Chuvas matam três e afetam mais de 667.000 pessoas


Dezesseis cidades estão em estado de emergência e uma decretou calamidade. Mais de 47.000 moradores perderam tudo ou tiveram que abandonar as casas

O estado de Santa Catarina está parcialmente submerso. Já são três mortos em decorrência das chuvas, segundo a Defesa Civil. De acordo com o último balanço, divulgado às 12 horas desta sexta-feira, 71 municípios foram atingidos por enxurradas, deslizamentos de terra ou alagamentos. Ao todo, 667.166 pessoas foram afetadas ─ 34.927 tiveram que abandonar suas casas e 12.902 perderam as residências. No total, 47.829 estão sem abrigo próprio. Mais de 8.000 lares foram danificados pelas águas.


Dezesseis municípios decretaram estado de emergência: Alfredo Wagner, Angelina, Bocaina do Sul, Brusque, Caçador, Correia Pinto, Ituporanga, José Boiteux, Leoberto leal, Navegantes, Pouso Redondo, Rio das Antas, Rio dos Cedros, São João Batista, Tijucas e Witmarsum. Até agora, uma cidade, Rio do Sul, decretou estado de calamidade pública.

Na madrugada desta sexta-feira, Valdemiro Carminatti, de 66 anos, morreu enquanto tentava consertar o telhado de sua casa, em Guabiruba. A estrutura desabou. Outras duas mortes ocorreram em Rio do Sul. No microblog Twitter, moradores do município afirmaram que um homem navegava numa canoa quando o remo tocou um fio elétrico desencapado. De acordo com as mensagens, o homem morreu eletrocutado.

As chuvas vêm se intensificando desde o último fim de semana. Segundo previsões, o mau tempo deve continuar no estado. Os volumes pluviométricos devem aumentar ainda mais entre o fim da tarde desta sexta-feira e a madrugada de sábado. A região do Vale do Itajaí é a que mais preocupa. Há risco de o rio Itajaí-Açu transbordar nesta sexta-feira e produzir alagamentos em 80% da cidade de Itajaí, segundo a Defesa Civil.

Doações ─ O município de Itajaí já começou a receber doações para os afetados pelas chuvas. De acordo com a Defesa Civil Municipal, "apenas doações de gêneros alimentícios não perecíveis, água e colchões serão aceitos". O Exército organiza o recebimento dos produtos. Por falta de logística, os agentes do município ressaltaram que, por enquanto, não é possível receber roupas. As doações serão distribuídas por funcionários da prefeitura e soldados do Exército nos bairros afetados.

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