Polícia Civil divulgou
nesta quinta (15) balanço da Operação Corsário, que prendeu cinco
pessoas da Delegacia Anti-Pirataria
foto: Clemilson Campos / JC Imagem |
O balanço das investigações que resultou na prisão preventiva do
delegado Tiago Cardoso da Silva, junto com dois agentes de polícia, um
comissário e um escrivão da Delegacia Anti-Pirataria - envolvidos em um
esquema de corrupção, formação de quadrilha e comercialização de
produtos piratas - foi divulgado na tarde desta quinta-feira (15) na
sede da Polícia Civil de Pernambuco. A Operação Corsário foi comandada
pelo delegado Fernando José Souza Filho, da Delegacia de Crimes Contra a
Administração e Serviços Públicos (Decasp).
Desde janeiro de 2011, o delegado Tiago e
os outros integrantes da delegacia estavam sendo investigados, e, de
acordo com o secretário de Defesa Social (SDS), Wilson Damázio, foram
utilizadas técnicas de captação de imagens e áudio, que comprovam a
participação dos investigados. "São técnicas de vanguarda, bastante
modernas, e o inquérito está em andamento, ainda vamos investigar mais
pessoas envolvidas", disse.
"Eles tinham muito cuidado [para
comercializar os produtos], mas, ao mesmo tempo, tinham a certeza de que
não seriam punidos", disse o delegado Fernando. Havia recebimentos de
propina dentro da delegacia, além da utilização de contas de terceiros
para serem feito os depósitos.
Entre os materiais apreendidos pela
Delegacia Anti-Pirataria, estavam produtos anabolizantes, que o próprios
integrantes da delegacia utilizavam. "O delegado Tiago Cardoso
ostentava carros, apartamentos, terrenos que eram incompatíveis com o
salário dele. Ele tinha uma obsessão pela promoção de sua imagem e da
delegacia", afirmou Fernando.
A Polícia Civil conseguiu apreender uma
grande quantia de dinheiro, entre dólares, reais e yuan, dois veículos,
sendo um carro modelo Hilux e outro Palio Weekend; uma enorme quantidade
de mercadoria falsificada; um revólver calibre 38, sem registro, com 15
munições; computadores; cerca de 20 procedimentos policiais que
deixaram de ser remetidos à Justiça; Cocaína, 16 comprimidos de ecsatsy e
produtos anabolizantes, que estavam na casa do escrivão Walter Marano
de Hollanda Filho.
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