A Frente Popular deve ser mantida e plural, diz senador

O senador e presidente do PTB de Pernambuco, Armando Monteiro, se reuniu nesta segunda-feira (17) com o deputado federal e presidente do PT estadual Pedro Eugênio. Na pauta da conversa, a unidade da Frente Popular. 

As duas lideranças buscaram minimizar questões como o ingresso de Odacy Amorim no PT e o caso de Serra Talhada, em que Dr. Fonseca deixou o PSB para ingressar no PTB. "Temos compromissos com a manutenção desta Frente, que foi feita porque dá suporte a um projeto que vem mudando a vida de Pernambuco para melhor", afirmou Armando Monteiro. Após a conversa, Armando e Pedro concederam entrevista coletiva. Confira os principais trechos:

OBJETIVO DA CONVERSA

Pedro Eugênio – Entre nós não tem havido nenhum fogo. Nós temos tido sempre um diálogo bastante tranquilo. Nós já tínhamos há algum tempo a previsão de iniciarmos esta conversa, passado este prazo do dia 07 (último dia para filiações para quem pretende concorrer por um partido em 2012). Estamos cumprindo este planejamento. Então analisamos o quadro político, vimos a importância de mantermos uma Frente que tem uma história de sucesso e que tem dado bons resultados tanto eleitorais, como foi na última eleição, quanto tem como razão de existir uma missão de construir, tanto no Estado como na sua correspondência nacional, um processo de transformação que vem dando certo, realizando coisas reais e objetivas que tem beneficiado a população. Quer dizer, não é uma aliança eleitoral, é uma aliança que tem dado frutos reais em relação à vida das pessoas.

Armando Monteiro – Eu acho que, primeiro, a iniciativa de Pedro Eugênio deve ser entendida como uma disposição que ele afirma, e que nós reconhecemos, com os compromissos e as responsabilidades que temos, com a manutenção desta Frente, que não foi feita ou criada apenas para atender a interesses eleitorais episódicos. Ela foi feita porque dá suporte a um projeto que vem mudando a vida de Pernambuco para melhor, como Pedro disse. Então nós temos responsabilidades, que é preservar a Frente.

PETROLINA E SERRA TALHADA

Pedro Eugênio – Nós do PT temos absoluta convicção, e nossos partidos aliados sabem disso, que nestes dois processos (Petrolina e Serra Talhada) nós não agimos no sentido de atrair os quadros políticos para o PT. Ocorreram fatos que fizeram com que eles tomassem a decisão de sair de seus partidos de origem, respectivamente do PSB em Petrolina e do PR em Serra Talhada. E a partir desta decisão já tomada solicitaram o ingresso no PT. É evidente que, localmente, mesmo seguindo-se este roteiro, surgiram atritos, surgiram insatisfações. Mas a verdade tem muita força e nós temos absoluta convicção de que não nos faltou lealdade para com os partidos que são nossos aliados. E isto então tende a se acalmar, tende a passar.

Armando Monteiro - Primeiro há o momento da filiação. Porque quando há lideranças expressivas que se movimentam no sentido de sair de um partido e ir para outro, é claro que isto já sinaliza a disposição de pré-candidatura. Mas o fato é que candidaturas só existirão nas convenções. Há um longo tempo para que você construa ou que faça um exercício para tentar fazer composições onde for possível. Nos episódios que aparentemente tensionaram a relação não identifico, nem no processo de Petrolina nem no de Serra Talhada, nenhuma ação indevida do PT. Há, sim, contradições nos partidos de origem, que já se expressavam, já estavam indicadas. No caso, por exemplo, de Petrolina nós sabemos que desde 2008 há problemas no PSB, que ao final terminaram até traduzindo-se no próprio resultado eleitoral, que ocorreu na eleição passada. Então estas contradições não são novas, nem foram criadas agora por conta de um convite do PT, que nem existiu. Agora, as lideranças devem ter a liberdade de procurar os seus caminhos. E, curiosamente, nestes casos, nós estamos tendo sempre como destino partidos da própria aliança, da própria Frente.

CONVERSA COM O PSB

Pedro Eugênio – (A conversa com o PSB) será tranquila também. Nós estamos já estamos agendados com Milton Coelho na sexta-feira. Eu falei com ele por telefone longamente, eu estava em São Paulo quando conversei com ele agendando para a sexta-feira. Só não agendei antes porque ele viajou para São Luís, cumprindo uma agenda partidária, e eu viajo amanhã para Brasília, e ele só volta na quinta, então só deu pra agendar na sexta-feira. Nós não definimos ainda o local. Mas será ou no PT ou no PSB. E eu acredito que será tranquila também, será uma conversa tranqüila porque as questões de conflitos que existem, repito, são questões pontuais, que surgiram por conta desse processo municipal e que nós vamos administrar da mesma forma que estamos administrando com os outros partidos.

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