Aécio diz que vai procurar PMDB para fazer aliança em Minas Gerais

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta sexta-feira, 26, que irá procurar o PMDB de Minas Gerais para discutir uma possível aliança. Na quinta-feira, 26, o PMDB mineiro anunciou o fim da parceria com o PT. Lideranças do PMDB mineiro afirmaram que o partido está sendo excluído das discussões para a sucessão do prefeito Marcio Lacerda, que é do PSB e foi eleito com o apoio do PT e do PSDB. Apesar disso, Aécio avaliou que o PMDB deve ter ficado incomodado com a maneira como o PT faz oposição ao governador Antonio Anastasia (PSDB). Aécio está em São Paulo nesta sexta, onde participa de seminário sobre a Frente Parlamentar de Adoção, na FMU, em São Paulo.

“Nós temos uma relação histórica com muitos setores do PMDB. O que nós percebemos é que o PMDB estava incomodado com a forma como o PT fazia oposição em Minas Gerais. O governador Anastasia conduz o Estado na nossa sucessão, de forma extraordinariamente correta, com altíssimos níveis de aprovação, e nós vamos incorporar os setores do PMDB que queiram participar desse grande esforço em Minas Gerais que vem ocorrendo no nosso governo”, afirmou.

Questionado ainda sobre uma possível candidatura de José Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo, o senador esquivou-se: “Eu sou mineiro, eu tenho juízo.”

O tucano também foi questionado sobre a denúncia do Estado desta sexta, de que o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT), usou avião de empresa para ir a reunião do PT. ‘Está difícil acompanhar’ os escândalos, afirmou. Segundo o senador, “o que nós temos observado ao longo dos últimos anos é que PT institucionalizou uma prática, eu não conheço esse caso específico, mas eu falo de um modo geral que o público e o privado se confundiram. Não há um discernimento claro do que é público e do que é privado e eu acho que essa é a razão pela qual nós estamos assistindo essa série de problemas e de escândalos.”

Ainda de acordo com ele, mais do que a “faxina”, é preciso que aqueles velhos valores retomem ao convívio, não apenas do PT, mas de todos os partidos.”

“O escândalo de hoje faz esquecer o de ontem”

Questionado sobre por que a oposição não leva adiante as denúncias, Aécio afirmou que a oposição age dentro do possível, mas que é minoritária. “Nós temos um limite para nossa ação”, declarou. “Temos buscado em todos os momentos os instrumentos institucionais que a sociedade nos oferece, Procuradoria-Geral, TCU em muitos casos, quando se trata de investimentos, alertá-los. Estamos novamente indo à PGR sobre a questão relativa à ministra-chefe da Casa Civil. É preciso que haja também mobilização por parte da sociedade.  É preciso que os órgãos que tem a função de investigar atuem com vigor. É preciso que a sociedade acompanhe isso mais de perto. O que estamos vendo é que o escândalo de hoje faz com que se esqueça o escândalo de ontem e o de amanhã faz com que se esqueça o de hoje”, acrescentou.

Refutou a tese de que basta derrubar o ministro para que o escândalo acabe. “Claro que não. É preciso que todas essas investigações tenham sequencia”, afirmou. “O simples afastamento de um titular é muito pouca coisa, é preciso que se puna quem efetivamente fez uso indevido do dinheiro público”, disse.

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