Brasil não conseguiu cumprir meta cheia de superávit primário em 2010

BRASÍLIA - Como esperado, o país não conseguiu cumprir a meta cheia de superávit primário em 2010, de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o Banco Central, a economia feita pelo setor público para pagamento de juros ficou em R$ 101,696 bilhões, o que equivale a 2,78% do PIB. Por conta disso, o governo descontará os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, que poderiam chegar a 1% do PIB, do resultado fiscal. A maior contribuição veio do Governo Central (governo federal, Banco Central e INSS), com R$ 78,723 bilhões, ou 2,15% do PIB. 

Na sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já tinha admitido que o setor público consolidado (que inclui governo central, municípios, estados e estatais) não cumpriria a meta de superávit primário em 2010 e que a equipe econômica teve que abater os investimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do resultado. 

Os estados e municípios registraram superávit primário de R$ 20,635 bilhões (0,56% do PIB), enquanto que as estatais contribuíram com R$ 2,338 bilhões (0,06% do PIB). No ano passado, o pagamento de juros somou R$ 195,369 bilhões (5,34% do PIB), o que levou a um déficit nominal (receitas menos despesas, incluindo pagamento de juros) de R$ 93,673 bilhões, ou 2,56% do PIB. 

Em 2009, ainda segundo o BC, o superávit primário ficou em 2,03% do PIB, o que obrigou o governo a também, e pela primeira vez, usar os investimentos do PAC para cumprir a meta, também de 3,1% do PIB na época. O déficit nominal em 2009, por sua vez, havia ficado em 3,34% do PIB. 

A dívida líquida do setor público fechou 2010 em R$ 1,476 trilhão, o que corresponde a 40,4% do PIB, abaixo dos 42,8% vistos um ano antes.

← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens mais visitadas