Em reunião a portas fechadas, a Câmara aprovou dinheiro e carros extras para um grupo de deputados.
As medidas, que geram um gasto de, no mínimo, R$ 145,4 mil por ano para
os cofres públicos, foram discutidas pela cúpula da Casa ao longo do ano
passado e não precisaram passar pelo plenário para entrar em vigor.
A primeira mudança deu o direito a sete deputados de receber uma cota
adicional de R$ 1.244. Esses congressistas são líderes de partidos
nanicos, que têm menos de cinco deputados federais.
Dessas legendas, porém, cinco contam com apenas um deputado, o que
resulta, na prática, em mais dinheiro para um único congressista. E
nenhum deixa de receber o auxílio para o exercício da atividade
parlamentar, que varia de R$ 23 mil a R$ 35,5 mil por mês, de acordo com
o Estado de origem do deputado.
Além dessa cota, os deputados recebem salário de R$ 26,7 mil por mês e têm direito a R$ 60 mil para contratar funcionários.
O dinheiro deve ser usado com material de escritório, refeição e consultorias.
A segunda mudança permitiu que outros dois cargos da Câmara passassem a
ter, no final do ano passado, direito a um veículo próprio (modelo Ford
Fusion) enquanto seus ocupantes estiverem em Brasília: a deputada que
ocupa o cargo na Procuradoria da Mulher e o presidente do Conselho de
Ética, postos ocupados por Elcione Barbalho (PMDB-PA) e José Carlos
Araújo (PSD-BA).
Eles entram no grupo dos doze membros da Mesa Diretora, do ouvidor e do
procurador-geral da Casa, do secretário-geral e do diretor-geral, que já
tinham esse direito.
Para todos os deputados, a Câmara já disponibiliza até 30 litros de gasolina por dia.
Segundo a assessoria, o contrato com uma empresa que presta serviço de
motorista, incluindo de os ônibus e das ambulâncias, custa cerca de R$ 5
milhões e não sofrerá alterações por causa das mudanças.
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