Em encontro com Dilma, centrais devem criticar política econômica

O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho, disse que apresentará novamente críticas à política econômica adotada pelo governo durante a reunião marcada para esta sexta-feira (11) entre a presidente Dilma Rousseff e as centrais sindicais. Outros dirigentes também devem bater na mesma tecla.

"Achamos que essa política de juros altos, ajuste e arrocho de salário é de quem perdeu as eleições, e não de quem ganhou”, afirmou Paulinho, ao chegar ao Palácio do Planalto.

Ele defendeu uma política de valorização do salário dos aposentados, o fim do fator previdenciário e reabertura do diálogo sobre terceirização.

Em reunião realizada em São Paulo, representantes das centrais decidiram entregar à presidente a Agenda da Classe Trabalhadora, o documento unitário aprovado na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat) realizada no Pacaembu em junho de 2010 com as seis maiores centrais sindicais do país (CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central e CGTB). 

Para o presidente da CTB, Wagner Gomes, a convocação da reunião é uma ótima iniciativa por parte do governo, mas poderia ter ocorrido antes. "É uma primeira conversa depois da eleição da presidenta. Se tívessemos conversado mais cedo, poderíamos ter resolvido alguns problemas. Mas, de qualquer forma, essa reunião é importantíssima, pois as centrais têm interesse que o governo avance e aprofunde as mudanças necessárias para o país e para a classe trabalhadora. Sermos recebidos pela presidenta Dilma é fundamental para essa nossa perspectiva, de um Brasil com desenvolvimento e distribuição de renda", afirmou Gomes.

Temas em destaque

Os sindicalistas vão destacar temas como a correção da tabela do Imposto de Renda, fim do fator previdenciário, política de recomposição do poder de compra dos aposentados e redução da taxa juros, entre outros.

De acordo com o deputado federal Assis Melo (PCdoB-RS), dirigente da CTB que acompanhará as centrais sindicais, os sindicalistas devem incluir na pauta conjunta também a desoneração da folha de pagamentos.O sindicalista avalia que parte da derrota sobre o valor do salário mínimo de 2011 – fechado em R$545,00, enquanto as centrais defendiam R$580,00 – pode ser revertida com um reajuste mais elevado na tabela do IR.

A agenda dos trabalhadores também aponta a necessidade de mudanças na política econômica, com redução dos juros e do superávit primário, controle do câmbio e do fluxo de capitais e maior taxação das remessas de lucros e dividendos.

A mudança de rumos na macroeconomia, na opinião dos sindicalistas, é um caminho necessário na direção de um novo projeto nacional de desenvolvimento, fundado na soberania, democracia e valorização do trabalho.

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