Surpresos com o anúncio
do apoio dos peemedebistas ao PSB, pré-candidatos de partidos de
oposição atacam Raul Henry, insinuando que ele estaria a serviço
do Palácio
Foto: Alexandro Auller/JC Imagem |
Embora já tenha sido especulado nos
bastidores, o desembarque do PMDB no palanque socialista causou não só
surpresa, como revolta entre os demais membros da oposição. Alguns
evitaram polemizar a decisão do antigo aliado, mas o sentimento geral
foi de “traição”. Não faltaram insinuações, por exemplo, de que o
deputado federal Raul Henry (PMDB) teria feito uma espécie de “jogo
duplo” ao negociar, simultaneamente, com o PSB e os oposicionistas.
Uma das expressões mais claras de
indignação foi dada pelo deputado federal Mendonça Filho (DEM), que
soube da reviravolta peemedebista através da imprensa. Ele reagiu às
alegações de Henry de que a decisão do PMDB havia sido motivada pela
“falta de unidade” na oposição. “Quando você não consegue alcançar a
unidade, você parte para o governo? Isso é uma novidade em política. Não
sabia que a ausência de unidade impõe a adesão ao governo. Não me venha
com explicações mirabolantes para justificar uma questão de
conveniência, que tem a ver com 2014”, atacou.
Mendonça também sugeriu que Henry, ao
condicionar o lançamento de sua candidatura ao apoio de todos os
partidos de oposição, estaria seguindo uma orientação do Palácio para
“controlar” o bloco. E ainda cobrou “lealdade” do ex-aliado. “Salta aos
olhos que o PSB queria indicar o candidato número um e ainda escolher o
suposto candidato da oposição. Por uma questão de lealdade, as coisas
tinham que ter sido postas de modo transparente”, afirmou.
A reação do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra foi mais amena. O tucano disse que já esperava a decisão do PMDB e frisou que pretende manter a candidatura de Daniel Coelho (PSDB). Ainda no domingo, Guerra convocou correligionários para discutir a estratégia do partido diante do novo quadro. Internamente, ainda se estuda o apoio a Mendonça. Já as chances de a sigla seguir o mesmo caminho dos peemedebistas, avalizando a candidatura do PSB, são, hoje, consideradas remotas. A avaliação é de que a legenda perdeu o “timing” para oficializar uma aliança com os socialistas. O tucano retorna nesta terça (26) de São Paulo e deve anunciar, amanhã ou na quinta, a posição definitiva do partido.
Já o ex-deputado Raul Jungmann (PPS) assegurou que o PPS ainda buscará a unidade da oposição e descartou o apoio ao PSB. Nos bastidores, porém, comenta-se que o pós-comunista não está disposto a apoiar nem Mendonça nem Daniel Coelho e que, por isso, estaria inclinado a trilhar o mesmo rumo que o PMDB.
A reação do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra foi mais amena. O tucano disse que já esperava a decisão do PMDB e frisou que pretende manter a candidatura de Daniel Coelho (PSDB). Ainda no domingo, Guerra convocou correligionários para discutir a estratégia do partido diante do novo quadro. Internamente, ainda se estuda o apoio a Mendonça. Já as chances de a sigla seguir o mesmo caminho dos peemedebistas, avalizando a candidatura do PSB, são, hoje, consideradas remotas. A avaliação é de que a legenda perdeu o “timing” para oficializar uma aliança com os socialistas. O tucano retorna nesta terça (26) de São Paulo e deve anunciar, amanhã ou na quinta, a posição definitiva do partido.
Já o ex-deputado Raul Jungmann (PPS) assegurou que o PPS ainda buscará a unidade da oposição e descartou o apoio ao PSB. Nos bastidores, porém, comenta-se que o pós-comunista não está disposto a apoiar nem Mendonça nem Daniel Coelho e que, por isso, estaria inclinado a trilhar o mesmo rumo que o PMDB.
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