Gangues juvenis agem em Petrolina

No início da semana passada, uma ação da Polícia Civil resultou na prisão de integrantes de uma gangue juvenil que atua em Petrolina. Foram presos três jovens com mais de 18 anos e apreendidos cinco adolescentes com idade inferior a 18 anos. Os jovens, segundo informação policial, tentaram invadir o Hospital de Urgência e Traumas (HUT) para visitar o líder do grupo que estava internado, após ser agredido por integrantes de uma gangue rival.

Em março, um adolescente de 16 anos foi morto, na entrada da Escola Estadual Professora Adelina Almeida com golpes de faca no abdômen. O crime seria um acerto de contas.

Os dois casos, segundo informações da Polícia Civil, sinalizam a atuação de gangues – maior parte dos integrantes tem ente 16 e 18 anos - no município. Há mais de um ano três grupos têm sido relacionados a atos de violência.  

“A gente identificou várias gangues, mas as que têm mais ocorrências são Estrelas, PVT, Ratatá e uma na Areia Branca, de lutadores de boxe. São gangues que antes se concentravam em um único bairro, mas que estão se ramificando. Os PVT’s, por exemplo, hoje tem mais de 50 integrantes e muitos já são mulheres”, analisa a delegada Poliana Neri.

A gangue identificada como Estrelas foi descoberta a partir de um flagrante da Polícia Militar a um adolescente com menos de 18 anos que estava armado com um revólver. “Ele tinha várias estrelas tatuadas, isso foi em junho do ano passado. Esse menor contou que eles roubavam na rua e levavam pra uma casa que eles tinham alugado no Maria Auxiliadora. Nessa casa eles faziam altas festas”, explica a delegada.

Segundo informações policiais os jovens integrantes das gangues costumavam se reunir nas escolas para organizar as ações e hoje utilizam espaços públicos como praças para marcar encontros. Há registro de uso de armas brancas, a exemplo de faca, estilete, punhal e soqueiras. “Também já temos registros de jovens que foram apreendidos com armas de fogo, como revólveres de calibres 38 e ponto 22”.

A delegada reitera que as gangues são perigosas e quase sempre seus integrantes agem em grupo. Segundo ela, dos mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juizado da Vara da infância e das Juventude, a maioria deles é em desfavor dos jovens que integram gangues juvenis. 

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