PT x PT: João Paulo: ''Falta diálogo com a equipe, os aliados e o povo''

Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

AUTOCRÍTICA
 
“Faço uma autocrítica ante o povo do Recife, os companheiros do PT e a Frente Popular pela indicação do atual prefeito como candidato em 2008. Imaginei que ele desse continuidade a um projeto político-administrativo que promoveu importantes mudanças na cidade. Na eleição de 2008, apesar de enfrentar muita resistência ao nome do atual prefeito, no PT e na Frente, entendia que somando meu apoio, dos companheiros do partido e da aliança, poderíamos ganhar a eleição no primeiro turno.”

A LUTA
 
“Para sustentar o nome do prefeito, venci muitas dificuldades, inclusive o desejo legítimo de Humberto (Costa), Maurício (Rands), Pedro Eugênio e Fernando Ferro, e Luciano Siqueira, do PCdoB, que colocaram seus nomes. O processo de articulação envolveu, também, líderes da Frente, como o governador Eduardo Campos (PSB) e o presidente Lula, que apesar de defender o nome de Humberto, deixou a mim a responsabilidade na condução do processo. Então, a versão de que eu impus a Lula (o nome) não é verdade. Eu disse a ele que apoiaria quem ele quisesse, mas minha avaliação era essa (por João da Costa), e ele me disse: conduza o processo.”

O ROMPIMENTO
 
“Não há mistério no rompimento com o atual prefeito. O fato de alguém dar as costas a seus companheiros e aliados já é recorrente na história política. Quem me conhece sabe que não sou apegado a cargos. Sempre trabalhei pela formação de novos quadros. Não é verdade que eu queria continuar mandando na Prefeitura.”

PERSEGUIÇÃO
 
Seria natural que continuássemos desfrutando da confiança do atual prefeito e que déssemos todo o apoio político a ele para o êxito da gestão, e que continuássemos a fazer parte das reflexões sobre os desafios da continuidade da gestão. Mas, para isso acontecer, era preciso que houvesse a vontade política do atual prefeito de dar continuidade e de respeitar e confiar nas pessoas. Essas condições não aconteceram. Surpreendidos, em menos de seis meses de gestão, o atual prefeito se afastou do grupo (vencedor) e se distanciou (dos aliados).”

MÁ GESTÃO
 
"O atual prefeito assumiu o compromisso de dar continuidade ao projeto de duas gestões. Esse compromisso foi formalizado em um programa de governo, mas o prefeito eleito passou a dar prioridade a marcas pessoais. Não cumpriu os compromissos. Na medida em que se afastava do programa e das bases de sustentação, procurava compensar com publicidade. A gestão reunia todas as condições para dar certo e avançar, um projeto com aprovação de mais de 80% da população e com o apoio do governador Eduardo Campos e dos presidentes Lula e Dilma. A má gestão levou ao declínio da avaliação por excesso de centralização e lentidão das obras e administração. Falta diálogo com a equipe, os aliados e o povo.”

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