Eudes "A Emenda 29 atendeu exclusivamente a União" |
A regulamentação da chamada Emenda 29, que fixa os gastos mínimos da
União, dos estados e municípios com a saúde pública, feita pela
presidente Dilma Rousseff na semana passada não deve pôr fim a chiadeira
por mais recursos para a Saúde.
A lei aprovada em dezembro do ano passado pelo Congresso Nacional não
estabelece uma exigência para que a União eleve os seus gastos com
Saúde. Em contrapartida, a maior parte dos municípios tem arcado com uma
parcela cada vez maior no financiamento da saúde.
Os prefeitos das cidades sertanejas de Cabrobó, Eudes Caldas (PTB) e
de Arcoverde, Zeca Cavalcanti (PTB) não escondem a insatisfação com o
texto que foi sancionado. “Da forma como foi aprovada, a Emenda 29
atendeu exclusivamente a União que saiu com a menor fatia dos recursos
destinados a saúde. O município é o primo pobre e é quem mais tem que
despender recursos”, disse.
Zeca “Fiquei um pouco frustrado com os vetos” |
Para o prefeito de Arcoverde, a lei apenas
reafirma o que já se tinha, com os municípios tendo a obrigação de
investir 15% em Saúde. “Fiquei um pouco frustrado com os vetos da
presidente Dilma, aquilo que poderia ser diferenciado de ir pros estados
com uma maior responsabilidade do governo federal, foi vetado. Acho que
não muda muito coisa, foi mais uma frustração para os prefeitos, mas
que a gente tem que acatar”, avaliou Zeca Cavalcanti.
Como as gestões de Eudes Caldas e Zeca Cavalcanti já investem na
Saúde um percentual superior a 15%, a alternativa que enxergam é
aprofundar as parcerias, convênios e, quando possível os consórcios
municipais. “É enxugar a casa pra funcionar cada vez melhor, deixar o
pires bem arrumadinho pra levar a Brasília e falar com seu parlamentar
para conseguir repasses extras, convênios”, recomendou o prefeito de
Arcoverde.
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