O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta terça-feira, 8,
que não vai dar "colher de chá" para os cursos reprovados pela pasta,
que serão obrigados a assinar protocolo de compromissos para corrigir as
deficiências. "Não vai ter jeitinho, não tem colher de chá e se o plano
de melhoria não for muito bem elaborado, não há a menor possibilidade
de abertura de vestibular. Vender aula não é vender sabonete, (você)
está formando um profissional", afirmou Mercadante, ao comentar os
cursos reprovados no final do ano passado que repetiram baixo desempenho
no Conceito Preliminar de Curso (CPC). "Se estamos sendo rígidos com as
instituições que são de nossa responsabilidade (as federais), seremos
com todas."
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A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do
Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta terça no Diário Oficial da
União uma nova relação de cursos de graduação que obtiveram resultados
insatisfatórios no CPC referente ao ano de 2011, pela primeira vez.
A graduação em Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie aparece na lista,
assim como os cursos de Geografia e História da PUC-SP. Da PUC-Campinas
foram reprovados Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Educação
Física, Engenharia Civil, Letras (Português e Inglês) e Química.
Os cursos receberam notas baixas no CPC de 2011 e serão punidos com a
suspensão de sua autonomia, o que impede, por exemplo, a ampliação do
número de vagas ofertadas.
"O prejuízo maior é deixar os alunos numa instituição e num curso
insatisfatório que não preenche os requisitos mínimos de qualidade e que
além disso quer ampliar o número de vagas", disse o ministro.
Mercadante defendeu a aprovação do projeto de lei que cria o
Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior
(Insaes), voltado para a supervisão e avaliação de instituições e cursos
de educação superior no sistema federal de ensino. "Pretendemos fazer
tudo mais rápido, precisamos de mais funcionários de carreira, mais
servidores", afirmou o ministro.
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