Lula manda FHC 'ficar quieto' e diz que Dilma 'sabe o que faz'

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu nesta terça-feira (26) a declaração de seu antecessor no cargo, Fernando Henrique Cardoso, de que a presidente Dilma Rousseff é "ingrata" ao negar a herança dos governos neoliberais do tucanato brasileiro.

Lula e Dilma em evento de 10 anos do PT no último dia 20 (
(Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
Lula afirmou que FHC deveria ficar "quieto" e ajudar a presidente a comandar o país. "Eu acho que Fernando Henrique Cardoso deveria, no mínimo, ficar quieto. Acho que, neste país, cada um fala o que quiser e responde pelo que fala", disse o ex-presidente.

Questionado sobre o discurso de Dilma na festa dos 10 anos do PT, em São Paulo, em que a presidente afirmou não ter herdado "nada" da gestão tucana, FHC afirmou: "O que é que a gente pode fazer quando a pessoa é ingrata? Nada. Cospe no prato que comeu. Meu Deus".

A declaração aconteceu durante um evento do PSDB em Minas. O ex-presidente estava acompanhado pelo senador mineiro Aécio Neves - considerado atualmente por parte do tucanato como única alternativa da legenda para enfrentar Dilma na disputa eleitoral de 2014 pela Presidência da República.

Lula, que na semana passada lançou Dilma como candidata do PT à reeleição, disse que Dilma "sabe o que faz". "O que ele deveria é contribuir para Dilma continuar a governar o país pais bem. Deixa ela trabalhar. Ela sabe o que faz. Deixa a mulher trabalhar. Porque não é todo dia que o país elege uma mulher presidente".

Informações da Folha de S.Paulo

Cid Gomes e Roberto Amaral reafirmam apoio a Dilma

A corrida pela sucessão presidencial no Brasil já é um dos temas mais presentes no cenário político nacional. Com uma antecipação de cerca de 15 meses, a escolha de nomes para a disputa ao Planalto e a formação de possíveis alianças e apoios permeiam encontros e reuniões partidárias. 

Após ser recebido pela presidenta Dilma Rousseff nesta terça-feira (26), no Palácio do Planalto, o governador do Ceará, Cid Gomes, afirmou que o "caminho natural" do PSB é apoiar sua reeleição. Ele criticou o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e minimizou uma possível crise entre os socialistas – supostamente inaugurada após declarações do ex-ministro Ciro Gomes (PSB), irmão de Cid, de que o presidente do partido e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, não tem proposta para o país.

"Nós votamos no governo da presidenta Dilma, participamos do governo da presidenta Dilma. É um governo que tem acertado, que tem boa intenção, que tem aprovação popular. Portanto, acho que o nosso caminho natural é apoiar a reeleição, caso ela seja candidata", disse Cid.

O governador cearense comentou ainda ter conversado com Campos na última segunda-feira (25). "Ele disse que a mãe dele dizia que dois só brigam quando os dois querem. Quando um não quer, não tem briga. E ele jamais vai brigar com o Ciro", relatou. "É isso que eu espero mesmo, que os dois não briguem. Acho que foi um mal-entendido."

Incurável mediocridade da direita

Em coluna publicada em seu blog, o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, afirmou que os socialistas brasileiros sentem-se contribuintes das vitórias eleitorais e corresponsáveis pelos governos de Lula e Dilma e defendeu o aprofundamento das conquistas econômicas e a institucionalização dos avanços sociais.

“Com nossos justos anseios de crescimento e conquista do poder, defendemos a continuidade do projeto de centro-esquerda, comprometido com a emergência das massas, a criação e distribuição de riquezas, a defesa da soberania nacional, o desenvolvimento econômico e a cidadania. Este projeto não é mais nosso nem do PT e dos demais partidos que compunham a Frente Brasil Popular. Pertence hoje à sociedade brasileira”, disse Amaral.

Desserviço à democracia

Para ele, a tarefa atual do PSB, é “assegurar à presidenta Dilma o apoio político e social de que carece para vencer a crise agravada”. O vice-presidente reforçou que a discussão sobre a sucessão presidencial é um desserviço à democracia e ao país.

“Encurtar o mandato da presidenta, como o faz o debate sobre sua sucessão, só pode render frutos a uma oposição anêmica, sem vigor, sem rumo, perdida em sua profunda e incurável mediocridade.”

Da Redação do Vermelho, Mariana Viel

Populares de Lagoa Grande enfrentam fila e sol escaldante para participar do programa Celpe em Ação

Foto: Mauricio Alves
Em Lagoa Grande no sertão de Pernambuco, populares enfrentaram uma grande fila embaixo de um sol escaldante para conseguir participar do projeto Celpe em Ação, da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) que desde ontem (26) está na cidade, na Praça Hermes Amorim.

Hoje as pessoas estavam reclamando da enorme fila e da desorganização pela falta de uma cobertura, a fila seria para apresentar a fatura do mês anterior e após cadastro, receber duas lâmpadas econômicas doadas através do projeto Celpe em Ação, muitos idosos tiveram que enfrentar fila no sol, haviam pessoas de idade que chegou ao local ás 07 da manhã e as 11 horas ainda estava na fila.

Nossa reportagem esteve no local e questionou a um atendente da Celpe o por quê do atendimento não está sendo em local coberto, a exemplo do ginásio de esporte;

Segundo ele, antes da unidade chegar na cidade e ser instalada, a Celpe entrou em contato com a prefeitura municipal que fez a indicação da praça Hermes Amorim para a realização do evento e que diante da indicação, não poderia mudar de local sem autorização da Celpe.

Segundo o atendente, esteve no local um representante da prefeitura que chegou a mencionar o ginásio de esporte, mas foi embora e não teria retornado, hoje o atendimento será até ás 03 horas da tarde.

O projeto tem como objetivo levar educação, cidadania e lazer aos moradores das comunidades por meio da visita das equipes da concessionária, a utilização do caminhão do Projeto Educação com Energia e das Agências Móveis.
 

Ministra Luciana Lóssio é empossada e consolida maioria feminina no TSE

A advogada Luciana Christina Guimarães Lóssio é a nova ministra efetiva do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Primeira mulher a ocupar uma das cadeiras destinadas à advocacia, ela foi empossada na noite desta terça-feira (26) em cerimônia comandada pela presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia.

Nomeada no dia 6 fevereiro pela presidenta Dilma Rousseff, a posse de Luciana Lóssio consolida, temporariamente, a predominância feminina na composição do Pleno do Tribunal, que agora passa a contar com quatro ministras e três ministros efetivos, fato que foi destacado em entrevista pela presidente do TSE.

“É a quebra de um paradigma nos órgãos superiores de julgamento, que sempre contaram com uma maioria de homens, de bons juízes, já que havia um número inferior de mulheres nas faculdades e na advocacia”, ressaltou a ministra, explicando que, como os cargos nos tribunais obedecem em parte a uma carreira que vai evoluindo, a maioria significativa de homens dificultava a chegada das mulheres à cúpula da instituição.

Segundo a ministra Cármen Lúcia, ainda há muito para se conquistar em todas as formas de igualdade, mas essa maioria temporária de mulheres no TSE já é uma demonstração de que “o Brasil caminha no sentido de propiciar condições e oportunidades para que homens e mulheres possam galgar os cargos, sempre com o mesmo compromisso com o Direito, com a legalidade e com o Estado democrático”. 

Cerimônia de posse

Acompanhada da presidente do TSE, a ministra Luciana Lóssio prestou o compromisso regimental de cumprir, bem e fielmente, os deveres e atribuições respectivos em harmonia com a Constituição e as leis da República. Especialista em Direito Eleitoral e membro do Instituto Brasileiro de Direito Eleitoral (Ibrade), Luciana Lóssio já vinha atuando como ministra substituta do TSE desde outubro de 2011. 

Para a nova ministra efetiva do TSE, a maioria feminina em um tribunal superior é um marco histórico na Justiça brasileira. Ela ressaltou a importância da Justiça Eleitoral e garantiu que dedicará todo o seu esforço e conhecimento para bem servir ao sistema democrático. 

A cerimônia de posse foi bastante concorrida e prestigiada por várias autoridades dos três Poderes, entre elas o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski; o presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros; o presidente da  Câmara dos Deputados, deputado Henrique Alves; o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Felix Fischer; o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro João Orestes Dalazen; o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Brizola; o procurador-geral Eleitoral, Roberto Gurgel; e o advogado-geral da União, Luís Adams.  

Luciana Lóssio graduou-se em Direito no Centro Universitário de Brasília (UniCeub) em 1999, mesmo ano em que obteve sua inscrição da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), na seccional do Distrito Federal. Atuou durante sete anos como assessora jurídica na Procuradoria-Geral da República assessorando os ex- procuradores-gerais da República Geraldo Brindeiro e Cláudio Fonteles, com atuação em processos de competência do TSE e do STF.

Composição do TSE

Segundo o artigo 119 da Constituição Federal, o TSE deve ter pelo menos sete juízes, sendo três vagas dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), duas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e duas a serem preenchidas por advogados indicados pelo presidente da República. Neste último caso, o chefe do Poder Executivo recebe, a cada vacância, a lista tríplice elaborada pela Suprema Corte, na qual estão os três nomes dos advogados.

Papa Bento 16 diz ter consciência da gravidade e inovação de sua renúncia

Em seu último sermão como papa, Bento 16 reiterou nesta quarta-feira (27) que está fraco e que renunciou pelo bem da Igreja. Sob aplausos da multidão na praça São Pedro, o papa voltou a justificar a sua decisão, afirmando que, nos últimos anos, sentiu as suas forças diminuírem. Ele disse ainda que tem "plena consciência da gravidade e inovação" da sua atitude, mas que era preciso "ter a coragem de fazer escolhas sofridas".

No discurso de despedida, o pontífice agradeceu aos seus colaboradores mais próximos, entre eles o seu secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, e ressaltou que nunca se sentiu só na condução da Igreja. "Nunca me senti sozinho ao levar a alegria e o peso do ministério petrino." Bento 16 citou ainda as manifestações de carinho que recebeu de inúmeros fiéis ao redor do mundo desde que anunciou a sua renúncia: "O papa nunca está sozinho".

Joseph Ratzinger chegou a dizer que o pontificado é um peso muito grande, mas que não abandonará a cruz e permanecerá "de uma maneira nova perto do Senhor crucificado". Ao longo dos cerca de oito anos do seu papado, ele afirmou ter vivido momentos de alegria e momentos difíceis.

"O Senhor nos deu muitos dias de sol e ligeira brisa, dias nos quais a pesca foi abundante, mas também momentos nos quais as águas estiveram muito agitadas e o vento contrário, como em toda a história da Igreja e o Senhor parecia dormir", disse.

Logo no início da cerimônia de hoje, ele agradeceu a presença em massa de fiéis na praça em frente à Basílica de São Pedro e acrescentou que "vê a Igreja viva". O pontífice deixa oficialmente o comando da Igreja Católica amanhã. "Neste momento, abraço toda a Igreja espalhada pelo mundo."

A expectativa era que mais de 50 mil fiéis fossem até a praça, segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, mas estimativas iniciais apontam para a presença de 100 mil pessoas no local.

O tradicional "beija mão", em que o papa é cumprimentado, foi suspenso devido à quantidade de presentes. Antes e depois da audiência, porém, o papa percorreu a praça no seu papamóvel para fazer um cumprimento geral. No meio do caminho, fez paradas para beijar algumas crianças.

Após a audiência pública, o papa deverá receber as autoridades presentes na Sala Clementina do Palácio do Vaticano.

Último dia como papa

Na manhã de quinta (28), último dia de seu pontificado, ele se reunirá com os cardeais que estão em Roma.

A previsão é que Bento 16 deixe o Vaticano de helicóptero em direção à residência de verão de Castel Gandolfo, no sul de Roma, por volta das 17h15 (13h15 no horário de Brasília). Assim que chegar ao local, ele deverá aparecer na sacada para saudar as pessoas que tiverem ido recebê-lo.

O pontífice vai morar em Castel Gandolfo pelos próximos dois meses, antes de se estabelecer em um convento dentro do Vaticano. A Sede Vacante, período em que o Vaticano fica sem papa, terá início às 20h no horário local.

A renúncia 
 
O papa Bento 16 anunciou a sua renúncia no dia 11 de fevereiro durante encontro de cardeais no Vaticano. Ao justificar a sua decisão, o pontífice de 85 anos alegou estar cansado e com a saúde frágil por conta da idade avançada. O Vaticano negou, porém, que ele tenha alguma doença. É a primeira vez em quase 600 anos que um papa renuncia ao seu pontificado.

O jornal "O Estado de S.Paulo" chegou a apontar uma disputa interna de poder praticada por ex-aliados nos últimos meses como uma das razões para a saída do pontífice.

Já o jornal italiano "La Reppublica" relacionou a renúncia a um relatório, entregue a Bento 16 em dezembro passado, que investigou as suspeitas de corrupção e escândalos sexuais dentro da Igreja. O Vaticano reconheceu a existência do documento, mas descartou qualquer ligação.

Ao deixar o pontificado, o cargo ficará vago até a eleição do próximo papa. A expectativa é que o conclave de cardeais eleja um novo pontífice ainda em março, antes da Páscoa. 

Cinco cardeais brasileiros deverão participar da eleição. Segundo a última lista do Vaticano, há um total de 116 cardeais aptos a votar. O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite de 80 anos.

Câmara vota hoje o fim do pagamento dos 14º e 15º salários a parlamentares

O projeto de decreto legislativo que extingue o pagamento dos 14º e 15º salários aos parlamentares será votado em caráter definitivo hoje na Câmara dos Deputados, cerca de um ano depois de aprovado no Senado. O texto tramitava na Comissão de Finanças e Tributação da Casa desde maio, mas um acordo entre os líderes permitiu que ele vá direto para o plenário em caráter urgente. A votação da reforma política também foi marcada — para o início de abril —, integrando a agenda positiva criada para melhorar a imagem do parlamento. Na reunião de ontem da Mesa Diretora, ainda foi criado o Conselho de Estudos e Debates Estratégicos, e definida a autonomia da Corregedoria, que passa a ser independente da Mesa.

A proposta que extingue a regalia, de autoria da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, quando era senadora, prevê que os parlamentares deixem de receber dois salários extras por ano, de R$ 26,7 mil cada, e ganhem apenas um no início e outro no fim do mandato. O texto passou pelo Senado em maio de 2012. Ao chegar à Câmara, o líder do PPS, Rubens Bueno (PR), autor de uma matéria semelhante, apresentou requerimento de urgência, que foi assinado ontem por todos os líderes partidários, e incluído na pauta de hoje. O projeto será apreciado logo em seguida, na mesma sessão. Se aprovado, não precisará passar por sanção presidencial, sendo imediatamente promulgado. De acordo com a Diretoria-Geral da Casa, apenas 30 dos 513 deputados abriram mão do benefício. Os demais receberam a parcela referente ao 14º na semana passada.

Reunião de líderes da Câmara, ontem: Casa marcou, para o início de abril, a votação da reforma política
[SAIBAMAIS]Ficou ainda definido que a reforma política, que tramita na Casa há pelo menos dois anos, será votada no início de abril. O texto a ser analisado é do relator do tema, Henrique Fontana (PT-RS), e prevê o financiamento público exclusivo de campanha, em que os partidos deixam de receber doações de empresas privadas. Na pauta ainda estão a coincidência na data das eleições, para haver pleito apenas de quatro em quatro anos, o fim das coligações nas eleições para deputados e vereadores e a mudança no sistema eleitoral, permitindo que o eleitor opte por votar nominalmente no deputado ou na lista prédeterminada pela legenda.

Consenso

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), assegurou que o tema será votado mesmo sem acordo. “O consenso muitas vezes é o ideal, mas nem sempre é possível. Os temas, por mais polêmicos que sejam, têm que ter decisão desta Casa, que não pode se omitir, porque isso a desgasta”, comentou. “A Câmara não foi criada para empurrar com a barriga nenhum assunto.”

Alves destacou a criação do Conselho de Estudos e Debates Estratégicos como outra medida para ajudar a resgatar a imagem do parlamento. “Precisamos discutir aqui temas de interesse da população, e esse grupo será um elo da Câmara com a sociedade”, disse. O comando do conselho será de Inocêncio Oliveira (PR-PE), que ficou de fora da Mesa Diretora depois de ocupar cargos consecutivos desde 2003.

Ainda ontem, os integrantes da Mesa Diretora concordaram em tornar a Corregedoria independente, assim como o Conselho de Ética, a Ouvidoria e a Procuradoria. O deputado Átlia Lins (PSD-AM) deverá ser o responsável pelo órgão que recebe denúncias sobre os parlamentares e analisa a necessidade de abrir processos disciplinares. Para o líder da Minoria, Nilson Leitão (PSDB-MT), o cargo será alvo de grande pressão quando chegar à Casa a cassação do mandato dos quatro deputados condenados pelo mensalão. “Queremos garantir que haja lisura e, portanto, vamos acompanhar de perto as ações do corregedor”, comentou.


Início da discussão sobre a sucessão presidencial racha alianças pelo país

Dilma, Lula e Sérgio Cabral: PMDB carioca avalia que cisão com o PT no estado prejudica a campanha da reeleição da presidente
Depois da antecipação em 19 meses da sucessão presidencial de 2014, agora são as precoces campanhas aos governos estaduais que provocam atritos entre as legendas, principalmente PT e PMDB. Aliados no plano nacional, eles enfrentam problemas em três dos quatro estados do Sudeste — Rio, São Paulo e Minas Gerais. No Rio, o clima de rompimento tornou-se explícito após o PT definir a candidatura de Lindbergh Faria para suceder Sérgio Cabral (PMDB). Em inserções na televisão, já com o toque do marqueteiro João Santana, o senador fluminense não só apresentou seu nome como fez grandes críticas à gestão do governador peemedebista. “Eles (o PT) têm a quinta bancada na Assembleia Legislativa, mas ocupam secretarias importantes no governo. Como podem criticar agora um governo do qual fazem parte?”, reclamou o deputado federal Leonardo Piciani (PMDB-RJ).

Leonardo é filho do presidente estadual do PMDB, Jorge Piciani. Na segunda-feira, Jorge divulgou uma nota dura, afirmando que a cisão entre PT e PMDB no Rio prejudica a candidatura presidencial de 2014 de Dilma Rousseff, alegando a impossibilidade de dois palanques para a presidente no estado. “Podemos até apoiar a presidente. Mas não podem cobrar entusiasmo da nossa militância. Em 2010, após Cabral ter obtido 70% dos votos em primeiro turno, Dilma recebeu 67% dos votos no segundo turno presidencial”, lembrou Leonardo.

Clipping de Notícias de Lagoa Grande

Arquiteto da prefeitura vai à tribuna da Câmara de Vereador explicar ação desenvolvida pela secretaria de infraestrutura
O arquiteto da secretaria de infraestrutura do município de Lagoa Grande esteve na segunda-feira (25), onde explicou as inúmeras ações que a secretaria está desenvolvendo entre as quais o aterramento das ruas nos distritos e na sede, essa operação segundo o arquiteto é prevendo as chuvas nessas localidades que segundo o mesmo “basta 90 mm de chuva para as ruas ficarem completamente inundadas”, esse tipo de serviço vai ocasionar a pavimentação feita nos últimos dias de mandato de Robson no bairro do Chafariz que a pavimentação asfáltica feita pelo mesmo causa até hoje o maior transtorno a população quando chove, pois a água da rua acumula dentro das residências. Leia mais...

Secretario de infraestrutura faz coleta lixo hospitalar junto com o lixo comum
Em Lagoa Grande a cidade dos impossíveis é assim a ex-prefeita criou a Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente essa secretaria passou a fazer a coleta seletiva do município e em parceria com a diretora na época Shirlis Guimarães deram a destinação correta de o lixo hospitalar como primeiro ato desta gestão foi extinguir essa secretaria pasme senhores acabou com a coleta seletiva e a coleta especial do lixo hospital agora o lixo hospital e coletado juntamente com o lixo comum. Leia mais...

Descaso no cais do Distrito de Vermelhos
Após participamos do evento promovido pela Associação de Moradores e Produtores Rurais do Distrito de Vermelho – ASCOMPROVE, de valorização do idoso visitamos o cais de local “Porto” e podemos observa o ato de vandalismo contra o patrimônio público, das 20 (vinte) lâmpadas existentes apenas sente está inteiras as demais foram quebradas. Leia mais...

Líder da oposição diz que medicamentos chega aos PSFs de Lagoa Grande esta semana

Minha gente, o líder da oposição Joaquim da Rocinha (PT), usou da tribuna da câmara nessa segunda-feira (25) para informar aos demais vereadores e público presente que a falta de medicamento nos PSFs está com os dias contados.

Segundo o vereador, o secretário de saúde informou ao mesmo que esta semana chega medicamentos no PSFs. “Tive uma notícia hoje do secretário de saúde, passou pra mim que esta semana tá chegando medicamento nos PSFs por que a gente sabe que nestes dias estava faltando”, relata o líder da situação. Leia mais...


Mega salário do prefeito de Lagoa Grande ainda está dando o que falar
“É uma vergonha. Uma cidade em que as necessidades básicas não são supridas, o prefeito chega a ganhar do mesmo tanto do que o prefeito de Petrolina, isso é uma vergonha”, relata uma moradora indignada com o Super aumento do salário do prefeito Dhonikson Amorim. Leia mais...

XXIII!!! o bicho vai pegar...
Sob efeito da matéria divulgada em blogs locais esta semana, dando conta que o atual presidente do PP (Partido Progressista) o ex-secretário Vanelson Santana, estaria sendo convidado pela Direção Estadual do PV (Partido Verde) para assumir os rumos do partido em Lagoa Grande, o vice presidente do PV local, o arquiteto Dalton Machado, não gostou nada, nada e tratou logo de se pronunciar, ele usou a tribuna da sessão da Câmara de Vereadores desta segunda (25) para falar a respeito da notícia que saiu e está sendo fortemente comentada na cidade. Leia mais...

Rastro de destruição cada vez mais perto

Para encontrar o cenário desolador não é preciso andar muito. O Agreste virou Sertão

Em Pesqueira, distante 215 quilômetros do Recife, a terra está arrasada e o gado morto no meio da vegetação seca virou uma cena comum (Rodrigo Lôbo/JC Imagem)

A seca deixou de ser drama exclusivo do sertanejo. Alastrou-se feito praga, fazendo o caminho inverso, engolindo tudo rumo ao litoral. Já não é preciso ir muito longe, quilômetros adentro de Pernambuco, onde dizem que o poder público nunca chega, para se deparar com um cenário de terra arrasada. O simples trajeto ao município de Pesqueira, no Agreste do Estado, a 215 quilômetros do Recife, nos leva a uma viagem ao inacreditável. Gado morto, riachos que sumiram do mapa, brejos agonizantes. O Agreste virou Sertão.

Rodrigo Lôbo/JC Imagem

É entre as cidades de Caruaru e Pesqueira – passando por São Caetano e Belo Jardim – que a falta de chuvas e o descaso político causaram uma metamorfose na paisagem. O verde perdeu a cor. As margens da BR-232 dizem tudo. Convidam o olhar curioso e assustado de quem trafega por lá. Só nos quase 48 quilômetros de Belo Jardim a Pesqueira, foram cerca de 30 carcaças de gado flagradas na última segunda-feira (25) – entre bois, vacas, bezerros, bodes e ovelhas – denunciando que a falta d’água tem matado bicho e prejudicado gente.

Em um trecho, um boi morto quase adentra a pista no sentido da capital para o interior. O animal estava carbonizado, expediente usado pela população para amenizar o mau cheiro.

Um pouco depois dali, entre a pista e o cercado de uma propriedade rural, observa-se uma vaca malhada que, pelas características, havia morrido fazia pouco tempo. Estava ainda inchada, exalando odor insuportável e cercada por não menos que 40 urubus. Um vira-lata esfomeado tentava disputar espaço com o bando. Ao redor dela, outras três carcaças, estiradas há dias, já ressequidas pelo sol inclemente, sobre um chão de terra onde os ossos de gado morto são mais comuns que a plantação.

Enquanto a reportagem registrava o cenário desolador, na altura de Pesqueira, um agricultor que passava de carroça com seu jumento pelo acostamento da rodovia federal resolveu parar. Carregava o pouco que conseguiu para levar para casa – o pouco que seu animal, fragilizado pela seca, era capaz de suportar: dois garrafões e três baldes de água, além de duas sacolas com algumas poucas frutas e verduras. “Não chove há ano e meio. Nossa situação não está fácil”, disse o rapaz, em tom de resignação.

DESESPERO - O trabalhador rural confessou que, sem vislumbrar melhora num futuro próximo, muitos criadores de gado estão doando seus bichos antes que eles morram. Compradores conseguem barganhar bezerros por menos de R$ 100. De tão enfraquecidos e doentes, alguns não aguentam sequer o transporte até a capital. Morrem antes.

Na zona urbana de Pesqueira, a água só vem de 20 em 20 dias, de acordo com o relato da comerciante Creuza Brito, 63 anos. Quando a reportagem chega, a vizinhança logo rodeia. Reclama do descaso da gestão anterior e afirma que o prefeito Evandro Chacon tem se esforçado para, no que depende do poder público, amenizar o sofrimento da população.

“Do jeito que está fica muito complicado para a gente. Não chove faz mais de ano. Nem lembro a última vez. A água nas torneiras, só a cada 20 dias. Quem tem depósito consegue se segurar. Quem não tem sofre, fica dependendo de carro-pipa”, relata Creuza. A viagem de volta ao Recife reforça as certezas da ida. O Sertão se expandiu.

Visão de futuro sobre a cidade

Luciano Siqueira *

Fez parte do receituário neoliberal, sobretudo na chamada era FHC, a subestimação do planejamento como instrumento de gestão pública. De cima a baixo, do governo federal aos estaduais e municipais, desmontaram-se os organismos de planejamento, delegando-se à iniciativa privada (empresas de consultoria e afins) o trabalho de formatar projetos – estes, em geral, de natureza pontual, sem uma visão estratégica de futuro

Os efeitos disso sobre nossas cidades são severos. Sobretudo porque com a chamada explosão urbana, que em cinco décadas inverteu a relação entre rural/urbano na distribuição espacial de nossa população, tendo como ingrediente a ocupação desornada do território de nossas cidades, objetivamente cresceu a necessidade de enfrentar os problemas imediatos à luz de uma estratégia de desenvolvimento de médio e longo prazos.
Hoje, tempo de mudanças e de retomada do crescimento econômico com significativa inclusão social, renascem as esperanças de uma vida melhor em camadas cada vez mais extensas da sociedade, produzindo inclusive manifestações expressivas de exercício da consciência cidadã. As pessoas voltam a acreditar na possibilidade de uma cidade mais humana.
Na última terça-feira tivemos um exemplo emblemático disso na capital pernambucana. O Observatório do Recife, que congrega um amplo conjunto de instituições de diversas naturezas, com a chancela da Revista Algomais, entregou ao prefeito Geraldo Julio o projeto “O Recife que precisamos”. Fruto da ausculta de muitos especialistas e do debate junto a segmentos organizados da sociedade, será um dos elementos balizadores de documento a ser construído pela Prefeitura em articulação social ampla, destinado a projetar a cidade até 2037, quando completará 500 anos.
O fato contém três elementos que devem ser ressaltados. Um: a manufestação cosnciente de uma parcela da chamada sociedade civil, que toma em suas mãos a tarefa de oferecer respostas aos problemas cruciais da cidade, a partir de uma visão que mescla o imediato e o estratégico. Sinal de que se renova a confiança de que o poder público local retoma as rédeas da vida no espaço urbano e que pode fazê-lo em favor de uma cidade fisicamente organizada, economicamente progressista e social e ambientalmente sustentável.
Dois: a permeabilidade do atual governo local à contribuição da sociedade. Nesse caso, a decisão, ontem reafirmada pelo prefeito, de pensar a cidade em intima colaboração com organizações populares e democráticas e instituições parceiras.
Três: a revalorização do planejamento. O documento entregue ao prefeito Geraldo Julio se pauta por cinco eixos: Controle Urbano; Planejamento de Longo Prazo; Fluidez da Mobilidade Urbana; Recuperação do Centro do Recife e Revitalização do Rio Capibaribe. Temas que, inclusive, também dizem respeito ao cerne do Programa que a Frente Popular construiu durante a campanha eleitoral e que orienta a prática do novo governo.

* Médico, vice-prefeito do Recife, membro do Comitê Central do PCdoB

Há três dias sem água, moradores de bairro em Lagoa Grande (PE) pressionam por providências

Moradores do bairro São Cristóvão (também conhecido por Estátua), em Lagoa Grande (PE), Sertão do São Francisco, perderam a paciência com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Há três dias os comunitários não veem água nem para tomar banho.
 
Em contato com o Blog, a doméstica Maria Aparecida de Souza Silva expôs toda sua revolta. Mãe de três filhos, ela relata que deixou, inclusive, de levá-los à escola por conta do problema. O mais interessante é que a conta chega no dia certo, essa aí não atrasa”, ironiza.

A doméstica informa também que as dificuldades são até para cozinhar a comida. Não dá para ficar comprando direto garrafões de água mineral”, lamenta. Maria Aparecida disse que os moradores já pediram providências à Companhia, e agora planejam um abaixo-assinado para pressionar a Compesa a sanar o problema. 

O escritório local da empresa fica no povoado de Izacolândia. O Blog reserva espaço para que algum representante da Compesa possa comentar o assunto. 

Comentário meu: Além da falta de água o Governo do Estado demostra que realmente está na contramão do desenvolvimento, recentemente anunciou o reajuste da tarifa de água enquanto o Governo Federal aprova lei de redução de energia, claro que um depende do outro, a água gera a energia assim como a energia leva água a população através das bombas o que eu particular não entendo é a que deve interessa o reajuste? Será que é as pessoas que se esconde atrás das PPP's? O Ministro quando prefeito de Petrolina vez de tudo para municipalizar a COMPESA, claro que na época ele não era e nem pertencia a base aliada do governador. Hoje ele é totalmente contra porque será?

Fonte: Blog Carlos Britto

PCdoB orienta retomada do Curso do Programa Socialista (CPS)

Com o objetivo de potencializar e mobilizador a militância de base e quadros intermediários na compreensão dos elementos fundamentais do pensamento do PCdoB, as Secretarias Nacionais de Formação e Propaganda e de Organização conclama as direções dos Comitês Estaduais, em particular as respectivas secretarias de Formação e de Organização, a juntas desenvolverem neste primeiro semestre um amplo trabalho de retomada do Curso do Programa Socialista (CPS).

De acordo com informações da Escola Nacional de Formação do PCdoB o curso deve ser desenvolvido massivamente junto aos atuais comitês municipais e à base militante, movimentando desde já esses dois setores fundamentais do PCdoB e preparando-os de modo mais intenso para os trabalhos congressuais.

Sendo um curso de rápida implementação e voltado para o estudo do Programa, a Escola informa que o CPS é um poderoso instrumento de formação e de mobilização da base partidária e deve ser tratado como prioridade nos próximos meses. Permanece a orientação para que cada camarada que participe do CPS seja devidamente cadastrado(a) para prosseguir de modo mais aprofundado com o estudo do Programa no ambiente virtual da Escola Nacional.


Para Adalberto Monteiro, secretário Nacional de Formação do PCdoB, "
esse amplo movimento formativo precisa ser compreendido também como um passo importante para que as novas direções dos comitês intermediários a serem compostas durante o processo congressual sejam integradas por camaradas que conheçam adequadamente o Programa partidário, as nossas bandeiras de luta centrais e os elementos básicos e fundantes da nossa ideologia transformadora. Formar massivamente a militância e as futuras direções intermediárias é tarefa das mais relevantes e deve estar no centro do trabalho das direções estaduais desde já e até o término do nosso 13º Congresso".

Além disso, ele explica que estudar o Programa, compreendê-lo, debatê-lo e divulgá-lo amplamente dentro e fora das fronteiras partidárias permitirá ao conjunto do Partido ter uma participação ainda mais qualificada nos debates congressuais e na elaboração dos nossos projetos específicos para os próximos anos.


Joanne Mota

Com informações da Escola Nacional de Formação do PCdoB

Partidos interessados em lançar candidatos em 2014 devem se registrar até 5 de outubro

Para se criar um partido político no Brasil, os eleitores interessados devem seguir uma série de passos, sendo o último deles o pedido de registro do estatuto partidário ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E para que uma legenda lance candidatos às eleições gerais de 2014, ela deve estar registrada no TSE no máximo até o dia 5 de outubro deste ano.

A regra está prevista no artigo 4º da Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições), segundo o qual os partidos devem estar registrados no TSE um ano antes das eleições para disputar o pleito. Até o momento, existem 30 partidos registrados no TSE (confira a relação aqui) e que podem lançar candidatos ao pleito do próximo ano, marcado para o dia 5 de outubro.

Os últimos partidos registrados no TSE foram o Partido Social Democrático (PSD), o Partido Pátria Livre (PPL) e o Partido Ecológico Nacional (PEN). Os pedidos de registro do PSD e do PPL foram deferidos pelo TSE em outubro de 2011, permitindo às legendas que lançassem candidatos às eleições do ano seguinte. O PEN, por sua vez, teve seu registro deferido apenas em junho de 2012, ou seja, só poderá lançar candidatos ao pleito de 2014.

Também tramita no TSE o pedido de registro do estatuto do Partido Liberal Brasileiro (PLB), e nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) há pedidos de diversas legendas em criação, que podem ser consultados neste link, na opção “Partidos em formação”.

Vale lembrar que o candidato que deseja concorrer a cargo eletivo também deve estar filiado ao partido por pelo menos um ano antes do dia fixado para as eleições, ou por prazo superior fixado no estatuto partidário, que não poderá ser alterado no ano de realização do pleito. A determinação está prevista na Lei nº 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos) e na Lei das Eleições.

Se houver fusão ou incorporação de partidos políticos após o referido período, a data a ser considerada para fins de filiação partidária será a do ingresso no partido de origem.

Passo a passo

A criação de um partido político exige que seus fundadores e apoiadores sigam um passo a passo previsto na Resolução do TSE nº 23.282/2010. A primeira medida é a elaboração do programa e do estatuto da agremiação. Tais documentos devem ser elaborados pelos fundadores da nova legenda, sendo no mínimo 101 eleitores no pleno exercício de seus direitos políticos e com domicílio eleitoral em, pelo menos, um terço dos Estados do país.
Superada essa etapa, os fundadores têm de eleger os dirigentes nacionais provisórios do partido, na forma do estatuto. Eles se encarregarão das providências para o registro do estatuto no cartório do registro cível de Brasília-DF, com o objetivo de conferir personalidade jurídica à agremiação. Além disso, o inteiro conteúdo do programa e do estatuto do partido em formação, conforme aprovação dos fundadores, deverá ser publicado no Diário Oficial da União.

O terceiro passo é a obtenção do apoio de eleitores, que deve equivaler a, no mínimo, 0,5% dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos. Esse 0,5% de apoio deve estar distribuído por um terço ou mais dos Estados e equivaler a, no mínimo, 0,10% do eleitorado que votou em cada um desses Estados.

No caso das Eleições 2014, devem apoiar a criação do novo partido cerca de 490 mil eleitores, que assinarão listas ou formulários organizados pela legenda em fase de criação, para cada zona eleitoral. As assinaturas devem vir junto com o nome completo do eleitor e os dados do título eleitoral (número, zona e seção). Se for analfabeto, devem constar das listas os dados da impressão digital do eleitor.

O quarto passo é o encaminhamento, aos TREs, dos documentos exigidos. Também devem ser informadas a comissão provisória ou as pessoas responsáveis para a apresentação das listas ou formulários de assinaturas e a solicitação de certidão de apoio dos eleitores junto aos cartórios. Estes, por sua vez, darão publicidade às listas e formulários.

Com a constituição definitiva de seus órgãos de direção regional e municipais, o presidente regional do partido em criação solicitará o registro da legenda no respectivo TRE. Este é o quinto passo.

TSE

A sexta medida é a solicitação do registro do estatuto e do respectivo órgão de direção nacional ao TSE. Entre as diversas informações prestadas, o partido político em criação deverá indicar, no pedido de registro, o número que deseja para a legenda.

Tanto na fase de registro do partido nos TREs quanto no TSE, há a abertura de prazo de três dias para a impugnação do pedido de registro por qualquer interessado. Deferido ou não o registro do estatuto e do órgão de direção nacional, o TSE comunicará imediatamente aos TREs e, estes, por sua vez, aos juízos eleitorais.

Caso o Plenário do TSE defira o registro do estatuto, o partido político deverá informar à Corte o número da inscrição da legenda no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). De outro lado, se o pedido for indeferido, ficarão automaticamente sem efeito os registros dos órgãos de direção municipais e regionais da legenda, independentemente de decisão de qualquer órgão da Justiça Eleitoral.

Eduardo anuncia pacote de bondades em reunião com prefeitos

Carro-chefe é a criação do Fundo de Desenvolvimento dos Municípios (FDM) que repassará, em 2013, R$ 228 milhões às prefeituras

Dinheiro poderá ser investido livremente em obras Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Diante de uma plateia formada por prefeitos e assessores ansiosos para receber um alento financeiro, o governador Eduardo Campos (PSB) anunciou, nesta quinta-feira, no evento intitulado “Juntos Por Pernambuco”, em Gravatá (Agreste), o prometido pacote de bondades” aos municípios. O carro-chefe é a criação do Fundo de Desenvolvimento dos Municípios (FDM) que repassará, em 2013, R$ 228 milhões, às prefeitura sem a necessidade de firmar convênios. Esse é o critério que serve de contraponto ao anúncio semelhante feito pela presidente Dilma Rousseff (PT), no início do mês a gestores de todo o País. O governador também criticou o formato atual da chamada MP dos Portos que centraliza a gerência dos principais portos do País, incluindo o de Suape.

A notícia de que haveria uma liberação de verbas para as administrações municipais, longe das burocracias e critérios exigidos nos casos do convênio levantou o auditório lotado. O cálculo da fatia de recursos que caberá a cada cidade terá como base a média da cota-parte das receitas oriundas do Fundo de Participação do Município no ano passado. Recife, por exemplo, ficará com R$ 26 milhões. O dinheiro poderá ser investido livremente em obras relacionadas à infra-estrutura, saúde, educação, segurança e meio ambiente. “Não queremos projetos. A responsabilidade é toda de vocês. O dinheiro é menos do que vocês precisam, mas é o que podemos dar com gosto”, bradou o governador , sendo interrompido por aplausos ovacionados. Os recursos chegarão aos caixas municipais em três parcelas, a partir de maio.

Ciente de que a desburocratização dos recursos o colocará, na ótica dos prefeitos, numa patamar acima do que ficou a presidente Dilma Rousseff com o anúncio feito em Brasília, Eduardo Campos fez questão de sublinhar que sua iniciativa é pioneira, mas disse que a aplicação dos investimentos não estarão livres de fiscalização. “Estamos repassando de maneira pioneira fundo a fundo. É um dinheiro que vai ser gasto com a fiscalização dos órgãos de controle, só que vai chegar ao caixa de maneira desburocratizada”, enfatizou.

O pacote de agrados incluiu também ações específicas nas áreas consideradas prioritárias pelo governo (veja arte ao lado), mas que, neste caso, exigem contrapartida dos municípios. Ao discursar ao auditório lotado, o governador aplicou um tom professoral. Utilizou uma linguagem simples e recheada de expressões populares para transmitir a receita de “sucesso” do seu governo, saudado por seus aliados que subiram , ontem, ao palanque como o melhor do País. “A primeira lição é ouvir o povo. Também saber delegar e liderar. Há um ditado que diz o boi só engorda na vista do dono”, gracejou, ao pregar a adoção de seu modelo de gestão.

Também deixou claro sua preocupação com o bom desempenho das administrações municipais. “Se os serviços não acontecem de maneira adequada no município, também não acontece no Estado”, disse. A dois anos do término do mandato e da corrida presidencial, o socialista quer evitar, ao máximo, o surgimento de agendas negativas no campo administrativa e, para isso, espera contar com a c”olaboração seu exército de prefeitos.

Um dos poucos a não compartilhar do clima efusivo que se instalou no auditório, Julio Lossio (PMDB), prefeito de Petrolina, viu com cautela o pacote anunciado ontem. “É bom como medida emergencial, mas não resolve nossos problemas de custeio”, ressaltou. Também disse ter ressalvas acerca do método “desburocratizado”de liberação de recursos. “Se por um lado simplifica, por outro, é preciso dizer que os critérios exigidos pelos convênios tem uma razão de ser”, lembra. O evento segue durante o todo dia a sexta-feira (22) com palestras de representantes das secretaria estaduais detalhando as demais medidas anunciadas pelo governo.

Primeira seção da Câmara Legislativa de Lagoa Grande acontece em meio à aprovação de seis projetos

Na primeira seção da Câmara de Vereadores de Lagoa Grande, os edis aprovaram 6 projetos (4 de iniciativa do poder executivo e 2 do legislativo). 
 
Os projetos a provados tratava dos seguintes assuntos:
  1. Reajuste dos salários de prefeito e vice-prefeito os quais passarão a receber os seguintes valores. Prefeito R$ 17.000,00 (dezessete mil reais) e o vice-prefeito R$ 8.500,00 (oito mil e quinhentos reais);
  2. Criação dos cargos do legislativo na questão de segurança e administrativo;
  3. Criação dos cargos de diretor e pregoeiro do Hospital José Henrique de Lima;
  4. Criação dois cargos de tesoureiro e um pregoeiro no executivo que farão o controle interno da contabilidade e controle dos processos de licitação;
  5. Foi submetido ao Executivo duas indicações do vereador José Estevo Barbosa “Mantena” (PSB), as quais tratam da instalação de duas lombadas na BR 122 entre os bairros do Vasco e Agrovila. De preferência, que a lombada seja eletrônica para coibir o excesso de velocidade; a outra indicação tratou da criação da Coordenação de Reforma Agrária dentro da Secretaria de Agricultura e que, no futuro, sugere que a pasta se transforme em Secretaria de Agricultura e Reforma AgráriaSARA.
Os projetos e indicações foram aprovados pela unanimidade dos vereadores presentes. Na seção, apenas Erasmo Farias (PSB) esteve ausente por motivo de internação para se submeter a uma cirurgia, como informou o presidente da casa.

Após a leitura dos projetos o presidente da câmara oficial releu as preposições ais quais foram posta em discussão e em seguida em aprovação, os seis projetos foram aprovados por unanimidade dos vereadores presentes uma vez que o vereador Erasmo Farias estava internado e iria submete-se a uma cirurgia como informou o presidente da casa.

Durante os discurso de apresentação dos vereadores ficou explicito que o aval ao aprova os projeto vem das primícias de dar ao executivo meio para que possa governa o município afirma Edneuza Lafaiete (PTB). 
 
O Josafá Pereira da Silva (PTB) chamou atenção e pediu que constasse em ata a questão na qual dos pacientes do interior que vem a noite e que após administração de medicamento e atendimento os pacientes ficam procurando meios de voltarem a suas residências porque a ambulância não pode espera pelos mesmos. Na discussão que se seguiu, o líder do prefeito Joaquim Ramos Coelho “Joaquim da Rocinha” (PT) tentou justificar a situação dizendo que realmente a ambulância não pode esperar porque vai que alguém precise e o que iriam dizer?

Comentário meu: Entendemos e é correta a linha de raciocínio o difícil é o vereador Joaquim da Rocinha (PT) dizer isso ao paciente que precisa retornar a sua residência e não tem como voltar”.

O vereador José Baiano (PR) chamou atenção dos colegas para o tratamento que as pessoas estão recebendo no PSF em Vermelhos, principalmente aquelas que votaram na ex-prefeita Rose Garziera como foi o caso que ele relatou de um paciente que precisou tomar uma injeção e a funcionária recomendou aplicar uma injeção 22 fazendo referência ao número da sigla do Partido da RepúblicaPR. Esse episódio foi criticado com veemência pelo Presidente da Câmara, Doutor de Iolanda (PSD). No seu discurso, ao encerra a sessão, disse que não iria tolerar esse tipo de tratamento sendo ele situação ou não.

Para ele, a população merece ser tratada com dignidade e respeito, pois é quem paga os salários desses funcionários, independente de partido ou de quem tenha apoiado o prefeito. O presidente parabenizou ao reconhecer que esse é o papel da oposição trazer para o debate os problemas da cidade para que juntos soluções sejam tomadas.
Mesa diretora da câmara a esquerda o primeiro secretario Olavo Marques (PT) a direita o segundo José Estevo Barbosa "Mantena" (PSB) secretario e ao centro o presidente Francisco Evanilson Martins " Doutor de Iolanda" (PSD)
Bancada da oposição: Edneuza (PTB), Ítalo Ferreira (PDT), José Baiano (PR) e Josafá (PTB) líder da oposição
Bancada da situação: Lindaci (PT), Nena Gato (PHS) e Joaquim da Rocinha (PT) lider da situação


OMC investigará protecionismo no Brasil

Técnicos da Organização Mundial do Comércio vão analisar as leis criadas no País que são consideradas protecionistas

Uma missão da Organização Mundial do Comércio (OMC) desembarca no próximo fim de semana no Brasil para examinar a política comercial da presidente Dilma Rousseff, numa ação que colocará em evidência as medidas consideradas como protecionistas por parte do governo.

A investigação da OMC tem como objetivo preparar um informe sobre a situação do Brasil e que será apresentado aos demais integrantes da entidade no fim de junho, em Genebra. Na ocasião, governos de todo o mundo poderão questionar as práticas comerciais do Brasil.
 
A revisão da política brasileira é realizada pela OMC a cada quatro anos e serve como uma espécie de sabatina para apontar os desafios e as medidas que poderiam ser consideradas como irregulares.

Em 2009, por exemplo, governos de todo o mundo enviaram mais de 530 perguntas ao Itamaraty e parte dos ataques se referiam à elevação de tarifas no Brasil. A média de impostos passou de 10,4% para 11,5% entre 2005 e 2009, diante da elevação de tarifas de importação para têxteis de calçados.

Em 2004, a OMC sugeriu que o Brasil acelerasse a liberalização de seu mercado para crescer a taxas mais altas. Desde então, o que ocorreu foi o contrário, segundo os governos que enviaram questões ao Itamaraty.

Agora, técnicos da OMC vão se debruçar nas leis criadas pelo Brasil, nos últimos meses, consideradas por países ricos como protecionistas. Isso inclui a elevação de impostos de importação e a isenção de impostos para empresas que fabriquem seus produtos dentro do mercado brasileiro. Outro ponto que a OMC deve avaliar é o impacto da valorização do real nas importações, além do peso do BNDES e de subsídios locais para a produção.

Nos últimos meses, governos como o dos EUA, Europa, Coreia do Sul, México e Japão foram críticos à posição do Brasil no comércio internacional, denunciando uma escalada de tarifas e barreiras.

Segundo diplomatas em Brasília, não seria uma surpresa se a OMC lidar com alguns desses casos em reuniões que vai manter com o Itamaraty, com o Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior e com o Ministério da Fazenda a partir de segunda-feira.

Diplomático, o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, tem evitado fazer críticas diretas ao Brasil. Mas vem insistindo que "o protecionismo não garante proteções" e alertando que a elevação de tarifas pode ser prejudicial para a economia importadora.

Campanha. O comportamento do governo brasileiro também já aterrizou na campanha para a disputa do cargo máximo da OMC. O candidato mexicano, Hermínio Blanco, atacou diretamente algumas das propostas brasileiras, acusando Brasília de protecionismo.

"Temos de manter a OMC como uma organização que defenda o comércio", disse. O candidato ainda criticou a decisão do Brasil de suspender o acordo automotivo com o México. "O acordo foi útil para gerar empregos e sua suspensão só mostra como é importante que, em eventuais acordos futuros, teremos de prever mecanismos de solução de disputa para que governos pensem duas vezes se querem sair de um tratado."

Diante da imagem do Brasil, o próprio candidato brasileiro para a liderança da OMC, Roberto Azevedo, optou por se distanciar da posição comercial do governo de Dilma Rousseff, insistindo que, se for eleito, defenderá a visão do conjunto de países.

Para o exame da OMC, porém, o Brasil já está com suas respostas prontas. A elevação de tarifas não foi feita de forma irregular, já que o imposto cobrado ainda está dentro das margens permitidas ao País. Além disso, o Itamaraty deixará claro que os demais países não têm do que se queixar: desde a elevação das taxas, as importações continuaram crescendo e que, portanto, as novas barreiras não eram proibitivas. O governo mostrará que as importações crescem a um ritmo superior às exportações nos últimos meses.

Mais 'fria' com a África, Dilma faz 2ª visita ao continente

Após uma intensa aproximação entre Brasil e África nos anos Lula, a presidente Dilma Rousseff inicia nesta semana sua segunda visita ao continente num momento em que o país redimensiona sua política para nações africanas e vê empresas brasileiras se envolverem em turbulências e denúncias na região.

Dilma Rousseff visita países africanos em momento de revisão das relações do Brasil com o continente
Ao embarcar nesta quinta-feira para a 3ª Cúpula América do Sul–África (Asa), na Guiné Equatorial, Dilma tentará mostrar a líderes africanos que o continente mantém, em seu governo, o prestígio que lhe foi conferido durante a gestão anterior. No sábado, ela estenderá a visita ao maior parceiro comercial do Brasil no continente, a Nigéria.

No entanto, longe dos microfones, diplomatas e técnicos de estatais que operam na África relatam que tem havido uma revisão na estratégia do governo no continente. Segundo eles, embora os recursos para cooperação técnica com a África tenham crescido nos últimos anos, o número de programas se multiplicou sem que houvesse capacidade de coordená-los, garantir seu financiamento e continuidade.

Nas palavras de um técnico, há uma orientação por "menos oba-oba e mais racionalidade" nas ações na África. Limites orçamentários explicariam parte da nova postura. Entre 2012 e 2014, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) planeja gastar cerca de US$ 134 milhões (R$ 263 milhões) com seus projetos no exterior, dos quais pouco mais da metade (US$ 70,6 milhões, cerca de R$ 138 milhões) se destinará aos 42 países africanos onde atua.

Os valores são tímidos se comparados aos que as principais economias desenvolvidas reservam à cooperação – o Japão, por exemplo, gastou US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 3,1 bilhões) com sua agência externa em 2012.

Há ainda a compreensão de que muitos dos projetos de cooperação do país no continente foram gestados às pressas, para serem apresentados em viagens do então presidente Lula às nações favorecidas.

A prática teria estimulado a criação de uma "diplomacia ministerial", em que ministérios desenvolveram ações externas de forma descoordenada.

Num reconhecimento de que suas operações na África se expandiram mais rápido do que deveriam, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, um dos principais braços da cooperação do país no continente) também está revendo sua política para a região.

Em entrevista à BBC Brasil em janeiro, o presidente da estatal, Maurício Antônio Lopes, afirmou que a companhia passaria a concentrar seus esforços em alguns países africanos – hoje, atua em 22 –, para evitar a fragmentação de recursos.

Os ajustes na política do Brasil para a África são ainda atribuídos ao menor entusiasmo da atual presidente com o continente. Desde que tomou posse, Dilma tem privilegiado visitas à Europa (onde esteve em dez países) e à América do Sul (seis).

Ao realizar sua segunda visita à África, ela encerrará um período de um ano e quatro meses sem pisar no continente – por ora, ela só visitou três nações africanas (África do Sul, Moçambique e Angola).

Lula, por sua vez, visitou 27 países africanos em seu governo, período em que o Brasil abriu 19 das 37 embaixadas que mantém no continente. No governo Dilma, nenhuma nova missão brasileira foi aberta na África.
 
Desafios internos e externos
 
O Itamaraty, porém, nega que a África tenha perdido importância no atual governo. Em entrevista a jornalistas na semana passada, a embaixadora Maria Edileuza Fontenele Reis, encarregada da subsecretaria que trata das relações com o continente, atribui o menor número de visitas da presidente ao continente a "inúmeros desafios internos e externos" vividos pelo Brasil.

Ela diz, porém, que a presença de Dilma na cúpula na Guiné Equatorial, onde estarão representantes de todas as 54 nações africanas, "equivale a ir a 54 países".

Reis afirma ainda que a presidente voltará ao continente nos próximos meses para participar da cúpula dos Brics, na África do Sul, em março, e do encontro da União Africana (UA), na Etiópia, em maio. No ano passado, porém, Dilma também foi convidada para a reunião da UA, mas cancelou sua visita na última hora.

Na Cúpula Asa, criada em 2006 por Brasil e Nigéria, a brasileira deverá ser uma das únicas chefes de Estado da América do Sul presentes. O desinteresse da maioria dos líderes da região reflete os laços ainda tímidos (ainda que crescentes) que seus países mantêm com o continente africano.

Segundo o Itamaraty, o Brasil é hoje responsável por 70% de todo o comércio entre a América do Sul e nações africanas, que somou US$ 39,4 bilhões em 2011.
 
Expansão empresarial

Se a cooperação do Brasil com a África vive tempos de revisão, para empresas brasileiras, o continente tem ganhando importância cada vez maior.

Desde 2006, houve aumento de 85% no comércio do país com o continente, alimentado em boa parte pelas vendas de manufaturas brasileiras. Segundo estudo do centro de pesquisa Chatham House, 42% dos produtos exportados pelo Brasil à África são industrializados – índice superior à proporção de manufaturas nas exportações gerais do país (36%).

De acordo com o estudo, diferentemente de nações emergentes como China e Índia, que buscam na África sobretudo recursos naturais, o principal interesse econômico do Brasil no continente é seu crescente mercado consumidor. O envolvimento do Brasil na África, segundo a publicação, também refletiria a ambição brasileira de se tornar um dos principais atores na política global.

O crescimento das exportações brasileiras para a África é ainda acompanhado pela expansão de companhias nacionais no continente. O movimento, no entanto, já provoca resistências.

Em Moçambique, centenas de famílias desalojadas para a instalação, em 2011, de uma mina de carvão da Vale têm protestado contra a companhia. Eles dizem ter sido transferidos para terras inférteis e se queixam das condições das novas habitações.

A Vale também enfrenta resistência na Guiné, onde obteve licença para explorar uma reserva de minério de ferro. Em julho, moradores ocuparam um acampamento da empresa, acusando-a de descumprir acordo para a contratação de funcionários de etnias locais. Seis manifestantes foram mortos por soldados do governo em ação que, segundo políticos locais, contou com o respaldo da empresa.

A empresa nega qualquer participação no ocorrido na Guiné e diz buscar melhorar as condições de moradia das famílias deslocadas por sua operação em Moçambique.

Em Angola, outra companhia nacional – a construtora Odebrecht – é objeto de polêmica. Ativistas criticam-na por manter negócios com políticos locais. A empresa nega ilegalidades.

Em artigo sobre a relação Brasil-África publicado em janeiro, o instituto Think Africa Press diz que a crescente ação de empresas brasileiras no continente pode sujar a "marca" do país na região.

"Agentes privados com agendas distintas estão se tornando cada vez mais visíveis, e há um risco de que isso prejudique o projeto político do Brasil de se retratar como um parceiro que sempre prioriza o benefício mútuo num espírito de cooperação e igualdade", diz o texto.


Metodologia de estimativas de quocientes eleitorais para a eleição de 2014 nos estados brasileiros

Maurício Costa Romão
Todo partido que concorre aos pleitos proporcionais se defronta com duas alternativas mutuamente exclusivas: (a) disputar isoladamente ou (b) mediante celebração de alianças com outras agremiações. A opção será tomada em função dos resultados eleitorais que espera obter em cada caso*.

Para tomar uma das duas decisões, (a) ou (b), a variável fundamental a ser levada em consideração é o quociente eleitoral (QE).

O QE representa número mínimo de votos válidos que cada partido ou coligação tem de ter para assegurar vagas no Parlamento (§ 2º do art. 109 do Código Eleitoral). Votações abaixo desse número mínimo impedem partidos e coligações de participar da distribuição de vagas legislativas.

Assim, se o partido decidir-se por (a) é porque entende ter densidade de votos suficiente para ultrapassar o QE e eleger tantos parlamentares quantas vezes o seu quociente partidário permitir. Os eleitos serão os mais votados da agremiação.

Se a opção é por (b), o partido almeja beneficiar-se da agregação dos votos nominais e de legenda que a aliança pode propiciar, facilitando a transposição do QE e, eventualmente, fazendo mais parlamentares que a disputa isolada ensejaria. Os eleitos serão os de maior votação da aliança (não necessariamente os mais votados dos partidos integrantes).

Uma característica que torna o QE um tanto enigmático é o fato de que sua determinação só pode ser feita depois de computados todos os votos da eleição, quer dizer, quando totalizados o eleitorado, a abstenção ou os votos apurados, os votos brancos, os votos nulos e, conseqüentemente, os votos válidos (VV). Dessas variáveis, a única que se conhece de antemão é o eleitorado. As outras, só depois do pleito.

A solução quantitativa do QE depende ainda do número de cadeiras (C) disponíveis no Legislativo. Quanto maior for o total de votos válidos de uma eleição, dado o número de cadeiras, maior é o quociente eleitoral e vice-versa. Na prática o QE é simplesmente calculado dividindo-se os votos válidos totais do pleito pelo número de cadeiras do Legislativo: QE = VV / C.

Como as variáveis que definem o QE são, à exceção do eleitorado e do número de cadeiras parlamentares, todas conhecidas post factum, depois da eleição, fazer estimativas desse quociente é sempre um exercício que requer formulação de muitas hipóteses.

Entretanto, com base no comportamento pregresso das variáveis mencionadas no segundo parágrafo, é possível, a partir de suposições fundamentadas sobre suas trajetórias futuras, fazer prospecções bastante razoáveis do valor aproximado do QE**.

Para a próxima eleição proporcional nos estados brasileiros, tanto para deputado federal, quanto para deputado estadual, fez-se, inicialmente, projeção do eleitorado de cada estado para 2014, partindo da última estimativa do IBGE relativa ao ano de 2012.

Quer dizer, calculou-se a taxa geométrica média anual de crescimento do eleitorado de cada estado entre 2010 e 2012 e se considerou que esta taxa se registraria entre 2012 e 2014.

Depois, observou-se a abstenção verificada em cada um dos estados nos anos de 2006 e 2010, projetando-a para 2014 em duas situações: uma, tomando a média aritmética dos anos respectivos e outra, considerando 2014 igual a 2010. A partir dessas duas estimativas se obteve dois valores para a variável votos apurados em 2014.

De posse dos votos apurados, e utilizando os registros de votos brancos e nulos das duas últimas eleições para deputado (também usando a média entre 2006 e 2010 e fazendo 2014 igual a 2010), foi possível prognosticar os votos válidos para 2014.

Daí, dividindo os votos válidos de cada estado pelo número de cadeiras do Parlamento respectivo, pôde-se estimar, finalmente, dois valores para o quociente eleitoral, cuja média entre eles está apresentada nas tabelas que acompanham o texto.

A trajetória dos quocientes eleitorais de cada estado é normalmente ascendente de eleição para eleição. Essa quase inexorável tendência decorre do contínuo crescimento dos votos válidos a cada pleito. Como o número de vagas nos Legislativos federal e estadual é fixo desde 1994, os quocientes aumentam.

Só em raras ocasiões isso não acontece (algo como uma grande abstenção combinada com altos índices de votos brancos e nulos, por exemplo). Entretanto, essa “raridade” foi registrada agora nas simulações apresentadas nas tabelas em relação aos estados de Alagoas (deputado estadual) e Sergipe (deputados federal e estadual): os quocientes ficaram menores que na eleição passada.

Fonte: TSE e IBGE
Nos dois casos houve uma ocorrência, registrada pelo IBGE, que não aconteceu com os demais estados: diminuição do eleitorado entre 2010 e 2012. Em função disso, quando se projetava esta variável para 2014, a taxa geométrica média anual de crescimento era negativa e o eleitorado futuro resultava menor ainda que o de 2012. 

Possivelmente tal fenômeno, atípico, seja decorrente de ajustes nas estatísticas do próprio IBGE ou resultante de ações do TSE (biometria, por exemplo).  Optou-se, então, para esses dois estados, considerar o eleitorado de 2014 como sendo do tamanho do de 2012. Ainda assim, os quocientes ficaram menores que os de 2010 (exceto o de deputado federal de Alagoas).

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Maurício Costa Romão, Ph.D. em economia, é consultor da Contexto Estratégias Política e de Mercado, e do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau. mauricio-romao@uol.com.br, http://mauricioromao.blog.br.

* Vide nosso livro “Eleições de deputados e vereadores: compreendendo o sistema em uso no Brasil”, Editora Juruá, 2012.

**Este procedimento foi realizado com êxito nas eleições de 2012 para seis capitais e duas  grandes cidades do país (vide “Comparando estimativas do quociente eleitoral com resultados oficiais de 2012”, disponível no blog do autor. A metodologia das estimativas está detalhada em “Estimando quociente eleitoral para a eleição do Recife, em 2012”, também postado no blog).

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