Jader Barbalho
(PMDB-PA) havia sido barrado pela Lei da Ficha Limpa.
Ele obteve 1.799.762
votos e entraria na segunda cadeira pelo estado.
Jader
Barbalho foi o segundo mais votado para o
Senado
pelo Pará nas eleições de 2010
(Foto:
Arquivo TV Globo)
|
O Supremo Tribunal Federal (STF) liberou nesta quarta-feira (14) o
registro de candidatura de Jader Barbalho (PMDB-PA), barrado pela Lei da
Ficha Limpa nas eleições de 2010. Mesmo considerado inelegível, Jader
Barbalho obteve 1.799.762 de votos e seria eleito em segundo lugar para
uma vaga no Senado.
Em outubro do ano passado, o STF decidiu que o registro de candidato do
político deveria ser negado com base na ficha limpa. Depois que o STF
derrubou a validade da Ficha Limpa para 2010, a defesa de Barbalho
recorreu pedindo que o peemedebista fosse liberado para tomar posse como
senador.
Diante de um empate no STF, no início de novembro, a análise do caso
foi interrompida. A pedido da defesa, nesta quarta-feira (14), o
plenário do Supremo autorizou o presidente da Corte, Cezar Peluso, a dar
o chamado voto de qualidade, desempatando o julgamento.
Nas eleições de 2010, Barbalho foi o segundo mais votado pelo estado do
Pará atrás do senador Flexa Ribeiro (PSDB). O terceiro mais votado foi
Paulo Rocha (PT). Jader Barbalho e Paulo Rocha acabaram barrados pela
Lei da Ficha e quem assumiu o mandato foi a senadora Marinor Brito
(PSOL).
Assim como Jader, Paulo Rocha também buscava na Justiça assumir o cargo.
De acordo com o advogado de Barbalho, Eduardo Alckmin, havia
necessidade de resolver a situação diante da possibilidade de que o
terceiro colocado na disputa pelo Senado no Pará, Paulo Rocha, pudesse
assumir uma cadeira no Senado.
“É uma condição absurda em que o perdedor iria para a cadeira e o
vencedor seria excluído dela. Aí acho que o ministro se sensibilizou e o
tribunal também. O regsitro dele [Jader Barbalho] está deferido", disse
Alckmin.
Empate no ano passado
Também diante de um empate, no ano passado, o STF manteve a decisão da Justiça Eleitoral que barrou a candidatura de Jader. A defesa do peemedebista tentou reverter a situação. Em março deste ano, o STF derrubou a validade da Lei da Ficha Limpa para as eleições do ano passado, e os advogados do candidato pediram que a Corte revisse a posição de manter Barbalho inelegível.
O deputado teve a candidatura questionada porque renunciou ao mandato
de senador, em 2001, para evitar um processo de cassação em meio às
investigações do caso que apurava desvios no Banpará e também por
denúncias de envolvimento no desvio de dinheiro da Superintendência de
Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Barbalho sempre negou
irregularidades.
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