Emoção marca pré-estreia de filme sobre Luiz Gonzaga

A noite desta quarta-feira foi de festa e louvação a memória do Rei do Baião. O Cinema São Luiz (Recife) sediou a pré-estreia nacional do aguardado “Gonzaga – De pai para filho”, filme de Breno Silveira que conta a história de vida de Luiz Gonzaga, tendo como fio condutor a complicada relação entre o sanfoneiro e o seu filho, o cantor Gonzaguinha. O salão ficou pequeno para as centenas de fãs do artista. Além de anônimos, atores, músicos e amigos do Velho Lua circularam pelo tradicional cinema, que teve Seu Luiz como um de seus mais ilustres frequentadores, informa a reportagem da Folha de Pernambuco.

Sorrisos, gargalhadas, emoção, voz embargada, choro e aplausos, muitos aplausos. Olhares e ouvidos atentos. Tudo para não perder um só movimento. A obra, do mesmo diretor de “2 filhos de Francisco” (2005), foi uma verdadeira variação no termômetro de emoções. A cada música de Luiz Gonzaga ou Gonzaguinha entoada na tela, o coro se formava na plateia.  Palmas para marcar o ritmo. O público não via a hora de o sanfoneiro descer a terra e subir no palco do São Luiz, para emendar um baião.

Sessão encerrada, as luzes começam a se acender. Aplausos. Quase um minuto sem parar. Obra aprovada pela plateia, ainda emocionada. O público se levanta, começa a descer as escadas. Porém, o espetáculo não havia terminado. Volta o público. E num é que o Rei do Baião apareceu. Surgiu na forma do sanfoneiro, e agora ator, Chambinho, um dos intérpretes de Luiz Gonzaga no filme. De uma só vez, sem cerimônias, coloca o povo pra cantar. Antes de tocar, tentou dizer algo, mas a emoção era gigantesca. “Queria falar algo, mas não consigo. É melhor cantar”.

O exemplo do legado deixado pelo Rei do Baião é resumido pelo diretor do filme. “Luiz Gonzaga dava mais de 10 filmes, e não um só um. O Gonzaga é muito grande, por isso, não tive e nem tenho a pretensão de contar tudo. Quem sou pra contar tudo de Luiz Gonzaga em um filme. Nem minissérie cabe. Ele é um homem muito grande, com muita história”, enaltece Breno Silveira, que tem a obra, orçada em R$ 12 milhões, como uma das apostas da volta por cima do cinema brasileiro.

Sessão de filme que serviu também como reencontro de velhos amigos, seguidores do mais ilustre dos sanfoneiros, das mais variadas gerações. Se juntaram a Chambinho do Acordeom, no palco do São Luiz, sanfoneiros e cantores como Alcymar Monteiro, Santana, Josildo Sá, Cezzinha, Joquinha Gonzaga (sobrinho de Luiz Gonzaga), Camarão e Marina Elali (neta de Zé Dantas), entre outros.

Além de Chambinho, que interpretou o Lua adulto, compõem a lista de Gonzagas Land Vieira e o ator caruaruense Adélio Lima, que vive o sanfoneiro velho. Alison Santos, Giancarlo di Tomazzio e Julio Andrade encarnam Gonzaguinha criança, adolescente e adulto, respectivamente. No time deste generoso elenco ainda aparecem atores como Sílvia Buarque, Nanda Costa, Domingos Montagner, Zezé Motta, e Thalma de Freitas. “Gonzaga – De pai para filho” tem estreia programa para o dia 26 de outubro.

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