Promotora acusada de envolvimento em mensalão do DEM desmaia em julgamento

A promotora Deborah Guerner passou mal e desmaiou durante  julgamento no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, na manhã desta quinta-feira, 21. Ela e o ex-procurador-geral de Justiça do Distrito Federal Leonardo Bandarra são acusados de envolvimento no mensalão do DEM.

Momentos antes de desmaiar, Deborah buscava ajuda no serviço médico ao marido, Jorge Gurner, que teve uma crise de pressão alta. Nervosa, ela saiu correndo da sessão em busca de atendimento e desmaiou na pista fora do TRF, que dá acesso ao serviço médico.

“Ela teve um mal-estar e sofreu um desmaio”, disse um dos advogados de Deborah, Maurício Araújo. Perguntado se isso seria uma simulação de Deborah, ele negou. “Isso seria má-fé. Ela sofreu um desmaio. Não teria por que simular isso. Eles estão com o estado emocional fragilizado.” Em abril, o Estado revelou detalhes da investigação do Ministério Público segundo o qual Debora simulava doenças e desequilíbrio mental para tentar escapar de intimação judicial.

O advogado afirmou que não vai pedir a suspensão do julgamento. Deborah e o marido devem permanecer por uma hora no posto médico.

Julgamento. A corte especial do TRF decidirá se Leonardo Bandarra e Deborah Guerner vão responder criminalmente por envolvimento no esquema de corrupção. Os dois são acusados extorsão, quebra de sigilo funcional e formação de quadrilha.

No início da sessão, os desembargadores decidiram abrir o julgamento à imprensa, ao contrário do julgamento anterior, em outubro. Na ocasião, o TRF rejeitou recurso em que Deborah Guerner alegava insanidade mental. Durante a discussão sobre a abertura da sessão, a promotora tentou interferir e e foi repreendida pelo presidente do tribunal, Olindo Menezes. “Se a senhora falar mais uma vez vou retirá-la daqui. A senhora não é obrigada a estar presente, mas, se tumultuar mais uma vez, vai ser retirada”. A partir daí, Deborah calou-se e sentou-se ao lado do espaço onde ficam os jornalistas.

Em maio, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) determinou a abertura de ação judicial para a demissão dos promotores. Após as denúncias, Bandarra e Deborah foram afastados das funções, mas continuam a receber seus salários, de cerca de R$ 24 mil. A ligação de Bandarra e Deborah Guerner com o mensalão do DEM foi descoberta durante a Operação Caixa de Pandora.

Debora chegou a ser presa em abril porque, segundo o Ministério Público Federal, ela estaria atrapalhando as investigações das denúncias. Oito dias depois, a defesa conseguiu liminar para libertar a promotora

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