrilha de Che na Bolívia, com a qual manteve uma relação amorosa, como revelado anos mais tarde, em dois livros dedicados a ele.

Em 1975, foi nomeado secretário do Departamento da América do Partido Comunista (CCP), liderado por Manuel Piñeiro (1933-1998), encarregado das relações de Cuba com a esquerda regional e os movimentos de guerrilha.

Foi embaixador de Cuba em Jamaica, Iêmen, Argélia e Mauritânia, e jornalista do Granma, do Habanero e de outros jornais.

Nos últimos anos, atuou como diretor da revista Tricontinental, da Organização de Solidariedade dos Povos da Ásia, África e América Latina.

Dilma se reúne com Fidel Castro em Havana e fala sobre o Mais Médicos

Fidel Castro e Dilma Rousseff se encontraram em Havana na segunda-feira (27) (Foto: Alex Castro/Cubadebate/AP)
A presidente Dilma Rousseff se reuniu na segunda-feira (27), em Havana, com o líder cubano Fidel Castro, de 87 anos, que também recebeu a primeira-ministra da Jamaica, Portia Simpson-Miller, informou a imprensa oficial do país.

Segundo o site oficial Cuba debate, Dilma e Fidel – que está afastado do poder desde 2006, mas ainda exerce influência sobre a ilha – falaram sobre o Porto de Mariel e sua Zona Especial de Desenvolvimento. A presidente brasileira também conversou com Fidel sobre sua satisfação com o trabalho dos milhares de cubanos que fazem parte do programa federal Mais Médicos.

Segundo o Cubadebate, o encontro fraternal "foi uma expressão do afeto e da admiração entre Fidel e Dilma".

Além disso, a presidente brasileira e o presidente da ilha, Raúl Castro, irmão mais novo de Fidel,inauguraram na segunda um moderno terminal de contêineres que contou com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Dilma Rousseff e Fidel Castro se reuniram em Havana na segunda-feira (27). (Foto: Alex Castro/Cubadebate/AP)
Ainda na segunda-feira, Fidel conversou com a primeira-ministra da Jamaica sobre a parceria dos dois países em áreas como saúde, educação e esporte, entre outras.

O site Cuba debate divulgou fotografias dos dois encontros do líder cubano, que aparece conversando com os governantes e vestido com uma já tradicional roupa esportiva.

Dilma e outros presidentes latino-americanos e do Caribe estão em Cuba para participar da 2ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), que começa nesta terça-feira (28) em Havana.

Além desses encontros, Fidel também almoçou no domingo (26) com a presidente da Argentina,Cristina Kirchner, a primeira chefe de Estado latino-americana a chegar a Cuba para a cúpula da Celac.
Primeira-ministra da Jamaica, Portia Simpson-Miller (esq.), e Fidel Castro, em Havana, na segunda-feira (27) (Foto: Alex Castro/Cubadebate/AP)

PCdoB Pernambuco avança no debate do projeto eleitoral de 2014

A formação de frentes amplas lideradas pela esquerda para garantir a vitória do povo e a eleição de representantes na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa são as bases do projeto do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em Pernambuco para as eleições de 2014.


Os temas já estão em discussão e foram objeto de análise na primeira reunião do novo Comitê Estadual da legenda, realizada no final do ano passado, que definiu ainda algumas tarefas prioritárias dos comunistas pernambucanos até as eleições de outubro. 

Segundo o vice-presidente do CE de Pernambuco, Marcelino Granja (foto), entre as tarefas estão a mobilização do partido para implementar a decisão do 13º Congresso Nacional de lutar pela quarta vitória do povo em outubro, bem como a ampliação da bancada federal e o retorno do partido à Assembleia Legislativa do Estado (Alepe). Ele cita ainda no rol de atividades para 2014, o fortalecimento do PCdoB entre os jovens, os intelectuais, as mulheres e os trabalhadores. 

O projeto eleitoral do partido em Pernambuco inclui a reeleição de Luciana Santos e Carlos Eduardo Cadoca, para a Câmara dos Deputados, e a eleição de dois deputados estaduais. Para a Alepe, o partido já definiu a candidatura de Marcelino Granja e analisa outras pré-candidaturas, entre as quais as dos camaradas Nelson Pereira, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Mirandiba, e do atual vice-prefeito de Paulista, Jorge Carreiro. Outras pré-candidaturas estão também sendo avaliadas pelos dirigentes comunistas

"Já a tática geral está focada na luta para implantar as reformas democráticas que impulsionarão o Brasil para uma nova arrancada no seu desenvolvimento. Para isso, o PCdoB defende a formação de frentes amplas lideradas pela esquerda para garantir a vitória do povo. Dada a complexidade do quadro político-eleitoral, o partido defende o legado dos governos Lula e Dilma e do governo Eduardo Campos e a necessidade da política de alianças prioritárias com o PSB e o PT", explicou Marcelino, ressaltando, porém, que a formação de alianças no Estado "ainda não está definida e exigirá flexibilidade e criatividade". 

Comissão Política 

Em dezembro passado, foram eleitos os 20 novos membros da Comissão Política do Comitê Estadual de Pernambuco, bem como os novos secretários. A CP está assim constituída: Alanir Cardoso (presidente); Antonieta Trindade; Danilo Moreira; Guido Bianchi; Helmilton Beserra; Hilda Gomes; Jorge Carreiro; José Antônio Bertotti; Judas Tadeu Lira Gabriel; Laudijane Domingos; Luciana Santos; Luciano Moura; Luciano Siqueira; Marcelino Granja (vice-presidente); Melka Pinto; Moacir Paulino; Ossi Ferreira Lima; Thiago Vasconcelos Modenesi; Thiara Milhomem; e Valéria Silva. O secretariado é composto por Alanir Cardoso; José Antônio Bertotti; Tadeu Lira e Ossi Ferreira Lima. 

Audicéa Rodrigues

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