Política de segurança energética dá prioridade a fontes limpas
O parque gerador de eletricidade brasileiro aumentou sua capacidade
em 3.886 MW, com obras da segunda fase do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC2), de acordo com o quarto balanço do programa divulgado
na quinta-feira (26). A ampliação é suficiente para atender uma cidade
de 6 milhões de habitantes.
A política brasileira de expansão da oferta de eletricidade visa
garantir o consumo industrial e doméstico necessário para manter o
crescimento da economia. Ao mesmo tempo, é dada prioridade para energias
limpas e renováveis.
Desde o início de 2011, com R$ 55,1 bilhões investidos, o parque
gerador brasileiro aumentou sua capacidade e tem grandes projetos em
andamento. Em Santo Antônio, quatro turbinas que somam 265 MW entraram
em ação.
Estão prontas as usinas hidrelétricas (UHE) Passo São João, no Rio
Grande do Sul (77 MW), a de Estreito (1.087 MW) e a de Dardanelos (261
MW). Além de 16 usinas eólicas (UEE) com capacidade instalada de 390 MW,
entrou também em operação a Usina Termelétrica (UTE) Luiz Carlos
Prestes, no Mato Grosso (127,5 MW).
Transmissão - A Linha
de Cuiabá a Rio Verde (GO) está concluída e tem 600 quilômetros de
extensão. Para levar a energia aos mercados consumidores e interligar o
Sistema Nacional de Distribuição de Energia chegando aos complexos
industriais e áreas rurais, o PAC2 prevê investimento de R$ 31 bilhões
até 2014.
Desde janeiro de 2011, foram concluídas 14 Linhas de Transmissão
(LT), totalizando 2.669 km de extensão. Atualmente, 24 linhas de
transmissão estão em obras totalizando 10.212 km. Em 2012, três leilões
viabilizaram a concessão de 2.625 km de novas linhas de transmissão, com
investimento de R$ 3,9 bilhões.
Obras - Outras obras
em andamento aumentarão em 27.358 MW a capacidade de geração de energia.
A hidrelétrica de Simplício (MG/RJ) está com 90% das obras concluídas.
Com capacidade de produção de 300 MW, o empreendimento da UHE Colíder,
no Mato Grosso, já está 51% executado. A UHE de Jirau (3.750 MW), em
Rondônia, apresenta 75% das obras concluídas e a UHE de Belo Monte
(11.233 MW), no Pará, alcançou 9% de execução.
Busca por petróleo abre 321 poços
Até
abril deste ano, também foram iniciados 321 poços exploratórios, sendo
161 em mar e 160 em terra. Desses, 203 já foram concluídos. Para manter
esse esforço de procura por jazidas, foi inaugurada a plataforma da
Petrobras P-59, que irá perfurar poços em toda a costa brasileira.
De acordo com o relatório do PAC2, desde o início de 2011, o Brasil
obteve descobertas importantes em relação ao Pré-sal, com destaque para
as novas áreas na bacia de Campos e no Nordeste de Tupi, no Rio de
Janeiro, e em Sapinhoá (SP). No Pós-sal, descobertas como as da bacia do
Solimões, no Amazonas, do campo de Voador (RJ) e no poço de Patola
(SP).
Além da P-59, inaugurada em São Roque do Paraguaçu (BA), foi feito o
encaixe da parte superior da plataforma P-55 com a sua base no Rio
Grande do Sul. Essa é primeira vez que o procedimento, dentro de um
dique seco, foi feito no Brasil.
Metade das obras da refinaria Abreu e Lima (PE) foi concluída. Depois
de pronta, ela terá capacidade para 230 mil barris por dia.
Está sendo feita a terraplanagem da refinaria Premium I (MA) e da
Unidade de Fertilizantes Nitrogenados V, em Uberaba (MG). Foram
contratadas a construção e a montagem da Unidade de Fertilizantes
Nitrogenados III, em Três Lagoas (MS), e foi concluída a Unidade de
Tratamento de Gás de Caraguatatuba.