Briga entre líderes do PT só faz aumentar


O presidente da EPTI, Dilson Peixoto, condenou abertamente a posição de João da Costa

A tentativa de acalmar os ânimos no PT pernambucano caiu por terra no último fim de semana com as declarações do prefeito do Recife, João da Costa (PT), de que sua gestão não traiu o projeto do partido. A afirmação aumentou ainda mais a crise na legenda, dando combustível a novas trocas de farpas entre as tendências que dominam o partido. Nesta segunda-feira (30), o presidente da Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal (EPTI), Dilson Peixoto, condenou abertamente a posição de João da Costa, de quem é adversário dentro do PT. Para Peixoto, o prefeito não está adotando a postura preconizada pelo estafe partidário.

“João da Costa quebrou o acordo de cavalheiros que fez com (o senador) Humberto (Costa), que conversou com ele para não falar mais sobre o assunto. Então, ele mesmo faz essa confusão e agora está todo mundo discutindo, quando o assunto deveria ter morrido”, declarou Dilxon Peixoto, repreendendo a atitude do prefeito.

Dilson abordou o assunto pela manhã em entrevista à Rádio Folha. À tarde, ao JC, ele disse estar preocupado com o cenário sucessório diante da movimentação do PTB para o lançamento de uma candidatura alternativa, mas reconheceu que essa situação foi gerada pela indefinição petista. O gestor entende que a troca do candidato petista poderá evitar a fragmentação da Frente Popular. ”Eu acho uma temeridade ir para a disputa com João da Costa, que tem reconhecidas fragilidades políticas e uma candidatura rival na Frente. Porque aí tem tudo para ir para o 2º turno, e é outra eleição, pode acontecer qualquer coisa. A situação é tão grave que não podemos ter preconceito com nenhuma candidatura”, sustentou para complementar: “Precisamos de um candidato que empolgue os partidos da Frente Popular porque, aí sim, aquele que sair com adesão e emoção leva no 1º turno”.

Toda a confusão que hoje toma conta do PT fez com que Dilson rememorasse a eleição que deu vitória a João da Costa, em 2008. Ele foi irônico ao comentar a separação política entre o prefeito e o antecessor. “Não quero me colocar contra João Paulo, mas não posso negar a história. Já vi situações onde ao longo do tempo o cara elege um prefeito e há uma ruptura mais à frente, mas no caso deles, aconteceu na metade do primeiro ano. É algo inédito”, disse. O JC tentou contato com o senador Humberto Costa, que preferiu não comentar o assunto, assim como o deputado federal João Paulo.

← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens mais visitadas