Começou hoje (19) e vai até 27 de fevereiro a operação da Polícia
Rodoviária Federal (PRF) para reduzir o número de acidentes nas estradas
do país neste período de férias. Com apoio das polícias estaduais, a
Operação RodoVida irá cobrir 60 trechos, em 18 estados do país, que
respondem por 22% dos acidentes mais graves registrados pela
corporação.
“Em todo feriado e fim de ano há ações programadas, mas nunca houve um
nível de articulação entre os estados e a PRF. Sempre foram situações
desconexas. Agora, estamos planejados e vamos intervir em conjunto. Isso
vai nos permitir um enfrentamento dessa situação”, disse o ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo.
Cada um dos 60 trechos monitorados tem 10 quilômetros (km) de extensão.
Segundo levantamento feito pela PRF, todos têm uma característica em
comum: dão acesso a vias estaduais ou municipais. A ideia da Polícia
Rodoviária Federal é montar, com as autoridades de trânsito estaduais e
minicipais, barreiras de fiscalização simultâneas nas rodovias federais e
nas vias de acesso localizadas próximas dos pontos críticos.
Segundo Cardozo, os acidentes acontecem por três causas principais:
consumo de bebidas alcóolicas, uso inadequado e imprudente de
motocicletas e excesso de velocidade combinado com ultrapassagens
indevidas.
Os 600 km que serão cobertos pela operação registraram quase 700
acidentes com morte este ano. O trecho mais perigoso está no Pará, entre
os quilômetros 0 e 10 da BR 316, logo na saída de Belém. Em seguida,
estão os trechos entre os quilômetros 200 e 210 da BR 101, em Santa
Catarina, e os quilômetros 0 e 10 da BR 262, no Espírito Santo, na saída
de Vitória.
A PRF estima que o custo social dos acidentes nas rodovias federais
este ano somou R$ 7,9 bilhões, considerando os registros de janeiro a
setembro. A partir da experiência com a Operação RodoVida, Cardozo
espera que o modelo integrado de trabalho entre polícias rodoviárias
federais, estaduais e agentes de trânsito possa se repetir em outros
períodos do ano. “Esse é o nosso sonho e vamos começar por aquilo que
podemos fazer, colocando todos os nossos agentes na estrada”.
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