Servidores da Embrapa em greve distribuem 12 toneladas de abacaxi em Brasília

Servidores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que estão em greve distribuíram nesta quarta-feira (29), em todo o Brasil, como forma de manifesto, produtos cujas tecnologias foram desenvolvidas pela empresa. Somente em Brasília, cerca de 12 toneladas de abacaxi foram entregues à população que passava pela plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto.

Como em cada região do país a Embrapa desenvolve tecnologias para diferentes de produtos, nesse protesto os alimentos variavam de acordo com o estado.

“Essas são apenas algumas das tecnologias que a sociedade brasileira se beneficia e que talvez não tenha tanto conhecimento do trabalho que é realizado pela Embrapa”, justifica o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), no Distrito Federal, Vicente Almeida. No caso do abacaxi, uma fruta tipicamente azeda, a Embrapa Fruticultura desenvolveu um fruto mais doce.

Uma fila se formou em torno do caminhão onde as frutas estavam guardadas. “Estava trabalhando e vi pela janela a movimentação, desci logo para ver o que era. Tudo o que é de graça a gente tem que aproveitar”, disse o auxiliar de escritório Rodrigo Fernandes.

Teve até quem aproveitou para levar fruta para a família toda. “Já peguei quatro abacaxis, e vou para a fila de novo, pena que eu não sabia, senão tinha trazido uma sacola para levar ainda mais”, falou a dona de casa Sandra Goes.

A diretoria executiva da Embrapa deve retomar hoje, às 15h, as negociações da pauta de reivindicação dos trabalhadores. “Esperamos que a empresa venha para a mesa de negociação com uma proposta condizente com a proposta dos trabalhadores para que possa ser apreciada e então dar fim à greve”, ressalta o presidente do Sinpaf/DF.

Em Brasília, a Embrapa emprega cerca de 2,5 mil trabalhadores. Aproximadamente mil empregados participaram da manifestação que seguiu pela Esplanada até a porta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, órgão ao qual a Embrapa é subordinada.

A categoria decretou ontem (28) greve por tempo indeterminado. As principais reivindicações dos trabalhadores são reajuste salarial de 10,51% (inflação + ganho real), aumento no valor do tíquete-alimentação, além da implantação do ponto eletrônico.

População e Poder Público debatem propostas para melhorar qualidade de vida no interior

A Prefeitura de Brejo da Madre de Deus promove nesta segunda (27) e terça-feira (28), o 1º Congresso de Políticas Públicas do Município. O evento, aberto, reúne representantes do Poder Público Municipal, da sociedade civil organizada e a população.

O objetivo é debater e deliberar ações nas mais diversas áreas para a ampliação das políticas públicas no município com enfoque na melhoria da qualidade de vida local. Na pauta, conferências temáticas, palestras, painéis, debates, trabalhos de grupos e plenária final.

O primeiro Congresso de Políticas Públicas de Brejo funciona como estância de participação popular. Anexo ao evento, serão realizadas oito conferências de políticas públicas, que fixarão diretrizes conforme temas propostos pelos conselhos nacionais, estaduais e municipais, bem como, outras instâncias de controle social das três esferas de governos. 

Entre os temas dos debates estão: as políticas públicas para a juventude, saúde, assistências social. Meio ambiente, crianças e adolescentes, turismo, políticas para as mulheres, idosos entre outros.

Mais acidentes nas rodoviais federais que cortam Pernambuco

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 153 acidentes nas rodovias federais do Estado durante o feriadão de São João. O número representa um aumento de 38% em relação a 2010. No balanço divulgado na manhã desta segunda (27), foram contabilizados 105 feridos, com 264 veículos envolvidos. Cinco pessoas morreram vítimas de acidente de trânsito desde a zero hora da quarta-feira (22) até a 24h desse domingo (26).

O aumento da frota de veículos no Estado e a conduta imprudente dos motoristas, além do reduzido efetivo da PRF, foram apontados como os principais fatores contribuintes para o acréscimo no número de acidentes.

Dos 153 acidentes que aconteceram nas BRs, cerca de 40% (61 acidentes) ocorreram na BR-232 e 34,6% (53) na BR-101, totalizando 74,6%. A BR-408, terceira colocada, ficou com 5,88% (09) das ocorrências. Os tipos de acidentes mais frequentes foram colisão traseira (45), saída de pista (32) e colisão lateral (29).

Um homem não identificado foi atropelado em Ouricuri, no Sertão do estado, por volta das 18h40 desse domingo (26), no km 66 da BR 316. Dois homens morreram após cair de motocicleta. Um deles, identificado como Orlando Ribeiro da Silva, 28, estava em uma moto Honda de placa JQT-7135, no município de Petrolina, no Sertão. A outra vítima, José Ferreira de Melo Filho, 48, trafegava em uma moto Honda 150, placa KHG-6856, e morreu no km 121,3 da BR 232, em Caruaru, no Agreste pernambucano. Ambos acidentes aconteceram na sexta (24).

Na noite do dia 22, uma colisão frontal entre uma Scania T112, placa ACB-6276, e um Fiat Strada, placa KKV 6500, resultou na morte de Antonio Gonçalves da Silva Filho, 46 anos, no km 70 da BR-316, no município de Ouricuri, sertão pernambucano. No dia 24, Nivaldo Manoel de Santana, 48, morreu depois de uma colisão entre um Gol de placa MNE-2850 contra uma moto Yamaha de placa KKL-8079, no município de Tracunhaém, Zona da Mata do estado.

OPERAÇÃO SÃO JOÃO - A PRF contou com efetivo de 370 policiais rodoviários federais, que trabalharam com auxílio de 70 viaturas e dois helicópteros. Foram realizados 246 testes de alcoolemia. Doze condutores foram autuados e 11, presos.

BPRv - Nas rodovias estaduais, o número de acidentes registrados totalizou 25 ocorrências. Durante o feriado de São João, duas pessoas morreram. Ao todo, foram envolvidos 48 veículos e 12 pessoas ficaram feridas.

Perda de mandato por desfiliação na pauta da CCJ do Senado

A reforma política voltará a ser tema da reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) na próxima semana. Na reunião de quarta-feira (29), os senadores apreciarão mais uma rodada de proposições elaboradas pela Comissão da Reforma Política. Um dos projetos que estão na pauta é o PLS 266/11, que prevê a perda de mandato para deputados e vereadores que se desfiliarem, sem causa justa, do partido pelo qual se elegeram.

O PLS 266/11 foi lido na última sessão da comissão e deve ser votado em decisão terminativa . Relator da proposta, o presidente da CCJ, Eunício Oliveira (PMDB-CE), apresentou emenda limitando a perda de mandato aos políticos eleitos pelo sistema proporcional, ou seja, deputados federais, estaduais e vereadores. Aqueles eleitos pelo sistema majoritário (presidente e vice-presidente da República, governadores e vice-governadores, prefeitos e senadores) poderiam mudar de partido, sem perda de mandato, desde que a legenda integrasse a coligação pela qual foi eleito. A matéria teve pedido de vista coletivo.

De acordo com a proposta, são motivos aceitáveis para transferência de legenda sem punição a incorporação ou fusão do partido; a criação de novo partido; mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; e ainda grave discriminação pessoal.

Morre ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza

Morreu, aos 65 anos, vítima de enfarte fulminante, no final da noite de ontem (25), em São Roque, interior paulista, o ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza. Paulo Renato, que segundo sua assessoria de imprensa vinha enfrentando problemas cardíacos, passava o feriado prolongado de Corpus Christi ao lado de familiares em um hotel da cidade quando começou a se sentir mal. Ele ainda foi encaminhado ao Hospital Unimed, no Jardim Lourdes, mas já teria chegado morto.

O velório do ex-ministro será realizado hoje, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em horário ainda a ser definido. O secretário estadual da Cultura de São Paulo, Andrea Matarazzo (PSDB), esteve junto com familiares providenciando a documentação necessária para a liberação do corpo, que ocorreu por volta das 5h45 da manhã deste domingo.

O corpo de Paulo Renato será trazido direto para a Alesp. O enterro deve ocorrer apenas amanhã (27) pela manhã, para que as filhas de Paulo Renato - uma mora nos EUA e a outra no México - possam estar presentes no enterro do pai. Ambas iriam embarcar em voo ainda na manhã de hoje. Segundo a assessoria de imprensa do ex-ministro, o governador Geraldo Alckmin foi informado sobre o falecimento logo na primeira hora desta madrugada.

Economista, Paulo Renato foi ministro da Educação durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1º de janeiro de 1995 a 31 de dezembro de 2002. Dentre as suas principais realizações à frente do ministério da Educação estão o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB). Também ocupou outros cargos públicos e executivos no Brasil e no exterior, incluindo o de gerente de Operações do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington, o de secretário da Educação do Estado de São Paulo, entre 1984 e 1986, no governo Franco Montoro, e o de reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), entre 1987 e 1991, durante o governo de Orestes Quércia.

Crise deixa Dilma mais dependente do PMDB, diz Serra

O ex-governador de São Paulo José Serra, presidente do Conselho Político do PSDB, afirmou nesta segunda-feira (13), em seu blog, que as trocas ministeriais do governo dificilmente vão causar um efeito positivo para a presidente Dilma Rousseff. "Nesse processo, a presidente desgrudou-se precocemente do seu antecessor, arranhou a bancada do seu partido na Câmara dos Deputados, tornou-se mais dependente do seu aliado principal, o PMDB, e trouxe para suas mãos a tarefa de negociar projetos e nomeações com o Congresso Nacional e os partidos, com vistas a revitalizar o processo de loteamento político herdado do governo anterior", escreveu. "São quatro consequências de efeitos incertos, mas dificilmente positivos para os rumos do seu mandato."

Serra avaliou que até agora o atual governo federal não mostrou capacidade para estabelecer objetivos e se antecipar aos problemas. O tucano afirmou que a fraqueza maior da atual gestão é "não saber bem a que veio" e disse ver "tropeços" na infraestrutura e "frustrações" nas áreas de saúde, saneamento e educação. "Coisas como 'Brasil sem Miséria' e 'Programa de Vigilância de Fronteiras' ou algo assim, por exemplo, são puros factoides destinados a ganhar um passageiro espaço gratuito nos jornais de TV", criticou.

Na semana passada, o ex-governador avaliou, também em seu blog, que o ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci era o personagem forte de um "governo hesitante" e "fraco do ponto de vista político e administrativo". "O PT não dispõe de ninguém para substituir Palocci nas funções que exercia. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), certamente, não terá essa pretensão", afirmou.

Nesta sexta, Dilma deve demitir 2º ministro em uma semana

O ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio: horas contadas no cargo (Wilson Dias/Agência Brasil)
A presidente Dilma Rousseff se prepara para fechar, nesta sexta-feira, a demissão de seu segundo ministro em apenas uma semana. Ao contrário do que o Planalto esperava, a crise política que agita o governo há mais de 20 dias não foi sanada com a saída de Antonio Palocci da Casa Civil. Mal ele deixou o cargo e os petistas deram início a uma nova guerra interna, desta vez pela vaga do ministro da Secretaria das Relações Institucionais, Luiz Sérgio. Dilma se reunirá com o ministro nas próximas horas – em um encontro que deverá servir para acertar os detalhes da saída dele.

A pasta que Luiz Sérgio comanda é responsável pela articulação política do governo, ou seja, pela intermediação entre o Congresso e o Palácio do Planalto. Mas, na prática, essa função ficava sob responsabilidade de Palocci. Com a saída do ex-chefe da Casa Civil, Luiz Sérgio - apelidado de garçom, por só anotar pedidos e nada fazer na prática -, poderia até ganhar mais autonomia. A bancada do PT no Congresso, porém, aproveitou o tumulto dos últimos dias no Planalto para exigir a saída do ministro das Relações Institucionais.

Sem apoio no próprio partido, Luiz Sérgio reuniu-se com Dilma na quarta-feira para discutir sua situação. E, agora, até mesmo a presidente discute nomes para substituir o ministro que ainda não demitiu. Ela já avisou aos senadores do PT: quer Ideli Salvatti à frente da Secretaria de Relações Institucionais. Hoje Ideli ocupa o Ministério da Pesca, cargo de pouco peso político no governo. Se seu nome for concretizado, ela será a terceira mulher mais forte no Palácio do Planalto, atrás de Dilma e da recém-empossada ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

Dilma já havia falado sobre sua escolha com o vice-presidente, Michel Temer, em encontro na última terça-feira. Mas não deu certeza sobre a decisão e ficou de comunicá-lo em breve. Ideli e Dilma passam a tarde de quinta-feira juntas em Blumenau (SC) - uma das bases eleitorais da ex-senadora - para entrega de apartamentos do Programa Minha Casa, Minha Vida. Se oficializada, Ideli representará mais uma indicação pessoal de Dilma, que vem tentando se desfazer da imagem do governo anterior.

A maioria dos parlamentares petistas, porém, rejeita a escolha de Ideli para o cargo e tenta emplacar o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), para o posto de Luiz Sérgio. A bancada já costura um acordo com o aliado PMDB para que o lugar de Vaccarezza seja ocupado pelo deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS). Este último era cotado para o cargo de líder do Congresso, que não tem função alguma na prática. A vaga de líder do Congresso seria, então, destinada a Luiz Sérgio, como prêmio de consolação.

Nem mesmo dentro do PT, porém, há consenso em torno do nome de Vaccarezza. A briga no partido está polarizada entre ele e o deputado Arlindo Chinaglia (SP). A disputa é uma reedição do que ocorreu no fim do ano passado, quando ambos concorreram à indicação do partido para presidir a Câmara. No fim das contas, Chinaglia apoiou Marco Maia (RS) e a bancada petista, que via em Vaccarezza um nome muito ligado ao governo, escolheu o gaúcho. Se ficar com o cargo no Planalto, o atual líder do governo deve passar o posto a Chinaglia.

Operação tenta desbaratar quadrilha que fraudava a Previdência em Pernambuco

Polícia Federal, Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal deflagraram hoje uma operação conjunta denominada Operação Padrasto. O objetivo é combater e desestruturar uma organização criminosa com atuação nos municípios de Pesqueira, Caruaru, Altinho e principalmente Ibirajuba, todas em Pernambuco, especialista em fraudar a concessão do auxílio reclusão, que é um benefício pago aos dependentes do segurado de baixa renda que for preso e não receber remuneração nem auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço.

Um balanço da operação será divulgado hoje pela Polícia Federal de Caruaru. De acordo com as investigações, que tiveram início em dezembro de 2010, a fraude consistia em aliciar mães de crianças, cujos pais não constam da certidão de nascimento, para que presidiários, que possuam condições de serem instituidores do auxílio-reclusão, assumissem a paternidade, procedimento realizado por meio de requerimento ao cartório para que seja feita averbação junto ao registro de nascimento da criança. A partir de então, era dada entrada no requerimento junto à Previdência Social com toda a documentação exigida pela legislação.

Ao todo, 64 policiais federais e três servidores da previdência social trabalham para tentar cumprir um mandado de prisão preventiva, um de prisão temporária, 27 de condução coercitiva, dois de busca e apreensão, além de duas quebras de sigilo bancário.

A quadrilha é acusada de estelionato contra a Previdência Social mediante fraude na obtenção do auxílio-reclusão. Caso os presos sejam condenados, poderão cumprir penas que variam de um a 5 anos de reclusão podendo ser aumentada devido o crime ter sido praticado contra a Previdência Social. Estima-se que a atuação do grupo tenha causado um prejuízo de mais de R$ 500 mil aos cofres públicos, conforme relatório da Assessoria de Pesquisa Estratégica e Gerenciamento de Riscos da Previdência Social (APEGR).

Prefeito arromba cofre e encontra só R$ 13 em vez de R$ 700 mil em MT

Sem autorização para fazer transações bancárias em nome do município, o prefeito em exercício de Alto Boa Vista, a 1.064 quilômetros de Cuiabá, Wanderley Perin (PR), decidiu arrombar, com o aval das polícias Civil e Militar local, o cofre da Secretaria Municipal de Finanças. Mas, enquanto esperava R$ 735,8 mil, ele afirma ter encontrado apenas R$ 13.

A medida foi tomada porque o antecessor dele, Aldecides Milhomen (DEM), teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral na semana passada por suposta compra de votos. Após a decisão da justiça, Milhomen sumiu da cidade. O advogado do ex-prefeito, Romes da Motta Soares, diz desconhecer o suposto sumiço do dinheiro.

A denúncia foi feita pelo próprio prefeito Wanderley Perin em entrevista, por telefone. Segundo ele, mais de R$ 400 mil do montante deveria estar no cofre e seria utilizado para o pagamento do salário dos servidores do município, atrasado desde o último dia 5.

“Averiguamos no sistema que no cofre teria de ter R$ 735,8 mil, mas na hora que abrimos, tivemos uma grande surpresa, quando encontramos somente R$ 13”, relatou o republicano, segundo colocado nas eleições de 2008, sobre a ação realizada nesta sexta-feira (10).

Perin adiantou que afirmou que irá oferecer denúncia formal junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público Estadual (MPE). Ainda segundo o prefeito, o delegado da Polícia Civil do município, Alexandre Vicente, que acompanhou a abertura do cofre, vai instaurar inquérito para apurar a suspeita de irregularidade cometida pela gestão anterior.

Na avaliação do prefeito em exercício, Milhomen e sua equipe, já sabendo da provável perda de mandato, teriam efetuado alguns saques da conta da administração municipal e guardado no cofre. “Normalmente os pagamentos eram feitos em cheques, mas como já estavam prevendo a cassação do prefeito, foram feitos saques e guardados no cofre da prefeitura”, reiterou.

Apesar de já ter sido empossado pela Câmara Municipal de Vereadores, Perin ainda não possui poder integral sobre o Executivo, pois o presidente do Legislativo, Juarez Lopes (PP), teria sumido com os documentos referentes à posse, realizada nesta terça-feira (7).

Até agora, conforme o prefeito, nenhum secretário da gestão anterior compareceu à prefeitura, nem mesmo para entregar o cargo. Desse modo, disse que vai dar início às exonerações e nomear os novos integrantes do primeiro escalão.

Segundoo informações o prefeito teria fungido com uma caminhonete Hillux SW4 de propriedade da prefeitura e não havia devolvido também um veículo Palio que estava com a ex-primeira-dama. O fato, entretanto, foi negado pela defesa do ex-prefeito.

Outro lado

O advogado de Aldecides Milhomen, Romes da Motta Soares, alegou não ter conhecimento do fato e ainda argumentou que o comando da prefeitura não foi entregue a Perin. “Ele (Perin) entrou na prefeitura a partir de uma posse que nós questionamos e que não foi oficializada”, enfatizou.

PSD dá trégua no assédio a tucanos e mira no PMDB; depois da adesão de Wilson Braga, sigla de Rômulo agora quer ‘o passe’ de outro peemedebista

A sigla recém criada no país, o PSD, parece que deu uma trégua no assédio aos tucanos, pelo menos no Estado da Paraíba e decidiu mirar no adversário PMDB.

É que depois de conseguir a adesão do deputado estadual Wilson Braga, que deixou o PMDB para se filiar a nova sigla, o presidente do PSD/PB, Rômulo Gouveia (PSDB) agora está de olho ‘no passe’ de outro parlamentar da mesma sigla. O escolhido é o deputado Doda de Tião, também do PMDB.

A revelação foi feita pelo próprio Doda de Tião que confidenciou que foi assediado pelo vice-governador Rômulo Gouveia para se filiar a nova sigla. “Fui sondado sim. Rômulo me ligou para contar comigo no novo partido, mas eu neguei”, falou.

Doda fez questão de destacar ainda que só deixará o PMDB se for expulso.

“Só deixo o PMDB se eu for expulso do partido, não tenho por que mudar”, assegurou.

Assim como Wilson Braga, o deputado Doda de Tião também declarou apoio ao Governo Ricardo Coutinho, mesmo pertencendo a bancada de oposição na Casa.

Outro que também pode está na mira do PSD é o peemedebista Márcio Roberto, que também apóia o Governo Ricardo Coutinho. O líder da oposição na Assembleia, André Gadelha não mostrou surpresa com a possibilidade de desfiliação desses parlamentares. Para ele, é praticamente certa a saída dos deputados que declararam apoio a Ricardo Coutinho.

Justiça do Rio manda soltar os 439 bombeiros presos

Bombeiros comemoram na Alerj decisão de mandar soltar colegas presos (Foto: Thamine Leta)
Um grupo de deputados federais conseguiu, na madrugada desta sexta-feira (10), um habeas corpus para soltar os 439 bombeiros presos no Rio, após a invasão do quartel central da corporação, durante uma manifestação por melhores salários e condições de trabalho. A decisão que favoreceu os presos é do desembargador Cláudio Brandão, que estava de plantão judiciário na madrugada. Todas as informações foram confirmadas pelo plantão do Tribunal de Justiça do Rio.

Os 439 bombeiros estão presos desde sábado (4), após policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) invadirem o quartel central do Corpo de Bombeiros. Mais de 2 mil manifestantes haviam tomaram a unidade na noite de sexta-feira (3).

O pedido foi feito pelos deputados federais Alessandro Molon (PT-RJ), Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) e Doutor Aluizio (PV-RJ), que seguem nesta manhã para o quartel de Charitas, em Niterói, na Região Metropolitana, para comunicar a decisão aos presos.

Bombeiros grevistas que não foram presos fazem manifestações nas escadarias da Alerj desde domingo (5). Na manhã desta sexta, eles permaneciam com barracas de acampamento e faixas. Após receber a notícia, o porta-voz da corporação, cabo Laércio Soares, disse que foi feita a Justiça e que agora aceita conversar.

Bombeiros rezam em frente a Alerj ao saber da soltura dos companheiros (Foto: Thamine Leta)
Cabral se esquiva

Na noite de quinta-feira (9), o governador Sérgio Cabral se manifestou sobre a prisão dos 439 bombeiros.

"A questão dos 439 bombeiros militares presos está na Justiça Militar. Não é uma prisão decidida pelo governo do estado. É uma prisão decidida pela Justiça Militar e cabe à Justiça Militar decidir sobre isso: se eles permanecem presos ou se eles não permanecem presos", disse Cabral, durante evento de lançamento de um guia do Rio de Janeiro, em São Paulo.

Manifestações

 Nem a chuva que caía nesta quinta-feira desanimou os manifestantes. Muitos bombeiros  continuavam acampados nas escadarias da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Eles pediam que os 439 bombeiros presos fossem imediatamente liberados. O grupo também reivindicava aumento salarial e melhorias nas condições de trabalho.

“Não existe reajuste nenhum. Nenhuma negociação existe com os bombeiros presos. A negociação só acontece com a liberação e anistia dos presos. O aumento salarial agora é segundo plano, o primeiro é a liberdade dos presos”, disse o sargento Narciso.

Os professores da rede estadual também entraram em greve. Junta a estudantes, eles se juntaram aos bombeiros, na quinta-feira, e tentaram impedir o fechamento de algumas escolas estaduais de ensino noturno.

Governo anuncia reajuste e nova secretaria

Ainda na quinta, o Governo do Estado anunciou a criação da Secretaria de Estado de Defesa Civil, e enviou à Alerj uma mensagem antecipando de dezembro para julho os seis meses de reajustes salariais para bombeiros, policiais militares, policiais civis e agentes penitenciários.

Segundo nota, a secretaria ficará sob o comando do Coronel Sérgio Simões, comandante do Corpo de Bombeiros. Anteriormente, a pasta de Defesa Civil era vinculada à Secretaria estadual de Saúde. A nota informava ainda que o reajuste para as categorias será de 5,58%. Somados aos reajustes de janeiro a junho deste ano, as categorias passam a acumular 11,5% de aumento salarial em 2011.


Para PCdoB, mudança na Casa Civil é positiva


A mudança na Casa Civil, com a posse da senadora Gleisi Hoffmann nesta quarta-feira, no lugar de Antônio Palocci, é vista como uma ação positiva pelo PCdoB, que faz parte da base aliada. Para o presidente nacional do Partido, Renato Rabelo, “a presidente terá melhores condições para aprimorar os seus métodos e exercer plenamente a liderança política necessária à manutenção da coesão da base aliada e a condução consequente de sua sustentação econômica e social”.

Osmar Junior: "gestão da presidente naturalmente
a levará cada vez mais a ter um
governo com sua cara"
O líder do PCdoB, deputado Osmar Júnior (PI), acredita que com a posse da nova ministra, a situação volta à normalidade. Ele também avalia que com essa decisão (de troca de ministro), “a presidente Dilma retoma a orientação da política e promove mudanças substanciais quando recoloca a Casa Civil como gestora, com atuação dedicada à gestão, dando a responsabilidade do acompanhamento político à Secretaria de Relações Institucionais”.

Os líderes comunistas destacam que em recente decisão do Comitê Central Político, no último final de semana, o partido já havia se manifestado sobre essa possível mudança. “A crise na qual estava envolvido o Palocci exigia uma solução que reforçasse a autoridade da presidente Dilma Rousseff, principalmente porque existia um anseio na base de que a solução para a questão fosse encontrada com a maior brevidade possível para que o governo pudesse dar curso ao bom começo de sua gestão”, disse Renato Rabelo.

Osmar Júnior complementa dizendo que “o processo de gestão da presidente naturalmente a levará cada vez mais a ter um governo com sua cara”. E acrescenta: “vai avançando nessa direção”.

A avaliação do PCdoB à indicação do nome da senadora Gleisi Hoffmann também é positiva. Renato Rabelo diz que é uma liderança jovem que surge no Paraná e alia dois aspectos importantes para esse papel para o qual foi indicada: “capacidade técnica e administrativa e goza de grandes predicados políticos, podendo assim contribuir para o avanço do governo na fase atual”.

PCdoB confirma desligamento de vereador


O presidente do Comitê Municipal do PCdoB do Recife, Luciano Siqueira, reeinterou o posicionamento do dirigente estadual da sigla George Braga na última sexta-feira ao jornal Diário de Pernambuco sobre a saída do vereador Vicente André Gomes do Partido Comunista do Brasil.

A informação dada pelo dirigente foi resultado de uma decisão coletiva, uma vez que, afirmou Siqueira: “Existiam insatisfações das duas partes e não havia mais ambiente político para Vicente no partido”, considerando o fato também como uma “separação amigável”.

Luciano ainda acrescentou que “não foi uma posição isolada de George, ele falou em nome do partido. Assim como também não se trata de expulsão, nem de punição. O que houve foi um diálogo tranqüilo e fraternal, o deixando inteiramente à vontade para procurar outra sigla”. O deputado estadual explicou que no PCdoB alguém só é expulso quando é considerado “inimigo”, o que, segundo ele, além de não ser o caso está “há anos luz de distância”.

Siqueira salientou que Vicente pode ter segurança que o PCdoB não vai reivindicar o mandato dele. Até setembro o vereador deverá se desfiliar e procurar outro partido caso pretenda tentar a reeleição em 2012. 


Bancada do PCdoB pede na PGR a federalização dos crimes do campo


Os parlamentares do PCdoB na Câmara e no Senado protocolaram, na manhã desta quinta-feira (9), representação para o Procurador-Geral da República (PGR) pedir ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) o deslocamento da competência dos crimes praticados pelo latifúndio contra trabalhadores rurais para a Justiça Federal. No mesmo dia, a bancada também solicitou audiência com o procurador-geral, Roberto Gurgel. Marcado para a próxima semana, para tratar do assunto.

Os parlamentares do PCdoB foram em comitiva dar entrada na
Representação e se encontram com o Procurador-Geral
da República na próxima semana.
O líder do PCdoB na Câmara, deputado Osmar Júnior, acompanhado de alguns dos deputados e da senadora Vanessa Grazziotin (AM), esteve na procuradoria para dar entrada na representação. Ele disse que “a iniciativa de oferecimento desta Representação deriva da crença de que é impossível acabar com a impunidade dos poderes econômico e político locais em questões que envolvem conflitos agrários”.

“A impunidade, segundo texto da Representação, é perpetuada principalmente pelo fato de as autoridades locais – nitidamente coniventes com os criminosos ou mesmo temerosas desses – não apurarem esses crimes ou, quando muito, não concluírem os julgamentos em tempo razoável – isso, claro, nas raras ocasiões em que os casos sequer chegam ao Judiciário”.

Os parlamentares do PCdoB destacaram ainda que “a medida é inspirada no propósito de, mediante a autoridade da Constituição, buscarmos a realização da Justiça não só para dar uma resposta adequada à sociedade, mas também para proporcionar alguma segurança às centenas de milhares de famílias que se encontram sem nenhuma proteção das autoridades locais”, acrescentou a deputada Alice Portugal (BA), que também participou do grupo.

Para a deputada Jandira Feghali (RJ), “com a grande concentração de renda e de terras nas mãos de poucas famílias, as enormes desigualdades sociais são inegáveis. Enquanto, no campo, milhões lutam diariamente por condições mínimas de dignidade e de sobrevivência – por trabalho, por um pedaço de terra onde possam ter um lar e produzir alimentos para seus familiares –, alguns poucos e pequenos grupos concentram em suas mãos enormes quantidades de terra e os poderes econômicos e políticos para fazerem o que bem entenderem”.

Já o deputado Daniel Almeida (BA) disse que “os milhões que batalham pelo mínimo acabam por se ver privados não só de condições mínimas de subsistência, mas, muitas vezes, de segurança pessoal, integridade física e psíquica e, não raro, até mesmo de suas vidas”, acrescentando que “o poder econômico local, movido pela ganância do acúmulo, se vale de verdadeiras milícias para afastar de suas vastas terras aquelas pessoas que lutam por uma distribuição fundiária minimamente justa”.

O deputado Chico Lopes (CE), que também fez parte do grupo, destacou que “esses pequenos grupos de “donos do poder” contam com a conivência das autoridades locais para expulsar os camponeses e vencer essa injusta batalha, que se afigura como verdadeira expressão da luta de classes”.

Também a senadora Vanessa Grazziotin se manifestou sobre o assunto, enfatizando o que diz o texto da Representação; “É dessa forma que são perpetradas – e, pior, até mesmo naturalizadas pela grande quantidade de cidadãos brasileiros que não vivem próximos a essa dura realidade – inúmeras violações de direitos humanos sem que o Poder Público faça nada a respeito. As relações imorais mantidas entre o poder econômico e as autoridades locais faz com que não se possa confiar no Estado para proteger nossos compatriotas em diversas partes do nosso país”.

Sem acesso à Justiça

O texto da representação destaca ainda dados do relatório Conflitos no Campo Brasil 2010, em que a Comissão Pastoral da Terra (CPT) mostra o descaso das autoridades com os crimes no campo. Entre os anos 1985 e 2009, de 1162 ocorrências de conflitos no campo que resultaram no assassinato de 1546 trabalhadores e seus aliados, somente 88 foram levadas a julgamento, havendo a condenação de somente 69 executores e 20 mandantes.

“Em 25 anos de história, portanto, são 1074 ocorrências registradas que não foram sequer levadas a juízo ou não tiveram o devido processamento pelo Judiciário, configurando clara afronta a princípios fundamentais como os direitos de acesso à justiça e à razoável duração do processo”.

Os comunistas lançam mão ainda dos princípios constitucionais para justificar o pedido de federalização dos crimes do campo. O líder Osmar Júnior destaca que “a Emenda Constitucional nº 45, de 2004, trouxe a possibilidade de o Procurador-Geral da República suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal em hipóteses grave violação de direitos humanos”, diz, acrescentando que o pedido também assegura o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil faz parte.

E cita como exemplo o artigo 3º da Declaração Universal dos Direitos Humanos “que traz, junto à proteção da vida, também o direito à segurança pessoal, igualmente violada em todos esses casos – não só nos assassinatos, como também, nas inúmeras agressões, ameaças de morte e tentativas de homicídio”, afirma. 


Sindicato só negociará salários após soltura de bombeiros


Mais de 400 funcionários estão presos desde o último sábado; associações não farão reivindicações enquanto bombeiros não forem soltos.

Grupo protesta contra a prisão dos bombeiros (Antônio Lacerda/EFE)
Os representantes de associações e sindicatos de trabalhadores da área de segurança pública do Rio de Janeiro decidiram nesta quarta-feira que só vão apresentar uma nova proposta de reajuste salarial quando os 439 bombeiros presos no último sábado forem libertados.

Segundo o presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Vanderlei Ribeiro, todas as entidades que estiveram reunidas pela manhã na sede da instituição concordam com a decisão – que também ganhou apoio dos policiais, que já sinalizam a adesão às manifestações por melhorias salariais.

“Nós não vamos apresentar nenhuma reivindicação enquanto nossos companheiros estiverem presos. Temos uma audiência agora com o comandante-geral [do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões]. Vamos tentar ir junto com ele ao governador para tentar uma saída para esse caso tão delicado que estamos vivendo", explicou o dirigente.

O grupo vai apresentar novamente a proposta que foi defendida na reunião de terça-feira com o comandante-geral da corporação e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Paulo Melo. A estratégia é anistiar os militares presos com base em uma lei federal que já foi usada em casos semelhantes em outros estados. Para o comandate do Corpo de Bombeiros, a decisão de soltura deve ficar nas mãos da Justiça.

Nesta terça-feira, a Defensoria Pública do estado do Rio de Janeiro apresentou à Auditoria de Justiça Militar um pedido de relaxamento de prisão dos militares. Segundo a assessoria de comunicação do órgão, a expectativa é que o judiciário se pronuncie em três ou cinco dias. 

Polícia encontra 21 corpos em ruas de cidade mexicana


Espalhados pelas ruas de Morelia, cadáveres tinham mensagens ameaçadores; traficantes são suspeitos da matança.

Polícia desconfia que traficantes sejam os responsáveis pela matança de 21 pessoas na cidade
de Morelia, no México. (Samuel Castillo/AFP)
As autoridades da localidade de Morelia, no estado de Michoacán, localizaram 21 corpos espalhados pelas ruas da cidade, todos eles com mensagens de ameaça, informa a imprensa local nesta quinta-feira.

O titular da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) do estado de Michoacán, Jesús Montejano Ramírez, confirmou a notícia e garantiu que as autoridades locais trabalham em coordenação com as federais para descobrir os autores dos fatos.

"Depois das 21h (23h de Brasília), começamos a receber as ligações que nos indicavam onde estavam todos os corpos e passamos a trabalhar imediatamente, buscando que os indícios se conservem para ter uma boa investigação", destacou Montejano ao jornal Provincia.

Os cadáveres, que até o momento não foram identificados, eram de homens de idades entre 25 e 40 anos e apresentavam sinais de tortura e tiros.

Segundo o jornal Milenio, todos tinham cartazes com os dizeres: "Porque a sociedade pediu, isto vai acontecer com aqueles que continuarem roubando as casas, com os sequestradores, com os estupradores".

Os corpos foram jogados de forma simultânea em vários pontos da cidade e das estradas divisórias.

"Temos uma equipe completa de trabalho orientada a fazer uma verdadeira investigação e (examinar) qualquer indício, qualquer linha de indagação que nos permita encontrar os autores desses lamentáveis fatos", acrescentou o titular da PGJ.

O estado de Michoacán é o reduto do cartel de La Família, um dos maiores e mais violentos do México, envolvido com o tráfico de drogas, sequestros e extorsões.

Governo bandido – Evo Morales vai legalizar todos os carros roubados que circulam na Bolívia e ainda espera arrecadar US$ 200 milhões!

Desde o governo do golpista Luiz Garcia Meza, que ficou apenas um ano no poder, no começo da década de 80, a Bolívia não tinha um governo abertamente criminoso. Mas eis que chegou Evo Morales, o querido companheiro de Lula, aquele com quem ele já dividiu palanque e guirlanda de folhas de coca. À Bolívia, o Brasil já deu uma refinaria da Petrobras de presente e financiamento do BNDES para fazer uma estrada que só serve ao transporte de… folhas de coca. Oitenta por cento da cocaína consumida no Bananão vem daquele país. Mas, vocês sabem, seguimos a máxima de Chico Jabuti Alheio: procuramos falar grosso com os EUA e fino com os bolivianos.

Ontem, Dilma anunciou um plano de proteção às fronteiras. É puro factóide. Foi só uma cascata para tentar responder a uma série de reportagens do Jornal Nacional. Do outro lado da linha, na Bolívia, “meu querido Evo” (como Lula chama aquele índio de araque) também agiu: ele sancionou uma lei aprovada por sua turma no Parlamento que, ATENÇÃO!, LEGALIZA TODOS OS CARROS ROUBADOS QUE CIRCULAM NO PAÍS. Noventa por centro deles têm origem no Chile e no Brasil. A maioria vai para Yungas e Chapare, zonas de produção de coca.

Não pensem que Evo é do tipo que não explica as suas medidas. Ele expôs o alcance social da decisão: são carros comprados pelas pessoas pobres por serem mais baratos! Faz ou não faz sentido? E ainda sentenciou: “Todos temos direito de ter nosso carro”.

Severo, o falso índio avisou: “A partir de hoje, os que tiverem carros sem documentos devem apenas registrá-los, num prazo de 15 dias; depois disso, não vamos perdoar”. Uau!!! O governo vai cobrar pela legalização. Esperto, este monumento moral pretende arrecadar uns US$ 200 milhões com taxas. O governo do Chile já decidiu reforçar a vigilância em áreas de fronteira. Vale dizer: cuidem-se, brasileiros! A menos que vocês confiem na competência de José Eduardo Cardozo!

É evidente que uma delinquência dessa natureza mereceria um protesto formal do Brasil na OEA e naquela porcaria chamada Unasur… Nada vai acontecer. O Brasil compreende os irmãos mais pobres e lhes entrega o patrimonio dos brasileiros.

Estudo da Polícia Federal não considera oxi como nova droga

A Polícia Federal (PF) não considera o oxi como sendo nova droga, mas como uma diferente forma de apresentação da cocaína. A constatação foi feita por meio de um estudo comparativo que utilizou amostras do oxi apreendido no Acre e de cocaína pela PF. Por causa disso, não serão adotados outros padrões de controle de fiscalização.

No estudo, foram analisadas 20 amostras de oxi da Polícia Civil do Acre e 23 amostras de cocaína da Polícia Federal do mesmo estado. "A análise de perfil químico das amostras de 'oxi' apreendidas no estado do Acre indicam que não existe uma 'nova droga' no mercado ilícito", afirma a nota enviada pela PF.

Segundo a pesquisa, o oxi é constituído de sal, crack, pasta base e cocaína base. Acrescidos a essa composição, estão o querosene e a cal. A composição majoritária, no entanto, da cocaína é a mesma do oxi, o que não caracterizaria uma nova droga.

A análise de perfil químico das amostras foi feita no Serviço de Laboratório do Instituto Nacional de Criminalística da PF, em Brasília, com a colaboração com equipe do programa de Perfil Químico das Drogas da PF.

As 23 amostras da PF, todas contendo cocaína na forma de base livre, exibiram teores de cocaína na faixa de 50-85% (média de 73%), sendo compostas predominantemente de cocaína “não oxidada”, isto é, na forma de pasta base de coca.

As demais amostras foram refinadas (“moderadamente oxidadas” ou “altamente oxidadas”) e se encontravam na forma de cocaína base. Para as 20 amostras de “oxi”, vindas das apreensões da Polícia Civil do Acr, foram observados teores de cocaína na faixa de 29-85% (média de 65%). Dentre elas, 04 amostras apresentavam menores teores de cocaína (29-47%) e quantidades significativas de carbonatos, sendo típicos exemplos da cocaína na forma crack.

Outras seis amostras se apresentavam na forma de cocaína sal cloridrato (57-85% de cocaína nestas amostras), que não são normalmente utilizadas na forma fumada e que, portanto, não foram consideradas como possíveis amostras de “oxi”.

Novos elementos são acrescentados à tabela periódica

Eles existem por no máximo alguns segundos na vida real, mas ganharam a imortalidade na química: dois novos elementos foram acrescentados à tabela periódica. Os elementos foram reconhecidos por um comitê internacional de químicos e físicos. Por enquanto eles receberam os nomes de elementos 114 e 116, mas seus nomes permanentes e símbolos serão escolhidos mais tarde.

Você não deve se deparar com nenhum deles, já que cientistas os produzem em laboratórios ao esmagar átomos de outros elementos para criar novos. "Nossos experimentos duraram muitas semanas e normalmente fazíamos um átomo a cada semana", disse o químico Ken Moody, do estadunidense Laboratório Nacional Lawrence Livermore, que fez parte do grupo.

Ao contrário dos elementos com os quais estamos mais familiarizados, como carbono, ouro e estanho, os novos elementos têm vida curta. Os átomos do 114 se desintegram em segundos, enquanto os do 116 desaparecem numa fração de segundos, disse Moody. Os dois elementos foram descobertos com a colaboração de cientistas de Livermore e da Rússia. Eles os produziram ao esmagar íons de cálcio dentro de átomos de plutônio ou de outro elemento, o cúrio.

EXPECTATIVA: julgamento dos agravos de Cássio Cunha Lima devem ser julgados nesta quinta-feira no STF

Conforme informações do próprio senador Cássio Cunha Lima (PSDB) a respeito da previsão do julgamento dos agravos regimentais em seu favor pelo Supremo Tribunal Federal (STF) deve acontecer na tarde desta quinta-feira, (09).

Havia possibilidade de ocorrer ontem, mas de acordo com a pauta divulgada pela assessoria do STF na manhã de hoje não consta nada.

Na sexta-feira passada, o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, decidiu apresentar os agravos em mesa para julgamento (levá-los a apreciação em plenário). O advogado Luciano Pires, que atua na defesa de Cássio, acredita que o STF não irá alterar a decisão que determinou a posse do tucano no Senado Federal, devendo deliberar pela comunicação imediata à Justiça Eleitoral para diplomação e posse de seu cliente no Senado, na vaga que vem sendo ocupada pelo ex-deputado federal Wilson Santiago (PMDB), que obteve terceiro lugar na disputa pelo Senado.

“Não existe possibilidade de mudança da decisão do ministro e o plenário deve desprover os Agravos. Depois disso, aguardaremos apenas a comunicação ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba para que Cássio seja diplomado senador”, comentou.

No último dia 3 de maio, o ministro Joaquim Barbosa deu provimento ao recurso de Cássio com base em decisão do Pleno do STF que invalidou a Lei da Ficha Limpa para as eleições 2010. No entanto, foram impetrados três agravos regimentais com o objetivo de reverter à decisão que beneficia o ex-governador. Por conta disto, relator decidiu submeter o processo a uma decisão colegiada.

Os agravos que serão levados pelo ministro Joaquim Barbosa para serem julgados pelo Pleno do STF foram interpostos pela coligação Paraíba Unida – formada pelo PMDB, PT, PSC, PC do B, PR, PRB, PT do B, PMN, PHS, PSL e PP-, pelo empresário José Andrea Magliano e pelo vereador de Santa Luzia, Bivar de Souza Duda, todos partes autoras da ação que resultou na impugnação do registro de candidatura do tucano, com base na pela Lei Complementar 135/2010, a Lei da Ficha Limpa.

Os três contestam a decisão do ministro relator, que deu provimento ao recurso de Cássio Cunha Lima, e pedem ao STF mantenha a inelegibilidade do ex-governador da Paraíba, com base na Lei Complementar 64/90, a chamada lei das Inelegibilidades, impedindo que ele seja diplomado e assuma o cargo de senador.

PE: traficantes plantam maconha na PB

Uma operação desencadeada ontem à tarde pelas polícias Civil e Militar terminou descobrindo, na zona rural do município de Ouro Velho, no Cariri do Estado, uma área controlada por traficantes e que estava servindo para o plantio de aproximadamente 10 mil pés de maconha. A droga seria de traficantes pernambucanos da cidade de Salgueiro, no ‘Polígono da Maconha’, que teriam migrado para a Paraíba para plantar o entorpecente.

A plantação foi destruída e deve ser incinerada hoje, com autorização da Justiça. No mês passado os policiais já tinham encontrado um plantio com 7 mil pés da mesma droga, na zona rural da cidade de Prata, na mesma região.

No acampamento improvisado, onde estariam trabalhando pelo menos 15 pessoas, os policiais apreenderam documentos, carroças, baldes, comida e outros equipamentos usados no cultivo da droga. Segundo as investigações da polícia, a plantação já teria 60 dias e pertenceria ao mesmo grupo que mantinha droga na zona rural de Prata.Os traficantes, porém, teriam contratado trabalhadores paraibanos para cultivarem o entorpecente com o auxílio de outras pessoas ligadas ao tráfico na Paraíba.

“A gente tem na região grandes fazendas e propriedades rurais. E os donos acabam esquecendo de algumas áreas, que são invadidas por pessoas estranhas que aproveitam o espaço para isso, já que a região é de divisa com o Pernambuco”, informou o delegado geral adjunto da Polícia Civil paraibana, Werginoud Vaz. O material foi encontrado em um matagal dentro da ‘Fazenda Panta Leão’, que pertence a um policial civil aposentado. De acordo com as investigações da polícia, ele não teria conhecimento de que o cultivo estava sendo mantido em sua propriedade. Com a chegada da polícia, três traficantes ainda chegaram a ser vistos, mas conseguiram fugir pela mata.

“Com certeza pelo que a gente percebe esse material não pertence a pessoas daqui, mas os proprietários contaram com o apoio de gente da região para fazer o plantio. Essa área é de preservação e de difícil acesso. Por conta disso esses traficantes estariam se aproveitando. Na Prata, nós encontramos um cenário semelhante e um livro com nomes de pessoas de Salgueiro. Agora vamos destruir esse material e dar prosseguimento as investigações para chegarmos aos donos da droga”, informou a delegada Vanderléia Gadi, que ao lado do major Josival Brandão e dos delegados Gilson Duarte e Tatiana Matos comandaram a operação. Mais de 50 policiais trabalharam na destruição do material.

O ‘Polígono da Maconha’ é formado pelas cidades pernambucanas de Salgueiro, Orocó, Cabrobó, Floresta e Belém de São Francisco. A região é conhecida em todo o país pela atuação do narcotráfico que transforma fazendas e pequenas propriedades rurais em campos para o plantio da droga. A maconha produzida no ‘Polígono’ é distribuída para o todo o país.

Conselho de Ética analisa hoje relatório contra Jaqueline Roriz

Três meses depois de ter a vida pregressa exposta em vídeo que a jogou dentro do escândalo da Caixa de Pandora, a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN) enfrentará hoje o tribunal político. Está na pauta da sessão do Conselho de Ética a leitura do relatório sobre acusações que pesam contra Jaqueline (leia quadro), entre elas o caso da filmagem na qual aparece junto ao marido, Manoel Neto, recebendo dinheiro das mãos de Durval Barbosa, o delator do esquema de corrupção no Distrito Federal. O parecer será pela cassação e a tendência é que a maioria dos conselheiros titulares acompanhe a sugestão pela punição máxima. Mas como avalia o próprio presidente do Conselho, não se pode descartar surpresas para a sessão de hoje. “Você pode esperar tudo de cabeça de juiz e voto de deputado”, alertou José Carlos Araújo (PDT-BA). Uma delas pode ser, inclusive, o adiamento da sessão, com um possível pedido de vista.

Dos 15 conselheiros com assento no Conselho de Ética, pelo menos oito sinalizaram apoiar o entendimento do relatório a favor da condenação de Jaqueline. O deputado Ricardo Izar (PV-SP) é um deles. Não só rebate a argumentação da defesa de que fatos anteriores ao mandato não podem gerar processos na atual legislatura, como considera o teor do vídeo grave o suficiente para gerar pena máxima à congressista. “Se o que aconteceu antes da legislatura atual está manchando o Legislativo agora, o fato é do presente, e não do passado. As imagens são muito fortes.”

Entre os titulares do conselho, Sibá Machado (PT-AC), também adianta que votará de acordo com o relator, ou seja, em favor da cassação. “Mesmo que digam que o conselho não pode julgar atos passados, o que aconteceu foi escancarado. O eleitor não sabia do fato, talvez, se soubesse, a deputada não teria sido eleita”, analisou o colega. Historicamente, o PT vota fechado, com uma única posição, o que, se ocorrer hoje, puxará as sentenças da Professora Marcivânia (PT-AP) e de Assis Carvalho (PT-PI). Dr. Ubiali (PSB-SP) é da opinião de que o Conselho de Ética não só pode como deve julgar os fatos pretéritos ao mandato. “A vida é um ato contínuo, o que você cometeu em determinada fase não pode ser apagado.” Se fosse integrante do conselho na época dos mensaleiros do PT, Ubiali diz que teria se posicionado pela cassação dos deputados. É provável que hoje siga o mesmo posicionamento.

Mendes Thame (PSDB-SP) foi um dos autores de emendas que, se aprovadas, favoreceriam a sustentação pela perda de mandato de Jaqueline. Ele sugeriu que o Conselho de Ética incluísse em seu regimento um texto mais claro sobre a hipótese de processo contra parlamentares. Em sua emenda, Thame previa a abertura de ação para congressista contra o qual fosse “descoberto algum delito criminoso anterior à sua posse” com potencial para afetar a dignidade do mandato. A proposta, no entanto, foi rejeitada na Comissão de Constituição e Justiça.

O presidente do Conselho de Ética só se pronuncia em caso de empate. Desde o início do processo, é considerado um voto pela cassação de Jaqueline. Ele demonstra abertamente ser contra uma punição alternativa. “Penas mais brandas são para fatos menos graves. Uma briga entre parlamentares, por exemplo. Meter a mão no erário não tem outra pena que não seja a de cassação”, considera. A pena alternativa, aliás, seria a saída ideal para os deputados, que dariam uma satisfação à opinião pública sem, no entanto, serem severos demais. Os parlamentares sempre foram corporativistas. Têm consciência que de que é curto o caminho da cadeira de juízes para a dos réus. Punir Jaqueline com castigo máximo poderia predestinar o futuro de muitos pares.

Sanção mais leve
O problema é que, no caso de Jaqueline, vai ficar difícil justificar uma punição alternativa pela própria natureza da defesa da parlamentar, a de que não poderia sequer estar sendo processada, uma vez que não era deputada à época do delito. Portanto, será difícil argumentar um meio termo no caso do vídeo. Quem estiver do lado de Jaqueline deve se posicionar logo no início, abraçando a tese de que o processo contra ela peca por princípio. É o caso dos deputados do PMDB Mauro Lopes (MG) e Wladimir Costa (PA), que se aliam à tese da temporalidade.

Uma hipótese trabalhada é que Jaqueline seja, por exemplo, punida pelo uso da verba indenizatória para custear escritório político em sala de propriedade da empresa do marido. Esse entendimento pode ser apresentado como um voto em separado e justificaria uma sanção bem mais leve que a cassação.

“A defesa está convencida de que Jaqueline não pode ser processada, pois o episódio ocorreu há cinco anos, quando ela era uma simples cidadã. Além disso, no mês passado, o plenário da Câmara rejeitou propostas de deputados que queriam tornar passíveis de punição fatos pretéritos”, considerou o assessor de imprensa da deputada, Paulo Fona.

Tese controversa
A questão da temporalidade será discutida na condição de preliminar. Essa é a principal tese da defesa de Jaqueline Roriz, que sustenta falta de competência da Câmara para julgá-la. Segundo os advogados da parlamentar, ela não pode ser punida por algo que ocorreu antes do início da legislatura. O assunto é, de fato, polêmico, já que foi o principal argumento de absolvição de petistas que se envolveram no escândalo do mensalão do PT.

Os argumentos
Saiba quais são as acusações que pesam contra a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) no Conselho de Ética e as justificativas apresentadas pela parlamentar:

DENÚNCIA
Recebimento de recursos de origem supostamente ilícita para a campanha de 2006. Em vídeo, ela aparece ao lado do marido, Manoel Neto, recebendo R$ 50 mil de Durval Barbosa. Em outra ocasião, eles teriam arrecadado entre R$ 30 mil e R$ 50 mil e rádios Nextel custeados com dinheiro público.

O nome de Jaqueline Roriz aparece com outros deputados distritais, em uma tabela intitulada “Pdot”, apreendida no cofre do ex-chefe da Casa Civil do DF José Geraldo Maciel. Em depoimento à Polícia Federal, Durval teria dito que cada parlamentar recebeu R$ 420 mil para votar favoravelmente ao Plano Diretor de Ordenamento Territorial.

Pagamento de aluguel no valor de R$ 1,1 mil de imóvel pertencente à empresa de Manoel Neto, localizado no Edifício Oscar Niemeyer, no Setor Comercial Sul (SCS), com recursos da cota parlamentar de Jaqueline Roriz.

A possível omissão dos valores supostamente recebidos pela deputada na Declaração de Bens e Renda apresentada no ato da posse na Câmara dos Deputados. Isso feriria o artigo 4º do Código de Ética. Além disso, é destacado que a própria deputada assumiu, em nota pública, ter recebido recursos “não devidamente contabilizados”.

DEFESA
Os fatos teriam ocorrido antes da atual legislatura e haveria a impossibilidade de instauração de processo para a apuração de fatos anteriores ao exercício do mandato parlamentar. Prova disso seria a rejeição, no mês passado, na Câmara de projetos de resolução que visavam incluir dispositivos para punir os atos pretéritos.

O fato se refere ao desempenho dela no exercício de mandato de deputada distrital e, portanto, não se trata de ato praticado na qualidade de deputada federal. Além disso, a CPI da Codeplan, realizada na Câmara Legislativa para investigar as denúncias da Operação Caixa de Pandora, não indiciou a parlamentar do PMN.

A deputada, de acordo com orientação recebida dos setores administrativos da Câmara, instalou escritório parlamentar em imóvel cedido, sem ônus, pela Ideias Mult Service Publicidades e Veículos, empresa do marido. Os recursos públicos serviram para quitar a taxa de condomínio, o que é permitido pela Casa.

A declaração se refere a bens havidos até a data da posse, assim como com as rendas ordinariamente auferidas. Não incluem pretensos recursos que teriam sido percebidos em exercícios anteriores ao exercício do mandato. Ademais, não é demonstrado que a deputada tenha omitido.

Regras do julgamento
A sessão de hoje correrá sob as novas regras aprovadas há quinze dias. Nem todas as mudanças deverão ser aplicadas para o caso deJaqueline Roriz, visto que o processo administrativo já estava em curso quando as novidades entraram em vigor.

No entanto, algumas medidas podem interferir no julgamento que será iniciado às 14h30, no Plenário 13. Uma das possibilidades é de abrandamento de uma possível pena.

Antes das mudanças, o conselho era obrigado a avaliar a aplicação da sanção solicitada pelo autor da representação. Agora, os conselheiros podem optar por uma pena diferente.

Outra alteração que pode ser aplicada é a forma de contar os prazos regimentais. Muitos conselheiros consideram como certo o pedido de vista do relatório. No entanto, em vez de ficar fora de pauta por duas sessões ordinárias — o que ocorria por período indefinido —, agora o autor do requerimento deve devolver o processo em dois dias úteis. Ele voltaria a julgamento na próxima semana. Como não é permitido um novo pedido de vista, o caso teria de ser encerrado.

O conselho ganhará seis membros, mas na sessão de hoje o órgão ainda funcionará com 15 conselheiros. Depois da leitura do relatório, os advogados de Jaqueline terão até 30 minutos para fazer a defesa. Cada deputado, então, poderá se manifestar, sendo que o relator e os defensores terão direito a tréplica. Se o resultado for pela cassação, o caso vai para apreciação dos 513 deputados no plenário. Se algum voto em separado sair vencedor, um conselheiro será escolhido para redigir novo parecer.

Denúncias derrubam Palocci do governo pela segunda vez


Antonio Palocci no último evento público do qual
participou como ministro, nesta terça (7), ao lado
da presidente Dilma Rousseff
(Foto: André Dusek/Agência Estado)
Ao deixar o comando da Casa Civil nesta terça-feira-feira (7), depois de denúncias sobre evolução de seu patrimônio pessoal e suposto tráfico de influência, Antonio Palocci revive situação semelhante à ocorrida em 2006, quando deixou o cargo de ministro da Fazenda.

A saída de Palocci foi comunicada por meio de uma nota divulgada pela Casa Civil. O ministro, que ficou pouco mais de cinco meses no cargo, é o primeiro a deixar o ministério no governo da presidente Dilma Rousseff. No lugar de Palocci, assume a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Em março de 2006, quando comandava o Ministério da Fazenda durante o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Palocci foi acusado de ordenar a violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

O caseiro havia prestado depoimento na CPI dos Bingos relatando que tinha visto Palocci em reuniões com lobistas em uma mansão em Brasília. Palocci deixou o governo e assumiu o mandato na Câmara dos Deputados, do qual estava licenciado.

No Parlamento, concentrou boa parte da atuação na Comissão de Finanças e Tributação, relatando projetos ligados à área econômica, importantes para o governo, como a reedição da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CMPF). A proposta foi aprovada na Câmara e derrubada no Senado, resultando em uma das principais derrotas do governo Lula no Congresso.

Durante o período em que estava no Congresso, Palocci lançou um livro de memórias sobre seus dias no poder, dizendo ter sido vítima de uma campanha da oposição e fazendo um “mea culpa” sobre sua atuação no ministério.

Em agosto de 2009, foi absolvido da acusação de quebra de sigilo, por conta do episódio do caseiro Francenildo Costa, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

No início de 2010, a Justiça tomou outra decisão favorável a Palocci, rejeitando a denúncia do Ministério Público sobre a chamada “"máfia do lixo"”, escândalo que atingiu sua gestão na Prefeitura de Ribeirão Preto. O escândalo, de 2006, apontava um suposto esquema de pagamentos de propina por parte do Grupo Leão Leão, concessionário da limpeza urbana no município.

As duas absolvições abriram caminho para que Palocci voltasse atuar de forma intensa no governo. Exatamente quatro anos depois de deixar o governo, ele ampliou a influência no PT, já integrando a campanha de Dilma Rousseff para a Presidência da República.

Manteve o estilo discreto, avesso a entrevistas, e, ao lado do ex-presidente do PT, José Eduardo Dutra, e do então deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP), atual ministro da Justiça, Palocci formou o chamado “"núcleo duro"” da campanha. O trio, que recebeu o apelido de “os três porquinhos”, foi contemplado com a coordenação política da equipe de transição do governo.

Acusações recentes

Reportagem publicada pelo jornal “"Folha de S.Paulo"”, em 15 de maio, apontou que o ministro teria aumentado em 20 vezes seu patrimônio, entre 2006 e 2010, quando era deputado federal. Conforme a “"Folha"”, Antonio Palocci teria recebido R$ 20 milhões somente em 2010, a maior parte nos últimos meses do ano, quando participava do governo de transição.

Depois, outras reportagens apontaram que clientes de Palocci teriam feito negócios com empresas públicas e que um dos clientes teria sido beneficiado em uma operação de restituição de imposto de renda junto à Receita Federal, subordinada ao Ministério da Fazenda, pasta que Palocci comandou em 2006.

Explicações

Na última sexta-feira (3), Palocci concedeu entrevista à TV Globo, a primeira manifestação pública desde que reportagens sobre o aumento do seu patrimônio e suposto tráfico de influência começaram a ser publicadas. Integrantes de partidos da base do governo e da oposição cobravam explicações do ministro.

Na entrevista, Palocci negou que tenha feito tráfico de influência. "“Não fiz tráfico de influência, não fiz atuação junto a empresas públicas representando empresas privadas”", disse. O ministro não informou a lista de clientes da Projeto nem quanto teria faturado porque, segundo ele, não poderia expor as empresas em um ambiente político “conturbado”.

Ele afirmou ainda que não poderia apresentar os nomes dos clientes para não prejudicá-los. “Não acho justo expor empresas num ambiente político conturbado, num ambiente de conflito. Se empresas forem feridas com isso, a perda em relação a sua imagem, etc, ninguém pode repor. Então eu prefiro assumir pessoalmente a explicação dessas coisas do que expor uma série de pessoas e empresas.”

Em entrevista à "“Folha de S.Paulo”", Palocci disse que, antes de assumir a Casa Civil, não relatou à presidente Dilma Rousseff quais eram as empresas para as quais havia prestado serviços de consultoria.

Advogado afirma que Bruno foi enganado por aventureiros e oportunistas

A defesa do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes das Dores de Souza deposita suas fichas no júri popular. Sem muita confiança de que o atleta possa responder em liberdade pela acusação de sequestro, morte e ocultação do corpo da ex-amante Eliza Samudio, o advogado Cláudio Dalledone Junior afirma que o futuro do ex-craque rubro-negro está nas mãos dos 12 jurados. Depois de ter tido habeas corpus negado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais e uma liminar rejeitada em Brasília, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o réu aguarda o julgamento de outro habeas corpus, também no STJ, o que deve acontecer em 60 dias.

“Bruno teve a liberdade negada no Tribunal de Minas, que se acovardou diante da opinião da mídia. A prisão não tem fundamentação e meu cliente preenche todos os requisitos para responder em liberdade. Não foi concedido o direito de ele se defender. Sabe o que vai acontecer? Não vai haver discussão se os réus merecem ir à júri. Vão negar todos os recursos, para Bruno e os outros. A defesa de Sérgio, que diz que ele é testemunha, vai desistir da manobra (de o acusado ser julgado separadamente). Quem vai decidir é o jurado e Bruno vai sair livre, vai sair andando do salão do Tribunal do Júri de Contagem. Nas ruas, você só escuta em coro que Bruno é inocente”, afirma o advogado. “E isso vai acontecer ainda este ano, até dezembro”, garante.

Dalledone credita os 11 meses que Bruno está atrás das grades aos defensores que o antecederam. E admite que o goleiro poderá ficar preso por mais tempo. “Vai passar de um ano porque o habeas corpus não será julgado a tempo. Bruno foi enganado por aventureiros, oportunistas e profissionais sem ética que o deixaram em situação embaraçosa. Esta não é só minha opinião, um dos desembargadores que votou contra a liberdade dele também disse isso. Por dia, de cinco a 10 advogados o procuram, se oferecendo para assumir a causa. Sem dúvida nenhuma, o fato de ele estar preso esse tempo todo tem a ver com a defesa deficitária que teve, uma defesa que primou pela espetacularização.”

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