Em um relatório de 79
páginas, Humberto Costa citou juristas, filósofos e pensadores para
defender a cassação
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O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) sofreu, na noite de ontem, a
primeira derrota na cruzada empreendida para tentar salvar o mandato.
Como já era esperado, os 15 integrantes do Conselho de Ética do Senado
aprovaram, por unanimidade, em votação nominal e aberta, o relatório de
autoria do senador Humberto Costa (PT-PE), que pede a cassação do
parlamentar goiano por quebra do decoro parlamentar. A sessão, que teve
início às 18h30, durou cinco horas. Demóstenes, que disse querer ser
julgado pelo que fez e não pelo que falou, era o braço político da
organização criminosa chefiada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, que se
encontra preso no Complexo Penitenciário da Papuda. Em 79 páginas bem
fundamentadas, recheadas de citações de juristas, filósofos e pensadores
diversos, o relator deixou claro que o investigado colocou o mandato a
serviço do esquema de jogos ilegais, pagamentos de propina e lavagem de
dinheiro.
Agora, o relatório segue para apreciação e votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para que sejam observados os aspectos constitucionais e jurídicos. O prazo para análise é de cinco sessões deliberativas no Senado. Se houver entendimento entre os líderes, todas as sessões podem ocorrer no mesmo dia, antecipando assim a votação secreta no plenário. Em seu voto, o relator disse que não era crível que Demóstenes Torres tenha alegado desconhecer a folha corrida do seu interlocutor (Carlinhos Cachoeira). No relatório, Humberto Costa fez um resumo de todos os deslizes cometidos por Demóstenes. “Ele admitiu que o contraventor pagava as contas de seu aparelho de rádio-celular Nextel, que nomeou como servidora em seu gabinete parlamentar, a pedido de Cachoeira, uma pessoa com residência fixa em Anápolis, e que intercedeu para que uma pessoa, também a pedido de Cachoeira, fosse nomeada em órgão público estadual em Minas Gerais.”
Agora, o relatório segue para apreciação e votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para que sejam observados os aspectos constitucionais e jurídicos. O prazo para análise é de cinco sessões deliberativas no Senado. Se houver entendimento entre os líderes, todas as sessões podem ocorrer no mesmo dia, antecipando assim a votação secreta no plenário. Em seu voto, o relator disse que não era crível que Demóstenes Torres tenha alegado desconhecer a folha corrida do seu interlocutor (Carlinhos Cachoeira). No relatório, Humberto Costa fez um resumo de todos os deslizes cometidos por Demóstenes. “Ele admitiu que o contraventor pagava as contas de seu aparelho de rádio-celular Nextel, que nomeou como servidora em seu gabinete parlamentar, a pedido de Cachoeira, uma pessoa com residência fixa em Anápolis, e que intercedeu para que uma pessoa, também a pedido de Cachoeira, fosse nomeada em órgão público estadual em Minas Gerais.”
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