Preocupada
com execução do plano de crescimento do governo e com
desaquecimento da economia, presidente pretende que Gleisi, que será
candidata em 2014 no PR, comande infraestrutura
Insatisfeita com o ritmo do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC), a presidente Dilma Rousseff pretende transferir a gerência de
áreas de infraestrutura do plano - como rodovias, ferrovias e recursos
hídricos - da seara do Ministério do Planejamento para a Casa Civil.
Veja também:
Governo abandona transposição do São Francisco após eleição de Dilma
Militância feminista pressiona Dilma a manter ministério das Mulheres
2012 será melhor que 2011 no Brasil, promete Dilma ao receber prêmio
Governo abandona transposição do São Francisco após eleição de Dilma
Militância feminista pressiona Dilma a manter ministério das Mulheres
2012 será melhor que 2011 no Brasil, promete Dilma ao receber prêmio
Andre
Dusek/AE - 15/09/2011
A
presidente Dilma Rousseff com
Gleisi
Hoffmann e Míriam Belchior
|
Dilma avalia que o PAC é fundamental para pôr combustível na
economia - que parou de crescer no terceiro trimestre - e garantir taxa
de 5% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2012, impulsionada por
investimentos públicos. Há 17 dias, o secretário executivo da Fazenda,
Nelson Barbosa, admitiu que os investimentos do PAC, em 2011, não
contribuíram para acelerar o crescimento, nesse momento de crise
internacional. Levou uma bronca de Dilma.
As mudanças no programa, considerado uma das principais vitrines do
governo, devem ocorrer no ano eleitoral de 2012. A ideia de Dilma é
reforçar o perfil técnico da Casa Civil - comandada por Gleisi
Hoffmann, pré-candidata do PT ao governo do Paraná, em 2014 - e
desafogar o Planejamento, dirigido pela também petista Miriam Belchior.
A presidente está preocupada com a execução do PAC, definida como
muito baixa, e avalia que é hora de apertar o cerco sobre determinados
eixos, como o de transportes. Dilma não vai, porém, retirar toda a
coordenação do PAC do Planejamento, já que Miriam sempre foi seu braço
direito nessa tarefa.
No diagnóstico do Planalto, o Planejamento acabou ficando
"sobrecarregado", pois já cuida do Orçamento, da política do
funcionalismo público e do patrimônio da União.
O primeiro movimento para "aliviar" o ministério ocorreu no mês
passado, quando Dilma determinou que a Autoridade Pública Olímpica
(APO), responsável por coordenar as ações dos Jogos de 2016, passasse
do Planejamento para o Esporte.
Redesenho. Chamada de "mãe do PAC" no governo de
Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma decidiu redesenhar a Casa Civil, que
comandou de 2005 a 2010. Sob Antonio Palocci, que deixou a pasta em
junho, acusado de turbinar o patrimônio em 20 vezes, a Casa Civil
adquiriu feição mais política, e programas importantes, como o PAC,
foram despachados para o Planejamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário