Na definição de nome
tucano em São Paulo, governador tenta evitar ser refém do PSD;
ex-governador, porém, admite acordo com sigla do prefeito
Sem a entrada do ex-governador José Serra na disputa pela Prefeitura
de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) investirá na aliança
com o DEM para não se tornar refém do acordo eleitoral proposto aos
tucanos pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD).
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A proposta de lançar o vice-governador Guilherme Afif Domingos como
candidato a prefeito pelo PSD, tendo um nome do PSDB na vice, ganhou
força entre aliados de Serra. Ontem o Estado divulgou que o
ex-governador já avisou à cúpula do partido que não será candidato na
eleição. Até então nome mais forte na disputa, ele pretende disputar a
Presidência em 2014.
Os aliados do ex-governador veem com bons olhos a candidatura do
secretário da Cultura, Andrea Matarazzo, que quer disputar prévias no
PSDB, mas trabalham ainda pelo acordo proposto por Kassab, que prevê
também o apoio do prefeito à reeleição de Alckmin em 2014. A avaliação é
que a aliança com o PSD dará discurso para o candidato tucano, qualquer
que seja ele.
O governador vê com desconfiança o acordo e quer garantir o apoio do
DEM para não ficar dependente da aliança com o PSD. Alckmin avalia que, sem Serra e sem a aliança com o DEM, crescerá a pressão para que aceite os termos do acordo com Kassab.
A prioridade de Alckmin, adiantam aliados próximos, é a aliança com o
DEM e não com o PSD de Kassab, o que é defendido pelo grupo próximo a
Serra.
A razão é pragmática, não ideológica: o DEM, além de parceiro
histórico, tem tempo de televisão. Kassab, desgastado pelos altos
índices de desaprovação à sua gestão, não pode oferecer esse ativo
eleitoral ao PSDB, pois o PSD não entrará na partilha dos minutos do
horário eleitoral gratuito com os demais partidos.
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