Debandada de vereadores do PSDB fragiliza Alckmin e dá força a Kassab

Cinco vereadores do PSDB de São Paulo anunciaram nesta segunda-feira, 18, a saída do partido. Dois ainda estão em dúvida se tomarão o mesmo caminho. Numa movimentação que fortaleceu o prefeito Gilberto Kassab e agravou a crise dentro do grupo político liderado na capital pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), os tucanos deixaram de ter a maior bancada na Câmara Municipal pela primeira vez desde 2001. 

Além de passar das atuais 13 para 8 cadeiras no Legislativo paulistano, o PSDB também assistiu seu principal adversário político na cidade, o PT, a tornar-se a maior bancada: 11 parlamentares. A saída dos tucanos foi marcada por críticas às lideranças do diretório municipal da sigla. Eles se disseram perseguidos por terem apoiado Kassab na eleição municipal de 2008 - Alckmin, sem apoio da bancada tucana à época, não conseguiu nem disputar o segundo turno.

"O PSDB tem hoje um projeto de poder que foge dos princípios que nortearam a fundação do partido", argumentou o presidente da Câmara, José Police Neto. Aos 37 anos e filiado ao PSDB desde os 15, Police Neto deve aderir nos próximos dias ao PSD, o novo partido criado por Kassab. A sigla também deve ser o caminho de pelo menos outros três ex-tucanos com cargos na administração municipal - Juscelino Gadelha, Ricardo Teixeira e Dalton Silvano adiantaram ao prefeito, durante o fim de semana, que devem se filiar à nova sigla.

No anúncio desta segunda, compareceram cinco vereadores. Adolfo Quintas e Souza Santos não puderam ir, segundo Police Neto. Mas o líder do PSDB, vereador Floriano Pesaro, disse ter esperanças de mudar a posição da dupla ausente com o auxílio do governador Geraldo Alckmin, que tem se empenhado na negociação.

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