Com 265 votos pela absolvição, Câmara mantém mandato de Jaqueline Roriz

O Plenário absolveu a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) das acusações do Psol de quebra do decoro parlamentar, segundo a Representação 1/11. Apesar dos 166 votos a favor da cassação, seguindo o parecer do relator Carlos Sampaio (PSDB-SP) aprovado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, esse total não foi suficiente para declarar a perda do mandato. Para isso, o Regimento Interno determina a necessidade de 257 votos a favor da cassação (maioria absoluta). Houve 265 votos contra a perda. Outros 20 deputados se abstiveram.

Jaqueline Roriz foi flagrada em vídeo, em 2006, recebendo um maço de dinheiro de Durval Barbosa, pivô do escândalo que levou à prisão o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda. O processo contra a deputada foi aprovado pelo Conselho de Ética em junho deste ano, por 11 votos a 3.

Antes da votação, a deputada estava confiante no resultado. “Tenho certeza de que hoje vou resgatar plenamente minha capacidade política. Sei que esta não é uma Casa de condenações sumárias”, afirmou.

Ela reafirmou a tese da defesa de que não poderia ser condenada por ato cometido antes do início do mandato. “Em 2006, eu era uma cidadã comum, não era deputada nem funcionária pública. Portanto, não estava submetida ao Código de Ética da Câmara”, argumentou.
A deputada também reclamou da mídia, que a teria condenado “sem chance de defesa”. Ela citou o fato de que foi inocentada pelo Conselho de Ética da denúncia de uso irregular de verba indenizatória da Câmara. “A imprensa divulga em letras garrafais a suposta irregularidade. A minha inocência, entretanto, foi citada apenas em algumas meras notas de jornais”, afirmou.

Mensalão

Ao defender a cassação de Jaqueline Roriz (PMN-DF), o relator do processo disciplinar contra a deputada, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), lembrou que ela recebeu dinheiro originado de propina oferecido pelo pivô do escândalo do mensalão do Distrito Federal, Durval Barbosa. Ele ainda criticou a atitude de Jaqueline Roriz diante de colegas também flagrados em vídeo recebendo dinheiro de Durval, como a ex-distrital Eurides Brito, cassada em 2010.

“Quanta desfaçatez, chamar de cara de pau, de mau caráter, dizer que a cidade sangra por alguém que cometeu a mesma conduta [Eurides Brito] valendo-se apenas do privilégio de que as imagens não teriam sido divulgadas à época”, disse Sampaio.

O relator também ressaltou que não fazia sentido dizer que a cassação de Jaqueline Roriz abriria um precedente contra parlamentares eleitos pelo fato de que a conduta da deputada só veio a público depois de ela já estar no exercício do mandato.

Para ele, não se tratava de reexame e o decoro que se pretendia resguardar era o do Parlamento. Portanto, não caberia ao Congresso “dividir” o ônus das condutas da parlamentar. “Isso não é postura digna de quem faz parte do Parlamento. Não estamos falando de caixa dois, mas de dinheiro que veio de um dos maiores esquemas de corrupção do País”, disse.

Sampaio disse que contaria com o apoio do próprio partido, o PSDB, e admitiu que Jaqueline poderia ser beneficiada com a absolvição por conta do voto secreto. “Aqui alguns deputados podem, sob o manto do voto secreto, absolvê-la, e a gente espera que a Casa saiba que o meu parecer é em favor do Parlamento”, disse.

Fatos anteriores

O advogado da deputada, José Eduardo Alckmin, voltou a afirmar no Plenário que fatos ocorridos antes do mandato não poderiam ser causa para cassação de um parlamentar por falta de decoro. Ele também frisou que essa não era uma defesa particular da deputada, mas de todos os mandatos. “Se ficar entendido que podem rever fatos de uma vida inteira sobre os deputados, pode haver perseguição política”, disse.

Ele citou o parecer elaborado pelo ex-deputado José Eduardo Cardozo, hoje ministro da Justiça, no caso contra o ex-deputado Raul Jungmann. Em 2007, Cardozo pediu o arquivamento do processo porque os fatos ocorreram quando o acusado não era deputado federal.

Jungmann era acusado de irregularidades em sua gestão como ministro do Desenvolvimento Agrário no governo Fernando Henrique Cardoso. “É exatamente o que está acontecendo agora, não há qualquer diferença”, disse.

Alckmin leu trechos do relatório em que Cardozo classifica o caso de Jungmann como uma “estranha forma de retroatividade punitiva”. Segundo o voto, uma pessoa não pode ser julgada por um Código de Ética de uma atividade que ainda não exercia na época da irregularidade.

Fonte: Agência Câmara Notícia

Na terra de Lula, Dilma promete acabar concentração de médicos em regiões mais ricas do Brasil

Em um discurso que demorou cerca de meia hora, durante a aula magna do primeiro curso de medicina da Universidade de Pernambuco, em Garanhuns, região Agreste do Estado, a presidente Dilma prometeu como novo desafio de sua gestão o combate à falta de médicos nas regiões mais pobres, como o Nordeste, e anunciou ainda que até outubro o Ministérios da Educação e Saúde lançarão um programa nacional do ensino médico com a meta de ampliar o número de alunos de medicina em todo o País.

A presidente disse que a meta do programa é formar 4,5 mil novos médicos ao ano, principalmente fora dos grandes centros, em regiões menos desenvolvidas, com a interiorização dos cursos de medicina.

"Em todo o Brasil, temos falta de médicos. No Nordeste, entretanto, a crise é mais aguda. Temos 28% da população, mas apenas 17% dos médicos", comparou a presidente.

"Os brasileiros dos pequens municípios tem direito a saúde de qualidade e eu espero contar com os profissionais que vocês serão em beve neste desafio", apelou.

No discurso que fez durante a aula inaugural, Dilma convidou os alunos a criarem laços com as regiões onde vão estudar. "Namorem, casem, se estabeleçam aqui e ajudem a transformar esta cidade em um pólo de excelência em saúde. Nós seremos capazes e o interior do Brasil precisa de mais médicos".

No mesmo discurso, Dilma chegou a citar Lula para apelar aos jovens universitários. "Vocês são parte da transformação do Brasil. O cenário de desigualdade está mudando. Vamos combater a insuficiência de médicos. Não vamos medir esforços. O menino que deixou Caetés em 1952 e tornou-se presidente teria muito orgulho de estar aqui oje. Ele valoriza a educação das pessoas"

Para mudar a realidade que ela mesma retratou, Dilma prometeu vantagens para os novos médicos. Os estudantes inicialmente terão desconto no Fies e uma maior pontuação em residência se aderirem à carreiras incentivadas pelo SUS. Ela prometeu ainda que os cursos de graduação no interior não ficarão sem residência médica.

O discurso foi essencialmente técnico, embora a presidente tenha se dado a luxo de fazer com as mãos o coração que usava na campanha eleitoral.

Na parte mais política, em que nem de longe lembrou o ex-presidente Lula, Dilma lembrou estudo recente do IBGE mostrando que houve uma inversão no fluxo migratório, em busca de oportunidades no Nordeste, economia que mais cresce no país.

Lagoa Grande: Correspondências indicam supostos acordos para desvio de verbas de emenda parlamentar


Mais uma grave acusação de desvio de verbas entra para a briga entre situação e oposição no município de Lagoa Grande/PE.

Nesta terça-feira (30), o vereador Dotor de Iolanda (PSB) mostrou à reportagem do programa Nossa Voz da Grande Rio FM, cinco e-mails e um ofício de gabinete parlamentar que indicam uma suposta negociação entre o vereador Josildo João de Souza (PTB) e assessores do ex-deputado federal Marcos Antônio – popularmente conhecido como Negrão Abençoado, então do PRP – para desvio de 20% de uma emenda parlamentar de R$ 1.250.000,00 e 6% de outra, no valor de R$ 750.000.

Totalizando os valores do acordo, cerca de R$ 295 mil ficariam com o edil e R$ 35 mil seriam pagos ao congressista pelo negócio.

O edil socialista não explicou como conseguiu os e-mails, mas descartou qualquer possibilidade de que sejam forjados. “Caíram em minhas mãos”, desconversou. Segundo ele, a revelação serve para mostrar que assim como ele declarou na última terça-feira (23) no programa Nossa Voz, ele tem as provas de todas as acusações que vem fazendo contra Josildo e que esses e-mails eram apenas algumas amostras das irregularidades cometidas dentro do governo Rose Garziera. “Eu mato a cobra e mostro o pau”, reforçou.

Dotor de Iolanda também se defendeu das acusações de que teria retirado R$ 220 mil da conta da Prefeitura em benefício próprio durante o período em que foi gestor da cidade, por cerca de 45 dias.


Eu apenas retirei o dinheiro da conta e coloquei em outra da Prefeitura, do Fundo de Participação dos Municípios. É um procedimento comum, não fiz nada de errado. Ele quis dizer que eu embolsei o dinheiro, mas eu coloquei a verba toda de volta – como mostrou seu site”, justificou-se, porém, sem mostrar nenhuma prova de que realmente teria transferido o dinheiro.

Correspondência

No primeiro e-mail, Josildo teria escrito a Luiz Martins em 20/12/2010 relembrando uma conversa tida anteriormente em Juazeiro, propondo o acordo citado.

Em uma segunda correspondência, Josildo teria explicado como funcionaria o negócio. 

Em 26 de janeiro de 2011, Walter de Moura Martins Barboza teria enviado o terceiro e-mail com a emenda do deputado Marcos Antônio, que teria sido mandada por Aurílio Paixão.
 
Em correspondência de Aurílio Paixão, também datada de 26/01/2011, ele indica o envio de um ofício assinado pelo deputado faz questão de frisar a expectativa de que Josildo cumpra sua parte no acordo, estabelece prazos e ainda faz menção a uma terceira pessoa, que teria o poder de cancelar o acordo caso o combinado não fosse feito. “me desculpe não sou eu que falei isto e sim ele” (sic), enfatizou. 

O ofício nº 013/2011 – assinado e protocolado – pede autorização ao Ministério do Turismo que aloque os R$ 1.250.000,00 do Orçamento da União referente à emenda nº 24580007, funcional programática nº 23.695.1166.10VO – Apoio a Projetos de Infraestrutura Turística no município de Lagoa Grande.
 
Por fim, Dotor de Iolanda apresentou a suposta cópia de outro e-mail enviada em 07/02/2011 pelo vereador Josildo para Josy Medrado, pedindo-a que inclua a emenda no SICONV (Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse) para pavimentação no bairro da Estátua e distrito de Vermelhos.

O edil socialista não explicou como conseguiu os e-mails, mas descartou qualquer possibilidade de que sejam forjados. “Caíram em minhas mãos”, disse em entrevista ao Nossa Voz.

Pretexto para 2012”

O ex-deputado Federal Marcos Antônio, agora do PMN, negou em entrevista por telefone qualquer contato com Josildo ou possíveis entendimentos no envio da emenda a Lagoa Grande, destacando que o recurso nem chegou a ser empenhado. “Como é que você pagaria algo que nem foi empenhado? Deputado cobrar algo por emenda, é ilegal e todo mundo sabe disso! Isso é uma brincadeira de mau gosto, talvez seja um pretexto para 2012. É um mexerico da candinha! Isso não procede”, destacou.

Negrão Abençoado, que também é cantor gospel, confirmou apenas o nome de Aurílio Paixão como seu assessor em Brasília. “Nunca esteve nenhum Luiz Martins e nenhum Wagner Barbosa em meu gabinete. Agora se há intervenção da minha assessoria, apenas delibero para o município. Qualquer deputado, senador, tem sua assessoria. Só sei que eu deliberei, agi de forma correta, facultei minhas emendas e mandei não apenas para Lagoa Grande, mas R$ 1 milhão para a AACD, para Quipapá e entre outros municípios, sem nenhum problema. Fui interrogado por isso e responderei conforme a Lei. Mas existe algo ilegal em mandar emenda ao município?”, destacou.

O ex-parlamentar ainda criticou a atitude do vereador Dotor de Iolanda. “O que não aceito é um vereador possa interferir numa situação que não é de sua área. Em primeiro lugar, para ser doutor, tem que fazer doutorado. Falando em linguagem de doutor: é antiético para um homem interferir numa área em que ele não tem conhecimento. Fui deputado, eu nunca fui vereador. Eu acho que ele tenha que cuidar da sua cidade. Eu não sou ibope e nunca usei melancia na cabeça. Eu acho que isso é falta de ética até porque o pressuposto é incerteza”, finalizou.

Esclarecimentos

Em contato telefônico com a redação do Nossa Voz, o vereador Josildo João negou todas as denúncias e alega que deverá responder as acusações de Dr. de Iolanda quando retornar de sua viagem a Brasília.
 
Fonte da informação: http://www.granderiofm.com.br


Mensalão pode prescrever na próxima semana

Passados quatro anos do recebimento da denúncia contra 40 suspeitos de envolvimento no mensalão, o crime de formação de quadrilha, espinha dorsal da denúncia, pode prescrever na próxima semana. Para que este crime não saia impune, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) terão de aplicar penas para os acusados pelo crime de quadrilha superiores a dois. Se a pena não ultrapassar dois anos, os acusados estarão livres desse crime. 

São acusados do crime de formação de quadrilha, por exemplo, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, apontado pelo Ministério Público como o chefe do grupo, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-presidente do PT José Genoino. Além deles, há outros 19 réus que responderão pelo mesmo crime.

A pena prevista no Código Penal para o crime de formação de quadrilha varia de 1 a 3 anos de reclusão. Inicialmente, os ministros precisam julgar haver provas suficientes para confirmar a existência da quadrilha e a participação de cada um dos acusados. Ministros do STF, em caráter reservado, avaliam que será difícil obter provas suficientes contra todos. As informações foram dadas por ministros do Supremo e advogados.

Caso confirmem a prática do crime, os ministros estabelecerão qual será a pena aplicada a cada um dos condenados. Os ministros deverão considerar os antecedentes de cada um, a conduta social, as circunstâncias e consequências do crime. Além disso, deverá levar em consideração qual será a sanção necessária para reprovar e prevenir a repetição da prática do crime.

Nesse cálculo, parte dos réus pode ser beneficiada com a prescrição em razão da posição que ocupavam no esquema cuja existência foi apontada pela Procuradoria-Geral da República. Se encontradas provas da participação de peças consideradas chave do esquema, como José Dirceu e José Genoino, estes poderão receber penas maiores em razão das posições que ocupavam na época. 

Se aplicada uma pena inferior a dois anos, o crime estará prescrito. De acordo com a legislação, o crime estaria prescrito, contados quatro anos após o recebimento da denúncia pelo Supremo. Para penas superiores a dois anos, o prazo de prescrição subiria para oito anos. Nesse caso, o crime não estaria prescrito quando a ação penal for levada a julgamento o que pode ocorrer no próximo ano.

Presidente da Câmara usou avião de plano de saúde para ir a reunião do PT

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), usou aviões particulares para viajar nos fins de semana pelo País. No sábado passado, ele embarcou em um avião e um helicóptero da Uniair, empresa de transporte aéreo da Unimed do Rio Grande do Sul - seu reduto eleitoral -, para participar de eventos partidários do PT nas cidades gaúchas de Erechim e Gramado. 



Marco Maia afirmou que pagará pela viagem
(Foto: Andre Dusek)
Procurado pelo Estado nesta quinta-feira, 25, cinco dias após a viagem, Marco Maia admitiu que o voo não foi pago. Questionado sobre a origem do dinheiro que vai cobrir o gasto, afirmou que bancaria a viagem com o próprio salário. “Eu ganho bem”, disse. 

Na entrevista gravada, Maia garantiu que o voo do fim de semana no avião da Unimed foi o primeiro fretado por ele no ano. “Foi a primeira vez que utilizei um voo particular”, disse. 

Horas depois, o presidente da Câmara foi obrigado a mudar a versão após a reportagem confirmar que ele também viajara num avião particular, no dia 4 de junho, de Brasília para Goiânia para assistir ao jogo da seleção brasileira de futebol contra o time da Holanda. De lá, seguiu na mesma aeronave para Porto Alegre. “Foi um voo privado dele como cidadão”, respondeu a assessoria de imprensa do presidente.

Num primeiro momento, Maia afirmou “não se lembrar” do nome da empresa contratada nem o valor pago pelo voo do jogo da seleção. Diante da insistência da reportagem, informou que o serviço fora prestado pela Ícaro Táxi Aéreo. 

Segundo a empresa, o trecho Brasília-Goiânia-Porto Alegre voado por Maia custa entre R$ 30 mil e R$ 45 mil, a depender do avião. Na declaração de bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2010, Maia disse ter um patrimônio de R$ 342 mil. Ou seja, o pagamento do frete do avião corresponderia a aproximadamente 13% de seu patrimônio.

Resolução endurece regras para uso de verbas da educação

Entram em vigor amanhã (27) as regras do decreto assinado em junho pela presidenta Dilma Rousseff que tornam mais duras as normas para o uso de verbas federais da educação e da saúde por estados e municípios.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) publica na edição de hoje (26) do Diário Oficial da União resolução que regulamenta essas mudanças, entre elas a proibição do uso de cheques para pagar fornecedores. O objetivo é fazer com que as movimentações financeiras sejam feitas quase todas por meio eletrônico – o que permite maior controle dos gastos.

A resolução abrange os principais programas de transferência de recursos do governo federal para prefeituras e governos estaduais na educação, entre eles os que ajudam a financiar a merenda e o transporte escolar, além dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O dinheiro é depositado em uma conta específica, que agora deverá ser em bancos federais – a Caixa Econômica e o Banco do Brasil.

Para apenas dois programas deles será permitido sacar o dinheiro: o Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate) e o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Ainda assim, os saques são para ocasiões excepcionais e estão restritos ao total de R$ 8 mil ao ano.

“Esses saques vão propiciar essa transição de tirar a figura do cheque da movimentação porque não podemos também engessar o processo. Ainda temos alguns prestadores de serviço que não têm conta bancária. Por exemplo, um barqueiro que recebe dinheiro da prefeitura para transportar os alunos de um vilarejo a outro”, explica Gina Loubach, coordenadora de Execução e Operação Financeira do FNDE.

O Pnate transfere recursos a municípios e estados para apoiar o custeio do transporte escolar. Já o PDDE repassa quantias menores direto às escolas para pequenas compras de material ou gastos com reparos na estrutura física da unidade. Os saques feitos até o limite de R$ 8 mil ao ano deverão ser justificados na prestação de contas. Outra novidade da resolução é que o FDNE passará a publicar na internet os extratos bancários mensais dessas contas que são utilizadas para repasse de recursos da União. A previsão é que os dados estejam disponíveis a partir de outubro. 

“Isso torna o processo mais transparente porque não vai depender da autorização da prefeitura essa divulgação. Será uma ferramenta de fiscalização que poderá ser utilizada por qualquer cidadão. No extrato ele poderá ver o que o estado ou município está gastando e com quem”, acrescenta Gina.

Aécio diz que vai procurar PMDB para fazer aliança em Minas Gerais

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta sexta-feira, 26, que irá procurar o PMDB de Minas Gerais para discutir uma possível aliança. Na quinta-feira, 26, o PMDB mineiro anunciou o fim da parceria com o PT. Lideranças do PMDB mineiro afirmaram que o partido está sendo excluído das discussões para a sucessão do prefeito Marcio Lacerda, que é do PSB e foi eleito com o apoio do PT e do PSDB. Apesar disso, Aécio avaliou que o PMDB deve ter ficado incomodado com a maneira como o PT faz oposição ao governador Antonio Anastasia (PSDB). Aécio está em São Paulo nesta sexta, onde participa de seminário sobre a Frente Parlamentar de Adoção, na FMU, em São Paulo.

“Nós temos uma relação histórica com muitos setores do PMDB. O que nós percebemos é que o PMDB estava incomodado com a forma como o PT fazia oposição em Minas Gerais. O governador Anastasia conduz o Estado na nossa sucessão, de forma extraordinariamente correta, com altíssimos níveis de aprovação, e nós vamos incorporar os setores do PMDB que queiram participar desse grande esforço em Minas Gerais que vem ocorrendo no nosso governo”, afirmou.

Questionado ainda sobre uma possível candidatura de José Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo, o senador esquivou-se: “Eu sou mineiro, eu tenho juízo.”

O tucano também foi questionado sobre a denúncia do Estado desta sexta, de que o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT), usou avião de empresa para ir a reunião do PT. ‘Está difícil acompanhar’ os escândalos, afirmou. Segundo o senador, “o que nós temos observado ao longo dos últimos anos é que PT institucionalizou uma prática, eu não conheço esse caso específico, mas eu falo de um modo geral que o público e o privado se confundiram. Não há um discernimento claro do que é público e do que é privado e eu acho que essa é a razão pela qual nós estamos assistindo essa série de problemas e de escândalos.”

Ainda de acordo com ele, mais do que a “faxina”, é preciso que aqueles velhos valores retomem ao convívio, não apenas do PT, mas de todos os partidos.”

“O escândalo de hoje faz esquecer o de ontem”

Questionado sobre por que a oposição não leva adiante as denúncias, Aécio afirmou que a oposição age dentro do possível, mas que é minoritária. “Nós temos um limite para nossa ação”, declarou. “Temos buscado em todos os momentos os instrumentos institucionais que a sociedade nos oferece, Procuradoria-Geral, TCU em muitos casos, quando se trata de investimentos, alertá-los. Estamos novamente indo à PGR sobre a questão relativa à ministra-chefe da Casa Civil. É preciso que haja também mobilização por parte da sociedade.  É preciso que os órgãos que tem a função de investigar atuem com vigor. É preciso que a sociedade acompanhe isso mais de perto. O que estamos vendo é que o escândalo de hoje faz com que se esqueça o escândalo de ontem e o de amanhã faz com que se esqueça o de hoje”, acrescentou.

Refutou a tese de que basta derrubar o ministro para que o escândalo acabe. “Claro que não. É preciso que todas essas investigações tenham sequencia”, afirmou. “O simples afastamento de um titular é muito pouca coisa, é preciso que se puna quem efetivamente fez uso indevido do dinheiro público”, disse.

Dilma e Eduardo fecham obras para evitar cheias em Pernambuco

Eduardo Campos e Dilma Rousseff fecharam hoje (26/08) a agenda da visita administrativa da presidenta a Pernambuco na próxima terça-feira (30). Governador e presidenta vão dar início a obras que vão proteger a população da Mata Sul pernambucana de enchentes como as que causaram devastação nos últimos dois anos.

A presidenta deve chegar ao estado por volta das 10h. Seu primeiro compromisso será em Cupira, cidade do Agreste pernambucano a 168 km do Recife. Eduardo e Dilma vão dar a Ordem de Serviço para a construção de duas barragens e assinam o convênio do Programa de Financiamento de Contrapartida das Obras do PAC (CPAC I).

 As barragens de Panelas II e Gatos fazem parte do Plano de Contenção de Enchentes do Governo do Estado e serão as primeiras a sair do papel. Juntas, vão custar R$ 65 milhões, dos quais R$ 50 milhões serão bancados pela União e o restante pelo Estado. Os convênios entre Estado e União para a construção dos dois reservatórios foram assinados em maio deste ano.

Já o Programa de Financiamento de Contrapartida das Obras do PAC será financiado pela Caixa Econômica Federal e prevê investimentos de R$ 300 milhões na construção de 15.622 unidades habitacionais espalhadas em 23 municípios do Agreste e da Zona da Mata pernambucana. O valor prevê gastos com obras de terraplenagem, acesso e infraestrutura dos condomínios, voltados para moradores atingidos pelas chuvas dos últimos anos.

 Serão construídos 39 conjuntos habitacionais nos municípios de Agrestina, Água Preta, Altinho, Barra de Guabiraba, Barreiros, Belém de Maria, Bezerros Caetés, Catende, Correntes, Escada, Gameleira, Jaqueira, Joaquim Nabuco, Jurema, Maraial, Nazaré da Mata, Palmares, Primavera, São Benedito do Sul, Sirinhaém, Vicência e Xexéu.

 OUTROS COMPROMISSOS – Às 13h, já em Garanhuns, a presidenta se reúne com lideranças políticas da região, no Hotel Tavares Correia. Logo após o evento, Eduardo e Dilma participam da aula inaugural do curso de Medicina na UPE de Garanhuns. A presidenta deve deixar Pernambuco por volta das 18h. A comitiva presidencial ainda não foi informada pelo Palácio do Planalto.

Sarney usa helicóptero militar Maranhão para viagem particular

Por duas vezes este ano, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), usou um helicóptero da Polícia Militar do Maranhão para passear em sua ilha particular - Curupu, localizada na Baía de São Marcos, próximo à capital São Luís.

A aeronave foi adquirida no ano passado para combater o crime e socorrer emergências médicas. Foi paga com recursos do governo estadual e do Ministério da Justiça e custou R$ 16,5 milhões.

Em uma das viagens, o senador foi acompanhado de um empresário que tem contratos milionários no Maranhão, que é governado por sua filha Roseana Sarney (PMDB).

No fim do passeio, o desembarque das bagagens de Sarney atrasou o atendimento de um homem com traumatismo craniano e clavícula quebrada que fora socorrido pela PM e chegara em outro helicóptero antes de Sarney.

A Folha de são Paulo teve acesso às imagens que mostram Sarney e seus amigos desembarcando no heliponto da PM em dois domingos: 26 e 10 de julho. Clique aqui para assistir.

RESPOSTA - O presidente do Senado afirmou, por meio de sua assessoria, que o uso pessoal do helicóptero da Polícia Militar do Maranhão se justifica porque ele tem "direito a transporte de representação e segurança em todo o território nacional, seja no âmbito federal ou estadual, sem restrição às viagens de serviço".

A assessoria afirma que os voos particulares do senador estão em consonância com a Constituição, mas não se pronunciou sobre a presença do empresário no voo e a demora no atendimento do pedreiro ferido.

Venezuela: Chávez traz ouro de volta ao país

A Venezuela trará de volta seu ouro guardado em bancos estrangeiros, enquanto analisa o retorno de milhões de dólares em reservas internacionais, revelou nesta quarta-feira o presidente Hugo Chávez.

"Temos que acelerar o procedimento (...) vamos trazer o ouro para nosso Banco Central", disse Chávez de Cuba por telefone ao canal estatal VTV.

"Graças a Deus aqui chegou a tempo a revolução bolivariana e começamos a nos livrar e nos livramos do FMI e da ditadura do dólar", revelou Chávez em entrevista por telefone.

O presidente destacou que além do ouro analisa trazer milhões de dólares em reservas internacionais na Europa e nos Estados Unidos para países mais alinhados politicamente com a Venezuela, como Brasil, China e Rússia, entre outros.

As reservas internacionais da Venezuela, em dinheiro, ouro e outros instrumentos, eram de 28,768 bilhões de dólares na semana passada, segundo o BCV (Banco Central da Venezuela). Segundo Chávez, no exterior há cerca de 11 bilhões de dólares em ouro.

Tumulto interrompe Audiência Pública em Petrolina

Um manifesto inusitado esquentou os ânimos da plateia durante a Audiência Pública que acontece neste momento na Câmara de Vereadores de Petrolina, para tratar sobres abastecimento de água no município.

Com um cartaz levantado, o morador Euclides, da Cidade Universitária, afirmava que não faltava água em seu bairro. O manifesto pareceu provocação e logo um tumulto generalizado tomou conta da audiência. 

Entre gritos e muita confusão, muitos representantes de bairros protestaram contra a Compesa e contra o manifestante solitário. “A Compesa está mentindo, eu não tenho uma gota de água em casa”, afirmou o representante do bairro Mandacaru.

Devido ao tumulto, que teve interferência da guarda municipal e de policiais da Rocam, a audiência foi momentaneamente interrompida. Euclides, o manifestante solitário, seria parente de assessor da presidente da Câmara, a vereadora Maria Elena Alencar.

Cerco da PF quebra blindagem e Rossi, 4º a cair, vê complô contra PMDB e PT

Pressionado por denúncias de corrupção, tráfico de influência e desvio ético, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB-SP), pediu demissão ontem. Na carta que entregou à presidente Dilma Rousseff, o peemedebista alega ser vítima de um complô político cujo objetivo seria atingir a aliança PMDB-PT, sobretudo em São Paulo. Para não mexer no loteamento da Esplanada, Dilma delegou ao PMDB a escolha do substituto. Ontem à noite mesmo, o vice-presidente Michel Temer sugeriu o nome do líder do governo no Congresso, deputado Mendes Ribeiro (RS), para o cargo. 

Afilhado de Temer, Rossi recebera uma sobrevida do Planalto em troca de uma faxina nos postos abaixo dele, quase todos ocupados por protegidos ou parentes de políticos amigos. Mas a entrada Polícia Federal no caso para investigar as suspeitas de fraudes na Agricultura e o surgimento de relações cada vez mais perigosas para Rossi trincaram a blindagem e aceleraram a queda. Ele alegou que atendeu ao pedido da esposa e dos filhos para se afastar do cargo.

Rossi é o quarto ministro a cair num prazo de dois meses e dez dias. A primeira queda foi de Antonio Palocci (Casa Civil) na esteira de denúncias de suposto enriquecimento ilícito e aumento do patrimônio em 20 vezes, Em seguida, Alfredo Nascimento (Transportes) não resistiu às denúncias de corrupção na pasta. O outro foi Nelson Jobim (Defesa), obrigado a se afastar após ter criticado ministras do PT.   

Na carta, Rossi reclamou de ataques à sua família. O filho do ex-ministro, o deputado estadual Baleia Rossi, é presidente do PMDB estadual. "Finalmente começam a atacar inocentes, sejam amigos meus, sejam familiares. Todos me estimularam a continuar sendo o primeiro ministro a, com destemor e armado apenas da verdade, enfrentar essa campanha indecente voltada apenas para objetivos políticos, em especial a destituição da aliança de apoio à presidenta Dilma e ao vice-presidente Michel Temer, passando pelas eleições de São Paulo onde, já perceberam, não mais poderão colocar o PMDB a reboque de seus desígnios", escreveu Rossi. Ele disse ser vítima de uma "saraivada de acusações falsas" e afirma ter rebatido todas as denúncias. 

"Usaram para me acusar, sem qualquer prova, pessoas a quem tive de afastar de suas funções por atos irregulares ou insinuações de que tinham atuado com interesses menos republicanos nas funções ocupadas", afirmou ele, numa referência ao ex-diretor financeiro da Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab) Oscar Jucá Neto, e o ex-chefe de licitações do Ministério da Agricultura Israel Leonardo Batista. Os dois acusaram Wagner Rossi de corrupção.

O empurrão final para que o ministro da Agricultura entregasse o cargo foi dado nos últimos dois dias, com a notícia, publicada no Correio Braziliense, segundo a qual ele e familiares utilizavam um jatinho da empresa Ourofino, que tem negócios com o Ministério da Agricultura. Antes, reportagem da revista Veja mostrara o lobista Júlio Fróes, amigo da cúpula da pasta, atuando nas licitações.

Questionado, Rossi negou que as viagens seriam antiéticas. Mas o caso se enquadra no Código de Ética e Conduta dos Servidores Públicos. De acordo com informações de bastidores do Palácio do Planalto, o vice Michel Temer entendeu que não dava mais para segurar o afilhado, amigo de 30 anos e ex-cunhado. A saída de Rossi, em meio a tantas denúncias, já vinha sendo entendida pelos peemedebistas como fato consumado.

Nota de Dilma. A presidente fez questão de divulgar uma carta na qual lamentou "profundamente" a saída de Rossi, afirmando que ele "deu importante contribuição ao governo com projetos de qualidade que fortaleceram a agropecuária brasileira". Dilma agradeceu, também, "o empenho" e "a dedicação". Em seguida, concluiu: "Lamento ainda que o ministro não tenha contado com o princípio da presunção da inocência, diante das denúncias contra ele desferidas".

Rossi estava no governo desde 2007. Primeiro, com a ajuda de Temer, que é presidente licenciado do PMDB, assumiu a presidência da Conab. Em abril de 2010, substituiu Reinhold Stephanes no Ministério da Agricultura. Em dezembro, Dilma Rousseff atendeu ao pedido de seu vice eleito e confirmou a permanência de Rossi à frente da Agricultura.

Dilma aceitou Mendes Ribeiro para a Agricultura, diz presidente do PMDB

O deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS) (Foto:
Agência Câmara)
O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), afirmou no início da madrugada desta quinta (18) que a presidente Dilma Rousseff aceitou a indicação do deputado federal Mendes Ribeiro (PMDB-RS), atual líder do governo no Congresso, para ministro da Agricultura no lugar do também peemedebista Wagner Rossi, que pediu demissão nesta quarta (17).

Segundo Raupp, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) comunicou a decisão a um grupo de líderanças do partido que se reuniu na noite de quarta, após o anúncio da demissão de Rossi, para discutir o nome do substituto a ser oferecido à presidente. Ele disse que Mendes Ribeiro será oficialmente anunciado como ministro nesta quinta e tomará posse na segunda (22) ou na terça (23).

Raupp participou da reunião, no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente. Também estavam presentes ao encontro o líder do partido na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN) e o próprio Mendes Ribeiro.

Se Mendes Ribeiro se tornar ministro, a vaga que ele deixará na Câmara será ocupada pelo suplente Eliseu Padilha (PMDB-RS), ex-ministro dos Transportes. Segundo Raupp, Padilha, que teria divergências com o governo, vai se integrar à base aliada.

Antes da decisão da cúpula, o PMDB trabalhava, segundo Michel Temer, com quatro nomes para o Ministério da Agricultura. “O novo ministro terá de ser ficha limpa, como Rossi”, disse o vice.

Wagner Rossi pediu demissão após semanas consecutivas de denúncias de irregularidades na pasta que comandava. A mais recente, nesta terça, dava conta do uso pelo ministro de um jatinho de uma empresa do ramo agropecuário.

A carta de demissão foi publicada no site do ministério. No texto, Rossi agradeceu a "confiança" que recebeu da presidente Dilma Rousseff e classificou de "mentiras" as denúncias contra ele. Disse que teve familiares e amigos atacados. "Minha família é meu limite. Aos amigos tudo, menos a honra", afirmou.

Apurou-se que antes de conversar com a presidente Dilma Rousseff, Wagner Rossi, filiado ao PMDB, informou pessoalmente o vice Temer da decisão. Depois, ele se reuniu com a presidente, por volta das 18h40, e entregou a carta de demissão.


Dilma se reúne hoje com PSB, PCdoB e PDT

A presidente Dilma Rousseff prossegue nesta terça-feira (16) a rodada de negociações com os partidos, com objetivo de acalmar a base aliada. Às 19 horas, no Palácio do Planalto, se reunirá com os lideres do PSB, PC do B e PDT, além da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti e do vice-presidente, Michel Temer, convocado para ajudá-la nas negociações com os partidos da base rebelados no Congresso Nacional.

Ontem, Dilma se reuniu com as lideranças do PT e do PMDB. A presidente se encontrou primeiro com aqueles que considera ser a espinha dorsal de apoio do seu governo. Hoje, promove a segunda rodada, com partidos alinhados ideologicamente. Os encontros serão todos em blocos, já que são 27 partidos que integram a base.

Não há data definida para um encontro com o PR. O Palácio do Planalto aguarda um aceno do partido para saber se ele continuará ou não fazendo parte da base aliada. O ex-ministro dos Transportes e presidente do PR, Alfredo Nascimento, deverá fazer um pronunciamento ainda hoje, no Senado, quando deverá oficializar a posição do partido. O PR vem se mostrando ressentido com a presidente devido à forma como a onda de denúncias contra o ministério comandado pela legenda vem sendo conduzida pelo governo.

Dilma anuncia criação de quatro universidades federais

A presidente Dilma Rousseff em evento do Ministério da Educação no Palácio do Planalto
(Roberto Stuckert Filho/PR)
A presidente Dilma Rousseff e o Ministro da Educação (MEC), Fernando Haddad, anunciaram nesta terça-feira a criação de quatro universidades federais, na terceira etapa do programa de expansão da rede de educação superior. Além das instituições, 120 campi de institutos federais de educação, ciência e tecnologia serão instalados pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

As quatro novas universidades serão criadas em estados do Norte e Nordeste. A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) terá sede na cidade de Marabá, onde atualmente funciona um campus da Universidade Federal do Pará. A Universidade Federal da Região do Cariri (UFRC), no Ceará, terá sede em Juazeiro do Norte, onde fica campus da Universidade Federal do Ceará (UFCE). Na Bahia, o campus de Barreiras da Universidade Federal da Bahia (Ufba) será transformado na Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufoba). O estado ainda receberá a Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufesba), no município de Itabuna.

"Se o Brasil tivesse apoiado a educação de forma sistemática teríamos dado muitos anos antes os passos necessários para que o nosso país fizesse uso pleno de seus potenciais econômicos e para que a nossa população tivesse um padrão de vida mais elevado", afirmou Dilma, durante o anúncio, em Brasília.

A criação das universidades ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. Ao todo, serão instalados 17 novos campi, sendo que 12 ainda serão construídos e cinco, transferidos de outras instituições. De acordo com Haddad, as obras estarão concluídas até o fim de 2012. Com a expansão anunciada, a rede federal passa a contar com 63 universidades.

Institutos federais – Além das quatro universidades, foi anunciada também a construção de 120 institutos federais em 120 municípios. Os estados que mais receberão escolas são os da Bahia e de Pernambuco, ambos com nove instituições. Em seguida aparecem São Paulo e Maranhão (oito escolas cada), e Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro (sete).

De acordo com Haddad, tanto para a implentação dos institutos tecnológicos como das universidades federais, foram selecionados municípios populosos, com baixa renda per capita e alta concentração de jovens atrasados na escola. Além disso, foi levado em conta o resultado da cidade no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “A escolha foi feita com base em critérios objetivos e claros, que vão ao encontro da meta do governo federal de erradicar a pobreza no país”, afirmou Haddad.

Governo que se deixa capturar pela corrupção é 'altamente ineficiente', afirma Dilma

Em entrevista à revista Carta Capital, a presidente Dilma Rousseff afirmou que além das razões éticas, é uma questão de eficiência combater a corrupção. "Um governo que se deixa capturar pela corrupção é altamente ineficiente. É inadmissível diante de tão pouco dinheiro que temos para fazer as coisas. Então, por uma questão não só ética e moral, mas de eficiência, você é obrigado a tomar providência", declarou. 

'Você é obrigado a tomar providência', diz Dilma
sobre demissões em ministérios
A entrevista foi concedida na terça-feira, 9, mesmo dia em que a Polícia Federal deflagrou uma operação que levou à prisão de 36 pessoas por desvio de dinheiro no Ministério do Turismo. Aparentemente, a informação ainda não era conhecida no momento da entrevista, pois o novo escândalo só é abordado no texto de abertura da entrevista. A revista informa ainda que a segunda parte da entrevista será publicada na próxima edição. 

Por outro lado, a presidente voltou a negar que o governo se paute pelas denúncias publicadas na mídia e afirmou ainda que as demissões nos Ministérios do Transporte e da Agricultura não foram decididas a partir do noticiário. 

"Afastamos as pessoas quando achamos que o caso era grave. Não acho que somos pautados pela mídia em nenhum desses casos. Nem na história dos Transportes, nem da Agricultura ou de qualquer outro caso que por ventura ocorra, não temos o princípio de ficar julgando as pessoas, fazendo com que elas provem que não são culpadas", disse. 

Troca na Defesa. A saída de Nelson Jobim do Ministério da Defesa e a entrada de Celso Amorim em seu lugar também foi abordada. Quando perguntada sobre suposta irritação da caserna com a escolha de Amorim, ela perguntou se isso era mesmo relevante. Os entrevistadores devolveram a pergunta.

"Não acho", respondeu ela. "Primeiro, porque não estamos mais na época das vivandeiras. As Forças Armadas são disciplinadas, hierarquizadas e cumprem seus preceitos constitucionais. Estão subordinadas ao Poder Civil e é assim pelo fato de a sociedade brasileira ter evoluído nessa direção. Não é uma conquista do governo ou da mídia, é da sociedade brasileira. Agora, se há setores, absolutamente minoritários, entre os militares ou na mídia que assim pensam, é irrelevante, faz parte do passado, de uma visão atrasada da História. Outra coisa muito grave, aquém da realidade, é achar alguém insubstituível, a gente descobre isso quando criança, principalmente se você perde algum parente importante, como o pai ou a mãe, cedo" completou. 

Dilma afirmou ainda ter "certeza" de que "o Celso Amorim vai demonstrar uma grande capacidade de gestão, vai levar à frente a nossa Política Nacional de Defesa e vai fortalecer e modernizar as Forças Armadas".


Projeto ligado a Sarney leva R$ 3 mi e não sai do papel

Um projeto do Ministério do Turismo que, segundo a Polícia Federal, seria de interesse do senador José Sarney (PMDB-AP) recebeu R$ 3 milhões do governo e nunca saiu do papel. No inquérito, o convênio é apelidado de “Amapá 2”. A polícia trata o contrato, ainda em vigência, como “fraudes em andamento”. “Em diversas interceptações telefônicas feitas com autorização judicial, é possível perceber a preocupação dos investigados com este convênio que chamam de Amapá 2”, diz relatório da PF obtido pela reportagem.

Trata-se, segundo o inquérito, do contrato firmado pelo Ministério do Turismo com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), entidade de fachada que é pivô do esquema investigado. O convênio, no valor total de R$ 5 milhões, foi assinado para “Implantação de processos participativos para Fortalecimento da Cadeia Produtiva de Turismo do Estado do Amapá”, mas nunca existiu de fato. A ONG tem sede em uma sala num pequeno centro comercial de Macapá.

Esse contrato foi assinado por Frederico Silva da Costa, atual secretário executivo do ministério, preso pela PF sob acusação de envolvimento no esquema. Segundo o inquérito, o Tribunal de Contas da União (TCU) também investiga esse contrato.

Ontem, o jornal O Estado de S. Paulo revelou uma gravação feita pela PF com autorização da Justiça em que o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins, preso na terça-feira, manifesta preocupação com um eventual cancelamento do contrato que, segundo ele, seria de “interesse” de Sarney. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ministro da Integração Nacional vem ao Recife discutir obras do Projeto São Francisco

Ministro Fernando Bezerra Coelho vem acompanhado do secretário de 
Infraestrutura Hídrica (Foto: internet)
Nesta sexta-feira (12), o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, acompanhado do secretário de Infraestrutura Hídrica, Augusto Wagner Padilha Martins, virá ao Recife para uma reunião com todos os representantes das empresas construtoras do Projeto São Francisco.

A reunião tem como objetivo dar continuidade nas negociações dos aditivos, e está prevista para acontecer às 15h, no auditório do Departamento Nacional de Obras e Secas (Dnocs), localizado no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife.

PROJETO SÃO FRANCISCO -
Trata-se de um empreendimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) composto por obras, estudos, projetos e demais ações, que engloba a construção de dois canais: o Eixo Norte, com 426 quilômetros e 44% de execução, e o Eixo Leste, com 287 quilômetros e 70% concluído. A obra deve beneficiar uma população estimada de 12 milhões de habitantes, além de gerar emprego e de promover a inclusão social.

Deputada é acusada de levar verba desviada do Turismo

Deputada nega ter recebido recursos de empresas ou instituições ou qualquer 
esquema fraudulento (Foto: arquivo)
Depoimentos prestados por integrantes do suposto esquema de desvio de dinheiro público do Ministério do Turismo que usava ONGs de fachada apontam a deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP) como beneficiária da fraude. Indicam também que os recursos desviados teriam sido utilizados na campanha eleitoral. Quatro envolvidos no caso disseram à Polícia Federal que a peemedebista recebeu parte dos recursos desviados pela quadrilha em convênios da pasta. Ela é a autora das emendas que deram origem aos contratos que estão sob suspeita. A reportagem teve acesso aos depoimentos revelados ontem com exclusividade pelo portal estadao.com.br.

Um dos depoentes, Errolflynn de Souza Paixão, repetiu, em entrevista ontem à reportagem, a mesma versão que deu à PF sobre o envolvimento da deputada. De acordo com os relatos à polícia, Fátima Pelaes teria montado uma estrutura no Amapá para levar recursos públicos para ela própria e para sua campanha à reeleição no ano passado.

Fátima Pelaes é autora das emendas parlamentares que favoreceram o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), entidade pivô do esquema investigado pela PF. A Operação Voucher, desencadeada pela PF na terça-feira, prendeu 35 pessoas, incluindo os quatro investigados que prestaram depoimentos que comprometem a deputada.

Um dos depoimentos é de Merian Guedes de Oliveira, que aparece como secretária da Conectur, uma cooperativa fantasma do Amapá que, segundo a investigação, foi subcontratada pelo Ibrasi por R$ 250 mil e celebrou convênio com o próprio Ministério do Turismo em 2009 no valor de R$ 2,5 milhões. Merian disse que foi avisada pelo patrão e dono da Conectur, Wladimir Furtado, de que Fátima Pelaes ficaria com os recursos do Turismo destinados ao Amapá. Furtado foi preso na operação.

Outro depoimento que menciona o nome da deputada foi o de Paixão que já foi sócio da Conectur. Segundo ele, “Wladimir chegou a dizer que o dinheiro seria devolvido à deputada”. Ontem, em entrevista gravada, Paixão deu a mesma versão. “A deputada tinha pedido para ele (Wladimir) apresentar uma entidade que pudesse receber o recurso da emenda para desenvolver um trabalho de qualificação do Turismo. E ele disse: ‘Eu sei que a entidade pega o dinheiro e retorna para ela’.”

RESPOSTA  - A deputada Fátima Pelaes divulgou nota na noite desta quinta-feira, por intermédio de sua assessoria de imprensa, em que repudia as declarações de Errolflynn Paixão. Ela nega ter recebido recursos de empresas ou instituições ou qualquer esquema fraudulento e diz que tomará as medidas cabíveis contra as “calúnias”.

“Meus sigilos bancário, fiscal e telefônico estão à disposição”, disse. Fátima Pelaes se exime da responsabilidade de fiscalizar a aplicação devida de recursos do Ministério do Turismo e declara que, “até onde tinha conhecimento, a instituição vinha realizando cursos”. “Fui a uma entrega no Oiapoque. Agora, não posso assegurar quais os valores destinados em cada curso e a qualidade dos serviços. Isso é uma função dos órgãos responsáveis”, disse.

A parlamentar afirmou que solicitou “uma rigorosa análise técnica e jurídica e o que ainda couber” para apurar suposto desvio de recursos do Turismo. “Estou acompanhando o desenrolar da investigação dos órgãos competentes com a expectativa de que todos os fatos sejam esclarecidos e, na identificação dos culpados, que sejam punidos.”

A peemedebista disse ter destinado R$ 4 milhões, por emenda parlamentar, a projetos de qualificação e outros R$ 5 milhões para o Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur). “A destinação desses recursos tiveram (sic) como base estudos elaborados pelo Ministério do Turismo” ainda na gestão de Walfrido dos Mares Guia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

'Não dá para cuidar de tudo', diz Wagner Rossi sobre lobista

Ministério da Agricultura é alvo de denúncias de corrupção.
Ministro disse que ordenou modificar sistema de acesso ao ministério.

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou nesta quarta-feira (10), durante depoimento na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, que “não dá para cuidar de tudo” ao referir-se à suposta atuação do lobista Júlio Fróes dentro do ministério.


“Eu não posso controlar a entrada e saída do prédio do ministério. As fotos daquele senhor e que alegadamente é o lobista e foram tiradas em frente ao ministério me deram a oportunidade de verificar várias coisas que eu deveria ter feito melhor, por exemplo, um sistema adequado de triagem da entrada privativa”, disse Rossi.

Segundo reportagem da revista "Veja", o lobista Júlio Fróes utilizaria uma sala no ministério para defender interesses das empresas que tem como clientes. Rossi disse que houve um “descuido”, mas que não pode assumir a responsabilidade pela portaria. “Dei ordem para mudar isso”.

Questionado pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR), Rossi reafirmou à comissão desconhecer o lobista Júlio Fróes e afirmou que ele não tem sala exclusiva no ministério, conforme apontou reportagem da revista. “Posso garantir que nenhum lobista tinha sala privativa no ministério”, afirmou.

A reportagem motivou o pedido de demissão do secretário-executivo do ministério, Milton Ortolan, auxiliar direto de Rossi. De acordo com a publicação, Ortolan mantinha relações com Fróes, o que ele nega.

Rossi disse aos senadores que a presidente Dilma Rousseff determinou a ele que promovesse mudanças na Conab após a divulgação dos casos de corrupção no órgão.

"Ela [Dilma] me disse sim, em função do que eu tinha relatado, que ela queria que eu tomasse atitudes muito fortes, e que fossem feitas independentemente de qualquer tipo de limitação política", afirmou Rossi.

Ele disse ainda que "a presidente tem todo o interesse em que as incorreções que eventualmente ocorram sejam corrigidas".

O ministro também relatou problemas ocorridos com a contratação de escritórios terceirizados de advocacia e que em função disso fará uma reformulação na área jurídica do Ministério da Agricultura e da Conab. Ela afirmou que será realizado concurso público para a contratação de advogados e procuradores que substituirão os escritórios terceirizados.
 
Faxina

Durante a audiência, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) questionou Rossi sobre o termo “faxina” que teria sido utilizado pela presidente Dilma Rousseff para tratar das denúncias sobre corrupção no ministério. Rossi afirmou que Dilma não utilizou o termo “faxina”, mas determinou mudanças.

“A presidente Dilma tem todo o interesse em que as incorreções que eventualmente ocorram sejam corrigidas. Ela nos deu, sim, força total”, disse o ministro.

Demóstenes também questionou Rossi sobre o fato da filha do lobista Júlio Fróes trabalhar na ouvidoria do Ministério da Agricultura. “Realmente uma empresa terceirizada que trabalha para o ministério contratou essa moça. Eu não sabia, confesso”, disse. “Realmente houve esse caso e lamentei profundamente”, afirmou Rossi. Segundo ele, o fato demonstra “a proximidade desse senhor [Fróes] com algumas áreas lá [do ministério]”

Outra denúncia

Na semana passada, Wagner Rossi prestou depoimento na Câmara e falou sobre outra denúncia, envolvendo o ex-diretor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) Oscar Jucá Neto, o Jucazinho, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), exonerado por irregularidades no órgão.

“Ele (Oscar Juca Neto) tenta transformar um caso estritamente administrativo, em que ele foi pego em infração gravíssima, ele quis transformar em caso político. Agredindo a todos, seus colegas de trabalho na Conab e inclusive esse ministro que aqui está”, disse Rossi durante audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

Jucazinho foi exonerado depois de autorizar – sem a permissão e com verba que não serviria para tal finalidade – um pagamento para uma suposta empresa de fachada. Alegando ter sido vítima de uma armação, Jucazinho disse à revista “Veja” que existiria um esquema de corrupção envolvendo o Ministério da Agricultura e o ministro Wagner Rossi. Segundo Jucazinho, o PMDB, partido do seu irmão e do ministro, teria transformado o ministério em uma “central de negócios”.

Relatório do MP diz que cúpula do Turismo liberou pagamento irregular

Um relatório do Ministério Público afirmou que a cúpula do Ministério do Turismo foi responsável por pagamentos de convênios irregulares com base em prestações de contas fraudadas. Metade dos 36 presos na operação desta terça da Polícia Federal já foi liberada.

Dezoito pessoas ainda estão presas no instituto de administração penitenciária do Amapá. Todos os detidos na Operação Voucher prestaram depoimento. Alguns negaram o envolvimento no desvio de verbas do Ministério do Turismo, outros se recusaram a responder as perguntas.

Segundo parecer do Ministério Público Federal, a quadrilha desviou recursos de uma emenda parlamentar, que destinava R$ 4 milhões para a qualificação de profissionais de turismo do Amapá. O ministério assinou um convênio com uma ONG, o Ibrasi, para repassar o dinheiro.

O instituto deveria realizar o treinamento de 1,9 mil profissionais. Mas, segundo o Ministério Público, não fez isso e repassou o dinheiro para empresas de fachada, algumas de integrantes do próprio Ibrasi.

Um relatório do Ministério Público afirma que a cúpula do Ministério do Turismo autorizou pagamentos para o Ibrasi nos ultimos dois anos com base em documentos fraudados e acrescenta que "fica evidente a omissão dolosa do Ministério do Turismo".

O Ministério Público concluiu que, em uma conversa gravada com autorização judicial, o secretário-executivo, Frederico da Costa orientou o empresário Fábio de Mello a conseguir um imóvel para servir de fachada para outro convênio, que, segundo a polícia, poderia ser usado pela quadrilha:

  • Frederico: "Pega um prédio moderno aí, meio andar, fala que tá com uma sede que está em construção"
  • Fábio: "A gente tem um prédio de três andares, grande..."
  • Frederico: "Mas o importante é a fachada, e tem que ser uma coisa moderna, que inspira confiança em relação ao tamanho das coisas que vocês estão fazendo."

Segundo o Ministerio Público, Fábio de Mello é dono de uma das empresas de fachada beneficiadas pelo Ibrasi.

O procurador que investiga o caso, Celso Leal, diz que praticamente todo o dinheiro do convênio pode ter sido desviado.

"É difícil imaginar que esse esquema tenha funcionado durante tanto tempo sem a conivência de servidores do ministério, justamente pela prestação de contas, que foram todas elas prontamente aprovadas pelo ministério, a despeito das irregularidades patentes", declarou o procurador.

O Ministério Público Federal vai pedir nesta quinta o bloqueio de bens dos envolvidos e a suspensão de outros convênios do Ibrasi com o Ministério do Turismo. Afirmou ainda que os suspeitos deverão ser denunciados à Justiça na semana que vem por uma série de crimes, entre os quais formação de quadrilha e corrupção ativa.

Os advogados do secretário-executivo Frederico da Costa declararam que a gravação obtida pelo Ministério Público não diz respeito às investigações - e que o diálogo está fora de contexto.

O empresário Fábio de Mello está entre os presos que foram soltos nesta quarta. Ele não foi encontrado para comentar o caso.


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