Sindicato só negociará salários após soltura de bombeiros


Mais de 400 funcionários estão presos desde o último sábado; associações não farão reivindicações enquanto bombeiros não forem soltos.

Grupo protesta contra a prisão dos bombeiros (Antônio Lacerda/EFE)
Os representantes de associações e sindicatos de trabalhadores da área de segurança pública do Rio de Janeiro decidiram nesta quarta-feira que só vão apresentar uma nova proposta de reajuste salarial quando os 439 bombeiros presos no último sábado forem libertados.

Segundo o presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Vanderlei Ribeiro, todas as entidades que estiveram reunidas pela manhã na sede da instituição concordam com a decisão – que também ganhou apoio dos policiais, que já sinalizam a adesão às manifestações por melhorias salariais.

“Nós não vamos apresentar nenhuma reivindicação enquanto nossos companheiros estiverem presos. Temos uma audiência agora com o comandante-geral [do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões]. Vamos tentar ir junto com ele ao governador para tentar uma saída para esse caso tão delicado que estamos vivendo", explicou o dirigente.

O grupo vai apresentar novamente a proposta que foi defendida na reunião de terça-feira com o comandante-geral da corporação e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Paulo Melo. A estratégia é anistiar os militares presos com base em uma lei federal que já foi usada em casos semelhantes em outros estados. Para o comandate do Corpo de Bombeiros, a decisão de soltura deve ficar nas mãos da Justiça.

Nesta terça-feira, a Defensoria Pública do estado do Rio de Janeiro apresentou à Auditoria de Justiça Militar um pedido de relaxamento de prisão dos militares. Segundo a assessoria de comunicação do órgão, a expectativa é que o judiciário se pronuncie em três ou cinco dias. 

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