O programa partidário do PSDB veiculado ontem em cadeia nacional de
rádio e TV resgatou o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
e, após cobranças internas na sigla, abriu espaço para o ex-governador
José Serra (SP). O senador Aécio Neves (MG), que já se apresenta como
pré-candidato à Presidência da República em 2014, foi escalado para
defender as administrações estaduais dos tucanos.
O programa foi produzido em meio a uma disputa interna devido à
propaganda veiculada pelo partido em São Paulo. O senador Aloysio Nunes
Ferreira reclamou publicamente, destacando que ele e Serra ficaram de
fora – o governador Geraldo Alckmin foi a principal estrela do filme.
A polêmica levou a direção nacional a escalar Serra para o programa
nacional, no qual ele falou por 1min22s. O Estado apurou, no entanto,
que parte da fala do ex-governador acabou cortada.
O tucano falava por aproximadamente mais 20 segundos, durante os
quais fazia uma conclusão do seu pronunciamento. Dirigia-se ao eleitor e
agradecia os votos recebidos na eleição presidencial. Esse trecho não
entrou.
O programa exibiu o tucano destacando ações do partido em diversas
áreas e criticando o governo federal. Serra disse apontar os erros para
ajudar o País. “Não se trata de fazer a crítica pela crítica. É que
fiscalizar, apontar o que está errado, ajuda o Brasil a melhorar”,
afirmou.
Com 1min53s, Aécio exaltou as administrações do PSDB. Afirmou que a
defesa de uma “gestão eficiente” tem por objetivo impedir o “desperdício
de dinheiro público e a corrupção”. E destacou o fato de os tucanos
governarem Estados com quase a metade da população brasileira.
Somente neste momento Alckmin aparece. No programa, foi reservada ao
governador aparição de apenas cinco segundos, nos quais ele visita obras
enquanto Aécio afirma que “em São Paulo, o governo do PSDB fez do
ensino profissionalizante uma referência para o Brasil”.
O programa enfatizou o PSDB como o maior partido de oposição e abriu
espaço para FHC defender seu governo, após o partido ter, por anos,
desconsiderado o legado do ex-presidente.
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